Às vésperas do início da Copa América estourou o escândalo
envolvendo Neymar, o bolsonarista “cai, cai” foi acusado pela modelo Najila
Trindade de estuprá-la depois do jogador financiar sua ida a um hotel de luxo
em Paris. O Blog da LBI analisa esse caso para jogar luz nas podres relações da
elite dominante, principalmente em uma época onde o falso moralismo
bolsonarista avança na sociedade, sendo Neymar um eleitor famoso do presidente
fascista. A questão ganha importância programática e ideológica porque envolve
agressões mútuas entre um homem e uma mulher que ganhou ampla dimensões,
despertando um grande debate entre a população trabalhadora se houve estupro ou
não, quando a verdadeira questão a ser descortinada é que toda essa situação de
violência ocorreu no marco das apodrecidas relações sociais mercenárias no
marco da decadência moral e histórica do capitalismo, tendo como pivô um
jogador bilionário famoso de futebol, esporte que desperta paixão no Brasil.
“Fui vítima de estupro. Agressão juntamente com estupro”, afirmou Najila na
entrevista. É sabido que Neymar pagou as passagens e outros “mimos” para Najila
ir ao seu encontro em um hotel de luxo na França. Pelo que relata a modelo no
B.O. que fez em São Paulo, Neymar a agrediu em meio as relações sexuais, mas um
vídeo de parte do ocorrido no segundo encontro mostra ela também agredindo o
jogador, provocando uma reação do mesmo. Fica claro que ela tratou de armar um
cenário para usar as filmagens contra o jogador, exigir mais dinheiro pois como
é público a modelo encontra-se completamente endividada. Não podemos afirmar
que houve estupro ou não, mas agressões mútuas sim. O que interessa para os
Marxistas neste caso é que tudo teve como móvel as podres relações mercenárias
que movem os dois lados em disputa. Fica evidente que a “modelo” viu a
possibilidade de vendendo seu corpo, aumentar seu ganho nesse episódio ao expor
o jogador aos holofotes depois que não chegou a um acordo financeiro na reunião
entre seus ex-advogados e o pai de Neymar, também um bolsonarista canalha
assumido. Tanto que ela divulgou, logo após a reunião frustrada, um laudo
médico particular de exames realizados no dia 21 de maio aponta hematomas,
problemas gástricos, perda de peso e sintomas de stress pós-traumático.
Trata-se de típico caso em que o jogador mercenário contratou os serviços
sexuais da “modelo” mas não pagou o que ela pediu pelo seu silêncio após uma
relação sexual violenta, no mínimo repleta de agressões... Tudo leva a crer que
no primeiro encontro Neymar alcoolizado agrediu a “modelo” e ela (bem
assessorada) no segundo encontro o provocou para causar novas agressões, desta
vez filmadas para ser usada como elemento de chantagem, usando o episódio para
tirar mais dinheiro do jogador bilionário. Nesse “jogo” pesado, onde não há
“mocinhos nem bandidos”, a denúncia de Najila vai sair “cara” para ela, já que
Neymar tem ao seu lado a Rede Globo, a polícia e o próprio Bolsonaro, que logo
após o amistoso em que o jogador supostamente machucou-se foi ao hospital
prestar “solidariedade”. O fato é que os dois lados em disputa fazem parte da
rede de prostituição social própria da burguesia em sua luxúria, em que
armações são um método de extorsão e de “se dar bem”, como vimos na própria
conduta venal de Neymar dentro e fora de campo. Neste ambiente do esgoto, onde
Neymar é um lixo exemplar em campo e na vida, ninguém pode ser considerado
“inocente”. Najila estava em Paris no papel de mercadoria paga pelo jogador que
inclui a “lei do silêncio”. Esse pacto foi rompido e agora eles estão nas
páginas dos jornais com a “modelo” empunhando demagogicamente a bandeira da
luta contra o machismo agressor em geral, em uma denúncia própria feminismo
burguês de “mercado” que visa negociar gorda indenização. Como Marxistas
Revolucionários não somos paladinos do feminismo policlassista, caracterizamos
que os dois se merecem e suas relações podres são regidas pelas “leis de
mercado” em um verdadeiro jogo de vale tudo onde todas as armas são usadas.
Esta disputa ganhou os holofotes da mídia, até porque “briga de rico” sempre
escondida em sete chaves quando vem a público dá Ibope, como vemos na internet,
na TV e nos jornais! Devemos lutar pela superação do machismo que nasceu com a
propriedade privada, do feminismo policlassista e da mercantilização das relações
pessoais, que só será plenamente realizada com a abolição do modo de produção
capitalista, por meio da revolução socialista, destruindo qualquer forma de
opressão contra as mulheres trabalhadoras e a exploração de classe. A abolição
da propriedade privada é o elemento sine qua non para a libertação da mulher e
o combate de classe pelo comunismo, esmagando a burguesia e a luxúria de
personagens como os em questão. Estes chegam até a se
digladiar nas “quatro paredes”, mas estão juntos usufruindo os “prazeres”
oriundos da exploração e da especulação financeira extraída da miséria, suor e
sangue do povo trabalhador, que gasta seus parcos recursos para bancar o
mercado do futebol que patrocina os gastos nababescos de Neymar e de suas
prostitutas de luxo!