No sábado passado (02/05) o governo do Partido Comunista Chinês surpreendeu o
mundo financeiro ao decidir eliminar o dólar do seu comércio e negociar
oficialmente com o yuan chinês, um passo ousado e importante na história
econômica da China, assumido preventivamente diante do aumento da escalada de
ameaças, políticas, militares e financeiras por parte da Casa Branca. O dólar
simplesmentedesapareceu do comércio chinês, portanto a tendência é que seu
preço cairá acentuadamente em relação ao yuan e poderá chegar aos mercados
mundiais, que foram surpreendidos neste final de semana pela decisão da China.
A rede inglesa BBC reconheceu que é "uma guerra econômica que pode levar o
mundo a uma guerra devastadora". O próximo passo é verificar a reação dos
Estados Unidos, em particular dos seus grandes rentistas que possuem
significativos investimentos alavancados no mercado chinês. Em seguida, se
aferirá como se comportam o Euro e Yen, para assegurar que não estamos na fase
de “descalcificação” da potente economia chinesa, mas na exatamente na fase
oposta, o da sua expansão comercial e industrial no mundo inteiro. A declaração
da pandemia mundial é parte integrante dessa guerra econômica, que fez
paralisar a produção industrial, para beneficiar o capital bancário em detrimento
da economia chinesa, baseada fundamentalmente na transformação material e não
na especulação financeira. Por outro lado o imperialismo ianque e europeu,
alicerçado pela campanha da mídia corporativa, principalmente nos Estados
Unidos e na Alemanha, começa a exigir “reparações” e compensações financeiras
ao governo chinês, o que rapidamente pode evoluir para um confisco das reservas
cambiais da China depositadas no Tesouro norte-americano, e até mesmo para uma
guerra convencional a médio prazo. O reacionário presidente Trump acusou
formalmente a China de praticar deliberadamente "guerra biológica" na
manipulação do coronavírus, porém a linha mais geral do capital
financeiro(império transnacional)é de reafirmar a posição da OMS, ou seja, a
pandemia tem raizes na natureza e não em algum das dezenas(centenas?)de
laboratórios militares, montados para objetivos de guerra entre nações. Por sua
vez, a OMS de Bill Gates, declarou sua pandemia com objetivos nada sanitários,
está se “lixando” para a vida humana das populações mais pobres e miseráveis do
planeta, mas para remover a China e seus parceiros econômicos do “Global Play”
industrial, enquanto os magnatas rentistas despejam toneladas de dólares para
endividar ainda mais empresas e Estados. deles e dividir os despojos. O
imperialismo sabe que a China é um país altamente dependente do comércio
exterior para exportar sua gigantesca produção industrial, assim como importar
insumos, por isso e essa ofensiva da guerra híbrida, agora na forma de
pandemia, é uma continuação do que temos visto há anos, com campanhas
difamatórias como os "Campos de Concentração de Xinjiang", a
desestabilização política de Hong Kong e o ataque contra a Huawei. Obviamente,
o que era chamado até pouco tempo atrás de de "globalização" está
seriamente ameaçado, pelo menos por enquanto.
Quando as fronteiras forem reabertas, veremos em que medida o tráfego é
retomado, com quais países e de que forma. Poderemos constatar no futuro
próximo, quem ganha a “queda de braço”, porque há muitos elementos em jogo,
como o futuro papel do dólar no comércio internacional. No momento, a China já
lançou sua própria moeda digital: o RMB (renminbi digital ou yuan), que já
começou a circular experimentalmente em quatro grandes cidades do país. “Favor
não esquecer” que os Estados Unidos devem muito dinheiro à China, que é o maior
detentor de sua colossal dívida pública, e caso o “tresloucado” promova o maior
calote da história as consequências podem até chegar a uma Terceira Guerra
Mundial. O proletariado mundial deve se preparar para grandes e bruscas
mudanças na conjuntura internacional, onde a “novidade” da quarentena global
pode ser apenas a ponta de um enorme iceberg...