O fascista Bolsonaro impôs Candido Albuquerque como
interventor na UFC. Conhecido por suas posições direitistas, o capacho de
Bolsonaro na Universidade tem como função levar adiante o plano privatista do
MEC, o mal chamado “Future-se”. Ele inclusive entrou na justiça burguesa para
criminalizar o movimento que contestou sua posse e que hoje (30.08)
protagonizou um protesto nos Jardins da Reitoria. Não podemos aceitar esse
golpe contra a vontade democrática da comunidade universitária que não o
escolheu como Reitor. Diante da verdadeira intervenção na UFC devemos organizar
imediatamente a Greve Geral de toda a comunidade universitária, unido
professores, estudantes e servidores! Já passa da hora de seguirmos o exemplo
dos estudantes do CEFET-RJ que expulsaram na luta direta o interventor imposto
pelo canalha o Ministro da Educação Abraham Weintraub. Que o exemplo do CEFET-RJ
inspire o movimento estudantil da UFC, ocupando a Reitoria para impedir que
Candido Albuquerque dê segmento aos planos neoliberais de Bolsonaro conta a
universidade pública! Lembremos que os estudantes cariocas fizeram uma barreira
humana para impedir a entrada do interventor na sala da direção geral, agora
aqui na UFC devemos impedir que o interventor cotidianamente atue como agente
do MEC, vamos ocupar a Reitoria e paralisar todas as unidades de ensino e
trabalho da universidade! Para vencer é preciso superar a política de paralisia
do DCE e da UNE (PCdoB-PT) que se resumiu até agora a fazer um pequeno
acampamento nos Jardins da Reitoria. O próprio DCE encontra-se mergulhado em
uma crise política, tanto que uma “Comissão Gestora” controlada pelo PCdoB e o Levante Popular da Juventude (Consulta Popular) está provisoriamente no comando
da entidade. Na “oposição” encontra-se o campo formado pela Articulação de
Esquerda, RUA (Insurgência) e Afronte (Resistência). Esses setores da Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo tendem a se unificar em uma chapa única em nome do “combate ao interventor”
mas sequer conseguem ocupar de fato a reitoria e construir a greve estudantil
para enfrentar Bolsonaro, em resumo, são um entrave a luta consequente do movimento estudandil.
sexta-feira, 30 de agosto de 2019
quinta-feira, 29 de agosto de 2019
PORTO RICO: ABAIXO A JUNTA COLONIAL! PELO DIREITO A INDEPENDÊNCIA!
(DECLARAÇÃO POLÍTICA DA LIGA COMUNISTA INTERNACIONAL, SPARTACIST USA)
Porto Rico enfrenta uma crise política depois que alguns dos
maiores protestos de sua história forçaram a renúncia do odiado governador
Ricardo Rosselló no mês passado. A
faísca que acendeu a chama foi o vazamento do registro de mensagens privadas
entre Rosselló e seus companheiros, que exalavam intolerância, misoginia e
zombaria dos pobres. Para os 3,2 milhões de cidadãos que residem em um
território que está sob o domínio do domínio colonial norte-americano, as
queixas vão além: austeridade brutal, desemprego em massa, escolas, hospitais e
o sistema de transporte em deterioração.
Agora, os amos ianques com a ajuda de políticos burgueses
porto-riquenhos, planejam abertamente intensificar seu controle rígido sobre
sua colônia. Primeiro, estão impondo os ditames do conselho de controle fiscal
de Wall Street, conhecido como “Junta”", para fazer com que as massas
empobrecidas paguem bilhões de dólares em dívidas aos mesmos capitalistas norte-americanos
que arruinaram a economia do país.
CAPITULAÇÃO E RUPTURA NAS FARC: VOLTAR A LUTA ARMADA OU
INTEGRAR-SE A FALSA DEMOCRACIA? O CAMINHO REVOLUCIONÁRIO É ORGANIZAR A RESISTÊNCIA OPERÁRIA,
CAMPONESA E POPULAR EM UNIDADE COM GUERRILHA PARA DERROTAR O GOVERNO DUQUE E O
REGIME BURGUÊS!
Iván Márquez, um dos principais comandantes da FARC,
reapareceu nesta quinta-feira (29) em um vídeo anunciando uma nova etapa da
luta armada na Colômbia declarando que houve um “desarmamento ingênuo
da guerrilha”. O anúncio acontece três anos após a assinatura do “acordo de
paz” entre a guerrilha e governo, o que levou a entrega das armas da guerrilha
e um saldo de mais de 500 militantes mortos pelo exército nesse período de
integração das FARC a falsa democracia burguesa. A leitura do manifesto
“Enquanto houver vontade de lutar, haverá esperança de vencer” foi postado em
um canal do YouTube (ver vídeo). Márquez, vestido de verde militar e com uma
arma na cintura, está acompanhado por outro ex-comandante das Farc Jesus
Santrich. “Anunciamos ao mundo que a segunda Marquetalia [berço histórico da
rebelião armada] começou sob proteção do direito universal que ajuda todos os
povos do mundo a se levantarem contra a opressão”. Márquez, que foi um dos
principais negociadores do acordo de paz, afirma que a decisão de voltar às
armas “é a continuação da luta de guerrilha em resposta à traição do Estado ao
acordo de paz”. Ele ainda diz que o grupo buscará alianças com a guerrilha
Exército de Libertação Nacional (ELN) e não usará pedidos de resgate como fonte
de financiamento. Após a divulgação do vídeo, o ex-comandante da guerrilha, das
Farc Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, completamente vendido a
democracia dos ricos e corrompido ao governo negou a retomada da luta armada.
“A grande maioria continua comprometida com o acordo, apesar de todas as
dificuldades e perigos. Estamos com a paz”. Ele é atualmente o principal
dirigente da Força Comum Alternativa Revolucionária, o partido político das
Farc nascido dos “acordos de paz”. O ex-líder guerrilheiro Carlos Antonio
Lozada, que atualmente é senador, considerou a iniciativa um equívoco. “Devemos
dizer à base da guerrilha que o caminho é o da paz, estamos convencidos de que
todos os dias há mais colombianos que querem a paz. Sabemos que não é um
caminho fácil”. Por outro lado, o líder de uma das frentes mais ativas do ELN
no departamento do Chocó, no oeste da Colômbia, saudou a iniciativa. “Quando as
vias legais estão fechadas para as transformações profundas a resistência
armada para transformar essa realidade é uma alternativa válida. Saudamos o
pronunciamento de Iván Márquez, Jesús Santrich, El Paisa e outros colegas que
reintegram essa forma de resistência popular”. Com uma plataforma reformista e
de apologia ao regime da democracia burguesa as FARC entregaram as armas e se
transformou em mais um partido da ordem capitalista na Colômbia. Frente a essa
conjuntura dramática, os revolucionários bolcheviques criticaram publicamente
as decisões tomadas pela direção das FARC nesses três anos porque essas medidas
desgraçadamente levaram paulatinamente à sua rendição política e não “só”
militar. Através de concessões crescentes se apostou na via da conciliação de
classes e na política de integração ao regime títere. Sempre alertamos que a única ‘paz’ que sairia dos “acordos” é a dos cemitérios, já que
desgraçadamente as vidas dos heroicos combatentes das FARC foram sendo
sacrificadas em nome de uma política que em nada serve para a luta
revolucionária e, muito menos, para libertar a Colômbia do domínio da burguesia
e do imperialismo. É vital para o movimento de massas colombiano reorganizar os
sindicatos operários que sejam capazes de acaudilhar atrás de si as
organizações guerrilheiras, submetendo-as militarmente à democracia das
assembleias proletárias.
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
40 ANOS DA “LEI DA ANISTIA”: UM PACTO ENTRE OS GENERAIS GOLPISTAS E AS FORÇAS BURGUESAS CIVIS PARA MANTER INTOCÁVEIS TORTURADORES E ASSASSINOS DA DITADURA MIILITAR!
A “Lei de Anistia”, promulgada em 28 de agosto de 1979, foi
assinada pelo ditador João Batista Figueiredo como parte da “abertura lenta,
gradual e segura” para a transição consentida pela burguesia da dituadura militar para um regime de fachada civil, um mecanismo pactuado entre as forças
políticas e os generais para proteger os carrascos de farda e agentes civis da
repressão que mataram e torturam centenas de militantes de esquerda e ativistas
sociais. Esse “vespeiro” a classe dominante e seus gerentes e ex-gerentes de
farda ou civis não querem abrir até hoje, pois traria à tona a imensa podridão
do regime capitalista e seus serviçais militares. A denominada “transição” da
ditadura para o regime “democrático” burguês, elaborada pelo general Golbery
tinha como estratégia manter intacta a estrutura e os métodos de repressão
política como monopólio do Estado capitalista. Todos os documentos relativos a
este período estão guardados a sete chaves por exigência das FFAA como
ultrassecretos. A Anistia assim como a transição burguesa da ditadura para o
regime pseudo-democrático foi um processo negociado, em que a parte da
burguesia que apoiava a ditadura e os segmentos militares que dela participaram
impuseram a condição de que nenhum dos grupos ligados à repressão fosse
investigado. Não representava as aspirações dos lutadores que participaram
ativamente do movimento de resistência à ditadura, o qual, quando deflagrou a
bandeira da “Anistia ampla, geral e irrestrita” estava se referindo a garantir
os mesmos direitos de liberdade a todos os que lutaram contra o regime
(inclusive os que pegaram em armas), mas não que isso devesse ser estendido a
torturadores e assassinos.
36 ANOS DE FUNDAÇÃO DA CUT: DE UMA CENTRAL OPERÁRIA QUE
AGRUPOU OS LUTADORES CLASSISTAS A UM APARATO SINDICAL AMORFO QUE SE NEGA A COMBATER O GOVERNO DO
FASCISTA BOLSONARO
Por: Hyrlanda Moreira - Fundadora da CUT, encabeçando a chapa de oposição que unificou a esquerda revolucionária em 1997
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) celebra neste 28 de
agosto seus 36 anos de fundação. Fundada no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo, durante a ditadura
militar na época sob o comando do general Figueiredo e opondo-se, via o chamado
“novo sindicalismo”, aos pelegos do PCB, PCdoB e MR-8, a CUT hoje está
completamente integrada ao Estado capitalista após os mandatos do PT no governo
central. Mesmo agora estando na “oposição” ao fascista Bolsonaro a CUT não tem
quase poder de reação operária pelos seguidos anos de sua política de
colaboração de classes. Enquanto o ascenso das greves operárias no final dos
anos 70 provocou o nascimento da CUT, uma central operária que centralizava a
luta dos trabalhadores contra a ditadura militar, defendendo liberdade e
autonomia sindical, significando um acontecimento histórico progressivo, a
ascensão do governo de frente popular do PT, por sua vez, foi um acontecimento
político importante porque completou o processo de integração e cooptação
política e material da CUT ao Estado burguês. Tal fato representou também um
marco histórico que decretou a morte e a falência política dessa entidade como
instrumento de luta das massas exploradas. Coube, por exemplo, ao VIII CONCUT
em 2003 inaugurar essa nova etapa histórica em que a CUT dá um salto de
qualidade no caráter de classe da Central. Se antes a CUT era um braço sindical
do PT no movimento de massas, depois de 14 anos da gestão da Frente Popular ela
consolidou-se como uma sucursal do próprio governo petista, intervindo como
guardiã dos interesses econômicos e políticos da burguesia. Esse ciclo se “encerrou”
com o Golpe Institucional contra Dilma em 2016 e agora a CUT atua como uma das
protagonistas da oposição consentida ao governo do fascista Bolsonaro. Tanto
que se nega a convocar a Greve Geral optando, como se deliberou na reunião das
centrais que ocorreu neste dia 26.08, que “representantes da CUT e demais
centrais irão fazer uma mobilização no Senado, onde a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) nº 06/2019, aprovada na Câmara dos Deputados, está
tramitando. As lideranças sindicais irão conversar com os senadores e
pressioná-los para votar em defesa da classe trabalhadora e contra esta reforma
da Previdência que dificulta a concessão de benefícios previdenciários”. Apenas
organiza atos domesticados contra o ajuste neoliberal que não coloque em xeque
o regime bonapartista exceção, como vimos na conduta da direção da Central
diante a aprovação da contrarreforma da previdência no parlamento ou diante do
anúncio das privatizações dos Correios e demais estatais.
segunda-feira, 26 de agosto de 2019
ESQUÁLIDA DOMINGUEIRA REACIONÁRIA: ATOS PRESTAM APOIO A DUPLA MORO/DELTAN EM MEIO A FRICÇÕES INTERNAS NO GOVERNO DO FASCISTA BOLSONARO
Neste domingo, 25 de agosto, houveram atos reacionários
esvaziados contra a “lei de abuso de autoridade” aprovada no Congresso Nacional e em favor da famigerda Operção Lava Jato em
várias capitais do país. Na verdade, as manifestações foram em solidariedade a
Sérgio Moro e Deltan Dallagnol em meio as fricções que ocorrem dentro do
governo comandado pelo fascista Bolsonaro. Durante a semana foi divulgado
amplamente na imprensa que Bolsonaro teria entrado em choque com Moro sobre as
indicações na PF entre outros temos. Como o chefe da malfada "República de Curitiba" é um dos sustentáculos
do regime Bonarpartista de exceção, diretamente patrocinado pela Casa Branca, logo
Bolsonaro recuou nas indicações, apesar de demonstrar clara irritação com sua
função de fantoche descartável. Os protestos de ontem convocados pelo grupo Vem
pra Rua pediram ainda a indicação do procurador Deltan Dallagnol à
Procuradoria-Geral da República e atacaram o STF, demonstrando que o núcleo duro fascista dos
manifestantes, mesmo diminuto, segue sendo a base de apoio da escalda
reacionária em nosso país. Eles protestaram também contra o projeto de lei
sobre abuso de autoridade aprovado pelo Congresso Nacional em 14 de agosto. O
texto define cerca de 30 situações que configuram o crime de abuso de
autoridade, como obter provas por meio ilícito, decretar condução coercitiva
sem antes intimar a pessoa a comparecer ao juízo, obter prova em procedimento
de investigação por meio ilícito ou divulgar gravação sem relação com as provas
que se pretende produzir em investigação, expondo a intimidade dos
investigados. Trata-se claramente de uma forma dos políticos burgueses se
resguardarem da ofensiva do judiciário, buscando-se assim que Bolsonaro aceite
as medidas como parte de um acordo de proteção da “ala política” do regime burguês. De
nossa parte, alertamos que a escalada reacionária tende a continuar se não
entrar em cena o movimento operário organizado de forma ativa e radicalizada, tarefa que vem sendo sabotada pela CUT e o
PT, os quais buscam apenas desgastar o governo entreguista no terreno eleitoral. Tanto que a Frente Popular somente indicou um nova manifestação de rua para setembro. Ao lado da dura
aplicação do ajuste neoliberal (reforma da previdência, privatizações),
Bolsonaro e Moro, mesmo com pequenas fricções internas, seguem firmes nos ataque
as liberdades democráticas e na militarização do regime político. Portanto é necessário
lutar para pôr abaixo o regime Bonapartista de exceção, apontando como
perspectiva revolucionária a luta pelo poder operário e popular!
sábado, 24 de agosto de 2019
65 ANOS DA MORTE DE GETÚLIO: QUANDO O VELHO NACIONALISMO BURGUÊS SE FUNDIU COM O NEOLIBERALISMO NO ATUAL PDT...
Neste 24 de agosto completa-se 65 anos do suicídio de
Getúlio Vargas. Episódio marcante da história política brasileira, a morte de
Vargas ocorreu em meio a uma profunda crise que refletia as contradições do
projeto nacional desenvolvimentista de seu governo. Em 1953, a continuidade da
política de estímulo à industrialização, uma das principais características do
varguismo, começou a sofrer limitações, exigindo a ampliação de investimentos e
o aumento das importações de equipamentos e máquinas, o que provocava déficit
na balança comercial do país. O mesmo ocorria com a balança de pagamentos,
devido à sangria das riquezas nacionais, promovida pelo crescimento das
remessas ilegais de lucros pelas empresas estrangeiras que atuavam no país.
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
FORA O G7 DA AMAZÔNIA! NOSSAS FLORESTAS DEVEM SER DEFENDIDAS PELO PROLETARIADO RURAL, POVOS ORIGINÁRIOS EM ALIANÇA COM A CLASSE OPERÁRIA PELA SENDA DA REVOLUÇÃO!
A submissão do atual governo neofascista aos interesses da
burguesia do agronegócio vem provocando uma escalada de devastação ambiental no
país, que se agravou com o incremento das queimadas na região da Amazônia, mas
que também atingem outros polos geográficos que são alvos da expansão das
“fronteiras agrícolas” para a exploração capitalista agropecuária. Como em
particular o desmatamento da Amazônia vem se acentuando ao ponto de provocar
uma tragédia não só ambiental mas fundamentalmente humana, as manchetes da
mídia corporativa foram subitamente preenchidas com um sentimento “ecológico”,
tornando a “questão amazônica” um fato político com grande repercussão
internacional. Para tentar ocupar algum papel protagonista no cenário mundial,
polarizado hoje pela disputa “comercial” entre os governos de Washington e
Pequim, o imperialismo europeu assumiu cinicamente a “defesa da Amazônia”,
tentando se passar como o paladino das causas ambientalistas em todo o planeta.
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
QUEIMADAS NA FLORESTA: A DEFESA DA AMAZÔNIA CONTRA A SANHA DO CAPITAL, É PARTE INDISSOLÚVEL DO COMBATE PELA REVOLUÇÃO AGRÁRIA
O imperialismo europeu quer assumir o protagonismo da “luta
ecológica” contra a devastação da Amazônia, principalmente no momento em que a
gerência estatal de plantão no Brasil está sendo ocupada por um energúmeno
fascista, manietado segundo os interesses da Casa Branca em Washington. Por
outro lado a esquerda reformista, que vem denunciando o agravamento da crise
ambiental no norte do país, também com sérias consequências para todas as
regiões urbanas do Brasil, dissocia completamente a chamada “luta ecossocialista”
do combate consequente pela revolução agrária, única maneira para se deter a
sanha do capital financeiro e seu rentável braço no setor rural: o agronegócio.
A transformação de nossas florestas e matas nativas em campo fértil para a
produção agrícola e pecuária, obviamente não começou com o governo neofascista
de Bolsonaro, apenas atingem agora um grau máximo de perigo para a
sobrevivência da fauna e flora nas regiões mais exploradas pelo agronegócio, ou
mesmo para as zonas mais “selvagens” que recém iniciam a acumulação primitiva
para a burguesia rural. A exportação dos comodities agrícolas, hoje são o
elemento mais dinâmico de nossa balança comercial, portanto em meio à uma
recessão econômica generalizada no país, atingindo a produção industrial e
também o extrativismo mineral, o capital necessita manter sua taxa média de
lucro no setor mais rentável, ou seja, o agronegócio. Isto é o que vai
explicar, sob a ótica do marxismo, o incremento do desmatamento na floresta
amazônica, comprovado por todos os institutos de pesquisa espaciais e
geográficos. Por mais estupido e fascista que seja Bolsonaro, a
“liberação geral”, o sinal “cinza” do governo para a devastação da Amazônia é
parte de uma exigência do mercado para a reposição da queda geral de sua taxa
de lucro, e só poderá ser detida no combate vigoroso pela revolução agrária em
nosso país e nunca pela formação de uma aliança política com o imperialismo
europeu em favor do embuste “ecossocialista”.
IRONIA DA HISTÓRIA: 22 DE AGOSTO DE 1976 JUSCELINO KUBITSCHEK, QUE APOIOU O GOLPE DE 64, ERA MORTO PELA “OPERAÇÃO CONDOR”... UM “ACIDENTE” ARMADO SOB MEDIDA PARA INVIABILIZAR A “FRENTE AMPLA” BURGUESA COMO ALTERNATIVA CIVIL A DITADURA MILITAR
A história da luta de classes é plena de ironias e contra
marchas, uma destas ocorreu com a maior liderança nacional do antigo PSD, Juscelino
Kubitscheck. O ex-presidente Juscelino Kubitschek, que governou o Brasil de
1956 a 1961, foi vítima de conspiração fatal e um atentado político que
resultaram em sua morte em 22 de agosto de 1976 pelos agentes da ditadura
militar. A mesma ditadura que recebeu o apoio inicial de JK no fatídico dia
primeiro de abril de 1964, quando o ex-presidente pensava que se “livrando” de
Jango o caminho estaria aberto para sua volta ao Palácio do Planalto. JK morreu
em um suposto “acidente de carro” na Via Dutra, enquanto saía de São Paulo em
direção ao Rio de Janeiro. Segundo notícias da época, estava indo ao encontro
de uma amante. O veículo, um opala dirigido pelo motorista Geraldo Ribeiro,
levou uma batida de um ônibus que vinha logo atrás e, no desvio, se chocou com
uma carreta que ia em sentido contrário. Para começar, há provas de que o
ex-presidente não foi para o Rio ao encontro de uma amante. Essa notícia foi
encaixada nos fatos históricos como mais uma peça para a desmoralização da vida
de JK, em marcha desde o golpe militar. Documentos trocados entre embaixadas
brasileiras e norte-americanas comprovam, por exemplo, que Juscelino era
monitorado pelo serviço secreto norte-americano desde 1963. Nessas cartas os
americanos destacavam que ele era o político mais popular da época, com grandes
chances de ganhar novas eleições presidenciais. Antes de ir para o Rio, JK tinha acabado de voltar de um encontro com
governadores da Bacia do Prata e chegou a ficar alguns dias na casa do
jornalista e amigo Adolfo Bloch, dono da Manchete. Seu carro fez uma parada no
Hotel-Fazenda Villa-Forte cujo proprietário era o brigadeiro Newton Junqueira
Villa-Forte, amigo do general Golbery do Couto e Silva e um dos criadores do
Serviço Nacional de Informação (SNI). Segundo depoimento do filho de
Villa-Forte, Gabriel, que estava presente naquela tarde de domingo, o hotel estava
vazio e o ex-presidente ficou lá por quase duas horas, depois ele e o motorista
voltaram para a estrada e poucos minutos depois aconteceu o acidente. Um
depoimento feito pelo manobrista do hotel, e registrado na época, destacou que
o motorista Geraldo Ribeiro estranhou o carro assim que pegou para retomarem a
viagem. A colisão com o ônibus também não teria acontecido. Tem fotografias revelando que a traseira
esquerda do opala, onde a perícia disse que teria sido o ponto de colisão entre
o carro e o opala estava na íntegra no momento seguinte da colisão, mas, no dia
seguinte, a polícia fabricou outras fotos com a traseira esquerda avariada. Ou
seja, a avaria do opala que serviu de causa, digamos, do acidente, foi
produzida depois do acidente, em algum momento posterior. Juscelino articulava
sua candidatura nessas eleições indiretas de forma discreta. Esse seria o
motivo pelo qual o político teria sido assassinado pela ditadura militar.
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
NÃO A PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS E ESTATAIS! ROMPER COM A PARALISIA IMPOSTA PELA CUT/FENTECT CONVOCANDO DESDE AS BASES A GREVE GERAL PARA DERROTAR OS ATAQUES NEOLIBERAIS DO ENTREGUISTA BOLSONARO!
O governo Bolsonaro anunciou que pretende privatizar várias estatais. O pacote inclui a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos),
a Casa da Moeda, Porto de Santos, Telebras, Serpro, Dataprev e outras empresas. Cinicamente, o
Ministério da Economia elaborou um estudo com justificativas para privatizar os
Correios e menciona casos de corrupção, interferências políticas na gestão e
greves constantes, ou seja, uso a rapina das gestões burguesas e a resistência
dos trabalhadores para justificar a entrega. Ele também cita exemplos de
ineficiência, como o “elevado índice de extravio” e a demora em ressarcir
produtos extraviados. A transnacionais Amazon e Alibaba já anunciaram que estão
interessadas em comprar os Correios para expandirem suas operações de
logística, um filão milionário. As estatais a serem privatizadas vão entrar no
PPI (Programa de Parceria de Investimentos) para decidir qual modelo de
privatização adotar. O famigerado PPI atua como órgão gestor de parcerias
público-privadas federais, além de participar do Conselho Nacional de
Desestatização. Como o imperialismo ianque exige o máximo de celeridade no
desmonte da economia nacional, não há espaço para o governo neofascista
"engessar" o processo de privatizações das empresas estatais
consideradas economicamente "estratégicas".
MARCELO FREIXO: DEFENDE A AÇÃO DA POLÍCIA ASSASSINA DO RJ,
SUGERINDO QUE O FASCISTA WITZEL NÃO “COMEMORE”. PARLAMENTAR DO PSOL É O MAIOR ÍCONE
DA ESQUERDA REVISIONISTA...
"O Rio viveu um dia trágico. Willian Silva sequestrou um ônibus, fez 37 reféns e acabou morto. A polícia agiu de acordo com o que prevê a lei e de forma técnica. A legislação autoriza esse tipo de ação em situações críticas, em que há risco iminente à integridade de terceiros". A repugnante declaração acima não foi feita por nenhum secretário bolsonarista do governador fascista do Rio de Janeiro, Wilson Witzel , mas sim pelo deputado federal do PSOL Marcelo Freixo, maior ícone político de todos os grupos da esquerda revisionista, como CST, “Resistência”, “Insurgência” etc...Freixo que recentemente celebrou um encontro de afinidades com sua colega fascista Janaina Paschoal, agora vem a público defender a ação covarde e assassina da polícia militar carioca contra um doente mental em surto, a mesma força repressiva que agora está infestada pelos novos “snipers” treinados para matar o povo pobre e negro e a juventude carioca. Alertamos porém que a posição atual de Freixo, não é um “raio em céu de brigadeiro”, faz parte de toda sua trajetória política que o catapultou como a maior liderança nacional do PSOL, a apologia do aparelho de repressão do Estado Burguês, desde a implantação das famigeradas UPP’s pelo então governador “Sérgio Caveirão”, até a aliança com a máfia da famiglia Marinho para tentar vencer a disputa pelo controle da prefeitura da capital fluminense. O vergonhoso silêncio das tendências de “esquerda” do PSOL, diante das declarações escandalosas de Freixo, só comprova o alto grau de degeneração programática do revisionismo do Trotskismo chefiado hoje no Brasil pelo professor Valério Arcary.
terça-feira, 20 de agosto de 2019
LEON TROTSKY: UM EXEMPLO DE RESISTÊNCIA REVOLUCIONÁRIA QUE SOUBE ENFRENTAR O ISOLAMENTO POLÍTICO COMBATENDO VIGOROSAMENTE A SOCIALDEMOCRACIA E O STALINISMO
Dedicamos o Editorial do Jorna Luta Operária desta 2ª Quinzena de Agosto para homenagear
o grande chefe da revolução Bolchevique, Leon Trotsky, quando se completam os
79 anos de sua morte. Não se trata de um “mero” ato de reverência política ou
humana, mas sim do sincero reconhecimento militante do valor revolucionário de
sua vida e da sua trajetória comunista por nossa corrente política que
reivindica e aplica na práxis, dentro de suas modestas forças, o legado do
velho dirigente bolchevique, mesmo sofrendo por isso muitas vezes o isolamento
político e o ataque vil da burguesia, dos reformistas e revisionistas, estes
últimos cada vez mais adaptados a defesa da democracia como “valor universal”. Ainda jovem Trotsky dirigiu o Soviete de Petrogrado, depois
foi fundador do Exército Vermelho, comandante da Revolução de Outubro ao lado
de Lênin e de outros camaradas valorosos. Após ser derrotado na luta interna
pelas condições históricas adversas e por limitações políticas, ele foi expulso
da URSS, percorreu o planeta na condição de opositor de esquerda da burocracia
soviética. No México, última parada de seu “exílio”, lutou com as armas que
tinhas às mãos para construir a IV Internacional, sendo assassinado em 21 de
agosto de 1940 por ordem da KGB por defender a revolução mundial em oposição à
tese do “Socialismo em um só país” aplicada por Stálin mundo afora, responsável
por sabotar e derrotar levantes proletários em nome da coexistência pacífica
com o imperialismo.
segunda-feira, 19 de agosto de 2019
NÃO AO ACORDO DE EXTRADIÇÃO ENTRE OS GOVERNOS DOS FASCISTAS PIÑERA
E BOLSONARO PARA MANTER NO CÁRCERE MAURÍCIO NORAMBUENA! LIBERDADE IMEDIATA PARA
O GUERRILHEIRO CHILENO!
Após ficar mais de 16 anos preso no Brasil, o guerrilheiro Maurício
Hernández Norambuena, conhecido como “Comandante Ramiro”, ex-dirigente da
Frente Patriótica Manuel Rodriguez (FPMR), organização política que travou luta
armada contra o regime militar fascista de Pinochet no Chile, será extraditado
para o Chile nas próximas semanas. A extradição
faz parte de um acordo aviltante entre os governos dos fascistas Piñera e
Bolsonaro. Norambuena cumpre pena de 30 anos de prisão pelo sequestro do
publicitário Washington Olivetto em 2001, na capital paulista, visando arrecadar fundos para a FPMR. O empresário foi
libertado pela polícia após 53 dias no cativeiro. Ele também foi condenado a
duas prisões perpétuas no Chile por planejar e justiçar, em 1991, o senador
reacionário Jaime Guzmán, colaborador de Pinochet, e pelo sequestro de Cristián
Edwards, herdeiro do jornal reacionário El Mercurio. Uma das ações praticadas
pelo grupo, inclusive, foi uma emboscada que quase levou à morte o ditador
chileno Pinochet.
“GOLPE DE AGOSTO” NA URSS: TROTSKISTAS EM DEFESA DO ESTADO OPERÁRIO CONTRA A RESTAURAÇÃO CAPITALISTA... REVISIONISTAS DO TROTSKISMO JUNTO COM
YELTSIN E O IMPERIALISMO IANQUE
Entre os dias 19 e 20 de agosto de 1991, há exatamente 28
anos atrás, um golpe militar dirigido por generais stalinistas e setores da KGB
tentou barrar a divisão da URSS um dia antes da celebração do chamado
"Tratado da União" que criava uma Federação de Repúblicas
Independentes, com ampla autonomia para seus presidentes levarem a cabo a
restauração capitalista. Sob o comando do então vice-presidente da União
Soviética, Gennady Yanaiev, esta ala da burocracia prendeu Gorbachev com o
objetivo de retomar o controle do aparelho central do então Estado operário
soviético. O golpe foi derrotado militarmente e de seu fracasso surgiu como
novo ícone da restauração capitalista o "herói" Boris Yeltsin, então
presidente da Federação Russa, que tratou de dar curso ao processo de
liquidação contrarrevolucionária da URSS. Yeltsin comandou um setor
restauracionista que havia rompido com o aparato estatal do PCUS, se alçou à
condição de representante direto do “mercado” e venceu, com a ajuda da
burguesia mundial, o golpe de estado liderado pelos burocratas stalinistas do
Comitê de Emergência. Os restauracionistas tomaram o poder de estado,
instaurando um governo capitalista na Rússia, disposto a destruir as antigas
bases sociais do Estado operário através da autonomia total das então
repúblicas soviéticas, privatizar a economia estatizada e a restaurar o
capitalismo na região, transformando a antiga URSS numa semicolônia
capitalista, condição na qual atualmente se encontra a Rússia, apesar de uma
certa recuperação econômica.
domingo, 18 de agosto de 2019
PSOL, PT E AFINS: QUANDO O CRETINISMO PARLAMENTAR DA ESQUERDA REFORMISTA SEQUER TEM O “SENSO DO RIDÍCULO”...
O Congresso Nacional está na véspera de selar o fim da
Previdência Pública no país, após a emenda constitucional da malfadada
(contra)reforma ter sido aprovada com uma ampla margem na Câmara dos Deputados,
e no Senado a previsão é de uma vitória ainda mais folgada do rentismo. No bojo
da ofensiva neoliberal, este mesmo Congresso, composto majoritariamente pela
nova escória da política burguesa, prepara um pacote de “ajuste” brutal de
medidas exigidas pelo “mercado”, como a chamada “reforma tributária” e um agressivo
plano de privatizações das estatais ainda sobreviventes ao “desmonte”. Nem é
preciso gastar muito o tempo de nossos leitores falando sobre o caráter venal
da atual composição política do Congresso brasileiro, mas por mais
inacreditável que possa parecer a esquerda reformista (PT, PSOL e afins) ainda
insiste em “virar o jogo” das contrarreformas no marco do lobby parlamentar, e
em um delírio criminoso sustenta que o governo neofascista pode ser derrubado
pela própria ação de deputados e senadores bolsonaristas... que poderiam ser
convencidos a mudar do campo reacionário pela plataforma da “oposição”...
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
BOLSONARO “XINGA” O IMPERIALISMO EUROPEU PARA ENTREGAR A
AMAZÔNIA PARA TRUMP: SOMENTE OS TRABALHADORES PODEM DEFENDER NOSSAS FLORESTAS
NA LUTA PELA REVOLUÇÃO SOCIALISTA FRENTE AO AVANÇO DA BARBÁRIE!
Vem ganhando destaque na imprensa burguesa a suposta “queda
de braço” entre o governo Bolsonaro e países europeus em torno do chamado
“Fundo Amazônico”. O Fundo foi criado em 2008 pelo governo Lula, com o objetivo
formal de captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de
prevenção, monitoramento, combate ao desmatamento, promoção da conservação e do
uso sustentável das florestas no Bioma Amazônia. A Noruega, principal doadora
do mecanismo, anunciou a suspensão de repasse de R$ 132,6 milhões que estava
previsto para 2019. A Alemanha também já anunciou que suspenderia R$ 155
milhões. As medidas foram anunciadas após o aumento do desmatamento na Amazônia
e mudanças na gestão do fundo. Os “xingamentos” entre Bolsonaro e os governos
europeus trata-se de uma “disputa” entre representantes da rapina de nossas
riquezas naturais. Bolsonaro pretende entregar a Amazônia para o controle
ianque e o imperialismo europeu que deseja abocanhar parte de nossas riquezas
está descontente com essa opção do fascista. Ele prometeu rever demarcações
indígenas e declarou com todas as letras que deseja “explorar a região
amazônica com os Estados Unidos”. Na prática, as atividades do Fundo Amazônia
estão paralisadas neste ano após o Ministério do Meio Ambiente brasileiro
decidir mudar a composição do comitê que integra o Fundo e o destino dos
repasses. Como “ala esquerda” do imperialismo europeu estão os defensores do
chamado “ecossocialismo”, cujo principal porta-voz é Michael Lowy, que visa
colocar como centro da defesa da necessidade histórica do socialismo a questão
ambiental e não a luta de classes que tenha o proletariado como vanguarda da
emancipação humana.
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
NOVA REFORMA TRABALHISTA: MP 881 DÁ TOTAL LIBERDADE AOS PATRÕES E IMPÕE ESCRAVIDÃO COMPLETA PARA OS TRABALHADORES...
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na última
quarta-feira (14/08) a Medida Provisória 881, a malfadada minirreforma
trabalhista ou a “MP da escravidão”, após a votação dos destaques apresentados
pelas bancadas bolsonaristas (inclusive com o apoio de parlamentares da chamada
“oposição”), partidárias do projeto ultraneoliberal do governo neofascista de
Bolsonaro. As doze propostas de alteração do texto foram rejeitadas, a medida
segue agora para apreciação no Senado. Além de retirar direitos históricos dos
trabalhadores, abolir regulamentações legais que vão estimular ainda mais a
precarização da força de trabalho, a medida, ao acabar, em muitos casos, com a
fiscalização de empresas e dificultar a responsabilização jurídica abre caminho
para a impunidade e vai ser um estímulo aos patrões para a maior exploração dos
trabalhadores. A permissão para o trabalho aos domingos e feriados sem o
pagamento de 100% de adicional é um dos pontos centrais da “MP da escravidão”.
Outro ponto aprovado, que é mais uma ameaça ao trabalhador travestido de
“liberdade”, é o que trata do controle de ponto, a MP determina que será
obrigatório os registros de entrada e saída no trabalho apenas para empresas
com mais de vinte empregados, atualmente, o limite é até dez trabalhadores. O
texto da MP, encomendado diretamente pela burguesia parasitária ao Congresso
Nacional, autoriza ainda o registro de ponto por exceção, um modelo em que o
funcionário da empresa pode fazer um acordo com o empregador para não bater o
ponto, isto é claramente um convite à burla. O cenário econômico de profunda
recessão econômica por que passa o país, atua como um elemento de chantagem
sobre o proletariado ameaçado diretamente pela escalada crescente de
desemprego, por outro lado a crise capitalista serve para a demagogia
neoliberal avançar em suas contrarreformas, arrancando cada vez mais direitos
sociais da classe operária. Mas o elemento central da ofensiva neoliberal da
burguesia e seu atual governo fascista, reside no fato de que as direções da
esquerda reformista e suas Centrais sindicais burocratizadas não ofereçam a
menor linha de resistência contra o projeto das classes dominantes. A Frente
Popular e seus apêndices menores como o PSOL e PSTU, só disseminam o cretinismo
parlamentar, iludindo os trabalhadores sobre possíveis vitórias contra o
“ajuste do mercado” no marco deste Congresso Nacional corrompido. É urgente
romper com esta política de colaboração de classes do PT ou veremos em breve a
volta da escravidão capitalista no Brasil...
ATAQUE FURIOSO DO “COCÔ” FASCISTA BOLSONARO AOS COMUNISTAS EXIGE UMA ENÉRGICA RESPOSTA POLÍTICA MILITANTE DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA!
O fascista Bolsonaro atacou os Comunistas em viagem a cidade
de Parnaíba, no Piauí. Nesta quarta-feira (14.08) ele vociferou “Vamos varrer a
turma de vermelho do Brasil... Vamos acabar com o cocô no Brasil. O cocô é essa
raça de corruptos e comunistas”. Bolsonaro foi saudado em sua fala pelo canalha
Mão Santa, do SD. O atual prefeito de Parnaíba foi governador do Piauí entre
1995 e 2001 pelo PMDB, quando foi cassado por abuso de poder político e
econômico. Mão Santa teve como vice-governador em 1998 o trânsfuga Osmar
Ribeiro, do PCdoB, partido que é uma verdadeira prostituta política a serviço
da burguesia mas que desgraçadamente ainda uso como símbolo comunista a Foice e
o Martelo. Os ataques do "cocô" fascista contra os comunistas e à esquerda em geral tem
com o claro objetivo de perseguir a vanguarda revolucionária que comanda a
resistência aos ataques neoliberais do governo, inclusive os genuínos Leninistas
que não se submetem a política de colaboração de classes do PT e PCdoB. Bolsonaro
e suas hordas fascistas não distinguem as profundas diferenças políticas no
campo da esquerda, para as forças da reação tudo que represente no passado ou
no presente o combate histórico pelo socialismo deve ser eliminado e destruído.
Nesta perigosa escalada nacional da direita, nos chama atenção a “resposta” que
setores majoritários da esquerda (PT, PSOL, PCdoB, PSTU) pretendem dar a esta
ofensiva da reação, política condensada na carta elaborada por Lula gradecendo os esforços de parlamentares de diversos
partidos burgueses que em 7 de agosto foram ao STF pedir a suspensão de sua transferência
forçada de Curitiba: o petista clama por uma suposta “ampla frente antifascista” com
forças burguesas e suas personalidades tanto que é endereçada a figuras como
Rodrigo Maia (DEM), Marcos Pereira (PRB), presidente e vice da Câmara e os
presidentes de partidos, líderes ou vice-líderes das bancadas: Tadeu Alencar
(PSB), Fábio Ramalho (MDB), Arthur Lira (PP) Fábio Trad (PSD), Rubens Bueno
(Cidadania), Paulinho da Força (Solidariedade) Wellington Roberto (PL) entre
outros. O caminho apresentado por Lula e a Frente Popular é a senda da derrota,
não serve para derrotar na luta direta revolucionária o fascista Bolsonaro e sua corte de reacionários, como Mão Santa!
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
EM 14 DE AGOSTO DE 1956 NOS DEIXAVA BERTOLT BRECHT: O GENIAL DRAMATURGO COMUNISTA NUNCA APOIOU A DEGENERAÇÃO STALINISTA MAS FOI “IMPOTENTE” PARA LUTAR CONTRA A BUROCRATIZAÇÃO DA URSS E DA ALEMANHA ORIENTAL
Em 14 de agosto de 1956 morria o comunista, poeta e dramaturgo Bertolt Brecht. Ele foi uma referência artística, teatral e literária da esquerda mundial por sua luta contra o nazismo em suas obras, a denúncia do capitalismo em seus textos e pelo seu não alinhamento automático ao Stalinismo, apesar de não travado nenhum combate político consequente contra a burocratização da URSS e da Alemanha Oriental, ainda que tenha sido instigado a fazê-lo por intelectuais simpáticos a luta de Trotsky. Algumas de suas principais obras são: Um Homem é um Homem, em que cresce a ideia do homem como um ser transformável, Mãe Coragem e Seus Filhos, sobre a Guerra dos Trinta Anos, escrita no exílio, no começo da Segunda Guerra Mundial, e A Vida de Galileu. Registra-se que em 1932 o Estado soviético declara o realismo socialista como cultura oficial. Essa prática restringia e perseguia qualquer tipo de arte que não reivindicasse o regime burocratizado da URSS. Breton, expoente do movimento surrealista e Leon Trotsky, dirigente da oposição de esquerda do PC e fundador da Quarta Internacional, escrevem o Manifesto por uma arte revolucionária independente em 1938. Bertolt Brecht nunca aderiu a esse Manifesto.
Em 14 de agosto de 1956 morria o comunista, poeta e dramaturgo Bertolt Brecht. Ele foi uma referência artística, teatral e literária da esquerda mundial por sua luta contra o nazismo em suas obras, a denúncia do capitalismo em seus textos e pelo seu não alinhamento automático ao Stalinismo, apesar de não travado nenhum combate político consequente contra a burocratização da URSS e da Alemanha Oriental, ainda que tenha sido instigado a fazê-lo por intelectuais simpáticos a luta de Trotsky. Algumas de suas principais obras são: Um Homem é um Homem, em que cresce a ideia do homem como um ser transformável, Mãe Coragem e Seus Filhos, sobre a Guerra dos Trinta Anos, escrita no exílio, no começo da Segunda Guerra Mundial, e A Vida de Galileu. Registra-se que em 1932 o Estado soviético declara o realismo socialista como cultura oficial. Essa prática restringia e perseguia qualquer tipo de arte que não reivindicasse o regime burocratizado da URSS. Breton, expoente do movimento surrealista e Leon Trotsky, dirigente da oposição de esquerda do PC e fundador da Quarta Internacional, escrevem o Manifesto por uma arte revolucionária independente em 1938. Bertolt Brecht nunca aderiu a esse Manifesto.
terça-feira, 13 de agosto de 2019
BALANÇO DO 13A: JUVENTUDE E TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO
MOSTRARAM DISPOSIÇÃO DE LUTA, PORÉM SAÍRAM ISOLADOS SEM A CONVOCAÇÃO DE UMA
GREVE GERAL DE TODA A CLASSE TRABALHADORA
O dia de hoje foi marcado por importantes mobilizações da
juventude e dos trabalhadores em Educação. Nesse 13 de agosto em todas as
capitais e importantes cidades do país vimos a disposição de luta contra os
ataques do governo Bolsonaro a educação pública e aos direitos dos
trabalhadores. Desgraçadamente, esses atos ocorreram após a aprovação da
reforma neoliberal da previdência na Câmara dos Deputados, sem que as centrais
sindicais capitaneadas pela CUT e a UNE convocassem a luta direta nos locais de
trabalho e estudo para barrar esse duro ataque ao direito a aposentadoria. Hoje, os milhares que
saíram as ruas o fizeram de forma isolada porque a Frente Popular comandada
pelo PT negou-se a convocar uma Greve Geral de toda a classe trabalhadora.
Longe disso, a política do PCdoB foi antes do atos de hoje demonstrar que a UNE
quer “dialogar” com o reacionário Weintraub, ministro da Educação de Bolsonaro
para discutir os projetos de educação e o Future-se. Enquanto o presidente da
UNE se reuniu com o canalha privatista, na base a entidade não organizou
assembleias nas milhares de universiades do país. Apesar disso, as
manifestações demonstraram que a juventude e os trabalhadores não querem
aceitar os ataques sem luta. Em São Paulo, a manifestação, que se concentrou no
vão do MASP, contou com a participação de milhares de ativistas, o mesmo se viu
em Fortaleza, BH, Salvador e Porto Alegre. No Rio de Janeiro, os lutadores
ocuparam as ruas do centro ao redor da Candelária e seguiram até a sede da
Petrobras, em protesto contra a entrega da BR Distribuidora e da privatização
de nossa principal empresa nacional.
58 ANOS DA CONSTRUÇÃO DO MURO DE BERLIM: UM DIVISOR POLÍTICO-MILITAR ENTRE OS ESTADOS OPERÁRIOS BUROCRATIZADOS E ALEMANHA CAPITALISTA A SERVIÇO DA OTAN
No dia 13 de agosto de 1961, há exatos 58 anos, teve início a construção do Muro de Berlim (em alemão Berliner Mauer). Hoje o imperialismo se regozija desta data histórica para comemorar com toda empáfia e cinismo o oposto, a restauração capitalista do antigo Estado operário alemão, produto da queda contrarrevolucionária do Muro. A mídia burguesa "murdochiana" aproveita para espalhar por todos os cantos do planeta que a Alemanha “unificada” está agora, sem o muro, mergulhada no paraíso do mercado livre! Nas palavras da chanceler alemã Angela Merkel: “A queda do muro foi um acontecimento que mudou a minha vida e a de milhões de outras para melhor” (Der Spiegel, 03/8). A verdade é, no entanto, outra, completamente oposta. Os trabalhadores da antiga Alemanha Oriental estão pagando um alto preço social com o fim do Estado operário: o “sonho” do consumo capitalista em troca do pleno emprego e de todas garantias sociais, como habitação, saúde e educação acessíveis a toda população. O "Muro" passou a simbolizar todo o ódio de classe da reação mundial ao "socialismo real", e desgraçadamente a esquerda revisionista do Trotskismo (LIT, UIT, PCO) também embarcou nesta "onda" ideológica afirmando que o Muro de Berlim significava a opressão contra a classe operária, ignorando que do outro lado do "Muro" se condensava a verdadeira exploração capitalista sobre o proletariado. Ao final da Segunda Guerra Mundial, maio de 1945, Berlim fora tomada, pela ofensiva do Exército Vermelho, das garras das tropas nazistas. O exército soviético avançava rumo ao Ocidente, levando a cabo por onde passava, mais especificamente os países do Leste europeu, a expropriação das burguesias nacionais. O fato é que mesmo dirigida pela burocracia stalinista, as expropriações significavam um fenômeno histórico extremamente progressivo para os interesses da classe operária mundial.
No dia 13 de agosto de 1961, há exatos 58 anos, teve início a construção do Muro de Berlim (em alemão Berliner Mauer). Hoje o imperialismo se regozija desta data histórica para comemorar com toda empáfia e cinismo o oposto, a restauração capitalista do antigo Estado operário alemão, produto da queda contrarrevolucionária do Muro. A mídia burguesa "murdochiana" aproveita para espalhar por todos os cantos do planeta que a Alemanha “unificada” está agora, sem o muro, mergulhada no paraíso do mercado livre! Nas palavras da chanceler alemã Angela Merkel: “A queda do muro foi um acontecimento que mudou a minha vida e a de milhões de outras para melhor” (Der Spiegel, 03/8). A verdade é, no entanto, outra, completamente oposta. Os trabalhadores da antiga Alemanha Oriental estão pagando um alto preço social com o fim do Estado operário: o “sonho” do consumo capitalista em troca do pleno emprego e de todas garantias sociais, como habitação, saúde e educação acessíveis a toda população. O "Muro" passou a simbolizar todo o ódio de classe da reação mundial ao "socialismo real", e desgraçadamente a esquerda revisionista do Trotskismo (LIT, UIT, PCO) também embarcou nesta "onda" ideológica afirmando que o Muro de Berlim significava a opressão contra a classe operária, ignorando que do outro lado do "Muro" se condensava a verdadeira exploração capitalista sobre o proletariado. Ao final da Segunda Guerra Mundial, maio de 1945, Berlim fora tomada, pela ofensiva do Exército Vermelho, das garras das tropas nazistas. O exército soviético avançava rumo ao Ocidente, levando a cabo por onde passava, mais especificamente os países do Leste europeu, a expropriação das burguesias nacionais. O fato é que mesmo dirigida pela burocracia stalinista, as expropriações significavam um fenômeno histórico extremamente progressivo para os interesses da classe operária mundial.
HÁ CINCO ANOS DO “ACIDENTE” QUE VITIMOU EDUARDO CAMPOS ABRINDO CAMINHO PARA ATUAL ETAPA DE REAÇÃO BURGUESA
Neste 13 de agosto completa-se cinco anos ano do “acidente”
que vitimou o então candidato do PSB à Presidência da República em 2014,
Eduardo Campos. A LBI foi a primeira corrente política não só a anunciar a
morte de Campos como a denunciar que a queda do moderno avião Cessna não foi
produto de uma falha humana ou mesmo de um problema mecânico ocasional, mas na
verdade de uma operação que teve as digitais da CIA para retirar o “socialista”
da disputa a fim de abrir caminho para que Marina Silva (a candidata
preferencial dos rentistas e do imperialismo ianque naquele momento), pudesse
voltar a concorrer ao Palácio do Planalto. Esta artimanha fatal acabou forçando
um segundo turno disputadíssimo entre PT e PSDB que derivou na polarização
eleitoral e política em que está mergulhado nosso país até hoje com a ofensiva
da direita neofascista e a posterior eleição de Bolsonaro. Com uma vitória
muito débil nas eleições de 2014, o segundo governo Dilma foi uma “presa” fácil
para o golpismo, facilitado é claro pela adoção de agressivas medidas
neoliberais assumidas logo do início de 2015, sob a “regência” do ministro
rentista Nelson Levi. Passados cinco anos da queda do jato, a FAB ainda não
chegou sequer a um resultado definitivo dos reais motivos do “acidente”,
justamente porque deseja-se no meio desta situação inconclusa, onde a caixa
preta da aeronave estranhamente não conseguiu gravar os últimos momentos do voo
terminal de Campos, deixar um rastro de imprecisões do fabricante sobre o
acidente que facilitam convenientemente jogar a responsabilidade da tragédia
sobre o piloto. A esposa do piloto falecido denunciou recentemente com laudos
bastantes robustos tecnicamente enviados a FAB que o motivo da abrupta queda da
aeronave foi uma falha mecânica provocada na revisão feita na própria empresa
Cessna nos EUA, uma companhia norte-americana controlada sabidamente por
militares ianques. Como dissemos a época e reafirmamos agora sem medo de errar,
tudo aponta para mais um acidente “fabricado” por razões “estratégicas de estado”
com a tragédia tendo as digitais da CIA, uma prova disto é que até hoje a PF
não chegou a conclusão de quem é o dono da aeronave. O sucesso do “modus
operandi” aplicado contra Campos, foi o mesmo que resultou no “acidente” que
também vitimou Teori Zavaski quatro anos depois, o ministro do STF que se
colocava naquele momento contra uma articulação golpista da “Lava Jato”. O mais
importante agora é compreender que a morte de Campos foi parte de uma ofensiva
reacionária do imperialismo que neste momento se condensa no incremento da
sanha da direita contra do a esquerda, apontando em uma única direção: entronar
no Planalto uma marionete neofascista diretamente alinhada com a Casa Branca,
que inclusive rompa as relações econômicas e comerciais com os BRIC´s em favor
do amo do norte e abra caminho para varrer qualquer vestígio de influência da
“esquerda” na política brasileira ou mesmo traço de soberania nacional de nosso
país. Para resgatar esse processo político que consideramos ter um claro fio de
continuidade, apresentamos para nossos leitores e simpatizantes o artigo
publicado no dia 13 de agosto de 2014, poucas horas depois do acidente. Além
disso disponibilizamos uma série de textos que a partir da análise do ocorrido
abordou o caráter pró-imperialista da candidatura de Marina Silva (PSB-REDE),
coletânea que está a disposição dos nossos leitores em forma do livro “O
‘acidente’ fatal de Campos e a ‘operação’ embuste Marina: Teoria da conspiração
ou uma exigência do imperialismo?”, a fim de que a vanguarda militante possa
abstrair as importantes conclusões deste “acidente” fabricado e sua relação
direta com a própria dinâmica da luta de classe no Brasil.
segunda-feira, 12 de agosto de 2019
ACACHAPANTE DERROTA DE MACRI REPRESENTA O GIRO DA BURGUESIA
EM DIREÇÃO AO PACTO SOCIAL DIANTE DA CRISE. FERNÁNDEZ AFIRMA QUE JÁ CO-GOVERNA
“COM MUITA RESPONSABILIDADE”. FIT REDUZ SUA VOTAÇÃO, APESAR DE SUA AMPLIAÇÃO
OPORTUNISTA COM O MST...
O resultado das “PASO”, um mecanismo de votação prévia antes
das eleições presidenciais de outubro na Argentina, revelaram na verdade um
“sentimento nacional” que percorre todo o país, seja para a burguesia ou para
as massas proletárias a continuação do governo neoliberal de Macri está
descartada. A chapa neoperonista de Alberto Fernández e Cristina Kirchner,
obteve uma margem de quase 20% sobre a coalizão oficialista de Mauricio Macri e
o senador “oldperonista” Miguel Pichetto. O terceiro colocado na corrida pela
Casa Rosada, Roberto Lavagna, não conseguiu chegar aos 10% e portanto é um fator
político de menor peso para as eleições de fato em outubro. Por sua vez a
FIT-Unidad, uma aliança de quase todas as forças do revisionismo argentino (PTS,
PO, IS e MST), apesar da “ampliação” oportunista que celebrou este ano com o
MST e grupos nacionalistas, sequer conseguiu superar seu próprio resultado
obtido em 2015 (3,25%), estacionando agora com 2,9% de votos na “PASO”. O outro
agrupamento da esquerda revisionista que não integrou a FIT, o MAS, não superou
o piso obrigatório de 1,5% dos votos e portanto está fora institucionalmente
das próximas eleições. Logo após a divulgação dos números finais da PASO, o
mercado financeiro se “agitou”, queda abrupta nas bolsas (não só da Argentina)
e disparada do Dólar que bateu a marca dos 60 Pesos. A reação do rentismo
demonstra uma clara chantagem sobre Alberto Fernández e o Kirchnerismo, no
sentido que reafirmem sua posição já expressa de manter o acordo com FMI e todo
o cronograma macrista de “arrocho fiscal”. Fernández, um neoliberal confesso,
não se fez de rogado e já declarou hoje na grande mídia que assume a
responsabilidade de co-governar com Macri levando integralmente a frente o “ajuste”
acertado com o imperialismo. Para a burguesia nacional ficou claro a
necessidade de mudar de “gerente” estatal, diante de uma profunda crise
capitalista que paralisa os vetores econômicos jogando o país em grave recessão
mercantil. O delicado momento de uma economia totalmente dependente e estagnada
aponta para as classes dominantes a reedição do “pacto social”, exigindo ainda
mais sacrifícios do proletariado, mas com a roupagem da conciliação de classes
da Frente Popular kirchnerista. A FIT, que com menos de 3% dos votos não pode
comemorar o “sucesso” de sua política reformista até à medula, não abre mão de
seguir firme no eleitoralismo febril, convocando a colher mais votos para ao
menos manter sua banca no Congresso: “En ese marco creo que esta elección de la
izquierda nos ubica con una fuerte presencia en la vida política nacional. Por
eso necesitamos fortalecer al Frente de Izquierda Unidad, con más bancas en el
Congreso y las legislaturas” (12/08 site do PTS). O cretinismo parlamentar da
esquerda revisionista sequer consegue conceber a necessidade de uma imediata
ação enérgica das massas diante do aprofundamento da crise após o resultado das
PASO, com a instabilidade financeira que deverá durar até a posse de Alberto
Fernández em 2020, a “conta” recairá nas costas da classe operária com o
incremento das demissões e deterioração das condições de vida da população.
Porém no horizonte programático da FIT não exista a possibilidade da revolução
socialista, somente há demagogia eleitoral com frases contra o “regime do FMI”,
e logicamente sem mencionar que este regime político é apenas a forma temporal
que assume o Estado Burguês, é este que tem que ser derrubado de forma
revolucionária pelo proletariado. Chama atenção que umas das correntes que faz
parte da FIT, a Tendência pública do PO, tenha lançado um balanço das PASO onde
crítica suavemente, sem nominar especificamente algum grupo, o “eleitoralismo
da esquerda”. Ocorre que o tradicional e histórico “catastrofismo” verbalizado
por Jorge Altamira carece de qualquer conteúdo Leninista, ou seja, anuncia o
“hecatombe capitalista” sem estar associado às consignas de preparação da
tomada de poder pelo proletariado. Para o grupo de Altamira a convocação de uma
“Assembleia Constituinte”, resolverá a questão do poder político, e não a
instauração Ditadura do Proletariado, uma palavra de ordem necessária frente à
iminente bancarrota do governo burguês de “plantão”. No fundo a realização de
uma Assembleia Constituinte é mais uma opção do cardápio da crise capitalista,
na senda de um reordenamento jurídico do regime vigente, está muito longe de
representar a conquista do poder político de Estado pelo proletariado. Sem uma
alternativa de direção revolucionária na Argentina, as massas ficarão à mercê
da demagogia kirchnerista, atacada pela FIT em seus aspectos eleitorais e de
“submissão ao FMI”, entretanto nunca sob a ótica da revolução socialista e da
preparação soviética das massas para cumprir esta missão histórica.
“A LUTA PARA IMPEDIR OS PREJUÍZOS PARA TRABALHADORES VAI SER NO SENADO”: CUT E UNE PATROCINAM ILUSÕES NO COVIL DE BANDIDOS EM QUE O FASCISTA BOLSONARO APROFUNDARÁ SEU ATAQUE NEOLIBERAL À PREVIDÊNCIA PÚBLICA!
Estamos às vésperas do 13 de agosto, convocado pela UNE e as
centrais sindicais como um “dia nacional de luta contra a reforma da
previdência e em defesa da educação”. O teatro distracionista será novamente
montada após a Frente Popular capitaneada pelo PT não ter mobilizado os
trabalhadores quando houve a votação da contrarreforma na Câmara em 2º turno.
Agora a CUT nos faz rir com a piada de “mau gosto” que “ A luta para impedir os
prejuízos para trabalhadores vai ser no Senado”. Segundo o presidente da
Central “Muita coisa ainda pode mudar. É importante o trabalhador saber que a
organização e a luta são fundamentais para revertermos essa reforma perversa de
Bolsonaro. E já tem ato marcado para o dia 13 de agosto, Dia Nacional de
Mobilizações, Paralisações e Greves contra a reforma da Previdência. As CUT’s
Estaduais, seus sindicatos, federações e confederações, as demais centrais
sindicais, além dos representantes dos movimentos sociais estão organizando e
mobilizando suas bases para que a manifestação seja uma das maiores já
realizadas. A luta agora é no Senado”. A tática do PT, PCdoB e PSOL é convocar
atos de rua domesticados para desgastar eleitoralmente o governo, sem ameaçar a
estabilidade do regime político e muito mesmo o ajuste neoliberal em curso.
Tanto que agora fingem que “a luta é no Senado”, quando se sabe que na chamada
“Câmara Alta” de picaretas será proposto a ampliação do ataque via a inclusão
dos Estado e municípios, para que as regras draconianas para se ter direito a
aposentadoria inclua os servidores público desses dois entes da Federação,
ampliando assim o horizonte do golpe aos trabalhadores.
domingo, 11 de agosto de 2019
DEFENDENDO OS BARÕES DA MÍDIA: SENADOR RANDOLFE, EX-PSOL
ATUAL REDE, ENTRA NO STF PARA FAMIGLIA MARINHO NÃO PERDER VERBA ESTATAL
O senador Randolfe Rodrigues, ex-PSOL atual REDE, noticiou
que a Rede ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Medida
Provisória 892. Esta MP atinge diretamente a publicidade obrigatória na mídia
corporativa das empresas Estatais. Uma verdadeira “boquinha” com generosa verba
pública diretamente para o caixa dos barões “murdochianos” publicarem balanços
financeiros (absolutamente inúteis) em seus órgãos de imprensa. Esta MP do
governo neofascista de Jair Bolsonaro antecipa a desobrigação das empresas de
capital aberto a publicarem seus balanços em jornais. O REDE entrou com uma
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), com pedido de medida cautelar,
solicitando que a medida seja declarada inconstitucional e tenha seus efeitos
suspensos pela Supremo Corte, uma verdadeira gentileza prestada pelo partido da
farsante Marina Silva aos mafiosos como a famiglia Marinho, Silvio Santos e o
impostor Edir Macedo. Para o senador pilantra Randolfe, que recentemente foi
pego pela “Vaza Jato” Em colaboração com os “Procuradores de Capital” da
“República de Curitiba”, a edição da MP “tem caráter de perseguição e
revanchismo de Bolsonaro”, talvez contra os “indefesos” barões da mídia
corporativa capitalista. Não nos causa nenhuma surpresa a conduta de Randolfe e
Marina em defesa da máfia “Murdochiana”, afinal o REDE não consegue mais
enganar muita gente, porém o que causa alguma estranheza foi a postura da
esquerda reformista como PT, PSOL e PCdoB que também saíram em socorro da
“coitadinha” famiglia Marinho, que acaba de inaugurar um gigantesco estúdio
para gravações virtuais (sem cenário físico) provocando a demissão de centenas
de funcionários do complexo Globo. Não seria demais recordar que foram os
governos da Frente Popular que “encharcaram” a mídia corporativa de patrocínio
estatal, permitindo um extraordinário crescimento financeiro das empresas
Record e Globo. Os Marxistas Leninistas não defenderão em nenhum momento a
burguesia neoliberal e golpista das comunicações, que mesmo sofrendo algum tipo
de pequena represália do governo neofascista, não merecem apoio político do
proletariado e das massas populares.
sábado, 10 de agosto de 2019
10 DE AGOSTO - DIA MUNDIAL DE LUTA: NÃO AO BLOQUEIO IMPERIALISTA CONTRA A VENEZUELA! EXPROPRIAR INTREGRALMENTE OS CAPITALISTAS PRÓ-IANQUES E A “BOLIBURGUESIA”!
O facínora Donald Trump impôs sanções contra todos os bens
do governo venezuelano nos Estados Unidos. A ordem executiva congela todos os
bens do governo venezuelano nos EUA e proíbe transações com Caracas. Isto
significa que qualquer entidade que fizer negócios com o governo da Venezuela
estará sujeita a sanções. Esta seria a primeira ação do tipo contra um governo
do Hemisfério Ocidental em mais de 30 anos, colocando a Venezuela na mesma
situação de Coreia do Norte, Irã, Síria e Cuba, os únicos outros países
atualmente sujeitos a medidas rigorosas de Washington. “Todas as propriedades e
interesses em propriedade do governo da Venezuela que estão nos Estados Unidos
(...) estão bloqueados e não podem ser transferidos, pagos, exportados,
retirados ou de outra forma negociados”, diz a ordem assinada por Trump. Em
resposta nesta terça-feira, a Chancelaria venezuelana acusou Washington de
praticar terrorismo econômico. Sanções contra mais de cem indivíduos e
entidades, incluindo a empresa estatal de petróleo da Venezuela, PDVSA, já
foram impostas neste ano pelos EUA, que puseram a sucursal americana da
companhia — a Citgo — sob controle do líder oposicionista Juan Guaidó, que em
janeiro se autoproclamou presidente interino com apoio da Assembleia Nacional,
com apoio de mais de 50 países, incluindo o Brasil. No início do ano, todas as
contas do governo Maduro nos EUA, assim como o ouro venezuelano mantido no país,
foram incluídas nas sanções. A nova medida foi anunciada na terça-feira mesmo
dia em que representantes de 60 países se reuniram em Lima em uma conferência
internacional para organizar o bloqueio a Venezeula. “Estamos dando este passo
para negar o acesso de Maduro ao sistema financeiro global e isolá-lo
internacionalmente ainda mais”, disse Bolton na Conferência. Ele detalhou a
abrangência das novas sanções. Além de congelar todos os ativos venezuelanos,
proíbe quaisquer transações com o governo da Venezuela, autorizando sanções a
pessoas estrangeiras que fornecerem bens ou serviços ao país. Como punição, a
medida "restringe a entrada nos Estados Unidos desses indivíduos”,
escreveu em sua página no Twitter.
sexta-feira, 9 de agosto de 2019
OVO DA SERPENTE: DILMA PATROCINADORA DO NASCIMENTO DA LAVA
JATO, AGORA SE QUEIXA QUE MORO “ESTRUTUROU O SURGIMENTO DA PAUTA FASCISTA NO
BRASIL”
Em recente declaração para a blogosfera, a ex-presidente Dilma Rousseff, golpeada do Planalto por uma iniciativa originária da “República de Curitiba”, afirmou que: "a Lava Jato estruturou o surgimento da pauta fascista, que cria a justiça do inimigo, hoje denunciada pela Vaza Jato". A denúncia de Dilma faz referência ao conluio operado pelo justiceiro Moro e agora revelado para o grande público pelas mensagens trocadas entre os protagonistas da Lava Jato e que estão sendo divulgadas amplamente pelo site The Intercept. Dilma “só esqueceu” de declarar que durante o final do seu primeiro mandato, concedeu todo o suporte estatal necessário para eclodir o “ovo da serpente fascista”, ou seja a famigerada Operação Lava Jato. A ex-presidente Dilma, alvo do golpe institucional planejado pelos bandidos da República de Curitiba ainda mesmo antes das eleições de 2014, ao lado do seu Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, jamais obstrui o desenvolvimento da Lava Jato. Como atesta o próprio “Soneca” (apelido dado a Cardozo por sua inação como chefe da PF), rebatendo o então titular da pasta da Justiça golpista, Alexandre de Moraes, afirmou: "Discurso político que não condiz com a realidade quando fala que o governo da presidente afastada Dilma Rousseff jamais apoiou institucionalmente a operação Lava Jato”. Dilma também “não fez por menos” quando a burguesia exigia que o seu governo prestigiasse politicamente a Lava Jato, em uma coletiva de imprensa realizada em novembro de 2014, a ex-presidente afirmou o seguinte: “Eu acho que isso [investigações da Lava Jato] pode mudar, de fato, o Brasil para sempre. Em que sentido? No sentido de que vai se acabar com a impunidade” (site G1:16/11/2014). Não iremos cansar nossos leitores com as inúmeras demonstrações efetivas de apoio a Lava Jato, que só agora e muito tardiamente Dilma “descobriu” ser a origem da “pauta fascista no Brasil”. Para falar bem a verdade desde a farsa jurídica do chamado “Mensalão”, finalizado em 2012, Dilma já se movimentava em apoio ao Ministro do STF Joaquim Barbosa, o “herói justiceiro” da época que deu margem para o surgimento do “clone” bem mais reacionário Sérgio Moro. Quando a ofensiva neofascista ganha contornos de um governo ditatorial manietado pelo imperialismo ianque, para destruir as conquistas do povo brasileiro, as lideranças petistas resolvem se “queixar” passivamente da República de Curitiba. O movimento operário e popular deve abstrair todas as lições políticas do desastre da política de colaboração de classes dos governos da Frente Popular, no sentido da superação programática destas direções reformistas que abriram a senda para o fascismo “desfilar na avenida chamada Brasil”...
Assinar:
Postagens (Atom)