quarta-feira, 20 de maio de 2020

CUT, FORÇA, CONLUTAS, INTERSINDICAL... LANÇAM CAMPANHA VIRTUAL PELO “FORA BOLSONARO”: UMA FARSA MIDIÁTICA PARA ENCOBRIR A PARALISIA CONCRETA DOS PELEGOS 


O conjunto da burocracia sindical, desde a CUT ligada ao PT até a direitista Força Sindical, passando pela Conlutas (PSTU), CTB (PCdoB) e Internsindical (PSOL) lançaram nas redes sociais uma campanha virtual unificada pelo “Fora Bolsanaro”. Essa frente ampla de pelegos e burocratas acomodados demonstra em si a completa farsa da iniciativa unitária, na medida em que apenas deseja midiaticamente pressionar o Congresso Nacional pelo impeachment do canalha neofascista, enquanto não convocam nenhuma luta direta contra os ataques neoliberais desferidos por Bolsonaro e o estafeta dos rentistas, o crápula Paulo Guedes. Ao contrário, PT e PCdoB tem votado junto do governo para conglear salários dos servidores públicos como vimos no Senado. No máximo, a campanha orquestrada nas redes por esses burocratas corruptos visa “sensibilizar” Rodrigo Maia (DEM) a pautar o processo de afastamento no parlamento, mas a burguesia manterá Bolsonaro no curso da Pandemia enquanto ela for útil na aplicação do ajuste neoliberal, com privatizações, arrrocho e ataque as conquistas. Isso fica evidente na nota da CUT em que sua direção afirma “A Central vai aprofundar o debate e propostas que potencializem a campanha ‘Fora Bolsonaro’, juntamente com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, bem como as articulações com a sociedade civil no sentido de ampliar a participação e também como encaminhar a possibilidade de um pedido de impeachment”. Na mesma tonada, Adilson Araújo, presidente da CTB declarou “Tenho dúvidas se Bolsonaro seria derrotado caso fosse julgado hoje. Mas a correlação de forças pode mudar se o povo entrar em massa no jogo”. Segundo a CTB “As condições políticas para o impeachment ainda não estão dadas, mas os dirigentes das centrais estão convencidos de que a destituição do presidente é a primeira condição para enfrentar a crise. A iniciativa reúne 11 centrais sindicais”. Por sua vez, o presidente nacional da direitista Força Sindical, Miguel Torres, afirma que “a insatisfação com o governo de Bolsonaro vem crescendo devido à postura do presidente ante a pandemia da Covid-19. Não tem jeito. Chegamos a um momento em que o povo já percebe que o país está sem governo. Só causa confusão”. A CSP-Conlutas somou-se ao coro, declarando “Sem acreditar que o Congresso pode levar à frente um processo de impeachment, as centrais apostam na mobilização da classe trabalhadora para derrotar o governo. A aposta é que a mobilização repercuta e fomente manifestações populares”. Lula já declarou abertamente que sustenta o governo neofascista com sua “paciência” (leia-se uma camisa de forças imposta ao movimento de massas), enquanto o PCdoB articula sua frente de “oposição” mais ampla possível, com Tucanos e até Demistas sonhando “empoderar” Flávio Dino no Planalto, o PSOL e suas tendências internas simulam uma “combatividade” inócua que também rejeita cabalmente a derrubada de Bolsonaro, a não ser pela via eleitoral em 2022. O “Fora Bolsonaro/Mourão” vem sendo agitado também demagogicamente pelo PCO, porém com o discreto subtítulo “Volta Lula”. Os Marxistas Leninistas que combatem pela derrubada do governo neofascista, apontam claramente a arapuca da estratégia eleitoral, alertando ao movimento operário e popular que somente os métodos mais radicalizados da ação direta das massas podem colocar abaixo Bolsonaro e toda a estrutura do regime vigente. Desde a LBI apontamos que somente a ação direta e ativa das massas poderá encestar a derrubada cabal deste governo neofascista em seu conjunto, instaurando um novo regime político socialista emanado do poder revolucionário da classe operária, caso contrário o “Fora Bolsonaro” poderá desembocar em algo ainda mais reacionário e entreguista do que a gerência atual.