domingo, 2 de junho de 2019

FESTIVAL “LULA LIVRE”: LUTAR PELA LIBERDADE DE LULA E DE TODOS OS PRESOS POLÍTICOS COMBATENDO A POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DO PT


Neste domingo (02.06) ocorre em São Paulo e outras capitais o “Festival Lula Livre”. Desgraçadamente, o eixo político das atividades em torno de Festival organizado pelo PT e PSOL não passa de uma palavra de ordem oca, demagógica, voltada apenas para cabalar voto e simpatia dos seus eleitores, não está fincada na luta concreta para romper com a legalidade burguesa e combater por fora das regras da democracia dos ricos. Os Marxistas-Leninistas da LBI vêm intervindo em frente única nas mobilizações convocada pela Frente Popular exigir da “República de Curitiba” a imediata liberdade de Lula porém sem nutrir nenhuma ilusão na política de colaboração de classes do PT e seus satélites! Lembremos que consultado pela direção petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que neste momento é contra a palavra de ordem Fora Bolsonaro. Para os Marxistas da LBI não surpreende de forma alguma a diretriz de conciliação apontada por Lula para o PT mas também para o conjunto da Frente Popular (PT, PSOL e PCdoB), há algum tempo vimos criticando a posição das direções reformistas em utilizar as multitudinárias mobilizações contra o governo fascista como forma de barganha eleitoral e lobby parlamentar. A própria postergação da convocação da greve geral, limitada somente a um dia de paralisação, é um sinal claro da política de colaboração de classes da Frente Popular, que não pretende derrotar a malfadada (contra)reforma da Previdência pela via da ação direta das massas. Desgraçadamente toda a estratégia programática da Frente Popular se concentra nas próximas eleições municipais, onde busca obter um forte ponto de apoio para negociar uma “transição segura” do regime em 2022. O momento operário e popular deve rejeitar categoricamente esta orientação de conciliação com as instituições deste regime fruto do golpe parlamentar, devemos sim impulsionar o assenso das massas que saíram as ruas com a vontade de derrotar todo o plano de ajuste neoliberal imposto pelos rentistas, colocando a perspectiva de construção de uma nova alternativa de poder socialista e revolucionária. A frente única de ação estabelecida com o PT e seus apêndices(PSOL e PCdoB) não deve significar de forma alguma a chancela ao seu programa reformista de colaboração de classes. As vergonhosas declarações de Lula, vem exatamente no momento em que se articula uma Frente Ampla (Direitos Já!) de "oposição" com partidos do chamado “Centrão”, um bloco que representa justamente os interesses do mercado financeiro no Congresso Nacional. Nós Marxistas Leninistas compreendemos a gravidade do momento político, e em oposição ao caminho de derrotas da Frente Ampla, lançamos um chamado para a formação de uma Frente Operária e Popular, que assuma como norte político a ação direta das massas, no combate frontal e vitorioso contra ofensiva neoliberal que ameaça suprimir as conquistas históricas dos trabalhadores. Alertamos que para libertar Lula do cárcere é preciso impulsionar a luta direta contra a ofensiva neoliberal do governo do fascista Bolsonaro, culminando com a Greve Geral para derrubar todo o regime Bonapartista. Nesse sentido, ao participarmos das atividades do Festival e outras iniciativas fazemos questão de convocar a militância de base do PT, PSOL e da CUT para somar forças na ação direta pela liberdade de todos os presos políticos deste autocrático regime democrático-burguês e não somente de Lula. A vanguarda da classe operária mesmo não reconhecendo o PT como um partido seu sabe diferenciar seus inimigos principais e seus possíveis aliados circunstanciais, que neste caso se materializa na militância de base do partido e da CUT. Somente a mobilização permanente, com os métodos revolucionários da ação direta do proletariado, será capaz de libertar todos os presos políticos das masmorras do Estado capitalista. Ilusões disseminadas na defesa de em um suposto “Estado de Direito” no quadro desta República dos novos “barões” do capital só servirá para o movimento de massas acumular mais derrotas e retrocessos como estes que estamos assistindo agora, por essa razão nosso eixo político deve ser “Não a condenação de Lula pela farsa da Lava Jato! Superar a política de colaboração de classes do PT!”. Ao mesmo tempo, exigimos a liberdade imediata de todos os presos políticos da democracia dos ricos perseguidos pela repressão estatal burguesa. No sentido oposto da política de patrocinar ilusões nas negociações de bastidores com os ministros do STF e STJ que vão consciente mantendo Lula preso até pelo menos a aprovação da reforma neoliberal da previdência no Senado prevista para o final deste ano, temos claro que Lula somente recuperará suas garantias constitucionais elementares com a derrubada revolucionária do atual regime vigente, o que passa por romper com a paralisia imposta pela Frente Popular!