IMPERIALISMO IANQUE INCENTIVA CONFLITO ENTRE ÍNDIA E CHINA: DISPUTAS TERRITORIAIS FAZEM PARTE DO NOVO LANCE DA CASA
BRANCA NO TABULEIRO DA GUERRA HÍBRIDA
As tensões entre Nova Deli e Pequim se intensificaram na região
fronteiriça, tropas armadas dos dois lados têm estado presentes no local do
impasse bilateral há mais de uma semana. O incidente ocorreu no sábado (9), em
uma passagem montanhosa no nordeste do estado indiano de Siquim, na fronteira
com a China, a uma altitude de mais de 5.000 metros. Quatro soldados indianos e
sete tropas chinesas sofreram ferimentos durante o confronto, que envolveu
cerca de 150 soldados. Aproximadamente 100 militares dos dois lados se mantêm
firmes em suas posições perto do lago Pangong Tso. 1.200 soldados chineses se
mantêm em prontidão como reforço perto da região contestada, onde ambas as
partes se envolveram em confrontos. Anteriormente fontes militares indianas
confirmaram que o conflito fronteiriço ocorreu na parte norte de Sikkim. A
Índia e a China têm várias disputas territoriais e, ocasionalmente, acontecem
confrontos ao longo da fronteira entre o estado indiano de Sikkim e o Tibete,
região autônoma da China, bem como na Linha de Controle Real (LAC, na sigla em
inglês) mutuamente acordada na região fronteiriça da Caxemira. Nesse contexto de conflito a Índia
fechou um contrato com os EUA de US$ 900 milhões (cerca de R$ 5,3 bilhões) de aquisição de
24 helicópteros MH-60R que poderão ser usados para rastrear submarinos chineses
no oceano Índico. O acordo veio a
público após soldados indianos e chineses protagonizarem embates na fronteira
entre os dois países. Além disso, o país tem expressado cada vez maior
preocupação com a presença de navios e submarinos chineses no oceano Índico.
Trata-se de um claro movimento patrocinado pelo imperialismo ianque contra a
China. Além de monitorar os submarinos, os helicópteros possuem características
tecnológicas que permitem a busca de drones e navios de superfície. O contrato,
aprovado pelo governo ianque ainda em abril de 2019, foi fechado nos últimos
dias entre a Índia e a fabricante de helicópteros Sikorsky. Das aeronaves
adquiridas, três serão do modelo MH-60R Seahawk, destinadas à Marinha indiana,
e as outras 21 do modelo MH-60Rs, para as diversas forças do país. A aquisição das aeronaves poderá aumentar a capacidade de monitoramento
dos militares indianos na região. "O MH-60R oferece uma capacidade vital
na região do Indo-Pacífico e equipa a Marinha indiana com uma tremenda
ferramenta que fica pronta para operações logo após sua entrega", disse ao
portal Tom Kane, diretor do programa de helicópteros navais da Sikorsky. Para
manter sua presença dominante nesta zona marítima, a Índia é um dos maiores
importadores de armamento de sua região. Suas forças contam tanto com
equipamentos russos, quanto norte-americanos. Ainda em 2016, o presidente Barack
Obama havia declarado a Índia como parceiro de destaque, dando acesso ao país a
produtos norte-americanos de defesa mais sensíveis. Com Trump esse movimento se aprofundou. Lembremos que a Boeing
recebeu contratos para a fabricação e fornecimento de 650 mísseis de cruzeiro
ar-superfície SLAM-ER e 402 mísseis antinavio Harpoon Block II destinados tanto
à Arábia Saudita como a Índia. Esse movimento militar patrocinado pelo imperialismo ianque ocorre em plena pandemia.
Só para se ter uma noção, a Índia país situado em uma região
próxima a China e ao Irã, de mais de um bilhão de habitantes e sem nenhuma
estrutura básica sanitária, registrou até o momento relativamente poucos casos
de contágio do Coronavírus, levando ainda em conta que o atual governo hindu do
reacionário premiê Narendra Modi, não tomou nenhuma providência para evitar o
contágio em massa da doença Covid-19. Ao contrário, em meio da “cortina de
fumaça” mundial do Coronavírus, a ofensiva reacionária imperialista continua avançando
em várias partes do globo, seja com medidas econômicas, ou diretamente
militares, como na guerra de ocupação que permeia todo o Oriente Médio. Todos
os dados apontem que o vírus foi introduzido pelo imperialismo ianque na China,
como até mesmo admitem autoridades científicas dos EUA. Não é de estranhar que
a CIA com seus métodos de terrorismo em toda a linha esteja por trás do
surgimento do Coronavírus em Wuhan, obrigando os chineses a paralisar uma das
suas regiões de maior desenvolvimento econômico e industrial. Afirmamos sem
medo de errar como Marxistas que o Coronavírus é produto de mais um parasitário
ataque especulativo dos rentistas contra o antigo Estado Operário, ou seja, é
mais um componente da chamada “guerra híbrida” contra a China! O imperialismo
ianque está envolvido em uma guerra aberta com a China, que não é apenas
comercial, envolve aspectos bem mais complexos da geopolítica mundial, que
podem inclusive desembocar em um conflito militar de graves consequências para
a humanidade de conjunto.