O governo neoliberal de Macron na França, condenou a posição
da mega empresa farmacêutica francesa Sanofi, que defendeu que os EUA tenham
prioridade absoluta para receber as primeiras vacinas se os testes realizados
pelo laboratório que integra a Bigpharma forem bem-sucedidos. “É inaceitável
que exista acesso privilegiado de outro país sob um pretexto financeiro”, disse
a vice-ministra da economia em entrevista à Sud Radio. O presidente-executivo
do grupo Sanofi, o CEO Paul Hudson, declarou à Bloomberg na quarta-feira
passada(13/05)que Washington “tem direito à maior pré-encomenda porque
investiu, assumindo o risco”. O CEO apontou ainda que os EUA foram os primeiros
a financiarem a pesquisa da empresa francesa. Cinicamente Hudson afirmou que “A
Europa deve intensificar seus esforços para buscar proteção contra a pandemia
ou corre o risco de ficar para trás”. Ironicamente ainda mais quando suas
próprias empresas europeias estão a soldo da Casa Branca, nas palavras de
Hudson:“Como os EUA desde fevereiro apostaram na proposta de vacina francesa,
naturalmente esperam obter as doses primeiro”. Em abril surgiu a mesma posição
na Alemanha, só que em relação a um outro laboratório da Bigpharma, o CureVac,
que também tinha um projeto de vacina antiCovid-19 em desenvolvimento,
declararam sem meias palavras: “Americanos primeiro”. A denúncia foi do jornal
Welt am Sonntag, que registrou que uma fonte do governo alemão denunciara a
investida de Trump, que teria oferecido “US$ 1 bilhão” para que a vacina fosse
“apenas para os EUA”. O governo Trump vem atuando como um verdadeiro pirata
imperialista, até mesmo contra outros países centrais capitalista, imaginem em
relação às nações imperializadas. A Casa Branca confiscou cargas inteiras de
respiradores mecanismos, milhares de toneladas de EPI’s, compradas por vários
governos da China e que nunca chegaram nas mãos dos legítimos proprietários. O
desespero de Trump reflete a crise no interior do próprio regime ianque,
assolado pela crise capitalista e sanitária, onde o “resgate financeiro” para
as grandes corporações acabou criando um “monstro insaciável” que ameaça
consumir o próprio presidente republicano, para a reposição da gerência estatal
por um Democrata.