sexta-feira, 1 de maio de 2020

BALANÇO DO ATO “VIRTUAL” DE 1º DE MAIO DA CUT: EXPRESSÃO “CONCRETA” DA FRENTE AMPLA DO PT COM PARTIDOS BURGUESES PARA SUBSTITUIR BOLSONARO POR UM “GOVERNO DE UNIÃO NACIONAL”


O ato de 1º de maio “virtual” da CUT contou com a participação da FHC, Witzel, Marina Silva e Ciro, ou seja, inimigos históricos dos trabalhadores. Lula convidou seus parceiros de palanque midiático a construir uma frente ampla burguesa contra o governo Bolsonaro, que olho nas eleições de 2022. Trata-se de uma traição histórica da Frente Popular a luta independente dos trabalhadores, na medida em que amarra a oposição ao neofascista as forças burguesas que sustentam no parlamento o ajuste neoliberal que vem sendo descarregado nas costas dos explorados pelo estafeta dos rentistas, Paulo Guedes. Maia e Alcolumbre não participaram porque são os interlocutores diretos do plano de guerra que o Planalto vem desferindo contra os explorados, avaliaram que não seria “prudente” abrir esse flanco nesse momento. O que fica evidente é que entramos em um novo ciclo político em plena pandemia, a possibilidade no horizonte de um processo de impeachment de Bolsonaro levou o PT a procurar fechar um acordo com o PSDB, PDT, Rede e outros partidos burgueses para fazer uma transição “por cima”, onde o movimento operário sequer entre em cena rumo a um governo de “união nacional”. De nossa parte denunciamos essa armadilha e convocamos a vanguarda classista a romper esse pacto de colaboração de classes, seguindo o exemplo de vários países como o Líbano e a Grécia, onde os trabalhadores saíram às ruas hoje contra a repressão que a burguesia tem desatado contra os explorados usando como pretexto a pandemia. É necessário tirar as lições desse 1º de Maio porque a política de sabotagem das lutas e subordinação dos sindicatos e suas organizações de luta aos partidos burgueses vai ter desde agora uma dinâmica cada vez mais profunda. Na medida em que as mortes vão continuar, o desemprego vai crescer e a crise econômica se aprofundará o PT e a CUT vão ser acionados pela burguesia a conter a luta de classes, sustentando o regime político burguês e suas instituições corruptas até que seja feita uma transição segura para um novo gerente que venha a substituir futuramente Bolsonaro, com o objetivo de jogar de forma ainda mais dura o ônus da crise capitalista sobre as costas dos trabalhadores! Faz-se urgente convocar a resistência a esta estratégia suicida do PT, convocando os lutadores a organizarem desde as bases operárias e populares uma alternativa revolucionária a essa política que vai literalmente enterrar nossos combates, impondo a “paz dos cemitérios” entre as classes que tanto interessa a elite dominante!