segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

GREVE NACIONAL DOS PETROLEIROS: APOIAR O MOVIMENTO DEVE SER A TAREFA CENTRAL DA ESQUERDA PARA DERROTAR OS NEOFASCISTAS DO PLANALTO


Os petroleiros iniciam uma greve nacional na manhã do último sábado (01/02) contra o fechamento e as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobrás no Paraná (Fafen) e a privatização da maior empresa estatal do Brasil. De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), ligada à CUT, a categoria pede “o estabelecimento imediato de um processo de negociação com a Petrobras”, e reivindica também que a empresa “cumpra de fato o que prevê o Acordo Coletivo de Trabalho, com suspensão imediata das medidas unilaterais tomadas pela gestão e que estão afetando a vida de milhares de trabalhadores”. Conforme informou a Federação, 12 unidades de refino não tiveram a troca de turno, assim como em 4 terminais da Transpetro, subsidiária da Petrobrás que também está ameaçada de privatização. Ainda na sexta-feira (31/01) um grupo de trabalhadores ocupou a sede da Petrobrás no Rio de Janeiro, em protesto contra demissões, reivindicando que a direção da empresa volte atrás na decisão de dispensar mais de mil trabalhadores da Fafen. O “desmonte” da Petrobras está diretamente relacionado ao projeto neoliberal dos rentistas encastelados no Planalto, mas que foi ainda durante o governo da Frente Popular, alcançando um patamar de tentativa de destruição da empresa, que é um dos principais patrimônios construídos pela economia nacional. Desde o golpe institucional que levou Temer à Presidência da República, aprofundado ainda mais pelo governo neofascista Bolsonaro e seu preposto na empresa (Roberto Castello Branco), o imperialismo ianque tem como objetivo principal no país tomar o controle acionário da Estatal. A famigerada Operação Lava Jato, com seu falso discurso de “limpar a Petrobras da sujeira da corrupção petista”, não passou de um primeiro passo para enfraquecer a Estatal, facilitando sua entrega aos agiotas do mercado financeiro internacional. O anúncio de venda de oito refinarias da Petrobrás, que já está em curso, fará com que o país perca o controle sobre sua capacidade vital produtiva de combustíveis, tornando o país em um dos maiores importadores de produtos fósseis já refinados, mesmo possuindo uma das maiores reservas de óleo cru do planeta. Desgraçadamente a FUP/FNP e CUT apesar do apoio a greve nacional, não conseguem ultrapassar os estreitos limites da luta economicista, dispersando uma oportunidade única de generalizar o movimento, através da ampliação política de sua pauta, convocado uma greve geral no país para derrotar os neofascistas do Planalto, capachos do reacionário governo Trump. A esquerda que se reivindica do socialismo, deveria colocar a greve nacional petroleira como o centro político de sua ação neste momento, convocando toda solidariedade ativa para a vitória do combativo movimento dos petroleiros!