Fazendo eco com as “queixas” da direita e da sua imprensa
venal de que os atos do 30M convocados pela UNE estavam sendo “partidarizados”
em favor da bandeira “Lula Livre” o PSTU saiu das sombras que agora vegeta e
disparou: “Lula livre não representa os atos em defesa da Educação”. Segundo os
Morenistas defensores da Operação Lava Jato, “tentar impor a pauta de ‘Lula
Livre’ nos atos em defesa da Educação e contra a reforma só divide a classe
trabalhadora e a juventude, ajudando o próprio governo Bolsonaro que busca
deslegitimar as manifestações que ganharam as ruas de todo o país. O PT, diante
da seletividade da Justiça, acaba defendendo a impunidade. O PSTU, ao
contrário, defende a prisão e o confisco dos bens de todos os corruptos e
corruptores” (nota do PSTU). Muito interessante, o PSTU afirma que defende a
prisão de “Todos os corruptos”, mas nunca vimos os Morenistas defendendo a
prisão de Moro, Deltan Dallagnol e toda a quadrilha mafiosa da Lava Jato, que
se apropriaram ilegalmente de milhões de Reais de multas impostas em função de
“Delações premiadas”. Só da Petrobras queriam se apropriar de cerca de 1 bilhão
de dólares, que faz o apartamento do Guarujá de Lula parecer um “mísero troco”
dado a um mendigo sem teto. Se o PSTU é contra o “Lula Livre” como um dos eixos
das manifestações contra Bolsonaro e suas reformas deveria se juntar então aos
atos que apoiam o fascista Bolsonaro, pelo menos tem em comum a admiração pelos
bandidos da “República de Curitiba”. Não se trata de nenhum exagero o que
afirmamos. Para relembrar a memória, recordemos que em 2016 o PSTU apoiou o
golpe institucional apoiando abertamente a Lava Jato, o impeachment de Dilma e
prisão de Lula. Na época o Editorial do Opinião Socialista nº 512 (Março/2016)
afirma: “As notícias na TV, no rádio e nos jornais sobre os governos do PT, do
PSDB, do PMDB são todos casos de polícia. As denúncias da Lava Jato contra
figuras do PT chegam mais perto do governo Dilma e atingem também Lula”. Como
se observa, o PSTU apoiou na Operação Lava Jato comandada pelo “Juiz nacional”
Sérgio Moro em parceria com os reacionários e fundamentalistas procurados do
MPF para defender na época o seu patético “Fora Todos” que acabou em mafioso
Temer e agora no fascista Bolsonaro. O descaramento oportunista do PSTU é ainda
mais vergonhoso porque tem “duas caras”, enquanto defende a Lava Jato para
“ficar de bem” com a opinião pública da classe média "ética", no
campo político dos movimentos sociais continua chamando de “companheiros de
luta” os dirigentes do PT e da CUT (como nos atos do dia 15 e 30 de maio) e
agora na Greve Geral de 14j para não “ficar mal” com o ativismo que segue a
enorme influência da Frente Popular e luta contra o governo fascista de
Bolsonaro. E o fato que é mais escandaloso ainda, são as chapas sindicais que o
PSTU tem integrado recentemente em comum com a burocracia da CUT, com todo o
eixo programático de colaboração de classes do PT, em troca de cargos na
estrutura das direções dos sindicatos, como ocorreu agora na eleição do
sindicato dos bancários do Ceará.
A crítica político-programática que os Revolucionários devem
fazer ao PT, inclusive nas manifestações em curso, é oposta a linha direitista
vociferada pelo PSTU.Desgraçadamente, o “Lula Livre” não passa de uma palavra
de ordem oca, demagógica, voltada apenas para cabalar voto e simpatia dos seus
eleitores, não está fincada na luta concreta para romper com a legalidade
burguesa e combater por fora das regras da democracia dos ricos. Os
Marxistas-Leninistas da LBI vêm intervindo em frente única nas mobilizações
convocada pela Frente Popular exigir da “República de Curitiba” a imediata
liberdade de Lula porém sem nutrir nenhuma ilusão na política de colaboração de
classes do PT e seus satélites! Alertamos que para libertar Lula do cárcere é
preciso impulsionar a luta direta contra a ofensiva neoliberal do governo do
fascista Bolsonaro, culminando com a Greve Geral para derrubar todo o regime
Bonapartista. Nesse sentido, ao participarmos das atividades pela liberdade de
Lula fazendo questão de convocar a militância de base do PT, PSOL e da CUT para
somar forças na ação direta pela liberdade de todos os presos políticos deste
autocrático regime democrático-burguês e não somente de Lula. A vanguarda da
classe operária mesmo não reconhecendo o PT como um partido “seu”, sabe
diferenciar seus inimigos principais e seus possíveis aliados circunstanciais,
que neste caso se materializa na militância de base do partido e da CUT.
Somente a mobilização permanente, com os métodos revolucionários da ação direta
do proletariado, será capaz de libertar todos os presos políticos das masmorras
do Estado capitalista. Ilusões disseminadas na defesa de em um suposto “Estado
de Direito” no quadro desta República dos novos “barões” do capital só servirá
para o movimento de massas acumular mais derrotas e retrocessos como estes que
estamos assistindo agora, por essa razão nosso eixo político deve ser “Não a
condenação de Lula pela farsa da Lava Jato! Superar a política de colaboração
de classes do PT!”. Ao mesmo tempo, exigimos a liberdade imediata de todos os
presos políticos da democracia dos ricos perseguidos pela repressão estatal
burguesa. No sentido oposto da política de patrocinar ilusões nas negociações
de bastidores com os ministros do STF e STJ que vão consciente mantendo Lula
preso até pelo menos a aprovação da reforma neoliberal da previdência no Senado
prevista para o final deste ano, temos claro que Lula somente recuperará suas
garantias constitucionais elementares com a derrubada revolucionária do atual
regime vigente, o que passa por romper com a paralisia imposta pela Frente
Popular!