segunda-feira, 11 de maio de 2020

PANDEMIA DE CRETINICE NO RIO: CRIVELLA DECRETA “CERCO SOCIAL” SOMENTE NO SUBÚRBIO E BAIRROS DA “ZONA NORTE”... “ZONA SUL MARAVILHA” FICOU DE FORA DO “APARTHEID”


O prefeito do Rio de Janeiro, pastor da igreja Universal Marcelo Crivella, determinou que a movimentação de carros vai mudar a partir dessa semana em alguns bairros do Rio. Não por coincidência os bairros elencados não pertecem a Zona Sul carioca, como Ipanema, Copacabana, Leblon, Botafogo, Laranjeiras, etc...Só os veículos de moradores vão poder circular nas regiões centrais de Santa Cruz, Madureira, Freguesia, Taquara, Realengo, Guaratiba, Tijuca (Praça Saens Peña), Grajaú, Méier, Pavuna e Cascadura. Esta é exatamente a região não turística da “Cidade Maravilhosa”, ou seja os antigos “subúrbios” e a chamada “Zona Norte”. O anúncio dessa e de outras medidas de isolamento social mais restritivas para a cidade foi feito pelo prefeito na manhã desta segunda-feira (11/05), durante uma coletiva de imprensa, e valerão a partir de 12 a 18 de maio. O “prefeito pastor” que integra a base política de apoio ao governo neofascista de Bolsonaro,  também planeja, acionar  a Guarda Municipal com a Polícia Militar contra a favela carioca da Rocinha: ”A primeira comunidade que a gente vai agir com mais rigor no Disk Aglomeração é a Rocinha”, declarou Crivella, “Haverá apoio da UPP na Rocinha para as ações em conjunto". O cretino motivo para o prefeito selecionar apenas a periferia pobre da cidade para o “cerco policial” e não toda a cidade, revela o conteúdo de classe do próprio Estado: “Não é possível impedir o direito de ir e vir da população não infectada pela Covid-19”, ou seja os direitos democráticos de “ir e vir” servem somente para os bairros da “classe média” ou as zonas onde moram os milionários, já para os subúrbios impera a coerção policial. Os Marxistas Leninistas se opõe radicalmente contra todas as medidas de repressão e cerceamento das garantias constitucionais contra a população pobre e oprimida, sejam pela justificativa da epidemia do coronavírus ou de qualquer outra natureza. Desgraçadamente a esquerda reformista ingressou na histeria reacionária da apologia do “cerco policial”, como se a luta de classes tivesse cessado na pandemia.  Estranhamente a defesa cega do “isolamento” virou o unguento milagroso contra o vírus, simplesmente os reformistas não reivindicam mais os meios sanitários para o tratamento da Covid, ou seja uma rede pública de hospitais com o universal direito de atendimento e internação( se for este o caso diagnosticado) de todo cidadão que for acometido da contaminação. Para combater a epidemia não precisamos de mais polícia, como creem os reformistas, necessitamos de mais hospitais, médicos com todo o pessoal da saúde, medicamentos para o tratamento, leitos e UTI’s equipadas com ventiladores respiratórios, etc..Além de completa assistência social e econômica para as pessoas que necessitam ficar em casa. Esta plataforma básica não poderá é claro ser atendida pelo decadente Estado capitalista, que recorre a medidas repressoras como o “remédio” para o caos sanitário instalado no país. Nosso combate, voltamos a repetir até a exaustão, é para derrotar o Estado capitalista assassino do nosso povo, e nunca para reforçar suas características de repressão policial e supressão das liberdades democráticas contra os direitos das massas populares.