ECOIMPERIALISMO: GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO AVANÇA
NO CONTROLE DA AMAZÔNIA COM SEUS PARCEIROS LULA E MARINA
A movimentação para o controle internacional da Amazônia pela Governança Global do Capital Financeiro atua rapidamente na gerência de Lula e da ministra Marina Silva, ou seja, da Frenta Ampla burguesa. Essa operação mundial de exploração e roubo tem por trás grandes empresas imperialistas que desejam controlar integralmente a floresta. O Blog da LBI denuncia e conhece muito bem os interesses econômicos e ações criminosas de madeireiras e garimpeiros na região, porém os interesses do imperialismo ianque na Amazônia são bem mais profundos e afetam a própria soberania nacional do nosso país! Neste marco, a eleição de Lula apoiada pelos Democratas e amplamente comemorada pela Casa Branca, põem em marcha uma operação de grande envergadura pelo controle estratégico da Amazônia pelo imperialismo, devemos ter esse foco para o combate revolucionário do proletariado brasileiro e não nos perdermos em uma demagogia barata da Frente Popular de colaboração de classes, denunciando Lula como sendo um verdadeiro estafeta da Governança Capitalista que opera no senitod de entregar a Amazônia.
Não por acaso, nesta segunda-feira (02.01), a ministra britânica do Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais, Therese Coffey, afirmou que o Reino Unido está considerando "seriamente" ingressar no Fundo Amazônia para financiar a sustentabilidade na floresta tropical. "É algo que estamos analisando seriamente", disse Coffey à Reuters, acrescentando que o governo britânico já está conversando com os atuais parceiros do fundo, Noruega e Alemanha que doaram US$ 1,2 bilhão (R$ 6,5 bilhões) para a criação da iniciativa – sobre como se envolver. Por sua vezm os EUA estão interessados em criar uma legislação via a ONU para "proteger a Amazônia".
Coffey também afirmou que Londres tem muito a oferecer ao Brasil, desde programas de sustentabilidade rural e arquitetura de baixo carbono para ajudar na mobilização de fundos com sua força como um centro global de finanças verdes.
A ministra veio
ao Brasil para posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se reuniu com
sua homóloga brasileira, Marina Silva, o ministro da Agricultura, Carlos
Favaro, e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.
Há muito se denuncia que as áreas de preservação na Amazônia não passavam de reservas do imperialismo. Hoje, tudo se esclarece. De fato, na Amazônia, apenas as cidades e algumas grandes propriedades no interior são brasileiras.
As partilhas se revelam mais sofisticadas que os antigos métodos de anexação territorial, e diferentes áreas nas reservas, desde algum tempo, são abertamente negociadas para a exploração por parte das empresas do imperialismo. As empresas BlackRock, Citigroup, JPMorgan Chase, Vanguard, Bank of America e Dimensional Fund Advisors investiram mais de 18 bilhões de dólares nos últimos três anos em empresas de mineração, agroindustriais e energéticas...Investimentos em nove companhias brasileiras e multinacionais associadas a exploração da Amazônia, entre elas as mineradoras Vale e Anglo American, as agroindústrias Cargill e JBS, e a energética Eletronorte.
Isolada na selva, nenhuma planta, nenhum sítio mineral tem
valor que se expressa em dinheiro (preço), exceto se houver trabalho,
particularmente quando uma substancial parte do trabalho não é paga.
Em seu primeiro mandato, Lula sancion em 2005, a Lei de Gestão de Florestas Públicas que permite a exploração madeireira e outras atividades econômicas em áreas florestais sob domínio federal. Para não fugir à tradição, a homologação se fez acompanhar de asneiras pronunciadas com ênfase, como a justificativa de "disciplinar o caos fundiário na Amazônia e conter o desmatamento na região".
A Lei autorga o uso das áreas públicas da floresta, em até 50 milhões de hectares à exploração "sustentável", ao "turismo ecológico", e, finalmente, à especulação com "madeira e produtos não-madereiros" — quando seria mais simples dizer especulação em geral.
Na prática, abriram caminho para uma espécie de grilagem legal e altamente sofisticada, promovendo o arrendamento para os grandes conglomerados mundiais de vastas extensões de florestas, por até 60 anos, com pagamento de royalties.
Antes, os incautos poderiam considerar fora da realidade qualquer coisa que levasse a imaginar a união de ambientalistas, madeireiros, ONGs, "movimentos" sociais monitorados pela Igreja, governos estaduais e federal em torno de um "consenso" que somam 5 milhões de quilômetros quadrados da floresta na chamada Amazônia Legal.
A ficção de conciliar extrativismo com preservação ambiental é a questão central entre atores sociais aparentemente tão antagônicos. Mantendo o estilo, tais atores fazem-se de crédulos para um outro devaneio, segundo o qual o Serviço Florestal Brasileiro — também criado pela Lei de Gestão de Florestas — será capaz de fiscalizar o impacto ambiental de atividades agrícolas empresariais que, por natureza, são predatórias.
Melhor seria dizer: basta que a rapina se torne legal e ela deixará de ser atividade predatória, dispensada qualquer fundamentação científica sobre os conceitos de rapina e predatório, como acontece com a tal "economia sustentável".
A Lei de Gestão de Florestas Públicas segue à risca os princípios das políticas implementadas pelos prepostos petistas do governo ianque que enxerga o país como uma grande e desafortunada empresa. A própria idéia de gestão — esta palavra cara ao léxico do "empreendimento neoliberal" e seus gerentes com mobilidade planetária — está umbilicalmente ligada ao movimento de convergência das "políticas públicas" na direção dos anseios do capital financeiro mundial.