LEVY DEMITIDO DO BNDES: O REPRESENTANTE DO “MERCADO” QUE PRESTA SERVIÇOS DA FRENTE POPULAR AO FASCISMO... MAS COMO RATOS PULAM DO BARCO QUANDO COMEÇA A AFUNDAR...
Depois de ser humilhado publicamente pelo neofascista Jair
Bolsonaro, o economista Joaquim Levy renunciou à presidência do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) neste domingo (16/06). Levy é
um velho conhecido da esquerda, foi o ministro da Fazenda no segundo mandato de
Dilma Rousseff (2015), de onde iniciou o desmonte da Previdência e coordenou a
ofensiva neoliberal para “quebrar” a Petrobras e retirar direitos históricos da
classe operária. Depois de passar exatos 11 meses no governo petista, pediu o
“boné” após todo o “trabalho sujo” encomendado pelos rentistas já estar bem
adiantado. Joaquim é um representante
nato do mercado financeiro em vários “tons” políticos de governos da burguesia,
mas também esteve à frente de grandes corporações bancárias, como o Bradesco
por exemplo. Ontem, questionado sobre o assunto, Bolsonaro resolveu falar de
Levy, afirmou estar "por aqui" com o economista e que ele estava
"com a cabeça a prêmio" havia algum tempo. A demissão de Levy,
lamentada por vários banqueiros e também pela esquerda reformista, acontece no
curso da crise política do governo Bolsonaro, onde só na semana passada
“caíram” vários nomes de peso, entre generais e civis. O processo avançado de
uma recessão econômica crônica, somada aos escândalos de prevaricação e fraude
eleitoral revelados pela “Vaza Jato”, compõe o cenário nacional, abrindo uma
crise no conjunto do regime bonapartista instaurado no país após o golpe
institucional de 2016. As manifestações do 14J, acabaram canalizando a crescente
insatisfação popular, ainda que sob o forte freio da burocracia sindical da
CUT. Levy no comando do BNDES teve a tarefa de “equalizar” os parcos
investimentos estatais que ainda estão disponíveis para o financiamento do
banco. Os recursos financeiros desta instituição para o fomento econômico, é
bom lembrar para os ingênuos, são provenientes do mercado internacional e dos
grandes bancos multilaterais, portanto não tem origem no Tesouro Nacional como
quer crer os estupidos bolsonaristas. Levy como um bom estafeta do mercado, não
pretendia fazer “circo” do seu posto no BNDES, desagradando o clã familiar
fascista que exigia “provas contra Cuba e Venezuela”. Repetindo sua perfomance
política quando esteve no comando econômico do governo Dilma, acossado pela
crise escreve uma lacônica carta pedindo demissão e abandona o “barco” antes
que naufrague...