domingo, 16 de junho de 2019

LEVY DEMITIDO DO BNDES: O REPRESENTANTE DO “MERCADO” QUE PRESTA SERVIÇOS DA FRENTE POPULAR AO FASCISMO... MAS COMO RATOS PULAM DO BARCO QUANDO COMEÇA A AFUNDAR...


Depois de ser humilhado publicamente pelo neofascista Jair Bolsonaro, o economista Joaquim Levy renunciou à presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) neste domingo (16/06). Levy é um velho conhecido da esquerda, foi o ministro da Fazenda no segundo mandato de Dilma Rousseff (2015), de onde iniciou o desmonte da Previdência e coordenou a ofensiva neoliberal para “quebrar” a Petrobras e retirar direitos históricos da classe operária. Depois de passar exatos 11 meses no governo petista, pediu o “boné” após todo o “trabalho sujo” encomendado pelos rentistas já estar bem adiantado.  Joaquim é um representante nato do mercado financeiro em vários “tons” políticos de governos da burguesia, mas também esteve à frente de grandes corporações bancárias, como o Bradesco por exemplo. Ontem, questionado sobre o assunto, Bolsonaro resolveu falar de Levy, afirmou estar "por aqui" com o economista e que ele estava "com a cabeça a prêmio" havia algum tempo. A demissão de Levy, lamentada por vários banqueiros e também pela esquerda reformista, acontece no curso da crise política do governo Bolsonaro, onde só na semana passada “caíram” vários nomes de peso, entre generais e civis. O processo avançado de uma recessão econômica crônica, somada aos escândalos de prevaricação e fraude eleitoral revelados pela “Vaza Jato”, compõe o cenário nacional, abrindo uma crise no conjunto do regime bonapartista instaurado no país após o golpe institucional de 2016. As manifestações do 14J, acabaram canalizando a crescente insatisfação popular, ainda que sob o forte freio da burocracia sindical da CUT. Levy no comando do BNDES teve a tarefa de “equalizar” os parcos investimentos estatais que ainda estão disponíveis para o financiamento do banco. Os recursos financeiros desta instituição para o fomento econômico, é bom lembrar para os ingênuos, são provenientes do mercado internacional e dos grandes bancos multilaterais, portanto não tem origem no Tesouro Nacional como quer crer os estupidos bolsonaristas. Levy como um bom estafeta do mercado, não pretendia fazer “circo” do seu posto no BNDES, desagradando o clã familiar fascista que exigia “provas contra Cuba e Venezuela”. Repetindo sua perfomance política quando esteve no comando econômico do governo Dilma, acossado pela crise escreve uma lacônica carta pedindo demissão e abandona o “barco” antes que naufrague...