“CAIXA PRETA” DA OMS: CRIAÇÃO DE DOENÇAS, TESTES EM PAÍSES
POBRES, FINANCIAMENTO DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA E CONTROLE POLÍTICO DE BILL
GATES...
A Organização Mundial da
Saúde (OMS) é a maior agência das Nações Unidas, tem mais de 8 mil funcionários. Como Marxistas Revolucionários temos a obrigação de pontuar a natureza de classe da
OMS. Ela não é uma organização neutra ou mesmo uma "agência multilateral" que deve ser defendida porque Trump suspendeu temporariamente o financiamento dos EUA
para a mesma, como apregoa a esquerda mundial. Não tenhamos ilusões, a OMS faz parte da ONU, organismo que
serve como uma concha “democrática” para os países imperialistas ditarem sua
ordem mundial. Os maiores contribuintes financeiros da OMS eram até poucos dias
o governo dos EUA e a Fundação Bill e Melinda Gates. Criada em 1948, a OMS era
originalmente inteiramente financiada pelas contribuições anuais de seus países
membros, hoje 194. Neste ínterim, quase 30% dos 4,9 bilhões de euros do
orçamento da OMS para 2011-2012 já são provenientes de doadores particulares ou
de subvenções governamentais “voluntárias”, sobretudo, dos países onde ficam as
maiores empresas farmacêuticas do mundo. Cada um é obrigado a pagar
contribuições para fazer parte da organização. São chamadas “contribuições
avaliadas”, calculadas em relação à riqueza e população de cada país e
representam apenas cerca de um quarto do financiamento total da OMS. Para o biênio
de 2018-2019, apenas 17% do financiamento total veio de contribuições
avaliadas. O restante vem de “contribuições voluntárias”, ou seja, donativos de
parceiros. A fatura dos EUA foi de 59,2 milhões de dólares por ano com um total
de 118,4 milhões de dólares para o biénio de 2018-2019, valor que Trump suspendeu
recentemente, acusando a organização de falhas na forma como lidou com a
pandemia de Covid-19: “Ordeno a suspensão do financiamento para a Organização
Mundial da Saúde enquanto estiver a ser conduzido um estudo para examinar o
papel da OMS na má gestão e ocultação da disseminação do novo coronavírus”. Quase
três vezes mais vem de contribuições voluntárias. Elas Influenciam sobre
estratégias e metas. Desta forma, a Fundação de Gates passou a ser maior
doadora da OMS. Até aqui, estava logo atrás dos
EUA. Ela gera sua renda principalmente a partir de ativos
fixos. A maioria dos 25 bilhões de dólares que Bill Gates pôde investir nos
últimos dez anos em programas de saúde em todo o mundo é derivada de empresas
conhecidas na indústria química, farmacêutica e alimentícia, cujas atividades
práticas vão contra os esforços pela melhoria da saúde global. Gates, também
presidente da Microsoft, ganha fortunas com a defesa dos direitos de
propriedade intelectual. Isso significa que ele luta pela patenteação de
medicamentos e vacinas, em vez de promover produtos genéricos, livremente
acessíveis e, portanto, menos caros. Gates leva a OMS a participar de programas
de vacinação patenteada, os beneficiados são diretamente fabricantes de vacinas
e seus acionistas. Não por acaso em outubro do ano passado, a Fundação
participou do “Event 201”, no qual foi simulado uma resposta coordenada para o
caso de uma pandemia a nível global. O evento foi realizado em parceria com o
Johns Hopkins Center for Health Security e o Fórum Econômico Mundial. Hoje a OMS é controlada efetivamente pela indústria farmacêutica, com crescente dependência de doadores privados como a Fundação Bill & Melinda Gates, doou mais US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 785 milhões) destinados aos suposto combate à Covid-19, esse “filantrocapitalismo” não vem obviamente de graça. São esses
interesses que movem a agência da ONU para a saúde que gerencia a pandemia de Coronavírus.
Vamos mais a fundo na sua “caixa preta”, movida pelos interesses da burguesia e
para a imposição de uma nova ordem mundial baseada no controle ainda mais duro
de todos os aspectos da vida humana pelos grandes monopólios capitalistas.
Vale registrar historicamente que a URSS se retirou da
organização em 1949, criticando a proeminência dos EUA na Organização e nas
agências da ONU de maneira geral. Os Estados operários deformados da Bulgária,
Romênia, Albânia, Polônia, Tchecoslováquia e Hungria logo seguiram o exemplo,
irritados com a OMS, em resposta à retenção de recursos médicos dos EUA na
Europa Oriental (os EUA se recusaram a exportar equipamentos cruciais para a
fabricação de penicilina para a Iugoslávia, Polônia e Tchecoslováquia). Em
1954, em um discurso em comemoração à OMS, uma política capitalista dos EUA
resumiu o apoio do imperialismo norte-americano a essa organização quando
declarou: “Em nossa luta global contra o comunismo, um de nossos principais
esforços é manter o mundo livre forte. As doenças geram pobreza e a pobreza
gera mais doenças. O comunismo internacional prospera em ambos”. Somente após a
morte de Stalin e a ascensão de Khruschev com o aprofundamento de sua política
de coexistência pacífica com o imperialismo ocorreu o retorno da URSS e de seus
aliados a OMS em 1956. Lembremos também que depois do terremoto no Haiti em
2010, a OMS e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos
apoiaram a tentativa da ONU de encobrir que as tropas de “manutenção da paz” da
ONU foram a fonte da epidemia maciça de cólera no Haiti. Um relatório da OMS de
2013 também encobriu o impacto das munições de urânio empobrecidas dos
imperialistas dos EUA em defeitos congênitos no Iraque.
A influência da indústria farmacêutica e das fundações que
mantém pôde ser medida no caso da chamada “gripe suína”. Em junho de 2009, a
OMS decretou o grau de alerta máximo para a pandemia de H1N1, a conselho de sua
comissão permanente de vacinação. Entre os membros e consultores da comissão,
estavam cientistas que tinham contratos com fabricantes do Tamiflu e outras
drogas antigripais. A campanha de vacinação global, lançada por decorrência do
alerta de pandemia da OMS, trouxe um faturamento milionário para essas
empresas. Para declarar uma “gripe perfeitamente normal” como uma perigosa
pandemia, a OMS baixou os critérios para alertas de pandemia antes que os
primeiros casos de H1N1 fossem conhecidos, afirma um estudo do Conselho
Europeu. E também antes disso, autoridades de todo o mundo já tinham fechado
garantias de contratos de compra com fabricantes de vacinas.
Em 2018 a OMS completou 70 anos. Mas a influência de Gates remonta
2005. Na cidade de Genebra ocorreu a 58ª Assembleia Mundial da Saúde e o
palestrante na abertura foi o homem mais rico dos Estados Unidos. Co-fundador e
então diretor da Microsoft, ele foi convidado para falar a ministros
dos quase 200 países membros. Seu interesse particular na saúde global havia
despertado havia pouco mais de cinco anos, mas Gates já se tornara uma figura
importante, distribuindo centenas de milhões de dólares a programas pelo mundo
todo. E, embora a Assembleia de 2005 tenha sido a primeira em que a família
Gates teve destaque, não foi a última. Bill também abriu o evento em 2011 e, em
2014, foi a vez de sua esposa, Melinda, discursar. Uma das mudanças mais
marcantes ao longo desses anos é o peso de atores não estatais no orçamento e
na definição de prioridades da Organização. São fundações filantrópicas,
organizações não governamentais, instituições acadêmicas e mesmo empresas
privadas, como as farmacêuticas GlaxoSmithKline, Eli Lilly, Bayer e
Sanofi. Mas, hoje, um desses atores se
destaca sobre todos os demais: é justamente a Fundação Bill & Melinda
Gates, cuja contribuição atual representa nada menos que 13% do orçamento geral
da OMS. Não foi Bill Gates quem inventou a moda de doar recursos financeiros
para alavancar programas de saúde em outros países.
Há mais de cem anos — antes
mesmo de a OMS existir —, a Fundação Rockefeller fazia isso. As discussões
sobre essa participação nasceram junto com a própria OMS. Sua constituição já
previa parcerias e formas de atuação conjuntas. Essas formas foram ampliadas ao
longo dos anos através de emendas nas diretrizes e nos princípios que regem a
Organização. E os anos 2000 apresentaram ao mundo as Parcerias (PPP´s) ou Iniciativas
para a chamada "Saúde Global", que a OMS define como “uma relação colaborativa e
formal entre organizações múltiplas”. Por exemplo, tema como nutrição envolve a
“Global Alliance for Improved Nutrition”, uma iniciativa que inclui a indústria
alimentícia, o Unicef, a OMS, o Banco Mundial e outras entidades burguesas.
Na última Assembleia Mundial da Saúde estavam registradas
186 organizações, o que significa que, no ano passado, esse era o número de
organizações que mantinham relações oficiais. Mas em 2014, um relatório apontou
que 729 organizações mantinham algum tipo de envolvimento com a OMS. As diferenças entre a suposta filantropia
praticada por grandes capitalistas hoje e aquela que faziam no início do século
passado, inclusive em outras áreas além da saúde, não são irrelevantes. Trata-se
do chamado “Filantrocapitalismo” onde bilionários destinam grandes somas a
projetos “sociais” esperando necessariamente, um retorno em forma de lucro.
Obviamente a chamada “saúde global” não está fora desse negócio. Mas há uma
diferença fundamental entre a atuação da Fundação Rockefeller há cem anos e a
da Fundação Gates hoje. Não que o trabalho de Rockefeller fosse gratuito, ao
contrário, naquele tempo a fundação já usava a “filantropia” como forma de
marketing e veiculava seus próprios interesses e dos Estados Unidos, ajudando a
expandir mercados consumidores. Tanto que na Conferência de Alma-Ata, realizada
em 1978 na antiga União Soviética, tentou-se fazer um contra-ponto a essa
influência. Sua declaração final reafirmava a definição — já presente na
Constituição da OMS — de saúde como “completo bem-estar físico, mental e
social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”, defendendo-a
como direito fundamental e como “a mais importante meta social mundial”. Ela
também criticava a desigualdade social, dizia que era “direito e dever dos
povos participar individual e coletivamente no planejamento e na execução de
seus cuidados de saúde” e colocava a atenção primária como sendo fundamental
para melhorar a saúde das populações. Nesse momento, a Fundação Rockefeller,
que havia se afastado um pouco da saúde, retornou, mas já com uma outra
posição, porque começou a considerar aquelas ideias muito ‘radicais’: ver a
saúde como um direito, algo que vinha do contexto socio-político… Dizia que
aquilo era muito bonito, mas muito difícil de alcançar. E que, em vez de ter um
enfoque mais amplo, seria melhor ter um enfoque mais técnico e com resultados
mais rápidos. Anos mais tarde, esta fundação participaria ativamente do
processo de criação das Parcerias Público-Privadas. Mas a Fundação Rockefeller
passou a se concentrar em outras áreas e foi quando os Gates chegaram à saúde,
no ano 2000.
A Fundação tem ações de empresas privadas e a lista de
2016 mostra um total de mais de 25 bilhões de dólares investidos. Lá estão as
grandes farmacêuticas, como Merck, Pfizer, GlaxoSmithKline e Sanofi. Este
relatório publicado em 2014 pelo Global Policy Forum mostra ainda que existe
uma ‘porta giratória’ entre a Fundação Gates e a indústria farmacêutica, com
vários diretores ligados à Fundação tendo feito carreira nas maiores empresas.
O estudo também cita que ela criou uma janela de financiamento chamada
Programme Related Investments, onde todo o dinheiro é usado para investir
diretamente em companhias privadas como a CureVac, uma biofarmacêutica alemã
voltada para a fabricação de vacinas. E um dos mantenedores da Fundação Gates é
o magnata Warren Buffett, o maior investidor norte-americano (que, como Bill
Gates, está sempre na lista de homens mais ricos do mundo). Ele doa ações da
sua holding Berkshire Hathaway, que investe em diversas companhias. Entre as
empresas que concentram os maiores investimentos de Warrent estão a Coca-Cola,
o Walmart (que tem milhares de farmácias nos Estados Unidos e estuda entrar no
ramo de seguros de saúde) e a DaVita HealthCare
(uma companhia norte-americana de assistência à saúde). Segundo a revista
Forbes, Buffett tem aumentado seus investimentos na Monsanto, e a CNN mostra
seu particular interesse na farmacêutica israelense Teva.
Não por acaso Gates ao discursar recentemente na Assembleia geral da OMS declarou o seguinte sofisma “Alguns
apontam para a saúde melhor no mundo desenvolvido e dizem que só podemos
melhorar a saúde quando eliminarmos a pobreza. E eliminar a pobreza é um
objetivo importante. Mas o mundo não teve que eliminar a pobreza para eliminar
a varíola — e não precisamos eliminar a pobreza antes de reduzir a malária.
Precisamos produzir e entregar uma vacina — e a vacina salvará vidas, melhorará
a saúde e reduzirá a pobreza”. Em resumo, quando se produzem e vendem remédios
e vacinas, tem sempre aguém enriquecendo com a venda. Eliminar a pobreza seria
uma mudança estrutural no modo de produção capitalista que levaria à menor necessidade de remédios e vacinas, a um planejamento econômico, científico e social rumo ao Socialismo.
Para quem enriquece, é interessante, em lugar de melhorar as condições de vida
e diminuir a incidência de doenças, oferecer remédios e aumentar seu lucros.
A hipocresia da Família Gates com a OMS se dá visivelmente
nas áreas de monopólios de alimentos danosos à saúde e de produção farmacêutica.
A Fundação Bill e Melinda Gates investe em monopolistas mundiais como
Mcdonalds, Coca-Cola, e General Mills y Kraft que são promotores mundiais de
alimentos hipercalóricos com excesso de açúcar e gorduras, além de cereais e
grãos transgênicos baseados no monopólio de sementes que dependem fortemente do
consumo de agrotóxicos. Os interesses de vender e monopolizar esses alimentos
promovem desequilíbrios alimentares ligados à epidemia mundial de obesidade que
ataca crianças e adolescentes de todo o mundo depois de ter levado mais de 50%
da população adulta ao sobrepeso nos países centrais. No ramo imunoquímico e
farmacêutico, a Família Gates investe e promove os interesses das grandes
corporações Merck, Novartis, Pfizer, e já investiu também nos conglomerados
industriais Johnson & Johnson, Schering–Plough, Eli&Lilly, e Wyeth, que
pressionaram fortemente a Assembleia Médica Mundial para retirar direitos de
populações pobres do mundo em receberem tratamento quando são objeto de testes
clínicos de novos medicamentos sobre grupos vulneráveis.
Não por acaso, um programa de vacinação infantil financiado
principalmente pelo fundador da Microsoft, Bill Gates, foi criticado por criar
mercados para novas vacinas de alto custo e não ter muito impacto na cura de
doenças. Num relatório, a "insuspeita" ONG Save the Children (Salvem as Crianças) afirma
haver conflitos de interesse na direção da Aliança Global para Vacinação e
Imunização, dando oportunidade às empresas farmacêuticas de fazer marketing
para os seus produtos. Segundo a ONG, o programa tem se concentrado em
distribuir novas vacinas de alto custo e não tem feito nada para combater as
doenças mais comuns nos países pobres, particularmente na África. A Aliança Global foi criada
em 1999 com uma doação de US$ 750 milhões (R$ 1,8 bi) da Fundação Bill and
Melissa Gates. O objetivo do programa financiado por Gates, em princípio, é
aumentar a vacinação entre crianças que vivem nos países mais pobres do mundo e
financiar a pesquisa de novas vacinas. Trata-se de uma organização com forte
ligação com a Unicef e OMS. Segundo a denúncia, a presença de membros da
indústria farmacêutica na direção do projeto cria um conflito de interesses
claro, porque a indústria pode estar produzindo produtos que vão ser comprados
e distribuídos pela Aliança. Pelo relatório, cerca de três milhões de crianças
morrem todos os anos de doenças para as quais existem vacinas de uso
consagrado.
Alertamos mais uma vez que é na mão deste carniceiro e de sua empresa integrante do
Clube de Bilderberg, que hoje se concentram as pesquisas mais avançadas para a
descoberta da vacina (um unguento milagroso graças a bondade deste santo homem)
contra a pandemia do coronavírus, que ainda virá com um “bônus” totalmente
gratuito, um chip da Microsoft para monitorar a organização dos povos. E ainda
existem os parvos ingênuos da esquerda revisionista que afirmam que o
coronavírus é um “acidente natural”...