domingo, 3 de maio de 2020

DOMINGUEIRA FASCISTA EM BRASÍLIA: BOLSONARO AVANÇA EM SUAS “BRAVATAS”, SOB O RECUO DE UMA ESQUERDA AMEDRONTADA E INATIVA


Uma manifestação de rua, promovido pelas hordas neofascistas irrompeu na porta do Palácio do Planalto neste domingo (03/05), como expressão de demonstração de força do clã Bolsonaro, logo na sequência do longo depoimento de Sérgio Moro, onde ameaçou revelar um farto cabedal de provas acumuladas contra o presidente e sua anturragem política mais próxima. Os protestantes bolsonaristas lançaram seus tradicionais ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e obviamente em oposição ao estado de quarentena decretado pelos governadores com o apoio até o momento do próprio Ministério da Saúde. Os reacionários manifestantes também puderam esgrimir o surrado pedido de intervenção militar e por um novo AI-5. A “novidade” desta vez ficou por conta do próprio Bolsonaro, que diante da pequena multidão de extrema direita se animou para bravatear, afirmando que estaria “no limite” e não aceitaria mais o cerceamento do seu governo pelas “instituições”, deixando claro que teria o apoio das Forças Armadas para suas próximas ações. Ao que tudo indica Bolsonaro lançou um desafio para sua própria “junta militar”, tendo a mobilização das hordas neofascista nas ruas como trunfo para barganhar, afinal nem o arco político de Moro e tampouco a esquerda reformista (PT e apêndices) estão dispostos a mobilizar para barrar a ofensiva golpista, para além do jogo virtual e dos “apelos” para que as “autoridades constituídas” tomem alguma providência... Como na política e na luta de classes não existe vazio, o espaço das manifestações vem sendo ocupado pela extrema direita, em plena histeria acovardada do “fique em casa”  patrocinado pelos governos burgueses durante a epidemia do coronavírus. Bolsonaro avança a cada recuo da Frente Ampla de colaboração de classes, e mesmo com as seguidas crises sofridas por seu governo (saída dos ministros Mandetta e Moro), tenta rearticular uma nova base parlamentar, além de açular suas bases neofascistas e conciliar seus interesses com o Alto Comando Militar. O jogo da governabilidade está ainda “aberto”, em plena pandemia sanitária e econômica no Brasil e no Mundo, as peças do xadrez se moverão como uma guerra de posições, sem que nenhum lado intente desfechar um ataque frontal e definitivo. Esta estratégia de “reconhecimento das forças” é perfeitamente assumida tanto pela esquerda reformista como pelo Bolsonarismo, ambos os campos em sintonia em um aspecto fundamental: o importante é que tudo se resolva no terreno eleitoral em 2022, o resto por enquanto é só bravata, tanto das ameaças de golpe como das ações por um impeachment...