Depois do rentista parasita Paulo Guedes, ministro do
governo neofascista, prometer “trilhões de dólares” em investimentos
internacionais em saneamento básico no evento “S de Social e de Saneamento” em
dezembro do ano passado, no BNDES, a equipe econômica do Planalto anunciou que
irá financiar a privatização das empresas públicas com dinheiro do banco de
fomento público, torpedo pelo entorno de Bolsonaro.De acordo com o diretor de
Infraestrutura do BNDES, Fábio Abrahão, o banco estatal cederá mais de R$ 40 bilhões
para empresas privadas, de preferência estrangeiras, interessadas em explorar
os serviços de água e esgoto no País.Segundo o tecnocrata neoliberal, o governo
Bolsonaro prevê cinco leilões neste ano e mais um certame em 2021. As
privatizações poderão ocorrer na forma de concessões plenas ou parciais e
parceria público-privada (PPP). “O banco avalia dar crédito para todos eles,
mas vamos privilegiar uma composição com o setor privado”, afirmou Fábio
Abrahão, segundo o site Valor Econômico. Já estão em curso o processo de
privatização das companhias estaduais de Águas e Esgotos (Cedae), no Rio de
Janeiro, de Saneamento de Alagoas (Casal) – ambas ocorrerão na forma de
concessões parcial, e das companhias do Acre e do Amapá, cuja privatização dos
serviços de água e esgoto será plena. Além destes quatro estados que assinaram
contrato com o BNDES, o Rio Grande do Sul e a prefeitura de Porto Alegre também
negociam com o banco um modelo de privatização das suas empresas de saneamento,
e outros governos (inclusive da esquerda reformista) planejam adotar o mesmo
modelo.No ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou a lei que permite a
privatização do serviço de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto
nos municípios brasileiros.Várias lideranças sindicais condenaram a
transformação da água em mercadoria. “Se nós acharmos que é transformando a
água, transformando o serviço de água e esgoto em mercadoria, entregando à
iniciativa privada, que nós vamos encontrar as saídas na velocidade que alguns
aqui estão anunciando, é uma grande mentira”, afirmou Antonio Luís da “Oposição
de luta” da Cagece/Ce. A entrega o patrimônio público estatal a estrangeiros, e
ainda com dinheiro do BNDES, com juros de pai para filho e com prazo a perder
de vista, é a meta deste governo rendido aos interesses financeiros do
imperialismo. E quem paga a conta da submissão destes neofascistas no poder
central é o povo trabalhador brasileiro, com as altas tarifas e serviços de
água e luz que fornecem grande lucro a
empresas transnacionais. Os sindicatos e as centrais deveriam convocar
imediatamente uma jornada nacional de lutas rumo a greve geral, unificando
todos os trabalhadores com os petroleiros em sua combativa paralisação.
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