quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

LUÍSA HANUNE, DIRIGENTE DO PT LAMBERTISTA, É LIBERTADA APÓS 9 MESES DE PRISÃO NA ARGÉLIA! AGORA É LUTAR PELA DERRUBADA DO GOVERNO FANTOCHE DE TEBBOUNE E A LIBERDADE DE TODOS OS PRESOS POLÍTICOS!


Na noite da última segunda-feira, 10.02, a Secretária-Geral do Partido dos Trabalhadores (PT), na Argélia e dirigente da corrente Lambertista no país, Luísa Hanune, saiu da prisão militar de Blida, onde era mantida presa política há nove meses por “complô contra o Estado e as Forças Armadas”. No dia 9 de maio de 2019, Hanune, uma das lideranças perseguida pelo governo da Argélia, foi presa por participar das manifestações contra o fechamento do regime. Na época, o BLOG da LBI somou-se a campanha pela sua liberdade e de Josu Ternera, histórico dirigente do ETA encarcerado na mesma semana na França. Exigimos a soltura imediata dos presos políticos que são alvo da repressão dos governos capitalistas nas metrópoles e “colônias”! Ternera continua preso na França. No Brasil, além da LBI, também participaram da campanha o PT, PCdoB, PSOL e organizações sindicais e populares como a CUT, o MST, a CMP e a UNE. Luísa teve sua liberdade decretada após julgamento do recurso de seus advogados que resultou na diminuição de sua pena de 15 anos para 3 anos com 9 meses de prisão fechada por “não haver denunciado uma reunião secreta”. Recebida com festa por seus companheiros, Luísa. Louisa declarou que vai recorrer da nova sentença e que não descansará enquanto todos os demais presos políticos da “Hirak” sejam postos em liberdade. 


O PT da Argélia é integra a corrente revisionista do trotskismo ligada ao falecido Pierre Lambert, que se encontra mergulhada em uma crise interna e rachas na França, onde sua principal seção rachou recentemente. O PT defende em seu programa político reformista de radicalização da democracia burguesa a realização de uma Assembleia Constituinte em meio à crise política que sacode o pais. Como denunciou o comunicado de imprensa do PT na época, a prisão tratou-se claramente de um ato de perseguição política. Nesta terça-feira (11.02) o PT lançou uma nota sobre a liberdade da Secretária-Geral do partido da qual extraímos os trechos abaixo: “O Partido dos Trabalhadores saúda e envia seus agradecimentos a todos os partidos, sindicatos, associações, organizações de direitos humanos, personalidades, a militância do partido e, em geral, a todos argelinos e argelinas que apoiaram a campanha pela libertação de Luísa Hanune. O PT envia igualmente sua saudação às organizações do movimento operário, aos partidos democráticos e organizações de direitos humanos de todo o mundo que desenvolveram a campanha de exigência democrática de libertação de Luísa Hanune”. Como se observa, a ofensiva reacionária mundial em curso se encontra com bastante força na Argélia, ex-colônia da França, perseguindo organizações políticas de esquerda que estão questionando o governo burguês capacho do imperialismo francês. A perseguição a esses militantes é a expressão política mais acabada da crise e o consequente recrudescimento do regime sob as hostes do imperialismo europeu e nos países semicoloniais. Em janeiro, ocorreram protestos nas ruas da capital argelina e a adesão foi ainda maior do que as duas sextas-feiras anteriores, após a entrada em cena do novo presidente fantoche argelino, Abdelmadjid Tebboune, eleito fraudulentamente em 12 de dezembro onde houve abstenção de 60% dos votos. Tebboune era ex-primeiro-ministro de Abdelaziz Bouteflika, que governou o país por 20 anos.Os três primeiros ministros anunciados (Sabri Boukadoum para os Negócios Estrangeiros, Kamel Beldjoud para o Interior e Belkacem Zeghamti para a Justiça) pertenciam ao executivo anterior de Noureddine Bedoui, que tinha sido nomeado em março por Abdelaziz Bouteflika, alguns dias antes de renunciar ao cargo devido à pressão ao movimento de contestação “Hirak” ao regime iniciado em 22 de fevereiro. Frente a este curso reacionário que se abriu no mundo, com profundos ataques ao proletariado e as suas liberdades democráticas é necessário que o ativismo de esquerda, classista e democrático organize atos pela liberdade imediata de todos os presos políticos das masmorras do imperialismo e de seus governos capachos, como o da Argélia!