EXERCÍCIOS MILITARES CONJUNTOS ENTRE CHINA E EUA: BUROCRACIA CAPITALISTA CHINESA É PARCEIRA DO IMPERIALISMO IANQUE TANTO NO TERRENO ECONÔMICO COMO NO CAMPO MILITAR!
Ocorre no Brasil a participação, pela primeira vez na história, de tropas da China e dos Estados Unidos lado a lado para um exercício militar. As duas potências mundiais capitalistas participam da Operação Formosa 2024, que está sendo realizada pela Marinha brasileira no estado de Goiás, no Planalto Central. A participação de tropas chinesas em conjunto com militares estadunidenses marca um passo importante na cooperação militar internacional demonstrando que a burocracia capitalista chinesa é parceira do imperialismo ianque tanto no terreno econômico como no campo militar, revelando que a tese do “Mundo Multipolar” apresentada pela esquerda domesticada como alternativa progressista a hegemonia ianque não passa de uma cortina de fumaça, inclusive com o governo Lula alimentando a aproximação militar entre EUA e a China, que sem dúvida é um movimento político e militar que desagrada a Rússia!
A Operação Formosa é um exercício anual multinacional coordenado pela Marinha do Brasil no Campo de Instrução de Formosa (CIF), em Goiás. Este ano o treinamento ocorre entre os dias 4 e 17 de setembro. Trata-se de um dos maiores exercícios militares da América Latina, realizado desde 1988. Em 2023, observadores dos EUA e China já haviam acompanhado a operação da Marinha do Brasil, mas a inclusão formal de tropas em 2024 marca um salto significativo. “Na Operação Formosa 2024 temos pela primeira vez a participação de parcelas de tropa constituída de ambas nações amigas”, disse um comunicado da Marinha do Brasil, sobre a participação de militares chineses e estadunidenses. De acordo com o jornal South China Morning Post, o Ministério da Defesa chinês destacou que o objetivo da participação no exercício é aprofundar a amizade e cooperação entre os militares.
Como o Blog da LBI afirmou em polêmica recente com Pepe Escobar, a terceira guerra mundial se avizinha, mas não será EUA versus a China... e sim, EUA e China juntos contra a Rússia! Denunciamos que não poucos analistas geopolíticos (como Pepe Escobar sendo o principal expoente deste segmento) entraram em êxtase com a ampliação internacional dos Brics , prognosticando o fim da hegemonia mundial unipolar do imperialismo ianque e até um provável grande enfrentamento militar entre os EUA e a China, caso os Otanistas não aceitassem “pacificamente” a ascensão sinoasiática.
Na medida que a palavra “paz” não compõe historicamente o dicionário político da Casa Branca, é um fato inexorável que uma III Guerra Mundial esteja a caminho. Porém, em nosso cenário marxista não vislumbramos nenhum enfrentamento real entre China e EUA, mais além das escaramuças em torno da soberania da ilha de Taiwan. Por uma razão básica para uma projeção política baseada no materialismo histórico, ambas potências capitalistas , sendo os dois maiores mercados econômicos do planeta, estão sob a mesma governança global , ou seja, a do capital financeiro que investe a maior parte de sua acumulação (para fins de reprodução do capital) nestas duas grandes “praças”, uma já secular e a outra neófita.
A “Grande Pátria”, assim como os nacionalistas russos costumam chamar a antiga URSS, é uma enorme potência militar e econômica mundial , a única que ficou de fora do controle da Governança Global do Capital Financeiro e por isso mesmo deve ser eliminada o quanto antes para que os rentistas de Davos (face institucional da Governança Global) se refestelem com suas enormes riquezas naturais e seu majestoso arsenal bélico.
Para conseguir “dobrar” a Rússia, obviamente os EUA precisam da colaboração chinesa, porque sem esta “parceria” com a máquina militar de Pequim a Otan e o Pentágono são uma “presa fácil” para os homens de Putin.