MACRON E OTAN TÊM COMO ALVO A RÚSSIA: FRANÇA ANUNCIA AUMENTO
DO ORÇAMENTO MILITAR PARA ENFRENTAR “GUERRAS BRUTAIS E NUMEROSAS EM FUTURO
BREVE”
O Presidente de França, o direitista Emmanuel Macron, anunciou que o seu governo prevê aumentar em um terço o orçamento militar para os anos 2024-2030 no quadro da lei de programação militar (LPM), o que marcará "uma mudança profunda que então será irreversível", organizando a tarefa como parte do esforço da OTAN que atacar a Rússia futuramente. Ele declarou: "Vou pedir à representação nacional que nos permita dedicar um esforço orçamental de 400.000 milhões de euros no período 2024-2030, o que nos permitirá cobrir um total de 413.000 milhões de euros [cerca de 446.000 milhões de dólares] de necessidades militares para renovar este preciosa ferramenta militar a serviço de nossa liberdade, nossa segurança, nossa prosperidade e nosso lugar no mundo ", enfatizou o presidente em discurso na base aérea de Mont-de-Marsan, no sudoeste do país. Concretamente, prevê-se a atribuição de 400.000 milhões de euros em créditos, enquanto outros 13.000 milhões serão adicionados através de receitas extra-orçamentais. A lei do orçamento da defesa deve ser submetida a votação parlamentar. É a França fazendo o jogo do imperialismo ianque e da OTAN contra a Rússia.
O orçamento,
descrito por Macron como “uma transformação” está bem acima do anterior, que
rondava os 295 mil milhões de euros. “A nação tem de transformar as suas Forças
Armadas […] para estar preparada para guerras mais brutais e numerosas”, disse
o Presidente, referindo que deseja que o seu país seja capaz de “conduzir uma
operação de grande envergadura ” no futuro. Em seu discurso, ele listou ameaças
como a guerra híbrida, os ataques cibernéticos mais frequentes contra
infraestruturas críticas e os perigos representados pelo terrorismo.
Paralelamente, Macron garantiu que os gastos com
inteligência militar aumentarão quase 60% entre 2024-2030. Da mesma forma, ele
instou a melhorar as capacidades de defesa cibernética, ao mesmo tempo em que
defendia a modernização das forças de dissuasão nuclear. Além disso, ele pediu
a duplicação da reserva operacional do Exército de 40.000 para 80.000 pessoas,
o que significaria a criação de unidades territoriais.
Entre outras prioridades, o presidente francês enumerou a
necessidade de continuar desenvolvendo drones e unidades de defesa aérea ,
citando o conflito na Ucrânia como exemplo que demonstrou a importância de tais
sistemas. Por outro lado, Macron destacou a importância de “ter ciclos de
produção otimizados” para responder às exigências das Forças Armadas e fabricar
munições “para responder rapidamente às expectativas de um parceiro como Kiev”.