segunda-feira, 16 de setembro de 2024

O CIRCO ELEITORAL DA DEMOCRACIA DOS RICOS: ONDE O PALHAÇO É O POVO TRABALHADOR…

O candidato à prefeitura de São Paulo, o “influenciador” Pablo Marçal, representando o mafioso PRTB, fez um verdadeiro espetáculo circense no debate eleitoral promovido pela TV Cultura no último domingo (15/09).O imbecilóide reacionário Marçal liderou as pesquisas reais para a prefeitura de São Paulo, entretanto, o DataFolha (órgão do sistema oficial da fraude do regime) resolveu “minguar a força” sua candidatura para manter a estabilidade de uma suposta polarização política entre a esquerda burguesa e a direita tradicional, ou seja, Boulos versus Nunes . Logo após ser atingido por uma cadeira pelo apresentador e candidato José Luiz Datena, candidato pelo PSDB, no debate ao vivo, Marçal se proclamou como uma “vítima do consórcio comunista”. 

A cadeirada foi dada durante uma fala de Marçal destinada a provocar Datena. No final da fala, Datena surge no quadro da câmera e encaixa um lançamento de cadeira contra o ex-treinador, líder de seguidores idiotizados nas redes sociais. Daí, tudo vira uma “zona”, com a mobilização de seguranças e outros candidatos para tentar conter a fúria do ex-apresentador de programas policiais, e que agora será ele próprio manchete dos noticiários sensacionalistas de violência. A principal pergunta agora é quem vai subir na pesquisa fraudulenta do DataFolha? Nas redes sociais, muitos bolsonaristas já chamam Marçal, que vende cursos de empreendedorismo na internet, de “arregão”, por ter abandonado o debate após uma cadeirada e ter chamado Datena para a briga, mas não ter aguentado o tranco de um “gordo idoso ”. 

Paralelamente ao espetáculo circense, uma questão central que devemos abstrair é o nível politicamente baixo da atual farsa eleitoral, no contexto de uma democracia burguesa em total crise de decadência moral. O retrocesso ideológico na consciência de classe das massas é algo surpreendente, sendo expressão direta da conclusão da esquerda reformista, completamente atrelada e corrompida pelas instituições do Estado capitalista.

É preciso que se diga também que a cadeirada do neotucano não foi um “ato de bravura”, como quer fazer crer a exquerda domesticada que apoia à candidatura do condomínio empresarial encabeçado por Boulos e Marta. O “duelo” pode até mesmo ter sido combinada entre as duas partes supostamente litigantes. A verdade é que nestas eleições nem mesmo o provocador Marçal se coloca como um “outsider” do sistema e muito menos o PSOL, todos reivindicam a manutenção do regime democrático burguês (obviamente desfrutam muito bem de seus generosos privilégios materiais), embora “briguem” eleitoralmente pelo controle de sua gerência.