quarta-feira, 6 de maio de 2020

COPOM DO BC REDUZ JUROS NO BRASIL: APENAS SEGUE A ORIENTAÇÃO INTERNACIONAL DO “CLUBE DE BILDERBERG”...


O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu nesta quarta-feira (06/05) a taxa Selic de 3,75% para 3% ao ano. Esse é o sétimo corte consecutivo da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade do nível de juros praticados entre instituições financeiras públicas e privada, o que exclui a taxa real cobrada no chamada “ponta” do crédito, ou seja pessoas físicas ou jurídicas. Com isso, a Selic está agora em um novo piso mínimo da série histórica do Copom, em plena pandemia com a economia semi-paralisada. Segundo o próprio comunicado oficial divulgado pelo Banco Central, o Copom tomou esta decisão por conta da forte queda no nível de atividade da economia mundial. A nota do Banco Central afirma cinicamente a opção do modelo neoliberal para supostamente enfrentar a crise: “Políticas fiscais de resposta à pandemia que piorem a trajetória fiscal do país de forma prolongada, ou frustrações em relação à continuidade das reformas, podem elevar os prêmios de risco e gerar uma trajetória para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária". A decisão do colegiado do BC já era esperada pelo mercado financeiro embora o corte inicialmente estimado fosse de 0,50  ponto percentual, porém a pressão inflacionária exercida pela disparada do Dólar, cujo os insumos importados “alimentam” a indústria nacional, pode fazer a ação do BC ter pouca ou nenhuma efetividade, a não ser para os grandes rentistas. Somente hoje no mesmo dia do anúncio do Copom, o Dolar disparou 2% e fechou a inéditos R$ 5,70, em mais um recorde nominal, sem contar a inflação. A crise capitalista de superprodução obrigou já há algum tempo bem antes da pandemia, os Bancos Centrais das principais economias mundiais a operarem uma drástica redução da taxa de juros, o exemplo maior do FED norte-americano, que já praticava juros negativos apontava  esta tendência. Essa nada mais é a do que a orientação política geral dos grandes rentistas, reunidos no “Clube de Bilderberg”. Na prática o corte nos juros facilita a inundação de crédito para as grandes corporações financeiras, que inclusive trabalham como “caixas operacionais” dos Tesouros estatais. Para a imensa maioria classe trabalhadora mudança alguma ocorrerá com a redução da Selic, ao contrário, será “convidada” a de endividar cada vez com taxas de juros nas alturas, isso quando conseguem ter algum crédito aprovado, após rígidas provas de cadastros draconianos. Somente a estatização dos bancos, sob o controle dos trabalhadores, com o confisco de suas “carteiras” e fundos no exterior, sem indenização alguma, poderá garantir o crédito negativo e subsidiado para a utilização do proletariado e das pequenas e médias empresas.