terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

GRANDE MARCHA CONTRA O RACISMO E SEUS SICÁRIOS ASSASSINOS NA ALEMANHA: O MORENISMO (LIT/PSTU) AFIRMA QUE NÃO HÁ OFENSIVA NEOFASCISTA CONTRA AS MASSAS...


Milhares de pessoas ser reuniram na Praça da Liberdade, no centro da cidade alemã de Hanau, que fica perto de Frankfurt, no último sábado (22/02) para repudiar o massacre de quarta-feira (19/02) em que dez pessoas foram mortas a tiros por um naziracista delirante, que depois se matou, deixando um ‘manifesto’ e um vídeo marcados pelo ódio, racismo, xenofobia e paranoia fascista. Somente em Berlim haviam mais de 5 mil pessoas em uma poderosa manifestação contra o neofascismo. Os manifestantes portavam uma grande faixa “Racismo e Fascismo matam por toda a parte” e “A AfD atirou junto”. A Alternativa para a Alemanha (AfD) é o partido de extrema direita que “inflou” promovendo uma caça às bruxas contra refugiados e imigrantes em geral. Foi o terceiro ataque extremista em nove meses na Alemanha, o que inclui o assassinato do parlamentar Walter Lübcke na cidade de Kassel, por se recusar a perseguir refugiados (em junho), dois mortos em um ataque a uma sinagoga em Halle (em outubro) e, agora, a chacina de Hanau, em que as vítimas eram imigrantes ou filhos de imigrantes. Desde a carnificina, que atingiu dois bares de narguilé e um quiosque, manifestações, homenagens com flores e vigílias têm ocorrido em muitas cidades alemães, como Hamburgo, Berlim, Colônia, Bonn, Düsseldorf, Dortmund e Bielefeld.Na manifestação de Hanau, familiares das vítimas também falaram ao público denunciando o ato bárbaro e chamando à unidade operária contra o extremismo da direita. “A ferida não vai sarar, mas a solidariedade nos ajuda”, disse um parente ao jornal Guardian: “As vítimas todas nasceram e cresceram na cidade, “eram todas filhas de Hanau”. Entre os nove mortos nos dois bares e um quiosque, havia uma mulher grávida, mãe de outras duas crianças. O assassino, depois identificado como Tobias Rathjen, de 43 anos, era um conhecido militante pelo nazismo. No imundo documento de 24 páginas que o reacionário assassino postou em seu site antes do massacre, expõe sua motivação racista: “Certos grupos étnicos da Ásia, África e Oriente Médio tinham que ser completamente aniquilados, a população da Alemanha precisava ser reduzida à metade”. O Ministro do Interior alemão, e ex-líder do partido da União Social Cristã da Baviera, Horst Seehofer, afirmou em entrevista ao jornal Bild que a ameaça de extremismo de direita, racismo e anti-semitismo era “muito, muito difícil de ser combatida na Alemanha”. A burguesia imperialista alemã e seu governo Merkel, conservador de direita, são notadamente incapazes de combater, ou mesmo “frear” a ofensiva neofascista que cruza toda a Europa. Porém as massas dão contínuas demonstrações que estão dispostas a se mobilizar e derrotar a reação da extrema direita que ameaça as “conquistas civilizatórias”, para usar uma expressão do momento. Os enormes protestos populares que ocorreram na Alemanha com o objetivo de rechaçar os crimes praticados pelas bestas nazistas são um claro sinal da ação direta das massas, em oposição a cumplicidade dos governos burgueses(direita e esquerda)com a reação fascista, que serve ao capital financeiro em momentos de crise econômica. Desgraçadamente correntes revisionistas do Trotskismo, como a LIT/PSTU, que publicitam em seus veículos que não existe “nenhuma ofensiva neofascista em curso”, representam também a conivência política com a extrema direita em seus ataques contra as conquistas históricas do proletariado.