quinta-feira, 27 de junho de 2019

CPI PARA INVESTIGAR A "LAVAJATO" E PARCERIA DO INTERCEPT COM A VEJA GOLPISTA... DUAS ESTRATÉGIAS SUICIDAS DA ESQUERDA REFORMISTA PARA DESMORALIZAR A LUTA DE MASSAS CONTRA A QUADRILHA DE BOLSONARO E MORO!


Com o objetivo de “pressionar” o STF a “abrir a porta” da cela de Lula no segundo semestre e amortecer a luta direta contra a reforma neoliberal da previdência, a Frente Popular “lançou” a palavra de ordem da “CPI já para investigar Moro” e aplaudiu a nova parceria do The Intercept com a revista golpista Veja. A ultra-direitista Veja, cujas capas são conhecidas na esquerda por atacar violentamente o PT, pedir a prisão de Lula e apoiar o Golpe Institucional e a farsa da Lava Jato, representa os interesses de uma ala conservadora da burguesia que agora optou por atacar Moro para pressionar ainda mais o governo Bolsonaro a levar a frente o ajuste neoliberal. Tanto que Glenn Greenwald em um comentário irônico no Twitter sobre a Veja e o grupo Abril declarou “Interessante. As capas deles são as vezes bonitas”. 


Por sua vez, em nota assinada pelo PSOL, PT, PSB, PDT, PCdoB e PCB declaram “Os Partidos de Oposição vêm a público defender a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Congresso Nacional para apurar e investigar as condutas de magistrados e membros do Ministério Público Federal, integrantes da operação Lava Jato e objeto de graves denúncias”. O grupo Resistência explica concretamente o significado dessa política distracionista: “Não é razoável que o Congresso Nacional siga funcionando normalmente sem que seja garantida pelo menos uma investigação, através de uma CPI, sobre todas as denúncias e evidências sobre o conluio da Lava-Jato. Nenhuma votação importante deve ocorrer no Congresso Nacional, especialmente as relativas à contrarreforma da previdência e ao pacote anticrime, sem que, no mínimo, seja instalada uma CPI sobre a #VazaJato”. 

Seria cômico se não fosse trágico, enquanto sabota a luta direta contra a Reforma da Previdência, com os governadores do PT e PCdoB articulando com Maia ajustes no texto para garantir os votos dos seus parlamentares em apoio ao ataque neoliberal de Bolsonaro, a Frente Popular (PT, PCdoB e PSOL) deseja apostar suas fichas em uma inócua CPI, para de fato dar mais fôlego a gestão do fascista enquanto segue o ajuste draconiano contra os trabalhadores. Chama a atenção que o grupo de Valério Arcary, que se coloca contrário ao “Fora Bolsonaro”, seja o paladino dessa proposta dentro do PSOL. Uma CPI serviria como instrumento de distração política das massas, com a ajuda dos reformistas arautos da “ética” do capitalismo, enquanto o próprio congresso dos “picaretas” seguiria de fato a pauta do “ajuste” contra a classe operária e o campesinato pobre, imposto pela ofensiva mundial do capital financeiro contra povos e nações. Como é refém do “estado de direito” a Frente Popular é impotente, política e programaticamente, em travar uma luta de massas consequente contra a Vaza Jato e o desmonte do Estado nacional. Para conduzir o “bom combate” contra as investidas do capital imperialista na arena estatal, o proletariado não deve nutrir a menor ilusão política no Parlamento burguês, corrupto até a medula. Somente a ação direta e consciente (programa) das massas será capaz de derrotar definitivamente toda esta “elite” republicana decadente e “congenitamente” corrupta. O movimento operário deve caminhar por sendas opostas à colaboração de classes semeada pela frente popular. A crença nas instituições apodrecidas desta república dos novos barões capitalistas, como advoga o campo reformista e revisionista, só pode conduzir a novas derrotas do proletariado. A farsa de uma CPI alimentada pela chamada “oposição” tem objetivos políticos exclusivamente eleitoreiros, é o caminho da derrota, como a que vimos ontem no STF! Em resumo, CPI para investigar a "LavaJato" e parceria do Intercept com a Veja golpista são duas estratégias suicidas da esquerda reformista para desmoralizar a luta contra Bolsonaro e Moro!