terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

APÓS LUCRO DE 18 BILHÕES EM 2019: GUEDES E NOVAES ANUNCIAM INTENÇÃO DE “DOAR” O BANCO DO BRASIL AO CAPITAL FINANCEIRO INTERNACIONAL


Rubem Novaes, escalado pelo ministro rentista Paulo Guedes e o neofascista Bolsonaro para assumir a presidência do Banco do Brasil, afirmou no começo desta semana ser favorável à privatização do banco, declarando que a: “Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa estariam bem melhor nas mãos do setor privado“. O lucro do Banco do Brasil (BB) foi de R$ 18,16 bilhões em 2019, um aumento de 41% em relação ao ano passado. No quarto trimestre (outubro, novembro e dezembro) o lucro foi de R$ 5,69 bilhões, o que representou um crescimento de 49,7% em relação ao mesmo trimestre de 2018.O primeiro, segundo e terceiro trimestres trouxeram lucros de R$ 4,00 bilhões; R$ 4,20 bilhões e 4,26 bilhões, respectivamente, e também superando seus equivalentes do ano anterior. O retorno sobre o Patrimônio Líquido em 2019, que dá uma medida de quanto o lucro obtido representa do capital do banco, foi de 17,3%. Em uma das recentes declarações sobre o assunto, em evento organizado pelo banco Credit Suisse, em janeiro deste ano, em São Paulo, Novaes explicitou, mais uma vez, sua aversão ao BB: “Eu acho que com o tempo e a classe política, de uma maneira geral, vai se convencer de que o papel do BNDES e da Caixa já suprem a necessidade de um banco público e que o Banco do Brasil poderia estar liberado para uma privatização”. Entre as medidas concretas contra o Banco do Brasil está a entrega para os norte-americanos, até o fim do segundo trimestre, da BB DTVM (BB Gestão de Recursos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.).A subsidiária integral do BB é especialista na gestão de fundos de investimentos de clientes do banco estatal e líder na gestão de fundos de investimentos no Brasil, com patrimônio superior a 1 trilhão de reais. O Banco do Brasil é patrimônio do Estado brasileiro que o governo neofascista Bolsonaro quer entregar de bandeja ao capital financeiro internacional. Apesar das políticas de enfraquecimento da instituição, cuja ponto máximo ocorre agora sob a orientação do rentista Paulo Guedes, o Banco do Brasil ainda consegue resultados bastante favoráveis, sem deixar de manter sua marca como banco estatal de atuação  relevante, especialmente pela sua dimensão de fomento e crédito para a economia nacional. Os bancários do BB, assim como toda a categoria do setor financeiro, público ou privado, deve iniciar imediatamente a organização da defesa de suas conquistas históricas através da ação direta, desembocando em uma grande greve geral. Seguir o exemplo dos petroleiros que estão em greve para defender a empresa estatal da privatização neoliberal promovida por esta corja governante submissa aos interesses do imperialismo ianque.

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