A cidade norte-americana de Minneapolis enfrentou na
quinta-feira (28) a terceira noite consecutiva de protestos pela morte do
segurança negro George Floyd, que foi asfixiado por um policial branco durante
uma abordagem. A luta segue em curso hoje em todos os EUA, com protestos também contra a prisão
de jornalistas e ativistas. Os manifestantes ocuparam uma delegacia e incendiaram o prédio e viaturas. Um jornalista negro foi preso enquanto cobria
as manifestações para a rede norte-americana CNN. A revolta começou na
segunda-feira (25) após a divulgação de um vídeo que mostra a abordagem
policial ocorrida do lado de fora de um supermercado da cidade, que fica no
estado de Minnesota. O
policial se ajoelhou no pescoço de Floyd por quase oito minutos, enquanto ele
se queixava de que não conseguia respirar. Na noite
desta quinta, policiais rascistas e fascistas tentaram conter os manifestantes com balas de borracha.
Os bombeiros informaram que foram chamados para apagar incêndios em 16 locais
diferentes entre quarta e quinta-feira (28). O governador Minnesota, Tim Walz, pediu a intervenção
da Guarda Nacional. O fascistoide Trump declarou em rede social que
enviará as tropas para o estado e que assumirá o controle caso haja
"qualquer dificuldade". Na quinta-feira, a morte de George Floyd
motivou protestos em outras cidade como Nova York apesar das medidas de
distanciamento social colocadas em prática por causa da pandemia de Covid-19.
Os manifestantes se reuniram na Union Square, em Manhattan, repetiram a frase
"não consigo respirar", dita por Floyd e repetida em 2014 por Eric
Garner, morto em operação policial semelhante. A morte de George Floyd, que
trabalhava como segurança de um restaurante, é a mais recente de uma longa
série de assassinatos de negros pela polícia nos Estados Unidos. Os três dias
de protesto em Minneapolis e a nível nacional protagonizados por trabalhadores
e jovens de todas as origens deve está voltado a unir os explorados para
derrotar o terrível terror policial que resultou na morte de Floyd. A vereda
política para galvanizar todos os explorados e oprimidos pelo capitalismo
imperialista nos EUA, é o da revolução socialista! Desde a LBI deixamos claro
que toda nossa solidariedade está incondicionalmente com o movimento que
resiste a repressão estatal e ao genocídio dos trabalhadores e jovens plebeus
negros. Consideramos a melhor forma de combater a ofensiva assassina da nova
KKK e dos bandos fascistas apoiados pela polícia ou a violência desferida
diretamente pelo aparato estatal comandado por Trump é a formação de milícias
de auto-defesa unindo trabalhadores negros e brancos contra a exploração e o
racismo. Nesse sentido, para derrotar a ofensiva assassina do Estado
capitalista e a bárbara ação policial deve-se construir milícias de autodefesa
do povo pobre e dos trabalhadores, convocando uma paralisação geral nas
principais cidades dos EUA! Os lutadores que estão nas ruas nos EUA não podem
ter nenhuma ilusão na justiça capitalista e em seu Estado, são instrumentos de
classe da burguesia contra os trabalhadores, como mostra a decisão de inocentar
os policiais assassinos! Devem combater pela liquidação do imperialismo ianque
unindo o povo pobre, negro com o conjunto da classe trabalhadora explorada
contra o regime de opressão e espoliação capitalista mais forte do planeta!