terça-feira, 4 de junho de 2019

TODOS OS ELEMENTOS DA CONJUNTURA APONTAM QUE A GREVE GERAL DE 14J “VAI SER MAIOR”: A QUESTÃO FULCRAL É COMO DAR CONTINUIDADE À LUTA DIRETA PARA DERROTAR BOLSONARO, SUPERANDO A POLÍTICA DE COLABORÇÃO DE CLASSES DO PT/CUT QUE IMPÔS COMO “FREIO” A PARALISAÇÃO DE APENAS UM DIA DE “FERIADÃO JUNINO” NA ABERTURA DA COPA AMÉRICA


Muito se tem lido nos meios de esquerda e visto nas redes sociais a máxima que a “Greve Geral” de 14 de junho “vai ser maior” que os dias de luta de 15 e 30 de Maio. Todas as tendências da conjuntura apontam que o 14J “vai ser maior” devido ao crescente da luta nas ruas. Para frear esse desenvolvimento ascende, a burocracia sindical adiou o máximo que pôde a paralisação de 24hs, marcando-a para uma sexta-feira, no dia da abertura da Copa América, com jogo da Seleção Brasileira no Morumbi (SP) e em meio aos festejos juninos, que são muito fortes no Nordeste. Em um quadro desse, não tem como a “Greve Geral” de apenas um dia não ser “maior” que o 15M, mas ela será diluída totalmente, onde a luta direta não pode ser estendida em uma paralisação por tempo indeterminado, já que entramos no fim de semana, com o país mergulhado nas festas juninas e com atenção para a Copa América. Esse cenário amortecedor da luta de classes foi escolhido pelas direções das centrais sindicais, da UNE, pelo conjunto da Frente Popular, PT, PCdoB e PSOL. Não por acaso, Lula orientou o PT a não chamar o “Fora Bolsonaro” nos atos, como vimos no dia 30 de Maio. Seguindo essas orientações, a direções sindicais e estudantis trataram de limitar a luta ao eixo de rechaçar a reforma da previdência e os cortes na educação, não apontando uma palavra de ordem que fosse uma alternativa de poder dos trabalhadores como defendeu a LBI ao levantar o eixo: “Abaixo o governo Bolsonaro e todo o regime Bonapartista”. Essa é a polêmica central a fazer e não o distracionismo vulgar ("Vai ser Maior") patrocinado pelas correntes de esquerda no PSOL e o PSTU. É preciso desde já lutar para superar essa orientação imobilista e convocar assembleias nas categorias para radicalizar a luta e impor pela base a convocação de uma Greve Geral por tempo indeterminado que tenha como eixo a derrubada do fascista Bolsonaro e das instituições que o sustentam. Por mais importante que seja colocar milhares de ativistas e lutadores nas ruas, como vimos no 15/30M, se estes protestos estiverem limitados apenas a política de lobby sobre o parlamento para alterar alguns pontos da reforma, como deseja a direção do PT e PSOL signatários da tal “Frente Ampla” com setores da burguesia, nossa luta será derrotada e o governo seguirá na ofensiva contra nossos direitos e conquistas nos anos seguintes, seja com Bolsonaro, Morão ou com um novo gerente de plantão. É preciso ter claro o que faremos no dia seguinte ao 14J. Temos de continuar o movimento, aumentando sua força e sua radicalização. Precisamos proliferar os comitês de luta e ação direta pela país. Como a Greve Geral de 14 será forte, está colocado na ordem do dia convocar imediatamente uma outra paralisação, mais prolongada e mais ampla. Nós Marxistas Leninistas compreendemos a gravidade do momento político, e em oposição ao caminho de derrotas da Frente Ampla, lançamos um chamado para a formação de uma Frente Operária e Popular, que assuma como norte político a ação direta das massas, no combate frontal e vitorioso contra ofensiva neoliberal que ameaça suprimir as conquistas históricas dos trabalhadores. Defendemos uma saída que aponte para a independência política dos trabalhadores, o que significa a defesa na luta para colocar abaixo todo o regime político bonapartisrta de exceção! Não vemos como saída progressista nem a renúncia para assumir o general Mourão nem obviamente a convocação de novas eleições, nossa perspectiva é apresentar uma saída política independente do ponto de vista dos interesses dos trabalhadores, o que passa por convocar imediatamente a Greve Geral por tempo indeterminado e construir a resistência através dos métodos de luta da classe operária, impondo a derrubada do conjunto do regime político de exceção e não só o gerente fascista Bolsonaro!