DOMINGUEIRA FASCISTA EM BRASÍLIA: BOLSONARO AVANÇA EM SUAS “BRAVATAS”, SOB O RECUO DE UMA ESQUERDA AMEDRONTADA E INATIVA
Uma manifestação de rua, promovido pelas hordas neofascistas
irrompeu na porta do Palácio do Planalto neste domingo (03/05), como expressão
de demonstração de força do clã Bolsonaro, logo na sequência do longo
depoimento de Sérgio Moro, onde ameaçou revelar um farto cabedal de provas
acumuladas contra o presidente e sua anturragem política mais próxima. Os
protestantes bolsonaristas lançaram seus tradicionais ataques contra o Supremo
Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e obviamente em oposição ao estado
de quarentena decretado pelos governadores com o apoio até o momento do próprio
Ministério da Saúde. Os reacionários manifestantes também puderam esgrimir o
surrado pedido de intervenção militar e por um novo AI-5. A “novidade” desta
vez ficou por conta do próprio Bolsonaro, que diante da pequena multidão de
extrema direita se animou para bravatear, afirmando que estaria “no limite” e
não aceitaria mais o cerceamento do seu governo pelas “instituições”, deixando
claro que teria o apoio das Forças Armadas para suas próximas ações. Ao que
tudo indica Bolsonaro lançou um desafio para sua própria “junta militar”, tendo
a mobilização das hordas neofascista nas ruas como trunfo para barganhar,
afinal nem o arco político de Moro e tampouco a esquerda reformista (PT e
apêndices) estão dispostos a mobilizar
para barrar a ofensiva golpista, para além do jogo virtual e dos “apelos” para
que as “autoridades constituídas” tomem alguma providência... Como na política e
na luta de classes não existe vazio, o espaço das manifestações vem sendo
ocupado pela extrema direita, em plena histeria acovardada do “fique em
casa” patrocinado pelos governos
burgueses durante a epidemia do coronavírus. Bolsonaro avança a cada recuo da
Frente Ampla de colaboração de classes, e mesmo com as seguidas crises sofridas
por seu governo (saída dos ministros Mandetta e Moro), tenta rearticular uma
nova base parlamentar, além de açular suas bases neofascistas e conciliar seus
interesses com o Alto Comando Militar. O jogo da governabilidade está ainda
“aberto”, em plena pandemia sanitária e econômica no Brasil e no Mundo, as
peças do xadrez se moverão como uma guerra de posições, sem que nenhum lado
intente desfechar um ataque frontal e definitivo. Esta estratégia de
“reconhecimento das forças” é perfeitamente assumida tanto pela esquerda
reformista como pelo Bolsonarismo, ambos os campos em sintonia em um aspecto
fundamental: o importante é que tudo se resolva no terreno eleitoral em 2022, o
resto por enquanto é só bravata, tanto das ameaças de golpe como das ações por
um impeachment...