segunda-feira, 11 de maio de 2020

FOME NA “CIDADE DOS BANCOS”: EM GENEBRA (SUÍÇA) A PANDEMIA DA CRISE CAPITALISTA FORMOU UMA FILA DE FAMINTOS


A pandemia da crise econômica revelou que os piores flagelos do capitalismo, como a fome, que a propaganda da mídia corporativa encobria há décadas, continuam presentes como sempre estiveram, e não apenas nos países do chamado “Terceiro Mundo”, mas também em países mais "desenvolvido” e até mesmo considerados como o “paraíso do capital financeiro”. Porém na atual etapa de decadência das forças produtivas, a fome é inerente ao qualquer “estágio” do capitalismo,  e só terminará quando uma nova sociedade diferente for construída: a socialista! No sábado passado(09/05)milhares de pessoas fizeram fila para comer em Genebra, na Suíça. Até agora, a cidade suíça que abriga as sedes da ONU e da Cruz Vermelha, era conhecida apenas por grandes bancos, diplomacia e bom chocolate. Agora o mundo acaba de saber que o chocolate suíço não é para todos. A fila de famintos para receber ajuda alimentar começou a se formar às cinco horas da manhã, em frente à pista de gelo de Vernets, segundo a associação Caravana de Solidaridad, organizadora da atividade solidária. Quando a distribuição começou quatro horas depois, a fila, na qual as pessoas usavam máscaras e estavam a dois metros de distância, se estendeu por mais de um quilômetro. Segundo os organizadores, havia mais de 2.000 pessoas famintas esperando por uma “ração”. A Caravana de Solidariedade já organizou seis campanhas de distribuição de alimentos e os pedidos estão aumentando em número cada vez mais. Silvia, 64 anos, é uma trabalhadora filipina desempregada pela crise capitalista, e que aguarda seu turno há três horas. "Precisamos de comida", afirmou ela: "Tudo ficou muito mais difícil desde o início da crise", concluiu. Cerca de 1.500 grandes sacolas cheias de arroz, macarrão, café instantâneo ou cereal são armazenadas ao longo das paredes do amplo saguão e enchem uma sala próxima. Se as reservas alimentares se esgotarem, serão distribuídos vales no valor de 20 francos suíços (cerca de 19 Euros). Juntamente com os organizadores do evento os “Médicos Sem Fronteiras” oferece testes de coronavírus, mas isso não é suficiente para “encher a barriga” das pessoas que precisam se alimentar para sobreviver. Uma pesquisa com 550 pessoas que foram ao banco de alimentos na semana passada mostrou que mais da metade delas não possuía documentos, um terço tinha autorização de residência e cerca de um quatro cento tinham nacionalidade suíça. Segundo o Instituto Federal de Estatística da Suíça cerca de 8% da população do país dos “cantões”, ou seja, quase 660.000 pessoas, vivem na pobreza, de um milhão considerado em situação precária. Em uma região que concentra os “cofres” pessoais mais abarrotados do mundo, concentrando as fortunas dos bilionários rentistas, a fome começa a delinear o cenário da Suíça e a revolução proletária entrará muito em breve na pauta do país dos Alpes, expropriando o capital financeiro para seu povo pobre e oprimido ter os direitos elementares da humanidade em pleno século XXI.