Lula confirmou hoje (30/09) que não aceitará entrar na
arapuca armada pelos Procuradores bandidos da famigerada operação Lava Jato.
Uma posição justa e corajosa, apesar do pedido de seus familiares e de alguns
dirigentes do PT, para que aceitasse a semiliberdade que a malfadada “República
de Curitiba” estava a lhe “oferecer”. Porém com a mesma linha política da
Frente Popular, busca uma aliança com os Ministros Golpistas do STF,
alimentando mais uma vez nefastas ilusões nesta mafiosa Corte Suprema.Se a manobra
política do bando criminoso de Deltan e Moro, que diante do desgaste provocado
pela “Vaza Jato” e das “confissões” de
Janot, agora se apressa em seguir o “rigor da lei”, está cristalina,
desgraçadamente não fica claro para a esquerda reformista que a estratégia de
“frente ampla” com setores da burguesia golpista (arrependida?) poderá conduzir
a desastres ainda piores. E essa mesma estratégia de colaboração de classes
fica patente na nova “Carta aos brasileiros”, embora esta não trate
especificamente de alianças eleitorais policlassistas ou compromissos
econômicos neoliberais com a burguesia, como a “Carta” de 2002. Mas se
debruçarmos atenção sobre as expectativas alimentadas por Lula nas mesmas
instituições que instauraram esse regime de exceção, do qual sua prisão
política é uma das melhores comprovações, vemos que a estratégia do PT e seus
satélites continua exatamente a mesma que nos conduziu ao golpe parlamentar de
2016. Ao invés de convocar uma vigorosa mobilização nacional, galvanizando
amplas camadas da classe trabalhadora e da juventude para lutar pela sua
libertação imediata e incondicional pela via da ação direta das massas, Lula
recorre às ilusões nas “instituições republicanas” do Estado capitalista:
“Diante das arbitrariedades cometidas pelos procuradores e por Sérgio Moro,
cabe agora a Suprema Corte corrigir o que está errado, para que haja Justiça
independente e imparcial”.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
domingo, 29 de setembro de 2019
CAMARADA JONAS PRESENTE! FASCISTAS NÃO PASSARÃO! NO DIA 4 DE
NOVEMBRO ATO NACIONAL EM MEMÓRIA DOS 50 ANOS DA MORTE DE CARLOS MARIGHELLA!
No dia 29 de setembro de 1969, o operário e dirigente
comunista da ALN, Virgílio Gomes da Silva foi arrancado de sua casa, nas
esquinas das avenidas São João com Duque de Caxias, no Centro de São Paulo, e
levado para a sede do DOI-Codi da rua Tutoia, o principal órgão de repressão da
Ditadura Militar na cidade. Morreria 12 horas depois, ao fim de longa sessão de
espancamento e tortura da qual participaram pelo menos nove agentes da Operação
Bandeirantes (OBAN). Caía morto assim um dos nomes mais destacados dirigentes
da Aliança Libertadora Nacional (ALN), corrente revolucionária de combate à
ditadura militar cujo líder, Carlos Marighella, seria assassinado pouco mais de
um mês depois, em uma emboscada na cidade de São Paulo. Virgílio Gomes da
Silva, codinome Jonas, tivera papel central no sequestro do embaixador
estadunidense Charles Burke Elbrick, ocorrido no começo daquele mesmo mês. O
episódio político, um dos mais conhecidos da história da luta armada no Brasil,
e também com grandes repercussões internacionais, foi um marco de bravura e
heroísmo da guerrilha urbana, e teve como objetivo central a libertação de
dezenas de presos políticos do cárcere do regime militar.
“FORA COLLOR”: HÁ 27 ANOS A BURGUESIA DESCARTAVA UM “LADRÃO DE GALINHAS ” PARA INICIAR A ERA DA PRIVATARIA TUCANA...
Há exatos vinte e sete anos, no dia 29 de setembro de 1992, o Congresso Nacional votava o relatório da CPI do “PC Farias” que encaminhava a perda do mandato do então presidente da república Fernando Collor de Melo por crime de responsabilidade, era o início do fim para o alagoano conhecido como o “caçador de marajás”. A “histórica” sessão do Congresso, presidida pelo deputado gaúcho Ibsen Pinheiro (pouco tempo depois o próprio parlamentar peemedebista foi cassado pelos seus pares) teve um resultado acachapante a favor do “impeachment”, 441 votos sim e somente 38 contra, pela primeira vez a burguesia brasileira descartava um presidente eleito, pela via institucional, sem recorrer aos tradicionais golpes de estado comandados por milicos treinados pela CIA. As acusações que pesavam contra Collor foram concentradas contra seu tesoureiro de campanha, o lendário “PC Farias”, por ter recebido de “propina” de corrupção um automóvel Fiat Elba, uma verdadeira piada da vida real, chancelada como verídica por todos seus ex-apoiadores, como seu próprio irmão (Pedro) e a poderosa organização mafiosa Globo. Fiel politicamente até o fim ao amigo Collor somente o falecido ACM, que com uma fração de seu partido, o PFL, lhe brindou os 38 votos contrários a sua cassação. Mas, o “inferno astral” do primeiro presidente eleito após o fim do regime militar, começou mesmo no mesmo dia que assumiu o governo, em março de 1990, com um decreto de congelamento da poupança popular, Collor iniciava uma sinuosa trajetória de “rupturas” que poucos anos depois acabaram por deflagrar o movimento dos “Cara Pintadas”, considerado pelos revisionistas da LIT, como a “segunda revolução democrática no país” (a primeira teria sido a campanha das “Diretas Já”), na verdade mais uma manobra política das classes dominantes que granjeia o apoio das massas. Para compreender as razões da queda de Collor, de um ângulo marxista, será necessário retroceder um pouco mais na história e voltar ao final dos anos 80, precisamente no processo de esgotamento da chamada “Nova República” do biônico Sarney.
Há exatos vinte e sete anos, no dia 29 de setembro de 1992, o Congresso Nacional votava o relatório da CPI do “PC Farias” que encaminhava a perda do mandato do então presidente da república Fernando Collor de Melo por crime de responsabilidade, era o início do fim para o alagoano conhecido como o “caçador de marajás”. A “histórica” sessão do Congresso, presidida pelo deputado gaúcho Ibsen Pinheiro (pouco tempo depois o próprio parlamentar peemedebista foi cassado pelos seus pares) teve um resultado acachapante a favor do “impeachment”, 441 votos sim e somente 38 contra, pela primeira vez a burguesia brasileira descartava um presidente eleito, pela via institucional, sem recorrer aos tradicionais golpes de estado comandados por milicos treinados pela CIA. As acusações que pesavam contra Collor foram concentradas contra seu tesoureiro de campanha, o lendário “PC Farias”, por ter recebido de “propina” de corrupção um automóvel Fiat Elba, uma verdadeira piada da vida real, chancelada como verídica por todos seus ex-apoiadores, como seu próprio irmão (Pedro) e a poderosa organização mafiosa Globo. Fiel politicamente até o fim ao amigo Collor somente o falecido ACM, que com uma fração de seu partido, o PFL, lhe brindou os 38 votos contrários a sua cassação. Mas, o “inferno astral” do primeiro presidente eleito após o fim do regime militar, começou mesmo no mesmo dia que assumiu o governo, em março de 1990, com um decreto de congelamento da poupança popular, Collor iniciava uma sinuosa trajetória de “rupturas” que poucos anos depois acabaram por deflagrar o movimento dos “Cara Pintadas”, considerado pelos revisionistas da LIT, como a “segunda revolução democrática no país” (a primeira teria sido a campanha das “Diretas Já”), na verdade mais uma manobra política das classes dominantes que granjeia o apoio das massas. Para compreender as razões da queda de Collor, de um ângulo marxista, será necessário retroceder um pouco mais na história e voltar ao final dos anos 80, precisamente no processo de esgotamento da chamada “Nova República” do biônico Sarney.
sábado, 28 de setembro de 2019
TIRO NO PÉ DE JANOT: EX-PGR BUSCOU COM SUA “CONFISSÃO” AÇULAR A OFENSIVA FASCISTA, PORÉM O QUE CONSEGUIU FOI DEBILITAR A LAVA JATO QUE AGORA PEDE “LULA SEMILIVRE JÁ!”
Os efeitos políticos da inesperada confissão de seus
instintos assassinos contra um Ministro da Corte Suprema, parecem apontar no
sentido oposto do que o pretendido pelo ex-Procurador Geral da República. Na
verdade Rodrigo Janot deu um “tiro no próprio pé”, ao invés de acertar com sua
pistola carregada Gilmar Mendes, uma outra figura da alta cúpula do Estado
Burguês não menos mafiosa e corrupta. Ao tomar conhecimento das “confissões”
publicadas por Janot, o Ministro Alexandre de Moraes tratou logo de desarmar e
desmoralizar o antigo chefe da Lava Jato, enviando a Polícia Federal para a
residência de Rodrigo, com direito inclusive a seção de fotos hoje publicadas
por toda a mídia corporativa do país. É o que podemos chamar de “Ironia da
História”, o outrora “chefão marrento” do Ministério Público, sendo achacado
por policiais, cumprindo ordens do STF a quem prestou relevantes serviços
golpistas e antidemocráticos. É necessário entender, como já afirmamos em
artigo anterior, que a confissão de Janot não foi motivada por um ingênuo
“sentimento de culpa”, sua estratégia era acelerar o desgaste social do
Supremo, em particular do Ministro Gilmar Mendes, principal alvo das hordas
fascistas(e dos próprios Procuradores da Lava Jato) que o acusam de
“trairagem”, por conta de suas sentenças contrárias aos desmandos da “República
de Curitiba”. Mas o “feitiço virou contra o feiticeiro” e a repercussão das
intenções sicárias de Janot foi a pior possível, escandalizando a opinião
pública que inocentemente não tem conhecimento dos bastidores podres e
criminosos da nossa “República de assassinos”, parafraseando o memorável filme
do cineasta Miguel Faria Júnior.
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
EX-CHEFE GERAL DA LAVA JATO ESTIMULA ATAQUE AO STF: CONFISSÃO DO BANDITISMO DE JANOT É A SENHA PARA AS HORDAS BOLSONARISTAS “TERMINAREM O SERVIÇO” QUE ELE NÃO CONCLUIU...
O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou
nesta quinta-feira, 26/09 que chegou a ir armado para o Supremo Tribunal
Federal (STF) com a intenção de assassinar o ministro Gilmar Mendes: “Não ia
ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me
suicidar” (entrevista de Janot ao jornal O Estado de S. Paulo). Não por
coincidência o STF julgou nesta mesma quinta-feira um habeas corpus que
defendia que réus delatados deveriam apresentar alegações finais após os réus
delatores em ação penal, uma tese que foi aprovada por ampla maioria na seção
da Corte e que levará necessariamente a anulação de dezenas de sentenças
fraudulentas da Lava Jato, chanceladas pelo justiceiro Sérgio Moro. A
“confissão” pretérita de Janot não tem nada do tipo de um “peso na consciência”
por parte de um criminoso, na verdade é a senha para a deflagração de um ataque
geral ao STF por partes das hordas bolsonaristas, que já preveem uma série de
derrotas da famigerada “República de Curitiba” hoje encastelada no Palácio do
Planalto. O banditismo confesso de uma figura que esteve à frente de um
organismo nacional de “defesa da constituição” colocou a nu o caráter das
máfias burguesas que controlam todo o sistema judiciário do país. Em particular
Rodrigo Janot, teve um papel de protagonismo político no golpe institucional
que derrubou o governo petista da presidente Dilma Rousseff, fornecendo todo o
suporte da PGR para “amedrontar” os ministros do STF, que na época seguiram à
risca a cartilha da farsa da Lava Jato. Gilmar Mendes, o suposto desafeto de
Janot, foi um dos principais impulsionadores do impeachment de Dilma no
Supremo, chegando mesmo anular a nomeação de Lula como Ministro de Estado do
governo petista. Agora a disputa inter burguesa pelo controle da máquina
estatal atinge um grau elevado, fazendo com que antigos adversários se
unifiquem na oposição ao atual governo neofascista de Bolsonaro. É o caso de
Gilmar Mendes, um golpista de primeira hora e que agora enfrenta a “fúria” dos
lavajatistas e bolsonaristas, inconformados com sua nova postura em apoio ao
setor garantista do STF. O “segredo” da virada nas posições de Gilmar na Corte
encontra-se na formação do chamado “Centrão”, bloco parlamentar que controla o
Congresso Nacional, aprovando integralmente na agenda neoliberal de Paulo
Guedes, mas se colocando como “oposição moderada” ao governo Bolsonaro. Gilmar
e Rodrigo Maia atuam em total sintonia política e ameaçam quebrar a frágil
maioria da Lava Jato estabelecida nas instâncias superiores da República após o
golpe parlamentar de 2016. Obviamente que as forças da Frente Popular (PT, PSOL
e PCdoB) também ingressaram de “carona” neste novo bloco de poder do Centrão,
com algumas ressalvas, mas de olhos fixados nas eleições presidenciais de 2022.
Estes “arranjos” sem nenhum princípio programático da política burguesa têm
gerado uma certa confusão nas trincheiras dos neófitos fascistas, que
escolheram o que consideram “elo” mais fraco no STF para deflagrarem um ataque
de proporções ainda imprevisíveis, como demonstrou as últimas declarações do
sicário Rodrigo Janot.
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
NÃO À REPRESSÃO DA PM CONTRA A GREVE NA EMBRAER! RETOMAR A PARALISAÇÃO COM A OCUPAÇÃO DA EMPRESA ATÉ ARRANCAR A VITÓRIA! POR COMITÊS OPERÁRIOS DE AUTO-DEFESA DOS TRABALHADORES!
Os trabalhadores da Embraer em São José dos Campos (SP)
entraram em greve nesta terça-feira, dia 24. Entre as reivindicações da
categoria está o aumento real dos salários, manutenção de direitos do acordo
coletivo e estabilidade no emprego. Polícia Militar espancou sindicalista
imobilizado durante a greve na Embraer, contra a venda para a Boeing e pela
garantia de emprego. De forma absurda, a paralisação foi suspensa pela direção
do Sindicato dos Metalúrgicos (PSTU e Resistência-PSOL) alegando a repressão. Até o
exército estava nas ruas desde as primeiras horas do dia, em uma grande operação
contra a greve. Faz-se necessário tomar o caminho inverso, ocupar a fábrica e
radicalizar a luta, convocando a paralisação geral de toda a categoria. A
empresa vem tentando acabar com a cláusula que garante estabilidade no emprego
para os lesionados e para novos contratados, além de pressionar para que no
acordo coletivo conste a possibilidade de “terceirização em situações
extraordinárias”. A medida não passa de uma armadilha para precarização do
trabalho e rebaixamento de salários. Além disso ameaça o próprio direito de
greve e de negociação dos trabalhadores dando margem para contratação de
terceirizados para furarem a greve. Para garantir seus direitos os
trabalhadores devem lutar pela reestatização da Empresa. É hora de unificar as
lutas com outras categorias em luta, como os petroleiros ou Correios, em
campanha contra as privatizações. Os trabalhadores de São José dos Campos
estão, desde o ano passado, em campanha contra a entrega da empresa nacional
para a Boeing, dos Estados Unidos. Bolsonaro-Mourão-Guedes querem impor
completa submissão do país aos interesses do imperialismo, fazendo-nos regredir
a simples colônia. Desgraçadamente, as plantas da Embraer de Araraquara e
Botucatu dirigidas pela CUT e Força Sindical não aderiram à greve. O Sindicato
dos Metalúrgico de São José dos Campos, a Conlutas, o PSTU e a Resistência precisam
desde já convocar uma nova assembleia para deliberar pela ocupação da empresa
até a vitória!
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
ÚLTIMA PESQUISA IBOPE: SEGUE A FRITURA “LENTA, GRADUAL E SEGURA” DE BOLSONARO. TUDO DENTRO DO PACTO ESTABELECIDO ENTRE O PT E O CENTRÃO, DEFINIÇÃO POLÍTICA SÓ NAS ELEIÇÕES DE 2020...
Pesquisa do Ibope realizada entre 19 e 22 de setembro, revela que o neofascista Bolsonaro cai em todos os indicadores na compreensão do povo brasileiro em relação às pesquisas anteriores. A avaliação positiva do governo está em 31%; 50% desaprovam-no e 55% disseram "não confiar" no governo golpista. A avaliação positiva (ótimo e bom) do capitão era de 35% em abril, caiu para 32% em junho e agora está em 31%. A avaliação negativa (ruim e péssimo), por sua vez, subiu de 27% em abril para 32% em junho e em setembro chegou a 34%. Os que consideram o governo Bolsonaro "regular" são 32% (eram 31% em abril e os mesmos 32% em junho). Os que não sabem ou não quiserem responder somaram 3%. Como já afirmamos por diversas vezes no Blog da LBI, estas pesquisas sejam dos pseudos “institutos” IBOPE ou DataFolha, expressam muito mais a vontade política da burguesia do que propriamente uma aferição confiável e científica das demandas populares. De qualquer forma a regularidade dos índices apresentados nas pesquisas de avaliação do atual governo, indicam uma tendência “lenta, gradual e segura” (como o processo de abertura política engendrado pelo general Golbery) do desgaste popular sofrido por Bolsonaro. Obviamente que em função do freio as mobilizações de massa contra o governo neofascista, imposto pela política de colaboração de classes da Frente Popular, poucos reformistas ainda deliram prognosticando a queda iminente de Bolsonaro. Nem mesmo a destituição do Ministro justiceiro Moro, considerada “líquida e certa” pela blogosfera petista após as revelações da Vaza Jato, é mais aventada nos círculos da esquerda burguesa.
terça-feira, 24 de setembro de 2019
ABERTO PROCESSO DE IMPEACHMENT CONTRA TRUMP: EM MARCHA UM GOLPE PARLAMENTAR REACIONÁRIO TRAMADO PARA IMPOR O RECRUDESCIMENTO DO REGIME POLÍTICO IANQUE PELOS FALCÕES “DEMOCRATAS”
A presidente da Câmara dos Estados Unidos, a Democrata Nancy
Pelosi, anunciou nesta terça-feira (24.09) a abertura do processo de
impeachment contra o presidente Donaldo Trump. Trump é acusado de tentar
pressionar a Ucrânia para investigar o ex-vice-presidente Joe Biden, um
possível adversário nas eleições de 2020. “Hoje, estou anunciando que a Câmara
dos Deputados está avançando com um inquérito oficial de impeachment. O
presidente deve ser responsabilizado. Ninguém está acima da lei”, declarou
Nancy em sessão no Congresso. “Foi uma violação das responsabilidades constitucionais",
disse ainda, em declaração à imprensa, se referindo à conversa de Trump com o
presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em julho. Trump respondeu no Twitter, se dizendo vítima
de perseguição: “Eles nunca viram a transcrição da ligação. A caça às bruxas
total!". A LBI caracterizou com muita precisão esta tendência golpista no “coração”
do imperialismo em 2017, imediatamente após a vitória eleitoral do “palhaço
reacionário” Donald Trump, em um artigo publicado em janeiro daquele ano que
agora reproduzimos na íntegra para nossos leitores do BLOG logo abaixo. Não
podemos, como Marxistas Revolucionários, de nos abster da denúncia política do
nefasto papel jogado pelo partido Democrata, controlado pelo clã dos Clintons,
na preparação da marcha do golpe de estado que visa retroceder as conquistas
democráticas do proletariado norte-americano, justamente quando o proletariado
encontra-se em luta, como estamos vendo com a greve nacional operária na GM. Trump
foi a farsa republicana que tomou o lugar do Tea Party na eleição passada que
derrotou a senhora da guerra “madame Clinton”. Sua permanência na Casa Branca é
temporária por mais que tente agradar os Falcões do Pentágono. Entretanto
durante todo seu mandato não teve força suficiente para deflagrar um ataque
real contra os “inimigos” militares dos EUA (Rússia, China e a própria Coréia
do Norte), por isso está marcado para cair. Nosso combate mortal revolucionário
contra o reacionário Trump não nos impede de denunciar o que seria um
novo governo ianque controlado diretamente pelos generais e falcões Democratas
do Pentágono, ou seja, um retrocesso histórico ímpar para o conjunto da classe
operária internacional que devemos combater apontando a independência política
de classe diante dos bandos burgueses em disputa!
O IDIOTA ÚTIL: BURGUESIA IANQUE EMPOSSOU TRUMP E JÁ PREPARA
UM GOLPE DE ESTADO PARA IMPOR UM RECRUDESCIMENTO AO REGIME REPUBLICANO (PARTE –
I)
(BLOG DA LBI, 21 DE JANEIRO DE 2017)
O cenário estava todo armado para um retumbante fiasco
eleitoral de Trump: sem apoio de massas, sem respaldo do próprio partido, além
de enfrentar uma candidata lançada pelo establishment dominante imperialista.
Mesmo derrotado no voto popular (a maior derrota nas urnas de toda a história
republicana dos EUA, cerca de 2,8 milhões de votos) a burguesia ianque impôs a
sua posse, mas por que? A resposta embora complexa deve ser bem direta: Diante
da enorme crise financeira que se avizinha para o início da nova década, o
imperialismo necessitava fazer "ajustes" em seu regime político e o
melhor caminho encontrado foi dar a vitória ao "palhaço reacionário"
para depois o golpeá-lo facilmente do poder, "implantando" um outro
formato de regime ao velho republicanismo "democrático" dos EUA. É
verdade que existiam outros caminhos para as classes dominantes ianques que
agiram em plena sintonia com a elite financeira bursátil mundial, o primeiro
seria "empoderar" na Casa Branca uma alternativa vinda do "Tea
Party" (ainda permanecendo como uma ala intestina do Partido Republicano)
e derrotar facilmente a odiada madame Clinton. Parecia o roteiro mais evidente,
porém ainda muito prematuro para a conjuntura de 2017, com os EUA atravessando
uma leve recuperação econômica do crash sofrido em 2008. A outra rota possível
e que até a nós da LBI se apresentou como "factível", representaria
uma vitória dos Democratas como a expressão de uma "ponte" temporal
para a transição de um governo de extrema direita em 2021. Entretanto a diversificação
nacional do voto "trumpista" pelos rincões mais castigados e
atrasados do país, levando os Republicanos a um triunfo folgado no Colégio
Eleitoral, forçou a posse do bilionário falastrão no comando do monstro
imperial. Estamos concientes que o nosso prognóstico histórico para a próxima
etapa que os EUA atravessará não é um mero palpite leviano, sabemos que este
país imperialista símbolo da democracia ocidental moderna nunca foi permeado
por um golpe de estado, como a França e Alemanha por exemplo, apesar de já
terem acontecido algumas tentativas como o assassinato do presidente Kennedy em
1963 e mais longinquamente uma guerra civil em 1861 que culminou com o outro
assassinato, o de Abraham Lincoln pouco depois. O próprio "cowboy"
republicano Ronald Reagan também foi alvo de uma tentativa de eliminação física
mal sucedida em 1981(chegou a ser atingido por vários tiros), 69 dias logo após
assumir a presidência da república, nesta ocasião o Secretário de Estado
Alexander Haig chegou a anunciar que estava no comando da nação, tendo que ser
"demovido" da iniciativa poucas horas depois. Portanto tentar ou
mesmo matar presidentes nos EUA não é propriamente uma "novidade" na
maior "democracia" do planeta, porém conseguir suprimir mesmo que
parcialmente a constituição federal celebrada com apenas 7 artigos em 1788 será
uma operação de grande envergadura com gravíssima repercussão histórica não só
para o destino dos EUA.
O FANTOCHE TUPINIQUIM DE TRUMP DEBUTA NA ONU: O IMPERIALISMO IANQUE É QUEM PATROCINA O NEOFASCISTA PARA RAPINAR A SEMI-COLÔNIA BRASILEIRA...
Em um dos momento mais constrangedores da longa história
diplomática do Brasil, o neofascista Jair Bolsonaro fez um discurso que revelou
toda sua submissão ao imperialismo ianque na abertura da Assembleia Geral da ONU.
Após exaltar o golpe militar de 1964, o fantoche de Trump afirmou que a:
"Ditadura cubana trouxe ao Brasil médicos sem comprovação médica".
Complementando as asneiras também disse: "Trabalhamos com os EUA para a
democracia ser restabelecida na Venezuela e para que outros países não
experimentem este nefasto regime". Ao falar sobre a Amazônia, Bolsonaro
atacou "Países com espírito colonislista", em referência às críticas
de nações imperialistas europeias. "Clima seco favorece queimadas. Existem
queimadas praticadas por índios". O discurso de Bolsonaro na ONU de cabo
a rabo teve um viés neofascista: ataca Cuba, Venezuela e o Socialismo de uma
forma geral. Ainda saudou a ditadura e o golpe militar que marcou sinistramente
a história brasileira. Uma verdadeira “vergonha” para a burguesia nacional que
colocou o neofascista no Planalto para liquidar as conquistas históricas do
proletariado e promover a rapina imperialista sobre os recursos naturais do
Brasil.
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
UAW: GREVE PARA VENCER!
(DECLARAÇÃO DA SPARTACIST LEAGUE/WORKERS VANGUARD, ACERCA DA GREVE OPERÁRIA DA GM NOS EUA)
Cerca de 50.000 trabalhadores da indústria automobilística
chegaram às linhas de piquete, deixando as fábricas vazias da General Motors em
todo o país. Duas grandes forças de
classe opostas estão agora em batalha aberta, e o impacto poderá em breve ser
sentido em fornecedores de peças e em outros setores da economia dos EUA, bem
como no “império” GM no Canadá e no México. Os membros da United Auto Workers (UAW/União dos trabalhadores
automotivos, nota do tradutor), fartos de anos de sacrifício forçado, são
confrontados com uma “gigante da indústria” que registra uma soma de mais de US$ 30 bilhões em lucros apenas nos últimos três anos, acumulada no sangue e no
suor dos trabalhadores. A montadora,
como todos os capitalistas, está longe de estar satisfeita. A GM quer espremer
mais dos trabalhadores, incluindo os custos mais altos de assistência médica e
um insignificante aumento salarial abaixo da inflação. Uma greve dura e
vitoriosa também pode ajudar a revigorar outras lutas sindicais para derrotar
os chefes sedentos de lucro em outros lugares, principalmente na Ford e Fiat
Chrysler.
PLENÁRIA NACIONAL LULA LIVRE: PARA O PCO VALEU O DITADO POPULAR, “QUEM MUITO SE CURVA ACABA MOSTRANDO OS FUNDILHOS”...
Em um artigo repleto de “lamúrias” o PCO acaba de lançar seu
balanço da “Plenária Nacional Lula Livre” realizada neste sábado (21.09) no
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, berço da Força Sindical. Rui Pimenta
“desabafa” inconformado que seu partido foi impedido de “sentar na mesa” da
atividade convocada pelo PT. Também reclama que “omitiram o PCO da convocatória
do ato”. Qual o motivo da Frente Popular desprezar tão fiel aliado? A resposta
é simples, de tão servil a política de colaboração de classes do PT, o PCO se
viu “escanteado” quando balbuciou algumas críticas à política oficial das
alianças burguesas do PT, cuja direção, seguindo as ordens diretas de Lula, é
contrária ao “Fora Bolsonaro” e vem costurando uma “frente ampla” com setores
neoliberais e golpistas. Em resumo, longe do “giro à esquerda” como
prognosticou Rui Pimenta durante todo o último período, o PT vem sustentando o
governo comandado pelo neofascista e negocia a futura liberdade de Lula, dando
como garantia o respeito as instituições do apodrecido regime burguês. O mais
irônico é que o texto do PCO, no melhor estilo dos devaneios de “Dom Quixote”,
cria um suposto “cabo de guerra” entre a direção petista e a “vontade da base”.
Segundo Rui Pimenta “O que deu ao encontro um alento foram os militantes,
críticos, impacientes e mais importante, combativos, eles propuseram atos,
mobilizações, a base puxa para a esquerda, resta saber quem ganhará o cabo de
guerra”. No mundo dos sonhos reformistas do PCO, a Frente Popular pode ser
derrotada em sua política de colaboração de classes pela própria militância
petista, diga-se um ativismo completamente corrompido, tanto que onde o PT
governa está aliado não somente a centro-esquerda burguesa mas com a direita,
como na Bahia, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. O PCO sobrevive das migalhas
materiais ofertadas pelo PT e, mais recentemente, de “negócios” obscuros que
sustentam essa legenda completamente oca. Nos últimos anos tornou-se um
apêndice da direção petista, agora esta exige do PCO fidelidade total à sua linha
política de contenção das lutas em nome de garantir que “Lula Livre” seja
candidato a presidente em 2022. Lembremos que o PCO chegou a afirmar que Lula e
a presidente petista, Gleisi Hoffmann, seriam a representação da ala política
de esquerda do PT e que além de ser o setor mais “combativo” do partido também
sofriam a “perseguição” da suposta ala da direita, personificada por Haddad e
Jaques Wagner. Agora pateticamente vem lamentar que o próprio PCO está sendo
perseguido pelos representantes de seus “combativos” aliados! Como nos ensina o
ditado popular “quem muito se curva acaba mostrando os fundilhos”! O mais
cômico, porém, é que como não pode atacar diretamente seus “padrinhos” petistas
Rui Pimenta volta suas “armas” contra Valério Arcary (PSOL), acusando-o de
golpista e defensor da condenação de Lula. O ex-dirigente do PSTU, agora no
comando do grupo revisionista Resistência, integra a coordenação do comitê
nacional “Lula Livre”. Ele teve “assento” na mesa do encontro e tem a simpatia
das hostes petistas justamente porque passou a se subordinar integralmente a
política de conciliação de classes da Frente Popular, inclusive defendendo a
“Frente Ampla contra a direita” para as eleições municipais de 2020. Essa é
justamente a orientação da direção petista que o PCO tanto elogiava! Estranho
mesmo é a seita corrompida controlada por Rui Pimenta ficar “aborrecida” com
isso! O texto do PCO finaliza reclamando “Por quê fizeram tudo isso? O leitor
pode estar se indagando agora. A resposta é simples, existe um esforço ativo,
uma política coordenada, para desmoralizar a luta por Lula Livre, que puxa a
corda da mobilização para a direita. Afinal, esquecer de colocar o PCO na
convocação, pode ser um acidente, chamar Valério Arcary poderia ser
ingenuidade, mas tudo isso que foi citado acima, não é acidental, é
proposital”. Pobre PCO... somente agora descobriu que a Frente Popular exige
fidelidade completa a quem vive de suas migalhas... Só resta ao “curvado” Rui
Pimenta, que tornou seu partido uma sublegenda do PT, mostrar os “fundilhos”,
para quem sabe ter assento na mesa da Frente Popular!!!
domingo, 22 de setembro de 2019
HÁ 11 ANOS DA FALÊNCIA DO LEHMAN BROTHERS O FED VOLTOU A
INTERVIR NO MERCADO: PRENÚNCIO DE UM NOVO CRASH FINANCEIRO CAPITALISTA
No dia 15 de setembro de 2008 era anunciada como uma “bomba”
a quebra financeira do quarto maior banco de investimentos norte-americano, o
Lehman Brothers. Em 20 de setembro de 2008, uma versão revista da proposta de
acordo para a falência foi homologado pelo juiz norte-americano James Peck. Era
o “alarme” do chash financeiro anunciando que a crise dos títulos “Sub-prime”
que afetara o mercado bursátil de Wall Street contaminava também o poderoso
setor financeiro ianque. Em poucos dias, naquele “setembro negro”, tomou conta
no mundo inteiro um clima de “catástrofe” econômica que levaria pânico a todos
os mercados, desde as semicolônias até os centros imperialistas. Logo os boatos
davam como certa a falência de grandes complexos industriais, como a General Motors
por exemplo, de imediato ocorreu uma interrupção do fluxo financeiro
internacional levando a uma abrupta retração do crédito, instalando-se uma
recessão global generalizada. Somente dois “ícones” do capitalismo financeiro
pareciam passar incólumes pela crise de 2008, o Dólar que apresentou robustos
índices de alta e os próprios títulos do Tesouro norte-americano que
continuaram atrair as reservas monetárias das principais economias do planeta.
Para os Marxistas Leninistas era um claro sinal de que a economia imperialista
dos EUA estava bem distante de “colapsar” e que o “armagedon final” tanto
difundido pelos rentistas e barões da indústria era uma manobra midiática para
amealhar centenas de bilhões de dólares do botim estatal ianque. A esquerda
revisionista logo “comprou” a versão do iminente “apocalipse” do regime
capitalista, chegando a anunciar que o imperialismo não conseguiria sobreviver
(política e economicamente) até o final de 2009. Quem pode esquecer os inúmeros
artigos da imprensa da LIT, UIT ou mesmo da FT (PTS argentino) anunciando que:
“muito em breve nossas seções nacionais terão milhares de militantes e deverão
estar preparadas para tomar o poder” (PO, 10/2008). A LBI foi a única
organização marxista a caracterizar cientificamente o fenômeno do crash
financeiro de 2008, como o momento final de uma onda larga de expansão
capitalista, iniciada logo após a crise dos mercados (“tigres”) asiáticos na
década de 90. Alertamos que o modo de produção capitalista ainda detinha uma
série de recursos para a recomposição parcial de suas taxas de lucro, mesmo
seguindo sua tendência histórica irreversível de estancamento das forças
produtivas. Passados 11 anos do ápice da crise econômica, o imperialismo ianque
mostrou que não naufragou no abismo abissal vaticinado pela esquerda
revisionista, as enormes reservas financeiras do Estado capitalista funcionaram
como “salvaguardas” para os trustes ianques se recomporem e até alavancarem
seus negócios. Aos que ficaram “surpresos” com o papel jogado pelas instituições
estatais na recuperação dos oligopólios privados, o “velho” Marx já respondia a
esta questão afirmando que o “Estado não passa de um comitê central dos
negócios da burguesia”.
sábado, 21 de setembro de 2019
O QUE UNE O FASCISTA WITZEL E O PETISTA CAMILO SANTANA? O EXTERMÍNIO DE JOVENS, POBRES E NEGROS POR UMA PM TALHADA PARA EXECUTAR O POVO OPRIMIDO...
Na madrugada de 21 de setembro, a menina Ágatha Félix, de
apenas 8 anos, morreu após ser baleada na favela Fazendinha, no Complexo do
Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Segundo denúncias de moradores, a Polícia
Militar (PM) sob o controle do governador fascista Wilson Witzel, é responsável
pelo covarde assassinato. Testemunhas afirmam que Agatha estava numa Kombi indo
para sua casa quando foi atingida por um tiro que foi disparado por um policial
da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), as mesmas UPP’s defendidas
ardentemente por Marcelo Freixo do PSOL. O PM teria desconfiado de um homem
numa moto e disparou irresponsavelmente acertando a criança, que chegou a ser
levada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu. É
preciso registrar que dias antes, no Ceará, também houve uma ação assassina da
PM do governador petista Camilo Santana (PT) que matou o adolescente de 14
anos, Juan Ferreira dos Santos, com um tiro na cabeça quando estava acompanhado
de amigos em uma reunião na Praça do Mirante, ponto de encontro no bairro
Vicente Pizon de Fortaleza. Como sempre a PM alegou “indivíduos em atitude
suspeita na praça” para matar assim como ocorreu no Rio de Janeiro. O capacho
de Ciro no PT representa um fenômeno raro na política nacional, conseguiu
estabelecer um “consenso”, quase uma “unanimidade” entre os mais variados
grupos políticos, desde o arco da direita burguesa até a chamada “esquerda
socialista” como o PSOL. Formalmente filiado ao PT, Camilo é um disciplinado
membro da oligarquia dos Ferreira Gomes e conta também com a simpatia política
do PSOL no Ceará. Frente a essa “blindagem”, cinicamente Camilo afirma não ter
responsabilidade alguma sobre a tragédia que matou o jovem Juan, apesar de
bancar pessoalmente um comando policial de terroristas na cabeça dos órgãos de
(in)segurança do Ceará. Os dois assassinatos, praticados respectivamente pela
PM no Rio de Janeiro e no Ceará, mostram o que une o fascista Witzel e o
petista Camilo Santana: o extermínio de jovens, pobres e negros por uma PM talhada
para executar o povo oprimido... Os Marxistas Leninistas não concebem o
aparelho estatal de repressão da burguesia, que detém o monopólio da violência
armada contra o proletariado, como uma questão de “política de segurança
pública”. Não defendemos uma “reforma” ou “aperfeiçoamento democrático” no
braço armado do capital como fazem o PT e o PSOL, lutamos para seu fim pela via
da revolução socialista, substituindo a tal “segurança pública” (que de pública
não tem nada, é absolutamente privada na defesa da propriedade da burguesia)
pelo armamento das massas através de seus organismos de poder. Fascistas de
plantão na gerência do estado, como Witzel no Rio de Janeiro ou mesmo “petistas”
como Camilo Santana, marionete de Ciro Gomes, são apenas expressões das
políticas diversas do capital mas que atuam com o mesmo método repressor contra
as massas proletárias. Nossa alternativa à barbárie policial seja no Rio de
Janeiro ou no Ceará não é a de apresentar outra “política de segurança
pública”, como sugerem o PT e o PSOL. Os Trotskistas combatemos pela destruição
completa do aparelho de repressão do Estado Burguês e combatem todos os
governos burgueses de plantão que levam adiante um plano de guerra contra os
trabalhadores!
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
EM DEFESA DO IRÃ E DA RESISTÊNCIA IEMITA: “GUERRA TOTAL” CONTRA AS PROVOCAÇÕES DO
IMPERIALISMO IANQUE E DA REACIONÁRIA PETROMONARQUIA SAUDITA!
Após os ataques militares de drones carregados de explosivos
a duas das principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita, maior
exportador de petróleo do mundo, houve uma escalda ainda maior das provocações
do imperialismo ianque e da reacionária petromonarquia saudita contra o Irã.
Ambos acusaram que foi o Regime dos Aiatólas e suas milícias xiitas que
combatem no Iêmen de atacaram as refinarias, anunciando represarias econômicas
e militares. Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad
Javad Zarif, disse nesta quinta-feira (19) que haverá uma guerra se o seu país
for atacado pelos Estados Unidos ou pela Arábia Saudita. Ao ser perguntado
sobre qual seria a consequência de um ataque militar contra o Irã, Zarif
respondeu uma “Guerra Total” e, em seguida declarou, “Não queremos guerra, não
queremos entrar em um confronto militar. Pensamos que um conflito armado
baseado em uma farsa é terrível, mas não temos medo quando se trata de defender
nosso território”. O regime de Teerã nega todas as acusações da Casa Branca,
afirmando que os ataques não foram deferidos pelos seus aliados no Iêmen. A
Arábia Saudita insistiu que os ataques foram efetuados com 18 drones e 7
mísseis iranianos e que foram lançados do norte, e não do Iêmen, localizado ao
sul do reino. Em contrapartida Zarif afirmou “É fabricado. Eles querem jogar a
culpa no Irã, a fim de fazer algo, e é por isso que digo que é uma agitação
para uma guerra, porque é baseada em mentiras e uma farsa”. Por sua vez, a
Arábia Saudita iniciou nova operação militar ao norte da cidade portuária de
Hodeida, no Iêmen. A ofensiva é contra a resistência xiita (houthis) apoiada pelo Irã na Guerra do Iêmen. Como a LBI afirmou logo após as explosões,
o suposto “ataque terrorista” ao complexo industrial da petrolífera Aramco
(empresa estatal fundada em 1933) na Arábia Saudita foi organizado pela própria
petromonarquia para elevar ainda mais o preço do petróleo no mercado mundial.
Alertamos que a perspectiva de agressão, mesmo com todas as concessões feitas
pelo regime dos Aiatolás e o governo Rohani, embutem uma vingança contra a
humilhação sofrida pelos EUA na desastrosa tentativa de intervenção militar no
Irã, ainda sob o governo democrata de Jimmy Carter. Não temos nenhuma dúvida
que o império pretende somar para suas empresas transnacionais as reservas de
petróleo do Irã às da Líbia e do Iraque para, desta forma, deter a hegemonia
absoluta do controle energético do planeta. Os Marxistas Revolucionários
defendem integralmente o direito do Irã a declarar “Guerra Total” ao
imperialismo ianque e a petromonarquia saudita. Estamos tanto ao lado dos
guerrilheiros iemitas que combatem a tirana monarquia saudita, como no campo
militar da defesa incondicional da nação iraniana contra as agressões do
monstro imperialista ianque. Compreendemos que a tarefa de defender o Irã
inclusive contra sua burguesia nativa está, antes de tudo, nas mãos do
proletariado mundial e das massas árabes. Somente elas podem lutar
consequentemente pela derrota do imperialismo em todo o Oriente Médio, abrindo
caminho para sepultar a exploração capitalista interna que condena a miséria os
explorados da região.
20/09 - DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO SERPRO: ROMPER COM A PARALISIA IMPOSTA PELA CUT, UNIFICAR AS LUTAS E CONVOCAR A GREVE GERAL CONTRA O AJUSTE NEOLIBERAL DOS ENTREGUISTAS BOLSONARO E GUEDES!
Ocorre hoje, 20.09, o Dia Nacional de Mobilização e Protesto
do Setor Público. A atividade foi deliberada na Plenária Sindical contra as
Privatizações de Bolsonaro. A militância da LBI se fez presente na manifestação
que aconteceu em todo o país. Essa luta teve início quando no último dia 21 de
agosto, o entregista Bolsonaro anunciou uma lista de 17 empresas estatais que
serão privatizadas. Entre elas, Correios, Sepro, Datapreve, Eletrobras e a
Lotex. Além das anunciadas, o processo
de privatização acontece de forma gradativa em outros setores, como nos bancos
públicos, por exemplo, onde os ativos vêm sendo vendidos, inviabilizando a
sustentação financeira dessas instituições. O governo Bolsonaro anunciou que
pretende privatizar várias estatais. O pacote inclui a ECT (Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos), a Casa da Moeda, Porto de Santos, Telebras, Serpro,
Dataprev e outras empresas. Cinicamente, o Ministério da Economia elaborou um
estudo com justificativas para privatizar os Correios e menciona casos de
corrupção, interferências políticas na gestão e greves constantes, ou seja, uso
a rapina das gestões burguesas e a resistência dos trabalhadores para
justificar a entrega. Ele também cita exemplos de ineficiência, como o “elevado
índice de extravio” e a demora em ressarcir produtos extraviados. A
transnacionais Amazon e Alibaba já anunciaram que estão interessadas em comprar
os Correios para expandirem suas operações de logística, um filão milionário.
As estatais a serem privatizadas vão entrar no PPI (Programa de Parceria de
Investimentos) para decidir qual modelo de privatização adotar. O famigerado
PPI atua como órgão gestor de parcerias público-privadas federais, além de
participar do Conselho Nacional de Desestatização. Como o imperialismo ianque
exige o máximo de celeridade no desmonte da economia nacional, não há espaço
para o governo neofascista "engessar" o processo de privatizações das
empresas estatais consideradas economicamente "estratégicas". Existe
um pré acordo entre as camarilhas reacionárias das classes dominantes para
atacar as conquistas sociais e democráticas dos trabalhadores e do povo
brasileiro. O novo regime Bonapartista, vinculado ao cassino financeiro
internacional, vem se encarregando de orientar a liquidação do que ainda resta
da economia nacional, descarregando sobre a massa trabalhadora um “ajuste”
letal. É necessário desde já organizar nossa resistência calcada nos métodos da
ação direta na luta concreta do proletariado! Faz-se urgente organizar desde já
a resistência através da luta direta dos explorados, sem depositar nenhuma
ilusão na farsa da democracia burguesa e muito menos na “Frente Ampla
Democrática” que o PT busca costurar com a centro-direita. A política de
colaboração de classes do PT pavimentou o caminho para a ascensão da extrema-direita,
patrocinando alianças com as oligarquias reacionárias, criminalizando os
movimentos sociais, criando a Lei Antiterrorista para perseguir as organizações
de esquerda, apoiando as ações da Justiça burguesa contra a luta dos
trabalhadores. Ao contrário de apostar na pressão sobre o parlamento como
defende a CUT, uma política de colaboração de classes, é necessário engajar a
vanguarda classista na preparação de uma verdadeira Greve Geral que paralise a
produção industrial, os transportes e o comercio, ocupando fábricas e terras
para impor através da luta direta revolucionária a derrota do governo
Bolsonaro/Guedes e de suas contrarreformas neoliberais!
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
48 ANOS DA MORTE DE LAMARCA: O SANGUE DERRAMADO DO CAPITÃO REVOLUCIONÁRIO FORJA A TÊMPERA DE CADA COMBATE DO PROLETARIADO CONTRA O GOVERNO DO NEOFASCISTA BOLSONARO!
O capitão revolucionário Carlos Lamarca, dirigente da VPR
(Vanguarda Popular Revolucionária) e posteriormente militante do MR-8 foi morto
com cinco tiros em uma mega-operação do Exército na Bahia em 17 de setembro de 1971, há exatos 48 anos. Depois de
caminhar por mais de 300 quilômetros, Lamarca foi assassinado por agentes da ditadura militar no sertão baiano. No comando da caçada
reacionária estava o então major Nilton Cerqueira, que, anos mais tarde foi
eleito deputado federal e trabalhou como secretário de Segurança do Rio de
Janeiro. “Ousar lutar, ousar vencer”. Era assim que Lamarca terminava seus
escritos. Foi um dos símbolos da resistência ao regime militar que morreu antes
de completar 34 anos. Carlos Lamarca foi o terceiro entre os seis filhos de
Antônio e Gertrudes Lamarca, uma família modesta da zona norte carioca.
Formou-se, em 1960, pela Escola Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ),
obtendo a patente de Capitão em 1967. Mas foi em São Paulo, no quartel de
Quitaúna, para onde pediu transferência em 1965, que Lamarca, fez sua opção
revolucionária. Na época, Lamarca acompanhava com grande interesse o grupo de
ex-sargentos que, inicialmente vinculado ao Movimento Nacionalista
Revolucionário (MNR), uniu-se a um setor dissidente da Política Operária
(POLOP) e deu origem à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Já como membro
da VPR, Lamarca realizou uma ação de expropriação no quartel de Quitaúna em 24
de janeiro de 1969 em que levou 63 fuzis, metralhadoras e muita munição, o que
levou a sua expulsão do Exército. Sua ideia era seguir imediatamente para uma
região onde pudesse preparar a guerrilha, o que o obrigou, de imediato, a
separar-se da mulher e dos filhos, enviados para Cuba, via Itália, no mesmo dia
de sua deserção. Em abril de 1971, no processo de "diluição" da VPR,
ingressou no Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
FED NOS EUA E COPOM NO BRASIL CORTAM TAXA DE JUROS: “PACOTE DE BONDADE” OU PRENÚNCIO DE UMA FORTE RECESSÃO CAPITALISTA MUNDIAL?
O Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central,
instituição estatal vinculada ao Ministério da Economia, decidiu nesta
quarta-feira (18/09) por unanimidade reduzir a Selic, taxa básica de juros da
economia, de 6% ao ano para 5,5% ao ano. A Selic se manteve em 6,5% de março de
2018 a julho de 2019, quando recuou para 6%, refletindo o viés de baixa produto
da paralisia econômica que atravessa o país desde 2014, a expectativa dos
rentistas do mercado financeiro é que, para a próxima reunião do Comitê no fim
de outubro, haja mais um corte de 0,5 ponto percentual na taxa, caindo para 5%
e permanecendo neste percentual até o fim de 2020, a taxa mais baixa de toda a
história da sequência do Banco Central. Determinando uma orientação financeira
mundial, o Federal Reserve (FED) banco central dos EUA, organismo independente
do governo Donald Trump, também comunicou hoje que decidiu cortar as taxas de
juros no país central imperialista em 0,25 ponto percentual, para o intervalo
entre 1,75% e 2%. No seu comunicado aos investidores internacionais, o FED cita
entre as justificativas para a decisão as perspectivas “sombrias” para o
desenvolvimento da economia capitalista global e a fraqueza de pressões
inflacionárias, embora tenha apontado que a cambaleante economia norte-americana
siga crescendo em um ritmo "moderado" e o mercado de trabalho
"permaneça forte". O anúncio de redução de juros ocorre horas depois
de o FED decidiu intervir pelo segundo dia consecutivo no mercado financeiro
para evitar um forte aumento nos empréstimos de curto prazo para bancos e
empresas. O Fed injetou US$ 75 bilhões ao recomprar ativos de um dia contra
pedidos de pouco mais de US$ 80 bilhões. É a primeira vez desde o histórico
crash financeiro de 2008 que o Fed intervém nos mercados de capitais, um
prenúncio explícito de que uma nova explosão da bolha cíclica capitalista está
muito próxima de ocorrer novamente. Desde a quebra da Bolsa de Valores de Nova
York em 1930, quando a banca de capital se aproxima de pagar na prática “juros
negativos” ao mercado (taxas muito baixas que se aproximam de zero), é o
primeiro sintoma claro de um novo crash capitalista global.
terça-feira, 17 de setembro de 2019
PT E PSOL “SOLTAM O VERBO” CONTRA AS ÚLTIMAS ASNEIRAS DE CIRO: FICAM MUDOS E CALADOS DIANTE DO COVARDE ASSASSINATO DE UM JOVEM PELA CRIMINOSA POLÍCIA MILITAR DO GOVERNADOR CAMILO SANTANA...
As recentes asneiras vomitadas pelo neocoronel Ciro Gomes na
mídia (BBC e Estadão) tiveram uma rápida resposta do PT e do PSOL. Após Ciro atacar
Lula, Gleisi Hoffman e Márcia Tiburi além de declarar que “unidade é o cacete”
referindo-se à possibilidade de uma “frente de centro-esquerda” com esses
partidos da oposição burguesa para as eleições municipais de 2020, vários
dirigentes do PT e PSOL “soltaram o verbo” contra o chefe da oligarquia Gomes. Jean Willys logo qualificou Ciro de “esquerdo-macho”.
Gleisi, acusada de ser “pau mandado de Lula”, declarou que ele era um “covarde
e fujão” por ter ido para a Europa em pleno segundo turno. Márcia Tiburi questionou
“o espírito de coronel mimado de Ciro que quer ser presidente”. Ao contrário
dos veementes repúdios do PT e PSOL contra as “diabrites” lançadas por Ciro
Gomes (voltadas a agradar o eleitorado de direita) vimos esses dois partidos
ficarem em absoluto silêncio, completamente mudos e calados, diante do covarde
assassinato no último dia 13.09 em Fortaleza de um jovem pela PM de Camilo
Santana, um verdadeiro “pau mandado” de Ciro dentro do PT do Ceará. O deputado
estadual Renato Roseno (PSOL), que mantém estreitas relações com a bancada
parlamentar petista na Assembleia Legislativa, balbuciou apenas um lacônico
comentário “A dor indizível” em seu Facebook... e só, ficou de “bico calado”
para preservar suas boas reações políticas e eleitorais com o PT e a direita no
parlamento cearense!!! Não vimos nenhuma veemente denúncia do PSOL na tribuna sobre
a ação assassina da PM que matou o adolescente de 14 anos, Juan Ferreira dos
Santos, com um tiro na cabeça quando estava acompanhado de amigos em uma
reunião na Praça do Mirante, ponto de encontro no bairro Vicente Pizon. Como
sempre a PM alegou “indivíduos em atitude suspeita na praça” para matar. A
conduta venal do PSOL frente as ações repressivas do governo Camilo não é uma
novidade. O capacho de Ciro no PT representa um fenômeno raro na política
nacional, conseguiu estabelecer um “consenso”, quase uma “unanimidade” entre os
mais variados grupos políticos, desde o arco da direita burguesa até a chamada “esquerda
socialista” como o PSOL. Formalmente filiado ao PT, Camilo é um disciplinado
membro da oligarquia dos Ferreira Gomes e conta também com a simpatia política
do PSOL no Ceará. Camilo é preservado politicamente de maiores enfrentamentos
seja no campo parlamentar ou social, não por acaso o tom “indizível” das “palavras”
de Renato Roseno frente a mais recente barbaridade cometida pela PM assassina
do governador cirista. Registramos também que até hoje o parlamentar do PSOL
não usou a tribuna parlamentar para denunciar o envolvimento direto do capanga cirista
Arialdo no esquema bilionário do tráfico de drogas que tem deixado um rastro de
sangue e morte no Estado, com várias chacinas. Frente a essa “blindagem”, cinicamente
Camilo afirma não ter responsabilidade alguma sobre a tragédia que matou o
jovem Juan, apesar de bancar pessoalmente um comando policial de terroristas na
cabeça dos órgãos de (in)segurança do Ceará. Como já denunciamos várias vezes,
a esquerda reformista vem “bajulando” Camilo há décadas, filho de uma
oligarquia do sul do estado (Cariri), o atual governador foi militante do
antigo PLP (Partido da Libertação Proletária), cujos dirigentes na atualidade
estão abrigados no PSOL (Mauro Gurgel, Soraya Tupinambá) ou no PT (Acrísio
Sena). Este “currículo” de passagem de Camilo pela esquerda explica o fato de
contar com uma “oposição construtiva” por parte do PSOL e de ser acolhido no PT
(antes de ser governador foi deputado estadual), apesar de sua posição de
destaque no clã dos Gomes, o mesmo que a presidente nacional do PT, Gleisi
Hoffman, chama de “fujão e covarde” ou mesmo neocoronel. Mais uma vez somente a
“pequena” LBI vem responsabilizar diretamente Camilo por mais esta ação
criminosa, além de denunciarmos o caráter de colaboração de classes da “frente ampla” que o PT deseja costurar com o PSOL para 2020 e 2022, ainda “sonhando”
em ter a seu lado... o neocoronel Ciro Gomes!
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
ATAQUE NA ARÁBIA SAUDITA A MAIOR REFINARIA DO MUNDO: QUEM GANHA BILHÕES DE DÓLARES COM A ALTA DO PETRÓLEO NO MERCADO?
Os ataques militares de drones carregados de explosivos a
duas das principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita, maior
exportador de petróleo do mundo, acirraram a tensão na região do Oriente Médio,
além dos efeitos econômicos mundiais da ação. As explosões ocorridas no último
sábado (14/09) provocaram uma redução de 5% na produção mundial de petróleo, o
que fez o preço do barril disparar no mercado internacional, atingindo a maior
alta em uma sessão desde a Guerra do Golfo, em 1991. A súbita disparada desta
valiosa comoditie nas bolsas internacionais nos remete por analogia a histórica
“crise econômica mundial do petróleo” ocorrida em meados dos anos 70, quando a
elevada cotação do “ouro negro” acionou uma processo recessivo mundial, onde os
governos árabes foram responsabilizados pela crise, enquanto os trustes
imperialistas de energia mineral acumularam um gigantesco lucro em função da
redução da produção de petróleo e a disparada dos preços dos refinados,
controlados principalmente pelos EUA e Inglaterra. Agora o “bode expiatório”
responsabilizado pela interrupção na produção do óleo cru e seus derivados foi
o Irã e suas milícias xiitas que combatem no Iêmen. Assim como a interrupção na
extração do petróleo em 1973, por iniciativa da própria OPEP em represália ao
gerdame genocida de Israel, serviu de pretexto para ataques especulativos
financeiros contra dezenas de nações, detonando uma recessão econômica mundial,
agora o suposto “ataque terrorista” ao complexo industrial da petrolífera
Aramco (empresa estatal fundada em 1933) na Arábia Saudita é um prenúncio claro
do ingresso de um novo ciclo de crise capitalista, que fará a quebra do Lehman
Brothers em 2008 parecer uma “brincadeira de criança”... simplesmente porque os
elementos da atual conjuntura mundial são muito mais explosivos...
VICTOR JARA, A VOZ DA RESISTÊNCIA POPULAR CHILENA “CALADA” PELO FASCISMO: SUAS CANÇÕES ECOAM ATÉ HOJE E NOS ENSINAM QUE SUA MORTE SERÁ VINGADA COM A VITÓRIA DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA MUNDIAL!
Hoje, 16 de Setembro, completam-se 46 anos do assassinato de
Victor Jara pela ditadura chilena. Dias antes de sua morte ele foi detido pelos
militares, junto com outros alunos e professores e conduzido ao Estádio Chile,
convertido em campo de concentração e um dos maiores centros de detenção e
tortura. Lá foi mantido durante vários dias após o fatídico 11 de setembro. O
regime fascista torturou o cantor e compositor revolucionário, disparou duas
vezes em sua cabeça e braços. Jara tinha os dedos das mãos esmagados por seu
“crime” de cantar a revolução, ele foi alvejado 44 vezes como expressão do ódio
dos militares pelo homem que fez ode ao Socialismo e a luta dos explorados.
Vitor chegou a fazer canções em pleno cárcere, como a música “Estadio Chile”. A
imprensa burguesa deu grande destaque ao fato do ex-militar Pedro Pablo
Barrientos ter sido considerado em meados de 2016 como culpado da morte do
músico, citando uma decisão da Corte federal da cidade de Orlando que
determinou que o ex-tenente pague uma indenização de 28 milhões de dólares (95 milhões
de reais) à família. A “condenação” do militar chileno nos EUA não passou de
puro distracionismo histórico, uma verdadeira piada de mau gosto na medida em
que o imperialismo ianque, a CIA e a Casa Branca planejaram e patrocinaram o
golpe militar junto com os generais fascistas tendo Pinochet a frente das
operações. Esses são os verdadeiros culpados pelo assassinato de Vitor Jara e
dos milhares de militantes chilenos assassinados pela ditadura sanguinária.
Nossas diferenças políticas com Vitor (militante do PC) que muitas vezes compôs
canções em defesa da “Paz Mundial” e da política stalinista que apregoava o
“Socialismo em um só país”, como “O direito de viver em Paz” em referência ao
Vietnã, não nos impedem de homenageá-lo com o mais genuíno respeito comunista,
ao contrário, ele provou com sua própria morte a dedicação máxima a causa da
revolução proletária, mais além da política de colaboração de classes da UP e
do governo Allende. A verdadeira punição aos torturadores e seus “patronos”
capitalistas não poderá ser efetivada por nenhum governo “democrático” no marco
de um Estado capitalista seja no Chile ou nos EUA, pelo simples fato de que a
burguesia jamais se “autopunirá” de seus monstruosos crimes históricos, como
vemos agora com a ascensão do fascista Bolsonaro no Brasil. Somente a revolução
socialista será capaz de “vingar” nossos heróis e combatentes mortos e
torturados por um regime militar posto a serviço das grandes multinacionais
imperialistas, como foi o genial cantor e compositor Vitor Jara. A única forma
de vingar plenamente a morte de Jara e dos milhares de militantes que tombaram
na luta contra a ditadura militar no Chile e em todo a América Latina é
enterrar definitivamente da história da humanidade todo e qualquer regime que
venha “cultuar” a exploração da classe operária por um punhado de parasitas,
protegidos pelas armas de seu Estado capitalista. O acerto de contas que o
proletariado necessita realizar com os facínoras da ditadura militar seja no
Chile ou no Brasil de Bolsonaro, deverá inevitavelmente vir na esteira do
implacável combate ao regime capitalista e sua forma mais aperfeiçoada de
“estabilidade democrática”, a democracia dos ricos. Para a classe operária o
verdadeiro julgamento de seus covardes algozes só acontecerá quando for capaz
de construir seus próprios organismos de poder, estabelecendo tribunais
operários e populares de julgamento e punição, como instrumentos da histórica
justiça de classe do proletariado! Por isso, declaramos a viva voz quando se
completam os 46 anos de seu assassinato pelos chacais fascistas: Victor Jara
Presente! Na luta pelo Socialismo sempre!
sábado, 14 de setembro de 2019
UM ANO NO CÁRCERE POR LUTAR CONTRA O AJUSTE NEOLIBERAL NA
ARGENTINA: LIBERDADE IMEDIATA PARA DANIEL RUIZ, PRESO POLÍTICO DO GOVERNO MACRI!
Na primeira quinzena de setembro, cumpre-se um ano da prisão
política de Daniel Ruiz. Petroleiro de Chubut, militante histórico na Argentina
nas fileiras da LIT/PSTU, foi detido por lutar contra a reforma previdenciária
de Mauricio Macri em atos realizados em 2017. O militante ainda participou
ativamente de outras mobilizações de trabalhadores e do movimento de mulheres
no país. Sem data para o julgamento, como preso político, com os recursos da
defesa sendo ignorados, Daniel Ruiz iniciou uma greve de fome com a
reivindicação de uma reunião entre o tribunal, a defesa e o Ministério Público.
Tal cenário exige nossos redobrados esforços para ampliar e difundir a campanha
internacional que vem sendo organizada. Daniel Ruiz não é apenas um preso
político, o que já justificaria uma forte luta, mas é um caso simbólico da luta
de classes argentina. O caso de Daniel Ruiz é emblemático, assim, por uma série
de questões. Em primeiro lugar, a natureza de sua prisão diz respeito a um
momento decisivo da conjuntura argentina: as jornadas de dezembro de 2017.
Naquela ocasião, a luta contra a reforma da previdência de Macri pegou um salto.
Foram centenas de milhares de trabalhadores às ruas, nos dias 14 e 18 de
dezembro. Depois de um dia inteiro de batalha contra a polícia próximo à Praça
de Maio, panelaços massivos nos bairros à noite, Macri aprovou sua reforma
neoliberal. Dentre os acusados por “promover desordem” nessa data, estava o
petroleiro de Chubut, militante do PSTU argentino e da LIT. Somente a
mobilização permanente, com os métodos revolucionários da ação direta do
proletariado, será capaz de libertar todos os presos políticos das masmorras do
Estado capitalista, como Daniel Ruiz na Argentina assim como Preta Ferreira e Lula no Brasil, este último preso
pela mafiosa operação "Lava Jato", mas que o PSTU brasileiro
equivocadamente nega-se a exigir sua liberdade. Ilusões disseminadas na defesa
de em um suposto “Estado de Direito” no quadro da institucionalidade burguesa
só servirá para o movimento de massas acumular mais derrotas e retrocessos.
Exigimos a liberdade imediata de todos os presos políticos da democracia dos
ricos perseguidos pela repressão estatal burguesa como o militante argentino
Daniel Ruiz, assim como Lula e Preta Ferreira no Brasil!
sexta-feira, 13 de setembro de 2019
TRAGÉDIA DO HOSPITAL BADIM: QUANDO A SAÚDE DOS SERES HUMANOS SE TRANSFORMA EM MERCADORIA, LUCRO E CAPITAL NA MÃO DE COMERCIANTES DA MEDICINA PRIVADA
A tragédia do Hospital Badim é responsabilidade direta de
seus sócios proprietários, no caso o médico cirurgião José Badim, que se
associou financeiramente ao poderoso grupo de medicina privada Rede D’Or São
Luiz, um dos maiores do país. Um típico caso que vem ocorrendo nas últimas
décadas, onde clínicas viram hospitais de pequeno e médio porte para depois
serem incorporadas por grandes corporações do setor de saúde privada, sem a
devida alteração de segurança em sua estrutura logística. Porém o conglomerado
comercial do setor de saúde, Rede D’Or, declara que não participa da gestão
direta da unidade em que ocorreu a tragédia nesta última quinta-feira(12/09),
vitimando ao menos onze pacientes que estavam internados no Hospital Badim. O
prédio que pegou fogo foi construído há 19 anos na Rua São Francisco Xavier no
tradicional bairro carioca da Tijuca, outro edifício anexo a ele, foi
inaugurado em 2018, após a sociedade entre o cirurgião plástico José Badim e o
grupo Rede D’Or. A causa da morte da maior parte dos pacientes vitimados
ocorreu por asfixia por inalação da fumaça, tendo em média uma idade acima de
65 anos, ou seja os internados com maior vulnerabilidade e sem condições de
locomoção própria para escapar do incêndio foram os atingidos pela tragédia provocada
pela total irresponsabilidade destes capitalistas e médicos mercenários que se
convertem em comerciantes da saúde humana. No regime social da propriedade
privada dos meios de produção, na esmagadora maioria dos casos tornar-se médico
não é uma vocação para salvar vidas, mas sim o “projeto” de um “bom negócio”.
Não por coincidência a medicina no Brasil está “infestada” por uma escória
mercenária e corrupta, onde alimentar a “indústria da doença” é a forma mais
“fácil” para a realização de lucros que logo se transformam em capital, na
forma de clínicas luxuosas e hospitais privados. Somente o grupo D’Or possui
quase cinquenta unidades hospitalares, além de outras atividades afins na área
da saúde. Nesta sinistra “cadeia da morte” estão envolvidos trustes de
laboratórios imperialistas, gigantescas redes de farmácias, indústrias
multinacionais de equipamentos, conglomerados de hospitais, até chegar mesmo as
pequenas clínicas provincianas que “sonham” em chegar ao topo desta cadeia
capitalista. Muito distante do mercenarismo sem a menor ética em defesa da
vida, está situada a medicina no Estado Operário de Cuba, onde ser médico
representa uma vocação para servir a humanidade e não para se tornar um
“milionário” às custas das enfermidades da população. Logicamente em Cuba
existe todo um sistema público e estatal de saúde de altíssima
qualidade(reconhecida mundialmente), onde não se admite a possibilidade de
comerciar vidas humanas. Desgraçadamente no Brasil tragédias assassinas como a
que ocorreu no Hospital Badim , ceifando mais de uma dezena de vítimas, são
recorrentes, tanto na debilitada área da saúde pública quanto na privada.
Somente o socialismo poderá garantir uma assistência social e médica integral e
de alto padrão tecnológico e humano para toda a população brasileira, enquanto
se adotar o padrão da medicina como sinônimo de lucro, milhares de vidas
humanas serão consumidas pela voracidade do capital.
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
HÁ SETE ANOS DO ATAQUE DOS “REBELDES” DA LÍBIA A REPRESENTAÇÃO DOS EUA: A MORTE DO EMBAIXADOR STEVENS REVELOU A “GRATIDÃO” DA ESCÓRIA FASCISTA À CASA BRANCA...
O ataque terrorista à representação diplomática dos EUA na
cidade de Benghazi, acaba de completar sete anos neste 12 de setembro. A “city”
financeira da Líbia que até então era considerada segura pela OTAN, assistiu a
brutal morte do embaixador ianque J. Christopher Stevens. A morte de um alto
funcionário da diplomacia ianque, por meio de um atentado militar não ocorria
desde 1979 quando o embaixador do Afeganistão foi sequestrado e morto. Stevens
despachava em um escritório “secreto” da OTAN em Benghazi, já que a embaixada
oficial na capital Trípoli estava praticamente desativada. O embaixador ianque
teve um papel decisivo na fraudulenta operação política que derrubou o regime
nacionalista do coronel Kadaffi em 2011. Stevens coordenou desde Benghazi a oposição
pró-imperialista que durante o regime dos coronéis Kadafistas já havia
estabelecido profundos vínculos com empresas transnacionais de petróleo
sediadas no litoral do Magreb. O ataque à representação ianque em Benghazi
surpreendeu a equipe de segurança da CIA, realizada com morteiros de guerra e
lança foguetes de alta precisão, fornecidos pela própria OTAN aos “rebeldes”
pró-imperialistas que durante a guerra civil destruiram o totalmente o país.
Aproveitando-se das manifestações islâmicas contra um filme sionista, produzido
na Califórnia, que denegria a imagem do profeta Maomé, um comando militar
muçulmano (provavelmente ligado a Al Qaeda) atacou o prédio onde trabalhava
“secretamente” a diplomacia ianque em Benghazi. Como não se encontrava em uma
embaixada oficial, Stevens contava com poucos recursos de segurança para se
defender do ataque, que acabou por “vitimá-lo” junto a outros três altos
funcionários dos EUA. Inicialmente, o governo títere da Líbia tentou atribuir a
autoria do “atentado” às forças remanescentes ligadas ao coronel Kadaffi, mas
logo depois foi forçado a admitir que o ataque muito bem planejado foi obra de seus próprios aliados, ou seja,
milícias fundamentalistas islâmicas que combateram junto a OTAN para depor o
legítimo regime da revolução popular que destituiu a monarquia entreguista no
final dos anos 60. Por ironia da história, as armas que assassinaram o
embaixador ianque foram fornecidas pelos próprios abutres imperialistas que
dizimaram as riquezas do país.
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
MARCOS CINTRA TEM SUA “CABEÇA CORTADA” NO GOVERNO NEOFASCISTA POR SER MAIS “FRANCO” DO QUE BOLSONARO E GUEDES...
O Secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, um
tecnocrata que já prestou serviços aos governos tucanos e até ao golpista e
Temer, foi demitido nesta quarta-feira (11/09) do posto de superintendente da
Receita Federal, supostamente a mando de Jair Bolsonaro. Porém motivo real da
exoneração de Cintra foi o vazamento, ou seja, a informação divulgada antes da
hora, da notícia da odiada volta da CPMF (Contribuição Provisória de
Movimentações Financeiras). O neofascista Bolsonaro teria ficado “uma fera”
pelo fato do Secretário Adjunto da Receita, Marcelo Silva, ter dado detalhes
para a mídia na terça-feira (10/09) durante um seminário, da proposta que está
sendo discutida sigilosamente dentro do governo. Os capachos neoliberais
Marcelo Silva e seu chefe Marcos Cintra não inventaram da cabeça deles a
proposta de cobrar de 0,4% até 2% de todas as transações financeiras,
simplesmente porque o próprio ministro Paulo Guedes já defendia publicamente a
volta da CPMF. Como a precipitação de Cintra gerou uma escalada de pesadas
críticas no parlamento, ainda em pleno curso da votação da (contra)reforma da
Previdência no Senado, Bolsonaro resolveu posar
de “noiva enganada” e mandou o rentista Guedes despachar o estafeta do
cargo que ocupava a frente da Receita Federal.
11 DE SETEMBRO: 18 ANOS APÓS O ATAQUE AS TORRES GÊMEAS E AO PENTÁGONO, O FASCISMO AVANÇA NO CORAÇÃO DO MONSTRO IMPERIALISTA!
18 anos após os ataques as Torres Gêmeas que abrigavam
várias corporações financeiras e também um dos maiores escritórios da CIA em
território norte-americano, assim como em outro "avião míssil" ao
quartel general do Pentágono em Washington, ainda hoje se discute no interior
das correntes de esquerda se tal acontecimento histórico que ficou conhecido
como “11 de Setembro” foi uma resposta militar ao terrorismo imperialista
realizado por organizações fundamentalistas com meios militares não
convencionais como defende a LBI ou um “autoatentado” para motivar o
recrudescimento da ofensiva neoliberal sobre os povos, como reivindicam
diversas teorias "conspiratórias" alheias ao ódio dos nações
oprimidas aos EUA, afinal a Al Qaeda não passava de uma cria dos EUA para
atacar a antiga URSS. Os reformistas em geral e os revisionistas em particular,
além da mídia a soldo do capital, continuam adeptos até hoje da “tese” de que
tratou-se de um atentado terrorista reacionário promovido por bárbaros
muçulmanos contra o povo norte-americano. Independente da “versão” aceita, o
certo é que logo depois do ataque ao coração do monstro imperialista se formou
uma enorme frente política mundial para combater a “ousadia” dos “fanáticos
fundamentalistas orientais” da Al Qaeda, que em nossa avaliação responderam na
mesma moeda com que os EUA “tratava” o povo muçulmano. Vale ressaltar que o 11
de setembro foi precedido de bombardeios ianques ao Afeganistão, cujo governo
do Taliban foi considerado terrorista pela Casa Branca apesar de ter sido
constitucionalmente eleito, sofrendo uma ação militar ianque como a que Trump
ameaça hoje o governo Maduro na Venezuela. O que se observa hoje é que o núcleo
central da Al Qaeda se fracionou com a morte de Bin Laden, separando-se
inclusive do Taliban no Afeganistão, restando a Casa Branca financiar e armar
setores fundamentalistas bem mais “descontrolados” e com pouca ligação com as
causas nacionais árabes. Este parece ser o caso do Estado Islâmico (EI), armado
pelos EUA para atacar os regimes nacionalistas de Kadaffi e Assad e que agora
se voltam contra o “amo” exigindo a sua própria parte no botim da destruição de
nações inteiras. Com o 11 de Setembro de 2001, os antigos “guerreiros
mujahideen” foram temporariamente declarados inimigos mortais do Império e
considerados como “terroristas”. Presumia-se que Washington cortaria totalmente
suas relações com uma organização extremista acusada pela morte de cerca de mil
cidadãos norte-americanos, mas não demorou muito para a OTAN “contratar”
novamente os serviços militares da Al Qaeda, desta vez na Líbia em 2011, para
depor o regime nacionalista burguês do coronel Kadaffi. Contentes com os
resultados na Líbia, onde os mercenários fundamentalistas destruíram o país
para traficar o petróleo para os EUA, o governo Obama repetiu a dose e foi
buscar um subproduto decomposto da Al Qaeda (o EI) para atacar o regime de
Assad na Síria! Como Marxistas Revolucionários condenamos vigorosamente as
ações terroristas do EI, suas recentes ações globais são impulsionadas para reforçar
uma “posição de força” no campo militar da “revolução árabe”. O comando do EI
no espectro sectário sunita pretende ser afirmado com chacinas fratricidas
contra outras frações islâmicas sob pena de perderem o apoio conseguido em
regiões devastadas pela guerra civil fomentada pelo imperialismo. O EI e suas
ações reacionárias contra os povos, nações muçulmanas e governos
antiimperialistas da região, representam hoje a ponta de lança dos interesses
do gerdame sionista de Israel contra seus adversários geopolíticos. Porém a
gênese histórica do EI possui o "DNA" nos interesses diretos na
movimentação da CIA nos planos da derrubada do regime nacionalista de Kadaffi
na Líbia, com o rótulo de "força revolucionária" outorgada pela OTAN
partiram para a Síria com objetivo de derrotar o governo Assad, um dos poucos
remanescentes dos conflitos guerreiristas contra Israel nos anos 60 e 70, posto
que os outros países adversários do sionismo nesta época (como Egito, Jordânia,
Arábia Saudita) já celebraram o reconhecimento do gerdame. Na fronteira entre
Síria e Iraque, o EI encontrou a possibilidade de tentar assumir uma feição
"nacional", mais além de um braço militar financiado pela Casa
Branca, proclamando um califado baseado na suposta defesa dos interesses da
população sunita. O mais "curioso" na tentativa do EI em criar raízes
étnicas e religiosas na região em que se estabeleceu como organização
paramilitar é que sua cúpula dirigente é formada majoritariamente por europeus
(área central), britânicos e norte-americanos, sua facilidade em estabelecer os
"contatos ocidentais" deriva desta característica. Nesta região além
de apontar suas armas contra Assad em uma frente militar com outros grupos
"revolucionários" da OTAN, o EI se chocou territorialmente contra o
governo de Bagdá, passando a controlar campos petrolíferos que passaram a
fornecer óleo cru diretamente para as refinarias de Tel Aviv. Passando dos
"limites" originalmente definidos por Washington, Obama enxergou na
ponte estabelecida entre o EI e Netanyahu uma ameaça a hegemonia ianque.
Registre-se o fato dos atuais esforços da Casa Branca em firmar um acordo
nuclear com o regime dos Aiatolás, serem atacados ferozmente por Israel. O EI
ganhou o "status" de criatura rebelde da OTAN, centrando suas ações
em sintonia com o Mossad para além das fronteiras da Síria e Iraque. A
estrutura de poder no ventre do imperialismo ianque é bastante complexa, tendo
o Partido Republicano bastante influência em organismos recalcitrantes como a
CIA e o próprio Pentágono. Por isso é impossível aferir até que ponto o EI
recebe suporte de setores do imperialismo ianque para ações globais de
interesse do expansionismo sionista. O certo mesmo é que as ações terroristas
do EI, que por muitas vezes querem aparentar um confronto com o imperialismo
estão sempre direcionadas para o terreno da reação mundial, concentrando
"fogo" contra a Síria, Irã e o Hezbolah e todos seus aliados táticos.
No mundo árabe e palestino o surgimento do EI contou com a simpatia inicial do
Hamas, que não por coincidência resolveu suspender seus ataques a Israel. No
cerco militar ao Hezbolah o sionismo ganhou um aliado de "peso", o
EI. Por isso as ações do EI contra
supostos alvos imperialistas (geralmente civis), não despertam nenhum
sentimento de luta dos povos e nações oprimidas, em sua quase totalidade suas
"operações militares" são voltadas contra regimes nacionalistas e
laicos, como Líbia e Síria, que conseguiram construir a unidade nacional para
além das rivalidades religiosas e sectárias. Tanto que agora o EI encontra-se
em aberta defensiva. A responsabilidade histórica sobre a formação desta
criatura reacionária e das covardes mortes que arrasta atrás de si, deve ser
debitada na política de espoliação do imperialismo, que hoje tudo aponta
responder a um subproduto seu, o estado terrorista de Israel. Este é o balanço
político e histórico que fazemos após os 18 anos do "11 de setembro",
reafirmando o marxismo como um guia para a ação concreta na luta de classes,
quando o monstro imperialista acatar militarmente a Venezuela! Para clarificar
ainda mais este debate, o Blog da LBI reproduz um documento elaborado logo após
o 11 de Setembro de 2001. Trata-se de um dos mais importantes textos políticos
escritos pela esquerda revolucionária no limiar deste novo século, onde traça
um prognóstico exato (quase “premonitório”) da nova conjuntura mundial
reacionária que iria abrir-se a partir deste marco histórico de inflexão global
na correlação de forças entre as classes sociais, o que se confirmou com a ascenção de Trump a Casa Branca.
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