sábado, 7 de janeiro de 2023

“AUTONOMIA NACIONAL” MADE IN OTAN: 9 PAÍSES JÁ NÃO RECONHECEM MAIS A “INDEPENDÊNCIA” DE KOSOVO 

A OTAN atacou a então Iugoslávia em 24 de março de 1999, dando início à chamada “Guerra do Kosovo”, originando pela via da ação imperialista uma “independência nacional” tutelada pela ONU. O atual presidente da Sérvia (produto da fratura da Iugoslávia pela guerra de rapina do imperialismo), Aleksandar Vucic, afirmou que nove países reverteram sua decisão de reconhecer a “independência de Kosovo”. Segundo Vucic, espera-se o mesmo anúncio em breve de um décimo Estado.

Seis dos países que romperam com a determinação da ONU são africanos. Trata-se da Somália, Burkina Faso, Gabão, Eswatini, Líbia, Guiné, Antígua e Barbuda, Maldivas e Santa Lúcia, declarou o presidente Vucic.

A “independência” do Kosovo foi declarada unilateralmente em 2008 e reconhecida pela maioria dos países ocidentais. No entanto, é contestado pela Sérvia e não é reconhecido pela ONU como um todo ou pela União Europeia.

Após uma campanha diplomática sérvia em outubro de 2017, dezesseis estados reverteram sua decisão de reconhecer Kosovo. São eles Burundi, Libéria, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Lesoto, Comores, Madagáscar, República Centro-Africana, Togo e Gana. Em julho de 2022, 136 países dos 193 membros da ONU apoiaram sua independência do enclave de Kosovo, bancado militarmente pela OTAN.

Em 1999, depois de destruir a Iugoslávia, o imperialismo ianque atacou a Sérvia, que também tentou desintegrar, conseguindo parcialmente. Washington exaltou uma gangue mafiosa, o Exército de Libertação de Kosovo, chamando-a de "combatentes da liberdade" e dando-lhe apoio militar, apesar de considerá-la uma organização terrorista.

A OTAN bombardeou a Iugoslávia por 78 dias. Quase 2.500 civis, incluindo crianças, foram mortos. O país sofreu danos no valor de US$500 bilhões, segundo estimativas do governo iugoslavo.

Ao final da agressão imperialista a segurança de Kosovo e Metohija passou para as mãos da força armada multinacional KFOR, liderada pela OTAN.

A Iugoslávia deixou de existir formalmente em 2008. Originalmente era composta por seis repúblicas: Sérvia, Croácia, Eslovênia, Macedônia, Montenegro e Bósnia-Herzegovina. No Kosovo, as tensões recomeçaram no ano passado. Em dezembro, o presidente sérvio colocou o exército em alerta máximo diante da possibilidade de um novo ataque imperialista. Como na guerra da Ucrânia, os Marxistas Leninistas cerram fileiras, sem a menor hesitação política, para a derrota militar da OTAN.