“Sobrevivi para contar a história”.
Assim Carlos Eugênio Paz, codinome “Clemente”, resume sua trajetória de vida, desde quando entrou nas fileiras da resistência à ditadura militar aos 15 anos, após ser aceito por Carlos Marighella na Ação Libertadora Nacional (ALN) para lutar pela revolução socialista. O codinome Clemente surgiu de uma provocação de um camarada em 1966, quando o rubro-negro Carlos Eugênio Paz sofria com a derrota do seu time para o Bangu (o Flamengo perdeu por 3 a 0 para o Bangu) um zagueiro do Bangu, que havia jogado muito bem naquele dia, se chamava “Ari Clemente”, vem daí o codinome.
Com as trágicas “quedas” de Marighela e Toledo, Clemente assume no início dos anos 70, o comando da ALN em um dos períodos mais duros no confronto direto com o regime militar. Mesmo com a ALN bastante debilitada pelas brutais perdas de vários militantes, Clemente comandou ações heróicas da organização, sendo responsável pelo tiro de misericórdia que matou o industrial dinamarquês radicado em São Paulo ,Henning Boilesen, um dos principais financiadores da OBAN e espectador assíduo de tortura em presos políticos dentro das instalações do DOI-Codi. Contra sua vontade e por decisão do que restava da organização revolucionária, Clemente deixou o Brasil pela Argentina, apresentando um documento em nome de José João da Silva no controle de fronteira, indo para Havana, Cuba em 1973. Clemente voltou ao país apenas em 1981 após se formar como músico, três anos após a promulgação da Anistia, para saber que não estava anistiado, pois seu caso era especial, condenado à revelia que estava a 124 anos de prisão, só conseguiu legalizar sua plenitude política em 1982, através da embaixada da França em Brasília, depois de mais de um ano de batalha judicial com o STF. O ex-guerrilheiro da ALN afirmou recentemente que se hoje ainda tivesse vinte anos de idade, faria as mesmas coisas, sem arrependimento algum. A trajetória de combate comunista de Carlos Eugênio, o comandante Clemente, é um farol histórico para as novas gerações de militantes revolucionários, que tem na estoicidade do ex-comandante da ALN uma enorme fonte de energia. Camarada Clemente: PRESENTE!
Assim Carlos Eugênio Paz, codinome “Clemente”, resume sua trajetória de vida, desde quando entrou nas fileiras da resistência à ditadura militar aos 15 anos, após ser aceito por Carlos Marighella na Ação Libertadora Nacional (ALN) para lutar pela revolução socialista. O codinome Clemente surgiu de uma provocação de um camarada em 1966, quando o rubro-negro Carlos Eugênio Paz sofria com a derrota do seu time para o Bangu (o Flamengo perdeu por 3 a 0 para o Bangu) um zagueiro do Bangu, que havia jogado muito bem naquele dia, se chamava “Ari Clemente”, vem daí o codinome.
Com as trágicas “quedas” de Marighela e Toledo, Clemente assume no início dos anos 70, o comando da ALN em um dos períodos mais duros no confronto direto com o regime militar. Mesmo com a ALN bastante debilitada pelas brutais perdas de vários militantes, Clemente comandou ações heróicas da organização, sendo responsável pelo tiro de misericórdia que matou o industrial dinamarquês radicado em São Paulo ,Henning Boilesen, um dos principais financiadores da OBAN e espectador assíduo de tortura em presos políticos dentro das instalações do DOI-Codi. Contra sua vontade e por decisão do que restava da organização revolucionária, Clemente deixou o Brasil pela Argentina, apresentando um documento em nome de José João da Silva no controle de fronteira, indo para Havana, Cuba em 1973. Clemente voltou ao país apenas em 1981 após se formar como músico, três anos após a promulgação da Anistia, para saber que não estava anistiado, pois seu caso era especial, condenado à revelia que estava a 124 anos de prisão, só conseguiu legalizar sua plenitude política em 1982, através da embaixada da França em Brasília, depois de mais de um ano de batalha judicial com o STF. O ex-guerrilheiro da ALN afirmou recentemente que se hoje ainda tivesse vinte anos de idade, faria as mesmas coisas, sem arrependimento algum. A trajetória de combate comunista de Carlos Eugênio, o comandante Clemente, é um farol histórico para as novas gerações de militantes revolucionários, que tem na estoicidade do ex-comandante da ALN uma enorme fonte de energia. Camarada Clemente: PRESENTE!