domingo, 22 de janeiro de 2023

MACRON E OTAN TÊM COMO ALVO A RÚSSIA: FRANÇA ANUNCIA AUMENTO DO ORÇAMENTO MILITAR PARA ENFRENTAR “GUERRAS BRUTAIS E NUMEROSAS EM FUTURO BREVE”

O Presidente de França, o direitista Emmanuel Macron, anunciou que o seu governo prevê aumentar em um terço  o orçamento militar para os anos 2024-2030 no quadro da lei de programação militar (LPM), o que marcará "uma mudança profunda que então será irreversível", organizando a tarefa como parte do esforço da OTAN que atacar a Rússia futuramente. Ele declarou: "Vou pedir à representação nacional que nos permita dedicar um esforço orçamental de 400.000 milhões de euros no período 2024-2030, o que nos permitirá cobrir um total de 413.000 milhões de euros  [cerca de 446.000 milhões de dólares] de necessidades militares para renovar este preciosa ferramenta militar a serviço de nossa liberdade, nossa segurança, nossa prosperidade e nosso lugar no mundo ", enfatizou o presidente em discurso na base aérea de Mont-de-Marsan, no sudoeste do país. Concretamente, prevê-se a atribuição de 400.000 milhões de euros em créditos, enquanto outros 13.000 milhões serão adicionados através de receitas extra-orçamentais. A lei do orçamento da defesa deve ser submetida a votação parlamentar. É a França fazendo o jogo do imperialismo ianque e da OTAN contra a Rússia.

O orçamento, descrito por Macron como “uma transformação” está bem acima do anterior, que rondava os 295 mil milhões de euros. “A nação tem de transformar as suas Forças Armadas […] para estar preparada para guerras mais brutais e numerosas”, disse o Presidente, referindo que deseja que o seu país seja capaz de “conduzir uma operação de grande envergadura ” no futuro. Em seu discurso, ele listou ameaças como a guerra híbrida, os ataques cibernéticos mais frequentes contra infraestruturas críticas e os perigos representados pelo terrorismo.

Paralelamente, Macron garantiu que os gastos com inteligência militar aumentarão quase 60% entre 2024-2030. Da mesma forma, ele instou a melhorar as capacidades de defesa cibernética, ao mesmo tempo em que defendia a modernização das forças de dissuasão nuclear. Além disso, ele pediu a duplicação da reserva operacional do Exército de 40.000 para 80.000 pessoas, o que significaria a criação de unidades territoriais.

Entre outras prioridades, o presidente francês enumerou a necessidade de continuar desenvolvendo drones e unidades de defesa aérea , citando o conflito na Ucrânia como exemplo que demonstrou a importância de tais sistemas. Por outro lado, Macron destacou a importância de “ter ciclos de produção otimizados” para responder às exigências das Forças Armadas e fabricar munições “para responder rapidamente às expectativas de um parceiro como Kiev”.