segunda-feira, 17 de junho de 2019

CUT, FS E CONLUTAS CHAMAM A “OCUPAR BRASÍLIA”: FESTEJAM INEXISTENTE “RECUO” NA REFORMA NEOLIBERAL DA PREVIDÊNCIA, APONTANDO QUE A TAREFA AGORA É FAZER LOBBY PARLAMENTAR... NOSSO CHAMADO É PELA CONVOCAÇÃO DE UMA VERDADEIRA GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO! 


A burocracia sindical não apenas da Força e da UGT mas também da CUT e da CTB (dirigidas pelo PT e PCdoB) vem apresentando a falácia de que o novo relatório da reforma neoliberal da previdência apresentado pelo relator da comissão especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP) é uma "vitória fruto da pressão sindical". Para Vagner Freitas, presidente da CUT, a greve geral desta sexta-feira (14) só fortaleceu a luta dos sindicatos que, com a ajuda da classe trabalhadora, vão continuar pressionando os deputados em seus redutos e bases eleitorais, avisando que não vão votar em traidores do povo, da mesma forma que os que votaram a favor da reforma Trabalhista não retornaram ao Congresso Nacional nas eleições de 2018. “Esta greve geral está sendo exitosa, apesar das práticas antissindicais de patrões e Tribunais, mesmo com a repressão policial em vários estados. Foi maior do que a greve construída em 2017 contra a reforma de Michel Temer. E nós vamos a Brasília, vamos organizar novas manifestações, coletar assinaturas e entregar um abaixo-assinado no Congresso Nacional” (site CUT, 14.06). A política da CUT orientada pelo PT de fazer lobby parlamentar para aprovar o “acordão” fechado entre Maia e o “Centrão” foi copiada integralmente pela Conlutas controlada pelo PSTU. Vejamos o que nos diz José Maria de Almeida chamando a “Ocupar Brasília” em agosto, depois do recesso parlamentar: “Após esse vitorioso dia de greve e mobilizações, é hora de preparar a continuidade dessa luta. É muito importante discutir os próximos passos, temos que aumentar a pressão não só sobre o governo Bolsonaro, mas também sobre o Congresso Nacional... É hora de fortalecer o processo mobilização em cada sindicato, em cada estado, cada categoria, para que possamos organizar uma nova ocupação de Brasília “ (site PSTU, 14.06). Obviamente o PSTU critica “para consumo interno” o acordão celebrado com o apoio dos governadores do PT e PCdoB, mas no fundo, como faz o grupo Resistência (PSOL), seu parceiro na direção da Conlutas, alega “vemos um recuo em pontos da proposta do governo Bolsonaro" (Editorial da Esquerda Online), ou seja, também comemoraram o relatório da Comissão Especial da Previdência na Câmara como um “grande avanço”. Longe de apostar na pressão sobre o parlamento e os governadores como defendem juntos CUT e Conlutas, PT, PSOL e PSTU, uma política de colaboração de classes que vai nos levar a derrota em nome de fazer apenas alguns ajustes cosméticos da reforma neoliberal exigida pelos rentistas, é necessário engajar a vanguarda classista na preparação de uma verdadeira greve geral que paralise a produção industrial, os transportes e o comercio, ocupando fábricas e terras para impor através da luta direta revolucionária a derrota do governo Bolsonaro/Mourão e de suas reformas neoliberais!