Os petroleiros iniciam uma greve nacional na manhã do último
sábado (01/02) contra o fechamento e as demissões na Fábrica de Fertilizantes
Nitrogenados da Petrobrás no Paraná (Fafen) e a privatização da maior empresa
estatal do Brasil. De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), ligada
à CUT, a categoria pede “o estabelecimento imediato de um processo de
negociação com a Petrobras”, e reivindica também que a empresa “cumpra de fato
o que prevê o Acordo Coletivo de Trabalho, com suspensão imediata das medidas
unilaterais tomadas pela gestão e que estão afetando a vida de milhares de
trabalhadores”. Conforme informou a Federação, 12 unidades de refino não
tiveram a troca de turno, assim como em 4 terminais da Transpetro, subsidiária
da Petrobrás que também está ameaçada de privatização. Ainda na sexta-feira (31/01)
um grupo de trabalhadores ocupou a sede da Petrobrás no Rio de Janeiro, em
protesto contra demissões, reivindicando que a direção da empresa volte atrás
na decisão de dispensar mais de mil trabalhadores da Fafen. O “desmonte” da
Petrobras está diretamente relacionado ao projeto neoliberal dos rentistas
encastelados no Planalto, mas que foi ainda durante o governo da Frente Popular,
alcançando um patamar de tentativa de destruição da empresa, que é um dos
principais patrimônios construídos pela economia nacional. Desde o golpe
institucional que levou Temer à Presidência da República, aprofundado ainda
mais pelo governo neofascista Bolsonaro e seu preposto na empresa (Roberto
Castello Branco), o imperialismo ianque tem como objetivo principal no país
tomar o controle acionário da Estatal. A famigerada Operação Lava Jato, com seu
falso discurso de “limpar a Petrobras da sujeira da corrupção petista”, não
passou de um primeiro passo para enfraquecer a Estatal, facilitando sua entrega
aos agiotas do mercado financeiro internacional. O anúncio de venda de oito
refinarias da Petrobrás, que já está em curso, fará com que o país perca o
controle sobre sua capacidade vital produtiva de combustíveis, tornando o país
em um dos maiores importadores de produtos fósseis já refinados, mesmo
possuindo uma das maiores reservas de óleo cru do planeta. Desgraçadamente a
FUP/FNP e CUT apesar do apoio a greve nacional, não conseguem ultrapassar os
estreitos limites da luta economicista, dispersando uma oportunidade única de
generalizar o movimento, através da ampliação política de sua pauta, convocado
uma greve geral no país para derrotar os neofascistas do Planalto, capachos do
reacionário governo Trump. A esquerda que se reivindica do socialismo, deveria
colocar a greve nacional petroleira como o centro político de sua ação neste
momento, convocando toda solidariedade ativa para a vitória do combativo
movimento dos petroleiros!