sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

TROPAS ISRAELENSES MATAM 10 PALESTINOS NA CISJORDÂNIA EM UM ÚNICO DIA: PELA DESTRUIÇÃO DO ENCLAVE SIONISTA ASSASSINO!

Dez palestinos, incluindo uma idosa de 60 anos, morreram nesta quinta-feira (26) durante uma operação do Exército de Israel em Jenin, na Cisjordânia ocupada, segundo o Ministério da Saúde palestino. Foi um dos maiores números de mortos em um só dia em conflitos entre israelenses e palestinos dos últimos anos. Só em 2023, 29 palestinos morreram durante confrontos com as forças de ocupação sionista. No ano passado, foram mais de 200 mortos, um recorde. Frente a mais esse massacre é preciso levantar bem alto a luta pela destruição do enclave sionista!

A operação do Exército israelense ocorreu dentro de um campo de refugiados na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada - território roubado por Israel da Jordânia na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Tel Aviv alegou que cumpria um mandado de prisão a um homem acusado de ter ligações com a Jihad islâmica. 

A ministra da Saúde palestina, Mai Al Kaila, afirmou que, ao fim da busca pelo suspeito, militares israelenses "jogaram deliberadamente granadas de gás lacrimogêneo" na ala pediátrica de um hospital de Jenin, "o que provocou a asfixia de algumas crianças". 

O porta-voz da Jihad Islâmica, Tariq Salmi, disse que o grupo "seguirá resistindo": "A resistência está por toda parte e está preparada para o próximo confronto caso o governo fascista (israelense) e seu Exército criminoso continuem atacando nosso povo, nossa terra e nossos lugares sagrados", afirmou.

No final da manhã, os serviços de emergência trabalhavam entre os escombros, no campo de Jenin, onde as paredes de vários prédios estavam enegrecidas pelos incêndios.

As instalações, criadas em 1953, são uma cidade dentro da cidade e abrigam cerca de 20 mil refugiados, segundo a UNRWA, agência da ONU encarregada dos refugiados palestinos.

O Exército israelense, que ocupa a Cisjordânia desde 1967, realiza operações quase diárias nesse território palestino, principalmente no norte, nos setores de Jenin e Nablus, redutos de grupos armados palestinos.

"O Exército israelense destrói tudo e atira em tudo que se move", disse o vice-governador de Jenin, Kamal Abu Al Rub, acrescentando que os moradores vivem "em estado de guerra". A ministra palestina convocou uma "reunião de emergência" com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). "O que está acontecendo em Jenin e em seu campo é um massacre perpetrado pelo governo de ocupação israelense", disse Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.

"A ocupação pagará o preço por este massacre que cometeu em Jenin e em seu campo de refugiados", prometeu em nota Saleh Al Aruri, autoridade do Hamas, o movimento islâmico palestino no poder na Faixa de Gaza.

O secretário-geral da Liga Árabe denunciou um "massacre sangrento" perpetrado "sob as ordens diretas do (primeiro-ministro israelense Benjamin) Netanyahu e seu Estado-Maior".

Os ministérios das Relações Exteriores do Irã, Egito e Síria exigem que Israel seja responsabilizado por seus crimes contra os palestinos. São 30 assassinados em 2023. Nações do Médio Oriente condenaram esta sexta-feira o ataque das tropas de ocupação israelitas na véspera contra a cidade de Jenin, na Cisjordânia, durante o qual nove palestinos foram mortos (incluindo uma idosa e duas crianças) e mais de 20 ficaram feridos.

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hosein Amirabdolahian, expressou através da rede social Twitter que “o bárbaro ataque e o massacre do regime sionista no campo de Jenin exige uma ação imediata da comunidade internacional e dos países islâmicos contra os criminosos”.

Amirabdolahian disse que "o forte da resistência em Jenin foi estabilizado e não se espera uma retirada", referindo-se à determinação dos militantes palestinos em defender sua comunidade dos ataques dos ocupantes. Toda nossa solidariedade a luta do povo palestino!