domingo, 3 de maio de 2020

SENADO APROVA CONGELAMENTO SALARIAL DOS SERVIDORES DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS POR DOIS ANOS: PT APÓIA PROJETO DE ARROCHO DO GOVERNO BOLSONARO/GUEDES!



O Senado aprovou, na noite deste sábado (02.05), o projeto que libera recursos para estados e municípios em troca de ataque aos direitos e salários dos servidores públicos. O presidente Alcolumbre agradeceu a “sensibilidade” do neofascista Bolsonaro e do estafeta dos rentistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes. O texto foi aprovado, após cerca de seis horas de sessão, por 79 votos a 1. Votam no texto todos os senadores do PT: Humberto Costa, Jacques Wagner, Paulo Paim, Paulo Rocha, Rogério Carvalho e Jean Paul Prates. Dos 81 senadores, apenas Randolfe Rodrigues (Rede-AP) votou contra. O senador Weverton (PDT-MA) presidiu a sessão e, por isso, não votou. Serão cerca de R$ 60 bilhões repassados a governadores e prefeitos. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou que vai votar o projeto na próxima segunda-feira (4) e enviará à sanção presidencial já na terça-feira (5). Alcolumbre destacou por diversas vezes que manteve diálogo com o presidente da Câmara e com a equipe econômica do Executivo, com o aval do presidente Jair Bolsonaro, para construir o texto alternativo e escapar do veto total à proposta, que vinha sendo anunciado pelo Governo. O texto foi elogiado pelo líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE). Segundo ele, Alcolumbre "soube preservar as pontes de entendimento com o governo federal em momentos críticos". "Isso é importante para o Brasil, para a nossa democracia. O texto de hoje é que vai viabilizar o instrumento de ajuda aos estados e municípios brasileiros", declarou durante sessão. O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) destacou a "habilidade" do presidente na condução da matéria. No relatório votado pelos senadores ficou previsto contrapartidas para a liberação das verbas a prefeitos e governadores para o combate à pandemia. Um deles é a proibição do reajuste dos salários dos servidores. Profissionais da saúde e da segurança ficaram de fora da proibição, após acordo durante a sessão. A matéria também impede a reestruturação da carreira dos profissionais, além de bloquear a concessão das progressões a funcionários públicos até o final de 2022. Por outro lado, o texto autoriza estados e municípios negativados a receber os recursos. Pela legislação atual, há impedimentos para repasse de recursos a gestões inadimplentes. O projeto também suspende o pagamento das dívidas com a União até janeiro de 2021 e permite a renegociação de débitos com bancos brasileiros e estrangeiros. Com se vê o Centrão, PSDB e até mesmo os governadores do PT, assim como o neofascista Bolsonaro-Guedes, tem uma mesma receita neoliberal: jogar a conta da crise econômica em plena pandemia nas costas dos servidores públicos e dos trabalhadores!