quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

PARAÍSO DO CAPITAL FINANCEIRO: OS “TRÊS IRMÃOS” OBTÉM LUCROS RECORDES SOB O GOVERNO NEOFASCISTA DE BOLSONARO


Os lucros do banco Itaú, relativos a 2019, totalizaram R$ 28,363 bilhões, superando em R$ 2, 630 bilhões os lucros de 2018, ou ainda, percentualmente, um acréscimo de 10,22% sobre o ano anterior, conforme divulgação do próprio banco na última terça-feira (11/02). Na mesma trilha o Bradesco divulgou seu lucro na semana passada, a rentabilidade líquida do Bradesco em 2019 foi de R$ 25,887 bilhões, 20% maior do que os R$ 21,564 bilhões obtidos em 2018. No final de janeiro, o banco espanhol Santander informou os lucros da sua operação no Brasil ao longo de 2019. Nada menos do que R$ 14,18 bilhões, ou seja, um aumento de 16,55% sobre lucros de R$ 12,166 bilhões de 2018. Os “três irmãos” que controlam o setor privado financeiro no país, obtiveram juntos a “bagatela” de 68,5 bilhões de Reais em 2019, extorquindo o Tesouro Nacional com os juros da dívida pública e também explorando o povo trabalhador com suas taxas escorchantes. Esses lucros “paradisíacos” foram obtidos na direção contrária da recessão econômica capitalista brasileira que não se recuperou da grande depressão desatada  em 2014 e que se prolonga até hoje. Os índices de rentabilidade (o retorno sobre o patrimônio líquido) apresentado nos balanços divulgados dos três bancos ultrapassam 20%: Itaú (23,70%); Bradesco (20,60%) e o espanhol Santander no Brasil (21,30%), um “fenômeno” financeiro absolutamente anômalo no cenário bancário mundial. É totalmente “anormal” uma empresa, especialmente com alto patrimônio líquido, como qualquer um dos bancos em questão, conseguir extrair renda capaz de dobrá-la em apenas cinco anos numa situação em que a economia do país está paralisada, com o desemprego batendo recordes, a renda do trabalhador comprimida, a produção industrial física em franca decadência, vendas do comércio e o setor de serviços caindo. Há décadas o setor bancário no Brasil obtêm níveis extremos de lucros que conflitam com o desempenho do restante da economia, em especial afrontam escandalosamente com a situação de penúria que atravessa nosso povo. É verdade que esta verdadeira “mamata” dos rentistas se baseia no modelo de acumulação capitalista nacional, que vem sendo mantido fielmente por todos os governos desde o surgimento da chamada “Nova República”, passando pela era FHC, mas também acentuado pelas gestões seguidas da Frente Popular. No atual regime bonapartista, baseado no golpe institucional de 2016, essa realidade se intensificou bastante, deixando os “três irmãos” como o único setor “dinâmico” da economia capitalista, o país produziu em 2019 menos do que produzia em 2010 um retrocesso de uma década em apenas um ano. Longe de ser uma “coincidência”, a abundância financeira dos bancos e do rentismo em geral, equivale ao empobrecimento da classe trabalhadora. Somente a estatização dos bancos, sob o controle operário, será capaz de estancar a crise capitalista e retomar o crescimento econômico e o desenvolvimento do país com o planejamento econômico central, através da revolução socialista e a instauração da Ditadura do Proletariado.