quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

UM CHAMADO MILITANTE À ESQUERDA CLASSISTA E REVOLUCIONÁRIA PARA ENFRENTAR OS ATOS DA EXTREMA-DIREITA EM 15 DE MARÇO: ORGANIZAR UM MASSIVO ENCONTRO NACIONAL DE LUTA CONTRA O FASCISMO! CONSTRUIR COMITÊS DE BASE PELA FRENTE ÚNICA DE AÇÃO PARA RESPONDER AOS ATAQUES DA REAÇÃO BURGUESA!


O crescimento das tendências fascistas, com a convocatória de Bolsonaro para os atos de extrema-direita no dia 15/03, necessita de uma resposta urgente do movimento operário e suas organizações políticas. Não estamos falando de depositar o “voto na urna” nas eleições municipais de novembro sob a ilusão de que esse ato limitado as amarras da democracia burguesa fraudada possa barrar uma força social reacionária militante em ascensão. Essa vem crescendo desde as “Jornadas de Junho” de 2013 sequestradas pela direita, fortalecendo uma onda conservadora que levou ao golpe parlamentar contra Dilma em 2016 e garantiram a vitória de Bolsonaro em eleições completamente fraudadas e manipuladas. Nesse contexto vemos inúmeras vítimas nos últimos dias sendo alvo de ataques pelas mãos das hordas da extrema-direita sem que esboçássemos uma reação classista unificada à altura. O fascismo é um regime social que se impõe com o esmagamento dos oprimidos, ele é um recurso extremo que a burguesia utiliza quando o proletariado sai a luta para defender suas conquistas. O governo Bolsonaro vem estimuando ainda mais estas tendências que estão crescendo no lastro da desmoralização política dos trabalhadores após os quatro mandados da gestão petista. É necessário compreender que a política de colaboração de classes do PT pavimentou o caminho para a ascensão da extrema-direita, patrocinando alianças com as oligarquias reacionárias, criminalizando os movimentos sociais, criando a Lei Antiterrorista para perseguir as organizações de esquerda, apoiando as ações da Justiça burguesa contra a luta dos trabalhadores. Nesse marco, deve-se ter claro que o consequente combate a escalada reacionária em curso será obra da ação organizada da classe operária e seus aliados, os camponeses pobres, a juventude plebeia e a pequena burguesia progressista, não passa por qualquer apoio eleitoral a Frente Popular e por ter ilusões no "poder do voto". Fica evidente que a organização da resistência não passar pelo chamado ao voto na Frente Popular e sim na preparação da luta direta por fora do circo eleitoral. Com o aguçamento da crise econômica e polarização político-social as lutas necessariamente vão ocorrer nas ruas, nos enfrentamentos entre as classes, na luta dos trabalhadores contra os ataques perpetrados pelo governo de plantão, que não vacilará em lançar seu aparato repressivo contra os explorados. Em paralelo, as hordas fascistas vão crescendo sem que nos organizemos! A constituição de “comitês antifascistas e de defesa da democracia”, convocados pelo PT não passam de impotentes comitês eleitorais a serviço de sua política de colaboração de classes. Ao contrário desse engodo, a situação exige a formação de comitês de base, de combate ativo e militante. Nesse sentido, lançamos um chamado em especial aos agrupamentos políticos que se reclamam da esquerda revolucionária.  Para enfrentar essa situação, a LBI chama as organizações políticas e sindicais que defendem a necessidade de responder a investida fascista com os métodos da classe operária (comitês de autodefesa, greves, armamento popular) a convocarmos um novo ENCONTRO NACIONAL DE LUTA CONTRA O FASCISMO, aberto e democrático, nos moldes do que realizamos em novembro de 2018, para deliberar por um plano de ação para formar os comitês de base pela Frente Única para responder aos ataques da extrema-direita e um programa político operário para a atual etapa política, marcada pelo recrudescimento da ofensiva contra os explorados, suas conquistas sociais e suas liberdades democráticas!