BALANÇO DO ATO “VIRTUAL” DE 1º DE MAIO DA CUT:
EXPRESSÃO “CONCRETA” DA FRENTE AMPLA DO PT COM PARTIDOS
BURGUESES PARA SUBSTITUIR BOLSONARO POR UM “GOVERNO DE UNIÃO NACIONAL”
O ato de 1º de maio “virtual” da CUT contou com a
participação da FHC, Witzel, Marina Silva e Ciro, ou seja, inimigos históricos
dos trabalhadores. Lula convidou seus parceiros de palanque midiático a
construir uma frente ampla burguesa contra o governo Bolsonaro, que olho nas
eleições de 2022. Trata-se de uma traição histórica da Frente Popular a luta
independente dos trabalhadores, na medida em que amarra a oposição ao
neofascista as forças burguesas que sustentam no parlamento o ajuste neoliberal
que vem sendo descarregado nas costas dos explorados pelo estafeta dos
rentistas, Paulo Guedes. Maia e Alcolumbre não participaram porque são os
interlocutores diretos do plano de guerra que o Planalto vem desferindo contra
os explorados, avaliaram que não seria “prudente” abrir esse flanco nesse
momento. O que fica evidente é que entramos em um novo ciclo político em plena
pandemia, a possibilidade no horizonte de um processo de impeachment de
Bolsonaro levou o PT a procurar fechar um acordo com o PSDB, PDT, Rede e outros
partidos burgueses para fazer uma transição “por cima”, onde o movimento
operário sequer entre em cena rumo a um governo de “união nacional”. De nossa
parte denunciamos essa armadilha e convocamos a vanguarda classista a romper
esse pacto de colaboração de classes, seguindo o exemplo de vários países como
o Líbano e a Grécia, onde os trabalhadores saíram às ruas hoje contra a
repressão que a burguesia tem desatado contra os explorados usando como
pretexto a pandemia. É necessário tirar as lições desse 1º de Maio porque a
política de sabotagem das lutas e subordinação dos sindicatos e suas
organizações de luta aos partidos burgueses vai ter desde agora uma dinâmica
cada vez mais profunda. Na medida em que as mortes vão continuar, o desemprego
vai crescer e a crise econômica se aprofundará o PT e a CUT vão ser acionados
pela burguesia a conter a luta de classes, sustentando o regime político
burguês e suas instituições corruptas até que seja feita uma transição segura
para um novo gerente que venha a substituir futuramente Bolsonaro, com o
objetivo de jogar de forma ainda mais dura o ônus da crise capitalista sobre as
costas dos trabalhadores! Faz-se urgente convocar a resistência a esta
estratégia suicida do PT, convocando os lutadores a organizarem desde as bases
operárias e populares uma alternativa revolucionária a essa política
que vai literalmente enterrar nossos combates, impondo a “paz dos cemitérios” entre as classes que
tanto interessa a elite dominante!