terça-feira, 30 de junho de 2020

A FRAUDE E UM DOS PRINCIPAIS FRAUDADORES: ANTHONY FAUCI!


Por muitas razões, o epidemiologista Anthony Fauci, o assessor especial de Trump, mostra pessoalmente suas características essenciais de charlatanismo, para quem trabalhou muitos anos chefiando o laboratório militar de Fort Detrick.  Fauci é o consultor científico por excelência da Casa Branca, um cargo científico que ocupa há muitos anos, portanto, ele não é do partido Republicano ou do outro Democrata. É representante da própria “ciência” institucionalizada e transformada em poder político de Estado acima de qualquer resultado eleitoral. Fauci é o terceiro funcionário mais bem pago em toda a burocracia federal.  Seu salário é de cerca de US$ 400.000 por ano.  Ele ganha mais do que o vice-presidente dos Estados Unidos ou o Secretário (ministro)da Justiça. Ele assumiu o cargo na mesma época do surto da AIDS, outra daquelas pandemias “pós-modernas” não decifradas até hoje, que descobriram uma disciplina até então marginal: a imunologia. Fauci não por acaso é um imunologista. O assessor da Casa Branca é um prolífico autor de artigos científicos, com quase 300 publicações das quais participou nas últimas duas décadas, embora quem duvide que realmente as tenha escrito. Fauci dirige o NIAID (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas), outra das organizações burocráticas típicas dos Estados Unidos que unem o público ao privado sem uma solução de continuidade. O NIAID possui recursos orçamentários gigantescos: US $ 4,9 bilhões em 2017. Possui uma unidade dedicada à guerra biológica, porque no mundo de hoje é impossível separar a saúde da guerra.  É possível dizer se o capital se destina a curar ou matar, a conclusão é óbvia para os Marxistas. O montante de dinheiro desperdiçado por Fauci na pandemia da Aids nunca passou por uma auditoria ou controle social. Por 30 anos, várias empresas receberam dinheiro para trabalhar em uma vacina para o "vírus da Aids". Isso já aconteceu em todos os países do mundo, mas somente nos Estados Unidos, Fauci distribuiu mais de meio bilhão de dólares.  A gestão do dinheiro confere a Fauci um poder enorme no mundo da pesquisa médica e científica. Ele tem muitos "fiéis", incluindo grandes laboratórios da Big Pharma à sua disposição. Em uma reunião ocorrida em 2019, o NIAID participou da simulação de uma pandemia, o “Event”, o mundo teria uma "explosão surpresa  nos próximos anos”.  Em abril deste ano, Fauci pegou sua “bola de cristal” novamente: “No outono, teremos o coronavírus novamente.  Estou certo de que teremos ”, previu Fauci. Mas se em 2003 a epidemia de Sars-Cov1 desapareceu completamente, por que eles insistem agora em futuros surtos, a chamada “segunda onda”? Desde o início da pandemia, Fauci disse que o coronavírus era incurável.  Antes de 22 de maio, quando o The Lancet publicou o artigo fraudulento sobre a hidroxicloroquina, Fauci afirmou que o uso dessa substância não havia sido estudado em relação ao coronavírus, o que era uma mentira.  Em um estudo publicado em 2005 no Virology Journal, foi declarado que a cloroquina é um potente inibidor da infecção por coronavírus Sars e sua disseminação. Quinze  anos antes, a cloroquina havia sido aprovada pelo CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) nos Estados Unidos.  Trump falou a seu favor e, em 29 de março e a substância passou a ser demonizada pela OMS, que recomendava testes como a única “substância “para debelar a infecção em milhões de infectados. Por outro lado no mundo real, ignorando a satanização da cloroquina, milhares de hospitais em todo mundo continuavam a prescrever a cloroquina salvando milhões de vidas. Se a cloroquina foi aprovada, por que Fauci não recomendou tratar os doentes com ela?  Porque, em meio à histeria, a introdução de um remédio não sujeito a nenhuma patente fecharia o mercado para as futuras poções da indústria farmacêutica: primeiro o remdesivir de Gilead e depois a tão esperada vacina financiada pela Microsoft.
O QUE JÁ FOI SEM NUNCA TER SIDO: FRAUDE DERRUBA DECOTELLI, A EDUCAÇÃO SOB O GOVERNO BOLSONARO É SOMENTE PARA FORMAR NEOFASCISTAS


Carlos Decotelli não é mais ministro da Educação. A (não)passagem relâmpago pelo Ministério do governo neofascista acabou nesta terça-feira (30/06), após ser descoberto que Decotelli apresentou informações fraudadas em seu currículo fake de tecnocrata do agronegócio. Não podemos sequer acusar a ação fraudulenta de Decotelli de “ineditismo” no âmbito da presidência de Jair Bolsonaro,todos os que habitam este governo são uma fraude. Sim, porque há outras, além das fraudes acadêmicas que Decotelli partilha com Ricardo Salles e Damares Alves.Há fraude na afetação lunática ideológica de um ministro das Relações Exteriores que afirma que a terra é plana. Há fraude na Saúde, onde um general “presta guarda” em meio a um morticínio na saúde pública, há fraude na Infraestrutura, onde se privatiza empresas e se entrega obras de governos anteriores como se fossem de Bolsonaro. Há fraude na Economia, onde um rentista neoliberal torra o patrimônio estatal para beneficiar o capital financeiro. Há fraude na Justiça, onde trocou-se um justiceiro ambicioso por um pastor burocrata que já sonha com o STF. Há fraude no astronauta ministro da anti-ciência, há fraude na fundação de defesa dos negros que zomba dos próprios negros, na cultura do entretenimento da “Malhação”, e em todas as figuras da extrema direita que povoam este reacionário governo, que serve aos interesses das corporações imperialistas. Em resumo, a grande fraude está na própria gênese deste governo, ungindo de uma eleição , manipulada e fraudada política e eletronicamente por urnas fabricadas para roubar a soberania popular.
SOBRE OS GRAMPOS DA “LAVA JATO”: A TECNOLOGIA DO DEPARTAMENTO DE ESTADO IANQUE A SERVIÇO DO REGIME BONAPARTISTA DE EXCEÇÃO
  

A corregedora-geral do Ministério Público Federal, Elizeta Maria de Paiva Ramos, determinou nesta segunda-feira (29/6) a instauração de sindicância para apurar os fatos ocorridos entre 23 e 25 de junho, quando a coordenadora do grupo de trabalho da “lava jato” na Procuradoria-Geral da República esteve em Curitiba para reuniões com integrantes da força-tarefa no Paraná. Conforme a decisão proferida hoje, a apuração será feita tanto pela “ótica do fundamento e formalidades legais da diligência quanto da sua forma de execução”. A sindicância também servirá para que seja esclarecida a existência de equipamentos utilizados para gravação de chamadas telefônicas recebidas por integrantes da equipe da força-tarefa, incluindo membros e servidores. Nesse caso, o objetivo é apurar a regularidade de sua utilização. Lembremos que os investigadores da “lava jato” grampearam o ramal central do escritório que defende o ex-presidente Lula por quase 14 horas durante 23 dias entre fevereiro e março de 2016. Ao todo, foram interceptadas 462 ligações, nem todas relacionadas à defesa do ex-presidente, mas todas feitas ou recebidas pelos advogados do escritório. A engrenagem dos grampos é a motivadora da guerra entre a procuradora Lindora Araujo, de Brasília, e a força-tareja da Lava Jato. Lindora pretendia, na visita que fez na semana passada ao pessoal de Dallagnol, puxar o fio do esquema de arapongagem do MP. Eles teriam gravado todas as conversas de quem falava com os procuradores em cinco anos de Lava-Jato. Quem eles grampearam? Pode o MP ter equipamentos para gravar quem bem entende? Como saber o que grampearam, se dois dos três equipamentos usados para as escutas teriam sumido de Curitiba? Para onde foram? A guerra envolve os interesses do clã Bolsonaro contra Moro e os lavajatistas, mas o que importa é que temos agora uma guerra entre eles. Augusto Aras, o chefe de Dallagnol, usou uma palavra forte para tentar enquadrar a Lava-Jato. Disse que os procuradores de Curitiba deveriam se submeter às leis, porque “fora disso a atuação passa para a ilegalidade, porque clandestina, torna-se perigoso instrumento de aparelhamento”. Dallagnol e Moro reinaram por meia década como os "xerifes do Brasil" apoiados pela Globo e o Departamento de Estado ianque. Com equipes próprias. Com orçamento só deles. Com autonomia para grampear quem quisessem. A investida de Aras pode não dar certo, pela reação corporativa que provoca e porque está claramente vinculada a interesses da família Bolsonaro. Pode ser corroída porque é tão suspeita quanto o que os procuradores faziam em Curitiba. Elaborada em 2013, posta em prática no início do ano seguinte a Lava Jato tinha como pressuposto básico a derrota do PT em 2014, porém não atuou decisivamente neste ano eleitoral para influenciar seu resultado. Surpreendida com a vitória de Dilma, os planos da Lava Jato tiveram que seguir passando por cima de todas as autoridades de Brasília, mas porque? Simplesmente pelo fato de Moro e seu entorno oficial (MP e PF) estarem ancorados em uma determinação do Departamento de Estado ianque, chefiado a época por John Kerry em Washington. O "USDS" traçou uma estratégia de "inteligência" em 2013 para todo o Cone Sul, onde operações no Brasil e Argentina seriam coordenadas por agentes públicos locais, o objetivo seria o de desgastar ao máximo os vínculos comerciais e políticos dos países do Mercosul com a Rússia e China. Debilitar os BRICS foi considerada uma missão da mais alta relevância para os planos internacionais dos "falcões" da Casa Branca. O objetivo de implantar um estado policial, onde todos podem ser espionados está em pleno andamento e contou com o “auxílio” da CIA. Ficou evidente que Moro e a “República de Curitiba” estreitaram os laços políticos e militares para incrementar a ingerência do imperialismo ianque no continente latino-americano, particularmente, além de estabelecerem com a CIA estratégias de perseguição a esquerda no Brasil. Nesse cardápio esteve a entrega da base militar de lançamentos de foguetes em Alcântara para o controle das forças armadas norte-americanas. Desgraçadamente, foi a própria Frente Popular comandada pelo PT que abriu esse caminho de subserviência, quando Lula estabeleceu relações mais que amistosas com o facínora Bush, o mesmo que atacou o Afeganistão e o Iraque. Da mesma forma que fizemos na época do governo Lula, denunciamos de forma vigorosa desde 2014 Moro e Deltan como fantoches a serviço do grande capital. Alertamos o papel da Lava Jato, enquanto a esquerda (inclusive Dilma) festejava o suposto “combate a corrupção” levada a cabo pelo juiz que comandava a “República de Curitiba”. A cúpula petista, particularmente o staff dilmista, apoiava a operação jurídico-policial engendrada pelo imperialismo ianque para acabar com a Petrobras e as empreiteiras nacionais. Nossa corrente política em voz solitária denunciava que o Moro havia sido formado pelo Departamento de Estado ianque e a CIA para inicialmente perseguir o PT e depois desmoralizar o conjunto do tecido político burguês do país para edificar um novo regime político, sendo a ponta de lança de um estado de exceção no Brasil com fortes traços Bonapartistas. Alertamos mais uma vez que tempos sombrios avançam em nosso país no lastro da Lava Jato e do governo neofascista de Bolsonaro, somente a entrada em cena da classe operária pode barrar a plataforma ultraneoliberal e conservadora em curso para além do palhaço neofascista que ocupa momentaneamente o Palácio do Planalto!
OS BOATOS DO NEW YORK TIMES SOBRE A GUERRA NO AFEGANISTÃO: FAKE NEWS PARA DESMORALIZAR AINDA MAIS TRUMP...


O jornal New York Times publicou na última sexta-feira (26/06) uma verdadeira farsa afirmando que uma unidade de inteligência militar russa havia oferecido dinheiro ao Taliban para matar tropas americanas na guerra de ocupação do Afeganistão. Como já afirmamos em artigos anteriores, o imperialismo ianque está sendo derrotado militarmente pela resistência afegã e procura uma “retirada honrosa” via um acordo com a guerrilha Talibã. A fraude midiática foi produzida pela própria espionagem dos Estados Unidos, declarou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia à agência Tass no dia seguinte, ou seja, que o New York Times é o “alto-falante” que a CIA usa para propagar suas fraudes. "Essas notícias falsas demonstram claramente a fraca capacidade intelectual dos propagandistas dos serviços de inteligência americanos que precisam inventar esse tipo de bobagem em vez de relatar o que realmente está acontecendo. Blog No entanto, o que mais você pode esperar da agência de inteligência que falhou miseravelmente na guerra de 20 anos no Afeganistão ”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Aproveitando a oportunidade, o Ministério russo destacou o envolvimento da espionagem dos EUA no vultuoso comércio de drogas(heroína) no Afeganistão."Devemos falar sobre fatos?  No Afeganistão, não é segredo que membros da comunidade de inteligência americana estão envolvidos no narcotráfico, em pagamentos em dinheiro aos militantes para deixar passar os comboios de transporte, em subornos de contratos para executar vários projetos pagos pelo  Contribuintes americanos. A lista de suas ações pode ser ampliada, se ele desejar acrescentou o governo Putin. Essas ações decorrem do fato de que as agências de inteligência dos EUA "não gostam que nossos diplomatas e os deles unam forças para facilitar o início das negociações de paz entre Cabul e o Talibã". Eles têm boas razões porque a farsa do New York Times já levou a ameaças diretas contra diplomatas disse a embaixada russa em Washington no sábado. “As acusações infundadas e infundadas que acusam Moscou de ser o cérebro do assassinato de soldados dos EUA no Afeganistão já levaram a ameaças diretas contra a vida dos funcionários da embaixada russa em Washington e em Londres ”, divulgou a embaixada em sua conta do Twitter. Segundo diplomatas russos, o New York Times fabrica histórias falsas contra a Rússia.  Os autores do artigo "claramente carecem de informações sobre a cooperação russo-americana no processo de paz no Afeganistão, nos programas sírio, norte-coreano, venezuelano e iraniano". "Pedimos às autoridades americanas competentes que tomem medidas efetivas para garantir o cumprimento de suas obrigações internacionais sob a Convenção de Viena de 1961 sobre Relações Diplomáticas", concluiu a embaixada. Em seu fake artigo, o New York Times afirmou que Trump havia sido informado por vários meses que os russos estavam pagando ao Taliban por matar soldados americanos.Um estímulo para a completa desmoralização de Trump, que supostamente sabendo das operações russas nada fez em defesa da tropa norte-americana. Também é uma mentira. “Ninguém relatou nada disso a Trump, reconheceu no sábado Kayleigh McEnany, secretária de imprensa da Casa Branca”, porém o estrago na imagem do patético e reacionário Trump já estava feito...Isto somado ao fato que o Pentágono trabalha abertamente pela candidatura do Democrata Joe Biden.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

52% DE AUMENTO NA PRÓXIMA CONTA DE LUZ: GOVERNO NEOFASCISTA À SERVIÇO DAS MULTINACIONAIS QUE CONTROLAM A DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DO BRASIL

Somente alguns dias depois do ministro (rentista) da Economia, Paulo Guedes, garantir que não haveria racionamento de energia no país, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste de 52% da bandeira tarifária vermelha patamar 2 – cobrança adicional nas contas de energia que passará a valer partir de julho. Com este cenário, o governo Bolsonaro impõe o racionamento aos consumidores, forçados pela alta da tarifa e com conta de luz ainda mais cara em julho. Taxa extra sobe para R$ 9,49 a cada 100 kWh.

TRUMP É CONSIDERADO FUGITIVO DA JUSTIÇA: IRÃ EMITE ORDEM DE PRISÃO CONTRA O “GERENTE” ASSASSINO DA CASA BRANCA


O regime de Teerã, através da justiça iraniana, aprovou uma medida para solicitar que a Interpol coloque o presidente dos EUA, Donald Trump, no seu programa internacional de “alerta vermelho” pelo assassinato do general Qassem Soleimani, comunicaram as gências persas de notícias, citando um mandato de busca oficial. O general iraniano Qassem Soleimani, comandante da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, e uma das figuras mais respeitadas no Irã, foi morto em janeiro deste ano, em um ataque militar de drones dos EUA durante visita ao Iraque. De acordo com o oficial da justiça iraniana as autoridades do país aprovaram uma resolução para levar essas pessoas à Julgamento e apelar para que Interpol emita avisos vermelhos contra os suspeitos. Se o pedido for aprovado, Interpol irá solicitar para que autoridades policiais em outros países facilitem a busca e a detenção do presidente Trump, caso ele saia dos Estados Unidos. De acordo com Ali Alqasi-Mehr, Procurador Geral de Justiça, o Irã prosseguirá com a acusação contra Trump mesmo após o término de seu mandato na Casa Branca. Segundo um comunicado divulgado nesta segunda-feira (29/06), o comando da Interpol não permitirá que a organização internacional considere o pedido das autoridades judiciais iranianas para emitir mandado de prisão contra o presidente dos EUA, Donald Trump, revelando o que já é de conhecimento público: mandados internacionais de prisão contra mandatários de países só são levados à frente quando de trata de adversários do imperialismo ianque, como ocorre hoje contra o presidente Nicolás Maduro. Mesmo sendo uma mera formalidade jurídica que jamais será cumprida por nenhum organismo internacional, a inciativa política de um mandado de prisão, ordenada pelo regime dos aiatolás contra o chefe da potência imperialista ianque, representa um marco histórico nas relações institucionais de países imperializados contra o grande “Amo do Norte”. Os EUA acostumados a invadir nações, assassinar governantes, promover o terrorismo, guerras e golpes de Estado contra regimes nacionalistas, agora está sendo desmoralizado por um pequeno país que é vítima de um criminoso bloqueio econômico. Os Marxistas Leninistas não tem a menor simpatia política pelo regime burguês dos aiatolás, porém apoiamos em frente única toda ação, por mínima que seja, contra o imperialismo, o pior inimigo dos povos!
AUMENTO PARA CÚPULA DAS FFAA... ARROCHO SALARIAL PARA SERVIDORES PÚBLICOS: O AJUSTE NEOLIBERAL QUE PREMIA OS GENERAIS DO NEOFASCISTA GOVERNO BOLSONARO


A partir do próximo mês, oficiais das forças armadas terão aumento nos rendimentos, adicionando valores a salários brutos que já são altos. Em completa contradição com o congelamento salarial imposto ao conjunto do funcionalismo federal, Bolsonaro vai aumentar os rendimentos de um grupo restrito de oficiais superiores das Forças Armadas, a base de seu governo neofascista. Milhões de trabalhadores perdem empregos ou são atingidos por suspensão e corte de salários. A ajuda emergencial não chega a todos os que precisam, mas Bolsonaro vai beneficiar a cúpula militar com um aumento. O benefício que será aumentado, chamado de “adicional de habilitação”, criado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, é concedido a quem fez cursos ao longo da carreira. O valor era o mesmo desde 2001. No ano passado, Bolsonaro autorizou o reajuste para até 73% sobre o soldo, em quatro etapas. Na primeira delas, o privilégio para quem fez “curso de altos estudos”, por exemplo, subirá a partir de julho de 30% para até 42% sobre o valor do soldo. O aumento vale para militares da ativa e da reserva. Com isso, um general de quatro estrelas, topo hierárquico das três Forças, passará a somar R$ 5.600 por mês ao soldo de R$ 13.400. Até então, o adicional era de cerca de R$ 4.000 mensais. Eles ainda acumulam outros adicionais que elevam o salário para, pelo menos, R$ 29.700 – a remuneração pode subir, a depender da formação, permanência em serviço, atividades e local de trabalho. Atualmente, recebem o adicional basicamente oficiais e, no caso do Exército, alguns praças. Militares de baixa patente da Aeronáutica e da Marinha também pressionam para receber. O Ministério da Defesa não informou quantos militares recebem o benefício e qual será o impacto total na folha de pagamento da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Desde que assumiu, em janeiro de 2019, Bolsonaro já fez outros agrados aos militares. Empregou 2.900 no seu governo e promoveu uma reforma previdenciária mais amena. Hoje, os maiores salários brutos entre os 381 mil militares em geral são do general Luiz Eduardo Ramos (ministro-chefe da Secretaria de Governo) e de Bento Albuquerque. Em março, pagamento mais recente publicado pelo governo, eles receberam, respectivamente, R$ 51.026,06 e R$ 50.756,51, conforme o Portal da Transparência. Os valores, contudo, caíram para R$ 24.861,18 e R$ 28.140,46, pela regra do abate-teto. O redutor é aplicado porque servidores não podem acumular vencimentos além de R$ 39,2 mil, valor do salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O vice-presidente Hamilton Mourão e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, estão na mesma situação, por também serem generais da reserva e ocuparem cargo público. O contracheque da dupla, em março, tinha 30,9 mil de salário e 22 mil de “abate”. Lembremos que oficiais das Forças Armadas comandam dez ministérios. Há cerca de 3 mil militares em diferentes postos do governo Bolsonaro fazendo negócios no aparato do Estado capitalista enquanto o soldo de cabos e soldados estão arrochados. Lembremos que Bolsonaro assinou uma medida provisória queu dá reajuste de até 25% para as forças de segurança do Distrito Federal em maio, antes do congelamento salarial imposto aos estados e municípios. Para Trotsky, “inclusive as frações mais avançadas (do exército) não passarão aberta e ativamente para o lado do proletariado até que vejam com seus próprios olhos que os operários querem lutar e são capazes de vencer (“Aonde vai a França?”). Ou seja, a unidade do proletariado mesmo com os setores mais avançados do exército só se dará em situações pré-revolucionárias. No caso específico do Exército, defendemos um programa de reivindicações transitórias destinadas aos soldados e cabos, a fim de que rompam com a hierarquia militar corrupta e neofascista subordinando-se a uma clara estratégia de destruição revolucionária do aparato repressivo do Estado burguês (difusão de imprensa política nos quartéis, direito a sindicalização, formação de sindicatos vermelhos, etc.). Estrategicamente é necessário expropriar a burguesia para que sobre os escombros desse Estado burguês corrupto e assassino se construa um poder de novo tipo, capaz de erguer um modo de produção social que garanta condições dignas de vida para o conjunto dos que trabalham e não que sirva para acumular capital a fim de engordar os bolsos de um punhado de parasitas mafiosos!
TODO APOIO A PARALISAÇÃO NACIONAL DOS ENTREGADORES POR APLICATIVOS EM 1º DE JULHO: LUTAR CONTRA A SUPEREXPLORAÇÃO CAPITALISTA, COMBATENDO POR DIREITOS TRABALHISTAS E PELA DERROTA DO NEOFASCISTA BOLSONARO!



Nesta quarta-feira, 1º de julho, vai acontecer a paralisação nacional dos entregadores por aplicativos (iFood, Rappi, Glovo, Uber, James, Loggi). Trabalhadores de empresas de entrega no Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, México, Guatemala e Equador, organizaram para a mesma data a preparação de uma greve internacional no setor Esta é uma categoria com até 10 milhões de trabalhadores somente em nosso país, que está submetida às piores condições de trabalho. Essa luta merece o apoio de todos os lutadores e demais categorias organizadas. Pela lei imposta por Bolsonaro com o apoio do parlamento, os entregadores são trabalhadores essenciais e não contam com políticas de proteção ou auxílio durante a pandemia. Em média eles recebem R$ 2 a cada 6 quilômetros, uma expressão da superexploração capitalista. Os aplicativos forçam que os entregadores trabalham todos os dias, impedindo o descanso. Eles são obrigados a trabalhar no final de semana para poder juntar os pontos. Há denúncias de que a pontuação abaixo da meta impede que recebam pedidos de segunda a sexta, nos dias úteis, quando há mais movimento. Através da tecnologia e do algoritmo de cada plataforma, através de mecanismos como esses, de metas e pontuações, as empresas estabelecem um controle total sobre a vida dos entregadores, levando ao trabalho diário e a longas jornadas, de até 14 horas. Além disso, as empresas restringem áreas de entrega, promovem bloqueios e suspendem indevidamente ou até “desligam” os entregadores a qualquer  momento, sem sequer ouvir, sem saber a razão de algum problema ocorrido durante a entrega. Eles pedem o fim do sistema de pontuação. Esse mecanismo também tem sido usado para punir os entregadores que se organizam ou que protestam contra as condições de trabalho. A exploração e precarização do trabalho é uma característica do modo de produção capitalista, contudo a partir da aprovação da reforma trabalhista e da Lei 13.429/17 sancionada por Michel Temer, que institucionalizou a terceirização no país, essa condição se aprofundou, e vem piorando com Bolsonaro, que governa para as empresas e retirou mais direitos. Não há responsabilidade das contratantes com os entregadores. Eles não têm direitos trabalhistas e podem ser dispensados a qualquer momento, sem custo. Sequer possuem seguro de vida, de acidente ou de roubo. Recebem em média R$ 963,00 (menos que 1 salário mínimo) e ainda precisam arcar com gastos de alimentação, manutenção da moto ou bicicleta, conexão, smartphone, etc. No dia 1º de julho vamos apoiar a luta dos entregadores de aplicativos de comida nas ruas e nas redes como parte do combate da classe trabalhadora contra a exploração capitalista e o governo neofascista de Bolsonaro. As greves dos entregadores de aplicativos, por outro lado, expressam uma tendência crescente de resistência da classe trabalhadora mundial à resposta da classe capitalista à pandemia do coronavírus. No Brasil, se soma à onda de greves e protestos contra as condições inseguras de trabalho, desde a revolta dos operadores de call center em março até as recentes paralisações e protestos de enfermeiros iniciados na última semana. Esse movimento deve avançar para uma coordenação cada vez maior entre as lutas dos trabalhadores de diferentes países, adotando um programa socialista e internacionalista!

domingo, 28 de junho de 2020

MAIS UMA FRAUDE DA BIG PHARMA: TESTES DE ANTICORPOS DE CORONAVÍRUS SÃO MAJORITARIAMENTE FALHOS


Muitos estudos científicos que avaliaram a precisão dos testes de anticorpos do Covid-19 foram muito rigorosos, mostraram uma revisão laboratorial (artigos publicados na Reuters na última quinta-feira) oferecendo novas evidências de que os exames de sangue são de pouca precisão para as pessoas que procuram saber com certeza se foram  infectadas. Não seria demais observar quando nem mesmo o código genético do coronavírus tinha sido revelado, os kit’s de exames já estavam fabricados aos milhões e prontos para serem vendidos aos governos nacionais e regionais em escala global. A Cochrane, uma revista britânica que analisa evidências de pesquisa para ajudar as autoridades sanitárias a adotar melhores políticas públicas de saúde, analisou 54 estudos, principalmente da Ásia, que procuravam medir a confiabilidade dos testes que pretendiam mostrar se alguém havia desenvolvido anticorpos contra o coronavírus. Os estudos anteriores costumavam ser pequenos, não usavam os métodos mais confiáveis ​​e os resultados eram incompletos, afirmou a revista Cochrane em seu amplo relatório de 310 páginas. Existe um interesse comercial intenso em testes de anticorpos, que são realizados com picadas no dedo ou coleta de sangue na veia, entre pessoas que procuram descobrir se tiveram ou não o Covid-19. Especula-se que um resultado positivo possa significar que as pessoas tenham alguma proteção imunológica pelo menos temporariamente, contra uma nova infecção. Tais “esperanças” não são realistas, disse Jon Deeks, professor de bioestatística da Universidade de Birmingham e que liderou a avaliação dos testes da Cochrane. "Muitas pessoas no Reino Unido estão muito interessadas e gostariam de saber, mas no momento elas não deveriam tomar decisões com base nos resultados desse exame", afirmou o professor Deeks. No geral, os pesquisadores da Cochrane identificaram dados de 25 tipos de testes comerciais do Covid-19, uma fração dos quase 300 testes existentes. Sua análise não incluiu as evidências oferecidas pela Roche ou pela Abbott Laboratories, que foram aprovadas pelos reguladores após o prazo final de 27 de abril. As atualizações do relatório Cochrane planejam incluir dados de teste de ambas as empresas da Big Pharma que agora são vendidas por milhões de dólares nos Estados Unidos e na Europa. Embora estudos revisados ​​por Cochrane tenham mostrado que os testes eram um pouco melhores na detecção de anticorpos para Covid-19 em pessoas após duas semanas ou mais desde o início dos sintomas, eles não forneceram pistas sobre o o nível de defesas imunológicas em pacientes por muito tempo após a infecção. Essas lacunas minam o valor dos testes como ferramentas nos chamados "estudos de soroprevalência" para determinar qual porcentagem de pessoas na população teria sido exposta ao vírus. "Não sabemos qual a aferição desses testes funcionariam após cinco semanas, então essa é a nossa maior preocupação", disse Deeks, complementando: "Nos estudos de soroprevalência, estamos analisando realmente se precisamos de mais alguns dados que digam se os testes funcionarão em três meses ou quatro meses”. A esquerda reformista, apêndice da OMS, um órgão sanitário do imperialismo, que na pandemia só soube gritar por “testes e mais testes” e “fique em casa”, silenciando a reivindicação de mais hospitais, mais protocolos médicos, mais medicamentos, mais profissionais para a saúde pública, mais verbas estatais, etc..., atuou na retaguarda da Big Pharma e seus testes falhos que serviram para gerar bilhões de dólares de lucros e “engordar” projeções estatísticas manipuladas ao gosto do “cliente”, que nada ajudaram a salvar a vida de milhões de infectados pelo coronavírus, que precisavam sim de hospitais capacitados, medicamentos para a cura e plena assistência estatal.

sábado, 27 de junho de 2020

O QUE ESTÁ POR TRÁS DO CONFLITO ENTRE PGR E A FORÇA TAREFA DA “LAVA JATO”? UM ATAQUE DO BOLSONARISMO A SÉRGIO MORO, POTENCIAL CANDIDATO A PRESIDENTE


A relação entre a Procuradoria Geral da República (PGR) com as forças-tarefas que integram a operação Lava Jato atingiu o seu pior patamar, depois do embate entre o braço direito de Augusto Aras, a subprocuradora Lindora Araújo, com a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. Lindora é acusada pelos procuradores de Curitiba, em documento encaminhado à corregedoria do MPF, de ter realizado uma manobra ilegal para copiar dados sigilosos da operação, sem formalizar um pedido de acesso. O grupo de trabalho da Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República pediu demissão coletiva no início da noite desta sexta-feira (26). O motivo são as discordâncias que os procuradores têm com o procurador-geral da República, Augusto Aras. O estopim da crise com Aras se deu após uma visita da auxiliar do PGR, a subprocuradora-geral da República, Lindora de Araújo, à força-tarefa de Curitiba, esta semana. Na ocasião, segundo ofício enviado pela força-tarefa à Corregedoria do Ministério Público Federal, Lindora teria tentado obter dados sigilosos da operação sem apresentar justificativas para o ato. “Aras atua como advogado, não como procurador”, disse um dos integrantes do grupo. Lindora, personagem central na crise, é tida entre os procuradores como alinhada ao bolsonarismo e seu objetivo, junto a Aras, seria “desmoralizar” a Lava Jato e acabar com as investigações. O grupo que pediu demissão é responsável por conduzir os inquéritos envolvendo políticos com foro privilegiado e trabalha, entre outras coisas, com acordos de colaboração premiada. Este episódio resultou na demissão coletiva dos procuradores da Lava Jato na PGR nesta sexta-feira (27). Esse conflito, já vinha desde que veio a público a negociação, pela PGR, de um acordo de colaboração premiada com o advogado foragido Rodrigo Tacla Duran, que lançava suspeitas sobre um amigo do ex-ministro da Justiça Sergio Moro e sobre a atuação da Lava-Jato de Curitiba. Essas suspeitas já haviam sido investigadas e arquivadas pela própria PGR. Responsável por essa negociação, Lindora tocou o acordo sem a participação da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, que tomou conhecimento da negociação pela imprensa. Todos os elementos apontam que os procuradores da Lava Jato suspeitam que a investigação de Brasília seja uma forma de tentar atingir Sergio Moro, agora que ele se tornou desafeto do bolsonarismo e pontencial candidato a presidente. Nesse caso, reside uma forte disputa política em que a Famíglia Marinho vai atuar firmemente em favor de Moro e contra Bolsonaro. Sérgio Moro era o principal fiador político de Bolsonaro junto ao imperialismo ianque e também a setores da burguesia nacional que ainda mantinham um cada vez mais um tênue vínculo com Bolsonaro... Agora a escolha para o novo nome da direita para 2020 está mais aberto que nunca e a PGR é peça chave nessa disputa interburguesa.

BOULOS E PSOL NO ATO ORGANIZADO POR TUCANOS: A FRENTE AMPLA PELA DEMOCRACIA COM FHC, CIRO E GOLPISTAS DE MENOR ENVERGADURA É FRAUDE!


O ato virtual organizado pelo movimento tucano “Direitos Já, Fórum pela Democracia”, que ocorreu na noite desta sexta-feira (26/06), contou é claro com a participação das principais lideranças do próprio PSDB, FHC, Alckmin, Eduardo Leite, Artur Virgílio e Bruno Araújo marcaram suas presenças com seus apêndices da REDE, Cidadania e PSB. Este primeiro bloco “atucanado” fez questão de defender o “regime democrático” de uma forma geral, sem qualquer alusão ao governo Bolsonaro, salvo um pequeno comentário crítico de algum prefeito sobre a gestão da pandemia. O PDT teve Ciro Gomes como figura principal. O oligarca cearense fez questão de tentar demarcar com o PT, dizendo que temos que identificar os responsáveis pelo desastre bolsonarista, porém poupando o próprio Bolsonaro de qualquer ataque mais frontal, para finalizar Ciro afirmou que poderemos chegar a mais de 150 mil mortes de Covid, clamando urgentemente por uma ação enérgica de isolamento social do governo, “esqueceu” no entanto de explicar por que o seu títere Camilo Santana foi um dos primeiros  governadores a abrir todos os setores da economia no Ceará, antes mesmo dos gestores estaduais da direita golpista. As “estrelas”petistas presentes ao encontro, como Tarso Genro, Haddad  tiveram posições bem distintas na forma, mas idênticas no conteúdo de colaboração de classes. Tarso estava ainda na fase de temer um “golpe fascista” dobrando a esquina, e por esta razão defendeu a Frente Ampla pela democracia com os coveiros dela. Haddad por sua vez começou seu discurso com a preocupação de defender os empresários em “dificuldades”, passando depois para a defesa da instauração de um processo de impeachment contra Bolsonaro, cobrando o protagonismo do STF, a mesma instituição que cassou o mandato da petista Dilma Rousseff, legitimando o golpe parlamentar em 2016. O candidato do PT a presidência da república encerrou sua participação na atividade pedindo para que todos os integrantes da Frente Ampla reconhecessem o papel de Lula, como apto para uma futura disputa eleitoral. O PSOL mandou ao “ato democrático” com os neoliberais e golpistas da Globo, sua principal expressão política no momento, Guilherme Boulos, além de vários parlamentares. Boulos, o político mais a esquerda da Frente Ampla, na apologia programática do regime da democracia dos ricos, demarcou campo com o “Fora Bolsonaro”, mas na mesma via institucional de Haddad, disseminando ilusões justamente no Congresso dominado pelos que estão retirando todos os direitos históricos dos trabalhadores. Seria cansativo descrever a totalidade dos “detalhes” inúteis do conjunto das intervenções no ato, coordenado pelo ex- tucano Fernando Guimarães, expulso do partido em 2019 pela ala de João Doria. Entretanto o fundamental, para além das diferenças de nuances entre os participantes, é a profunda identidade ideológica em torno da defesa da democracia burguesa como o regime ideal para conciliar os interesses do proletariado e dos capitalistas. Nem mesmo a ala esquerda do evento, PT e PSOL, fizeram qualquer referência às lutas da classe trabalhadora como o elemento fundamental para derrotar a ofensiva neoliberal da direita fascista em nosso país. Tanto as diversas frações da burguesia, tucanos, ciristas, Rede Globo, como a esquerda reformista, PSOL, PCdoB e PT, são unânimes em temer a ação direta e independente do proletariado, como ficou evidente em todas as participações no “Direitos Já”...da burguesia...uma grande fraude política para tentar bloquear o combate revolucionário das massas!

sexta-feira, 26 de junho de 2020

67 ANOS DO ASSALTO AO QUARTEL DE MONCADA: DEFENDER O ESTADO OPERÁRIO BUROCRATIZADO CUBANO CONTRA O IMPERIALISMO PARA HONRAR OS HEROICOS COMBATENTES DO 26 DE JULHO



Os Trotskistas têm uma tarefa muito delicada e “espinhosa” em Cuba quando celebramos nesse 26 de Julho os 67 anos do fracassado ataque ao quartel de Moncada em 1953, ação protagonizada por Fidel Castro e outros membros do Partido Ortodoxo, expressando a perda das esperanças da oposição pequeno-burguesa nacionalista em utilizar-se dos meios institucionais para restaurar a caricatura de democracia burguesa na Ilha e a adoção da luta armada como método para derrotar a ditadura de Fulgêncio Batista. Hoje, Cuba vive a consolidação da reforma de sua Constituição que serve de base jurídica e política para o avanço do processo de restauração capitalista no Estado Operário Deformado.  Em 1959 na ilha de Cuba, a revolução foi encabeçada por uma organização política que não era comunista e nem sequer socialista, o Movimento 26 de julho era originalmente um agrupamento de jovens guerrilheiros que lutavam para derrubar uma ditadura corrupta e decadente e instaurar um regime democrático burguês. Entretanto a lógica de ferro da luta de classes imprimiu uma outra dinâmica que aqueles jovens combatentes do Movimento 26 de Julho não poderiam imaginar.  A violenta queda de Fulgêncio Batista na festa de réveillon naquela histórica entrada do ano de 1959, deu lugar a um novo governo liderado por Fidel Castro e que contava com um amplo arco de forças políticas, a exceção do Partido Comunista de Cuba, fiel ao ditador Batista até o último minuto. Fidel e seus camaradas como Che, Raul, Camilo Cienfuegos etc, esperavam contar no primeiro momento com um apoio considerável do governo dos EUA, porém então o presidente Eisenhower tratou de frustrar rapidamente estas expectativas. A política econômica do governo castrista (especialmente a nacionalização de empresas estrangeiras) deixou tão alarmados os Estados Unidos que forçou o imperialismo ianque a romper relações diplomáticas com o país. Cuba, então, estabelece relações abertas com a União Soviética e só aí inicia o processo da "revolução social", ou seja, expropriações e planificação central de sua economia. Fidel Castro resgata o banido Partido Comunista e promove a integração do Movimento 26 de Julho a nova organização reabilitada. Portanto Cuba, ao contrário da velha Rússia, não atravessou uma revolução pelas mãos de um partido comunista ou mesmo anticapitalista, sua revolução nunca foi conscientemente socialista (dirigida por um partido revolucionário) e sim social, já que socializou os meios de produção findando assim com o “deus mercado” na Ilha caribenha e inaugurando a era do primeiro Estado Operário da América Latina.
EDITORIAL: BILL GATES FINALMENTE ANUNCIA A “VACINA DA MICROSOFT” PARA ESTE ANO...


O fundador da Microsoft, Bill Gates, declarou nesta quinta-feira (25/06) a rede CNN que “as perspectivas atuais para o coronavírus, tanto global quanto nos Estados Unidos, são mais sombrias" do que ele esperava. Gates, falando em um fórum da CNN sobre coronavírus, atribuiu o aumento nos números “à falta de testes e rastreamento de contatos, bem como à falta de máscaras”. Gates afirmou em tom de falso profeta que continua “esperançoso de que os Estados Unidos intensifiquem  e ajudem a trazer as ferramentas, principalmente a vacina, para o mundo”. O dono da Microsoft e da Fundação “filantrópica” que leva seu nome e sua esposa disse que conversa regularmente com Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas dos EUA e assessor de Trump. Em termos de cronograma, Gates anunciou que está alinhado com Fauci em sua “previsão” de que haverá uma vacina viável até o final do ano ou no início de 2021. A revelação de Gates, feita em primeira mão na CNN, caiu como uma “bomba”, contrariando todas as previsões científicas de que uma vacina levaria alguns anos de elaboração e testes para ser colocada com segurança no mercado. Gates está diretamente relacionado às “profecias” sobre a pandemia do coronavírus, primeiro organizando um evento mundial em 2019 onde previa uma futura epidemia viral no planeta, e agora anunciado não sabemos sobre que bases em “primeira mão” uma vacina em tempo recorde. Mas antes de comunicar a vacina da Microsoft, o financista Gates transformado “cientista do século XXI”, continua ameaçando a humanidade com “segunda onda” e “quadro sombrio” para exigir a venda de mais testes, para um presente catastrófico ainda sem a sua vacina. Está claro o engodo sanitário, comercial e financeiro no qual Gates e seus parceiros imperialistas querem “engabelar” os povos, tudo isso é claro com o aval da OMS, que não por acaso tem um funcionário da Microsoft em sua presidência. A vacina da Microsoft não passa de uma farsa global, que deve lucrar trilhões de dólares, além de inaugurar o seu “capitalismo de vigilância” com a chipagem dos vacinados, uma espécie de certificado digital de implantação subcutânea para comprovar que o cidadão estará “livre da peste”. É óbvio que para um operativo desta monta Gates não está sozinho, tem “sócios” de muito peso neste negócio, para além até da Bigpharma. A ciência da história que tem seu próprio ritmo de investigações, revelará no futuro ao mundo os verdadeiros responsáveis por este crime mundial, que está sendo a pandemia do coronavírus com a produção de milhões de mortes direta ou indiretamente. Entretanto já sabemos hoje que os “curandeiros” da OMS com suas “receitas” de isolamento social prolongaram ao máximo a carga viral para estender a quarentena ao máximo, com objetivos nada humanitários ou científicos. Foram os mesmos que afirmaram que se as massas tomassem as ruas de Nova York, rompendo o isolamento, para se rebelar contra o assassinato racista de George Floyd, teríamos um milhão de mortos... passados exatamente um mês dos multitudinários protestos, Nova York registrou os menores índices de óbitos por coronavírus desde o início da epidemia. Gates, Macron, Merkel, Trump, Tedros e Fauci, são apenas faces da mesma moeda do imperialismo para tentar impor a “nova normalidade” do medo e paralisia para as massas proletárias, a descoberta repentina desta vacina da Microsoft é parte desta ofensiva contra os povos que combatem em todo o planeta!

quinta-feira, 25 de junho de 2020

GOLPE MUITO PRÓXIMO: MAS NÃO SERÁ O MILITAR, É GOLPE DO “ACORDÃO NEOLIBERAL” COM O PT “PROTESTANDO” NO PARLAMENTO, SEM MOBILIZAÇÃO ALGUMA NO MOVIMENTO DE MASSAS...


A aprovação ontem (24/06) com ampla margem de votos pelo Senado da privatização da água e esgoto no país, saudada pela “mídia democrática” com histeria neoliberal, revelou a senha para uma nova etapa na conjuntura política do país. Com a exceção da bancada de Senadores do PT e alguns parlamentares do PSB, PDT e REDE, o consenso de levar em frente a agenda neoliberal das reformas e “privatarias” foi celebrado entre o governo neofascista e a “Frente Ampla” democrática como um sinal da trégua política a ser respeitada daqui para frente. O PT marcou posição contrária no Parlamento mas seus sindicatos e a CUT ficaram completamente paralisados, respeitando o “confinamento social”, enquanto os operários da água e esgoto estão trabalhando nas ruas, na sua grande maioria terceirizados sem direito sequer a sindicalização. Dando sequência ao “Acordão” o civilizado Bolsonaro emite declarações de um “novo tempo” e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concede foro especial ao Senador Flávio, no caso das “rachadinhas” em que operava Fabrício Queiroz. A covarde esquerda reformista que mudou de repente de caracterização ao anunciar a iminência de um golpe militar, para uma inexorável queda de Bolsonaro via o impeachment, está agora “órfã” com o pacto celebrado, embora continue sem organizar resistência alguma ao avanço da ofensiva neoliberal. Lideranças como Haddad e Rui Costa continuam com o pé na Frente Ampla, enquanto Lula e Gleisi dizem que não vão aderir ao “Acordão“ enquanto os “golpistas democráticos” não pedirem desculpas pelo impeachment desferido contra Dilma Rousseff, qualquer questão de classe passa muito longe desta “polêmica” entre os reformistas e a oposição burguesa. Os sindicatos, MST, CUT,  e o próprio PT se mantém fiéis a determinação dos charlatões da OMS que dizem que é fatal “aglomerar”, mesmo quando milhões foram as ruas nos EUA e em grande parte do mundo em apoio a George Floyd, sem que aumentassem os casos de contaminação ou mortes pelo Coronavírus. 
FRENTE BURGUESA AMPLÍSSIMA: DIRIGENTES DO PT, PSOL E PCDOB FAZEM “LIVE” COM GOLPISTAS E NEOLIBERAIS NO MOVIMENTO “DIREITOS JÁ”... ENQUANTO SABOTAM LUTA DIRETA CONTRA O NEOFASCISTA BOLSONARO E O REGIME BONAPARTISTA DE EXCEÇÃO


Representantes do PT, PSOL, PCdoB, PDT, REDE, Cidadania, passando pelos facínoras Temer e FHC, além de ex-ministros do governo Bolsonaro como o general Santos Cruz e golpistas “globais” como Luciano Huck, vão fazer uma “live” neste dia 26.06 às 19hs para consolidar o movimento "Direitos Já” com o mote “Defesa da Democracia, da Vida e Proteção Social". A iniciativa tem o apoio de Boulos, Freixo, Haddad, Flávio Dino e Ciro Gomes para ampliar um grupo “suprapartidário de oposição ao governo Jair Bolsonaro”, ou seja, uma Frente Amplíssima burguesa com setores neoliberais do chamado “Centrão”, incluindo desde os Tucanos até a “direita considerada civilizada” como Marina, Marta, Sarney, Roberto Freire... A Frente Ampla de traição das lutas começa a ganhar força com a defensividade do governo Bolsonaro devido a ação do STF com seu Bonapartismo Judiciário que consolida o regime de execeção, já que dos dirigentes do PT, PSOL e PCdoB pode-se esperar de tudo na conciliação com a direita, golpistas e neoliberais, desde que não impulsionem atos de rua e greves para questionarem de fato, a partir das reivinidações dos trabalhadores, a gestão burguesa do neofascista entronado no Planalto, que agora enquadrado pela Globo e o Judiciário vem dando sequência em arroubos golpistas a agenda ditada pelos rentistas e o imperialismo (Marco de privatização do Saneamento por exemplo)... Seguindo a linha de coerência da esquerda burguesa, Fernando Haddad, Boulos e Freixo defenderam que o grupo se organize em torno de uma agenda mínima de temas como educação, relações exteriores, geração de empregos e direitos humanos, e busque a adesão do centro e do “centro- direita liberal”. Na mesma toada do PT, o governador do PCdoB, Flávio Dino disse que é hora da “unidade popular” para classificar o encontro virtual. “Temos de lutar contra o sectarismo na política brasileira”. O MES-PSOL de Fernando Melchionna e Luciana Genro logo se integrou a iniciativa policlassista . Por sua vez os Tucanos, que apoiam fervorosamente a retirada de direitos históricos dos trabalhadores, se sentiram como “covidados de honra” na “live” para ampliar o espectro político: “Uma mistura dessas só vi nas Diretas-Já", afirmou FHC no que foi aplaudido pelo golpista Temer... A esmagadora maioria desses senhores são adversários de que os trabalhadores se organizem de forma independente contra o fechamento do regime burguês ontem e hoje, como podemos citar em vários exemplos e momentos históricos: na greve petroleira de 1995 atacada pelo Exército por ordem de FHC, Temer deu o golpe instituicional de 2016 que abriu caminho para o neofascista Bolsonaro. Esse movimento é consequência da política de colaboração de classes do PT, PSOL e PCdoB que desde a posse de Bolsonaro procuram “sangrar” o governo até 2022, apoiando indiretamente a pauta das reformas neoliberais. A justificativa da pandemia do coronavírus caiu como uma luva na estratégia de ampliação máxima do espectro político da Frente Popular, que agora já pode ser batizada sem modéstia alguma de Frente Amplíssima. O mais grave, no entanto é que toda a “plataforma sanitária” da esquerda reformista para enfrentar a pandemia é a mesma dos tucanos e do setor técnico/militar do próprio governo federal, um “Fique em casa” confiando que somente a quarentena é o antídoto necessário. A LBI, no sentido inverso do cretinismo parlamentar, vem convocando o movimento operário e popular a romper com o calendário institucional da democracia dos ricos, construindo uma alternativa revolucionária de poder para derrotar cabalmente a brutal ofensiva neofascista em curso na América Latina e no planeta inteiro! Nós Marxistas Leninistas compreendemos a gravidade do momento político, e em oposição ao caminho de derrotas da Frente Amplíssima, lançamos um chamado para a formação de uma Frente Operária e Popular, que assuma como norte político a ação direta das massas, no combate frontal e vitorioso contra ofensiva neoliberal que ameaça suprimir as conquistas históricas dos trabalhadores! Está absolutamente claro para a vanguarda militante e classista, que amplo engodo político como este é o caminho mais curto para colher estrondosas derrotas no combate contra a ofensiva neoliberal e fascista. O movimento de massas  deve sim organizar uma Frente Única Proletária e Popular, na luta pela construção da Greve Geral política por tempo indeterminado, para por abaixo o conjunto do regime bonapartista!
CHAZ (EUA) E A COMUNA DE PARIS: DESPERTARAM O ÓDIO DE CLASSE DOS CAPITALISTAS E SEU ESTADO


O movimento fascista ao longo da história, foi visceralmente avesso à qualquer ideia de comuna, entendida como embrião de um novo poder de Estado. As comunas sempre evocam nos fascistas seu medo inato de revoltas populares contra governos capitalistas. O popular musical "Les Miserables", baseado no romance homônimo de Victor Hugo, sobre a França do início do século 19, que viu as pessoas se rebelarem contra os monarquistas ressurgentes após a Revolução Francesa, apresenta uma música sobre as barricadas de uma comuna parisiense.  A música, "Você ouve o povo cantar?", Inclui a seguinte letra:

“Você se juntará à nossa cruzada?
Quem será forte e ficará comigo?
Além da barricada
Existe um mundo que você deseja ver?
Então junte-se à luta
Isso lhe dará o direito de ser livre”.

O ultra reacionário governo Donald Trump, que é essencialmente um embrião do regime protofascista nos EUA, reagiu com um horror esperado ao estabelecimento de uma zona autônoma barricada do Capitólio, ou "CHAZ", dentro de seis quarteirões do leste de Seattle, durante protestos que exigiam o fim da polícia, da brutalidade estatal e outras táticas fascistas da aplicação da “lei e da ordem”.  O CHAZ em Seattle foi declarado por seus moradores, e não por extremistas externos, como alegado por Trump e seus aliados, na sequência de protestos em todo o país pelo “Black Lives Matter” após o assassinato da polícia do afro-americano George Floyd em Minneapolis.Trump ameaçou retomar o controle do CHAZ com tropas federais se a prefeita de Seattle, Jenny Durkan e o governador de Washington Jay Inslee, ambos Democratas não agissem. Essa ação de Trump teria sido inconstitucional mas essas ameaças foi parte integrante do “deslize” de Trump para tentar impor um regime fascista. Não teve o apoio do Pentágono para a ação. Em resposta à ameaça ociosa de Trump, Durkan chamou a área ocupada de uma grande "festa do quarteirão" e disse a Trump para voltar ao seu bunker da Casa Branca. Em 12 de junho, os líderes residenciais de Capitol Hill estavam negociando com o Departamento de Polícia de Seattle para permitir que eles retornassem à estação desocupada de East Precinct, que fica no coração de CHAZ. O CHAZ quase imediatamente provocou a ira das quadrilhas fascistas de vigilantes no noroeste do Pacífico, onde muitos desses grupos são frequentemente dos departamentos de polícia. Um vigilante de direita dirigiu seu carro através de um grupo de manifestantes no CHAZ e atirou em um manifestante à queima-roupa. A rede Fox News começou a alterar seus vídeos para mostrar “gangues antifa", armadas patrulhando dentro do CHAZ. A propaganda da Fox News foi digna daquela divulgada pelas diatribes do ministro nazista da propaganda Joseph Goebbels contra socialistas e comunistas durante os dias agitados da República de Weimar, na Alemanha. A direita fascista nos Estados Unidos, com Trump como seu porta-voz começou a ligar o CHAZ e zonas de protesto autônomas nascentes semelhantes em Nashville, Tennessee e Asheville, Carolina do Norte, a "anarquistas", "antifa" e "comunistas". A narrativa fazia parte de uma propaganda da direita para comparar Seattle e outras zonas de protesto à Comuna de Paris de 1871.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

“NÃO ENCONTRAMOS EVIDÊNCIAS DE QUE OS PROTESTOS URBANOS TENHAM REACENDIDO O CRESCIMENTO DOS CASOS DE COVID-19 DURANTE AS MAIS DE TRÊS SEMANAS SEGUINTES”: CONCLUSÕES DO NATIONAL BUREAU OF ECONOMIC RESEARCH (NBER) COM DADOS COLETADOS NAS 315 MAIORES CIDADES DOS EUA COLOCAM EM XEQUE TEORIA DO CONFINAMENTO SOCIAL


O BLOG da LBI publica as conclusões do estudo elaborado pelo National Bureau of Economic Research (NBER) dos EUA sobre os efeitos dos protestos contra o racismo em relação ao número de casos e mortes de COVID-19 três semanas após as marchas pela morte de George Floyd. Fundado em 1920, o NBER é conhecido por fornecer dados sobre as recessões nos Estados UnidosSegundo seu site “é uma organização de pesquisa privada, sem fins lucrativos e apartidária, dedicada a promover uma maior compreensão de como a economia funciona. O NBER está comprometido em realizar e disseminar pesquisas econômicas imparciais entre formuladores de políticas públicas, profissionais de negócios e a comunidade acadêmica. O maior patrimônio do NBER é sua reputação de integridade acadêmica”. Publicado na resenha semanal de 22 de junho, o artigo “BLACK LIVES MATTER PROTESTS, SOCIAL DISTANCING, AND COVID-19” (https://www.nber.org/papers/w27408) com dados e gráficos estatíscos chega a seguinte conclusão: “Provocados pelo assassinato de George Floyd sob custódia policial, os protestos de Black Lives Matter de 2020 trouxeram uma nova onda de atenção à questão da desigualdade na justiça criminal. No entanto, muitas autoridades de saúde pública alertaram que os protestos em massa poderiam levar a uma redução no comportamento social de distanciamento, estimulando o ressurgimento do COVID-19. Este estudo usa dados recém-coletados sobre protestos em 315 das maiores cidades dos EUA para estimar os impactos dos protestos em massa no distanciamento social e no crescimento do caso COVID-19. As análises dos estudos de eventos fornecem fortes evidências de que o comportamento líquido em casa aumentou após o início dos protestos, consistente com a hipótese de que o comportamento dos não manifestantes foi substancialmente afetado pelos protestos urbanos. Este efeito não foi totalmente explicado pela imposição dos toques de recolher da cidade. Os efeitos estimados foram geralmente maiores nos protestos persistentes e nos acompanhados por relatos da mídia sobre violência. Além disso, não encontramos evidências de que os protestos urbanos tenham reacendido o crescimento dos casos de COVID-19 durante as mais de três semanas seguintes ao início do protesto. Concluímos que as previsões de amplas conseqüências negativas à saúde pública dos protestos da Black Lives Matter foram concebidas de maneira muito restrita”. As conclusões estatísticas do NBER reforçam as análises políticas da LBI. A luz desses números, lançamos questionamentos sobre a eficácia do confinamento social defendido pela OMS e analisamos os efeitos concretos da "Toeria da Manada" que está sendo posta em prática na principal metrópole norte-americana, New YorK. O estudo amplia a justeza de nossa analise para as 315 maiores cidades dos EUA.

RACISMO E REPRESSÃO: DOIS PILARES DA GÊNESE DO CAPITAL IMPERIALISTA CRAVADOS NA POPULAÇÃO CARCERÁRIA DOS EUA


A rebelião popular anti-racista desencadeada nos EUA pelo covarde assassinato do trabalhador negro George Floyd colocou em questão alguns dos pilares da gênese do capital imperialista ianque escravagista, como o debate sobre o caráter de classe polícia e de todo o aparato de repressão do Estado Burguês. Diante desses fatos, que colocam o olhar de milhões de trabalhadores no papel das instituições repressivas do Estado na maior potência imperialista do mundo. Os Estados Unidos, historicamente postulados como o guardião da democracia, têm a maior população carcerária do mundo (2,2 milhões). Com apenas 5% da população mundial, concentra 25% da população carcerária mundial, proporção que indica uma forte política punitiva dos pobres e pretos no país, sustentada por décadas por Republicanos e Democratas.  Entendendo que o Estado historicamente surge para impor as contradições da sociedade de classes (como Engels bem definiu em A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado), o papel das instituições repressivas desse Estado é manter as relações de exploração típicas da sociedade capitalista. Assim como o Estado capitalista não perde a oportunidade de reprimir as lutas dos explorados e oprimidos quando as respostas à exploração são desencadeadas pelas massas, a instituição estatal também mantém uma repressão constante e diária contra a classe trabalhadora (na forma de perseguição e assédio aos setores mais precarizados, como é o caso da população afro-americana nos bairros negros) destinada a disciplinar os setores populares e obrigá-los a suportar qualquer forma de opressão. Para isso, conta não apenas com a polícia, mas também com o Judiciário e o sistema penitenciário, além do parlamento. Nos Estados Unidos, o caráter de classe das instituições policiais e penitenciárias é combinado com o racismo intrínseco ao capitalismo americano desde sua origem. A política de encarceramento em massa para a população negra constituiu, em diferentes épocas nos últimos 150 anos, uma ferramenta sistematicamente planejada de opressão política e exploração da força de trabalho presidiária.

terça-feira, 23 de junho de 2020

MANIFESTAÇÃO MULTITUDINÁRIA EM JERICÓ CONTRA A ANEXAÇÃO SIONISTA: UNIFICAR TODAS AS LUTAS CONTRA O IMPERIALISMO EM APOIO A PALESTINA!


Um ato político de  milhares de pessoas se realizou nas proximidades da cidade Jericó, a mais antiga das cidades palestinas situada na região do Vale do Rio Jordão. A corajosa manifestação palestina ocorreu sob ameaça do nazisionista Netanyahu, que obteve o apoio de Trump, nesta última segunda-feira (22/06) para usurpar os direitos do povo palestino. Ao se dirigir à multidão, o representante da Fatah, organização histórica da resistência palestina, deixou claro que :“O plano de anexação viola a lei internacional e agride o sonho do Estado Palestino”.Também compareceu ao ato a mãe de Eyad Hallaq jovem autista assassinado a queima-roupa com tiros de rifle sem qualquer justificativa pelo exército sionista. A mãe declarou que estava ali representando todas as mães de palestinos mortos e pediu a todos o apoio a “uma ampla frente contra a anexação”. Jibril Rajoub, dirigente da Fatah, alertou ao governo do enclave terrorista para as graves consequências do crime que Netanyahu planeja cometer: “Há um consenso palestino sobre a luta popular em seu estágio atual. Mas estamos preparados para avançarmos para outros estágios se houver apoio popular para isso. Caso haja anexação, não vamos sofrer sozinhos, não vamos morrer sozinhos”. A anexação sionista ilegal de todo o Vale do Jordão e assentamentos na Cisjordânia está prevista para ter início no próximo 1° de julho, estimativas palestinas indicam que o plano deverá roubar mais de 30% da Cisjordânia ocupada.Na capital israelense Tel Aviv, organizações de esquerda vem organizando massivos atos contra a ocupação, mesmo com todos os obstáculos da pandemia e da repressão do Estado sionista, refletindo o apoio dos setores mais proletarizados e da população árabe-judia para a causa palestina. Está colocada a urgente tarefa de impulsionar no mundo inteiro a solidariedade ativa ao povo palestino, organizando manifestações e atos públicos “colados” à luta antirracista que incendeia os EUA. O combate para derrotar o imperialismo ianque e seu braço sionista na Palestina, unificando a ascensão das lutas populares em curso no mundo todo, não pode ser adiado por mais um dia sequer!
“NOVO MARCO REGULATÓRIO DO SANEAMENTO”: BOLSONARO E PARLAMENTO SE UNEM PARA VIABILIZAR A PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA E ESGOTO... MAIS UM BOM NEGÓCIO PARA A EXPLORAÇÃO DOS RENTISTAS


O governo Bolsonaro e o parlamento corrupto pretendem desestruturar o setor de saneamento, violando a titularidade dos serviços de água e esgoto, inviabilizando as companhias estatais como a CEDAE fluminense, entregando de vez o saneamento ao mercado privado. O chamado “novo marco regulatório do saneamento básico” (PL 4162/2019) deve ser votado na próxima quarta-feira (24) pelo Senado. O anúncio foi feito por Davi Alcolumbre com o claro objetivo de privatizar o serviço de água e esgoto, um golpe neoliberal em conluio com o neofascista Bolsonaro, que emparedado pelo STF se comprometeu em levar a frente a agenda exigida pelos rentistas e o imperialismo. Considerado por todos os sindicatos de trabalhadores de água e esgoto do país como um projeto legislativo neoliberal ele abre as portas para privatização da água e esgoto, A aprovação pelo Congresso significa um grande retrocesso à universalização dos serviços de água e esgoto no país. A tarifa de água ficará mais cara e as empresas privadas não terão interesse em atender os municípios pequenos. Perderá este serviço público fundamental a saúde humana, hoje majoritariamente sob o controle do Estado, toda a população, mas em especial as comunidades mais proletarizadas e pobres. Um dos principais pontos deste projeto neoliberal que beneficiará os rentistas do mercado financeiro, é o que estabelece como obrigatória a licitação dos serviços de saneamento, abrindo uma espécie de concorrência entre as empresas privadas e as estatais. A entrega do saneamento para empresas estrangeiras foi enfaticamente defendida pelo ministro da Economia do atual governo neofascista, Paulo Guedes, em recente evento ocorrido na sede do BNDES. Atualmente, os gestores municipais ou estaduais podem optar por celebrar contratos de saneamento diretamente com as estatais, sem a necessidade de licitação. A água é um bem imprescindível à vida, portanto um direito inalienável da população. O seu tratamento deveria levar em conta não o lucro, mas a dignidade humana. A água é um bem que o Estado deveria ter responsabilidade de garantir que chegue à casa de cada brasileiro, tendo ou não condições de pagar por isto. Somente um Congresso Nacional totalmente corrupto e sob mandado do capital financeiro, poderia aprovar este projeto totalmente inconstitucional, um verdadeiro atentado aos direitos mais básicos do povo pobre e carente. Desgraçadamente os sindicatos que deveriam organizar a ação direta de resistência e uma greve nacional para derrubar este malfadado projeto, se limitaram ao “tradicional” e inócuo lobby parlamentar, colhendo mais esta derrota histórica.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

FLÁVIO BOLSONARO E SUA DEFESA: SAI WASSAF, ENTRAM EX-ADVOGADOS DE GENERAIS TORTURADORES E DO CORRUPTO SÉRGIO CABRAL


O senador Flávio Bolsonaro definiu como seus novos advogados Luciana Pires e Rodrigo Rocca que serão seus defensores no caso das "rachadinhas", investigadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), após a saída do mafioso advogado Frederick Wassef, que escondeu Fabrício Queiroz em seu escritório na cidade de Atibaia. Os novos advogados de Flávio Bolsonaro já defenderam figuras abjetas do cenário nacional. Rodrigo Rocca defendeu o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral e só deixou a defesa quando o político corrupto aceitou fazer delação premiada. Rocca também defendeu os militares assassinos e torturadores, como Brilhante Ustra e José Nogueira Belham, este último acusado pelo assassinato e ocultação do cadáver do deputado federal Rubens Paiva, em janeiro de 1971, durante a ditadura militar. O coronel Ustra, ídolo de Bolsonaro, tem em seu currículo macabro uma lista de mais de cem crimes contra militantes da esquerda. A advogada Luciana também defendeu torturadores no passado, como o general Nilton Cerqueira, denunciado pelo envolvimento no atentado do Riocentro, em 1981, no qual bombas foram “plantadas” por militares no local, onde ocorriam shows em defesa dos trabalhadores, mas que acabou fracassando após um dos artefatos ter explodido no colo de um sargento, que morreu, ferindo gravemente um tenente. Conforme informou Flávio Bolsonaro, foi justamente o passado de defesa de torturadores que estavam na ativa durante a ditadura militar que contaram a favor para que fossem escolhidos para defender o senador. Assim como Queiroz, que foi o seu chefe de gabinete à época de deputado estadual, Flávio é investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os acenos de “pacificação e acordo nacional” para concluir as reformas, são um mero artifício político para a permanecia do clã neofascista Bolsonaro no Planalto, desgraçadamente saudados como “avanço democrático na defesa das instituições” pela Frente Ampla. O PT que encena um distanciamento da Frente Ampla, defendendo sua tradicional política de Frente Popular de colaboração de classes (um pouco mais seletiva), afirma que não fará acordo com golpistas, mas por outro lado segue contra as mobilizações de rua para derrubar Bolsonaro, esperando “sangrar” o governo até as eleições presidenciais de 2022.
BÁRBARA REPRESSÃO DA POLÍCIA TUCANA DE SÃO PAULO: DÓRIA INSTALOU O “PROTOCOLO” PARA MATAR JOVENS PRETOS E POBRES


Um jovem de 19 anos desmaiou depois de ser covardemente estrangulado por policial militar de São Paulo,  durante uma violenta abordagem, no dia 21/06, seguindo o “protocolo” de repressão  do governador tucano João Doria. O crime ocorreu na comunidade de jardim Ariston, em Carapicuíba, região periférica de São Paulo.Os policiais militares abordaram dois homens que estavam em uma moto, o rapaz agredido pilotava o veículo. Em imagens feitas por moradores é possível ver, em um primeiro momento, um dos policiais aplicando um “mata-leão” (golpe de estrangulamento) em um dos jovens, vestido de camisa listrada e bermuda branca. O jovem desmaia. Enquanto isso acontece uma segunda covardia com o outro rapaz que é xingado pelos policiais, e logo depois o mesmo militar, que está de capacete, se ajoelha sobre o peito do rapaz que já estava rendido e ele começa a se debater. A bárbara cena lembra o caso do trabalhador negro norte-americano, George Floyd, morto por asfixia durante abordagem policial, na cidade de Mineápolis no dia 25 de maio, que deflagrou uma rebelião popular nos EUA.Um terceiro rapaz aparece na imagem de regata verde e acompanhando a ação violenta, mexendo no celular, e é possível ver o policial ordenando que o rapaz desligue o celular e coloque a mão para trás. Poucos minutos depois chega uma viatura, e a filmagem mostra o jovem que foi brutalmente estrangulado na sarjeta desfalecido. É possível ouvir o momento em que um policial diz: “Aqui é a polícia meu, tá achando que é brincadeira aqui meu?”. A vítima relatou a mídia que estava com um amigo em uma moto, quando os policiais o abordaram. Ele não tinha habilitação para dirigir. Segundo o rapaz contou, o militar já o atacou no início da abordagem. Ele ressaltou que o tempo todo dizia que não era bandido ou criminoso. Moradores que gravaram a ação denunciaram que ao perceberem que estavam sendo gravados, os policiais fizeram ameaças dizendo que os matariam. O “protocolo” policial instituído por Doria revela o caráter racista do seu governo burguês reacionário contra, jovens, pobres e trabalhadores, que nada tem de “progressista ou democrático” como quer fazer crer a Frente Ampla.
DURA REPRESSÃO NO NEPAL: MAOÍSTAS QUE ENCABEÇAM GOVERNO DE COLABORAÇÃO DE CLASSES ORDENAM ATAQUE AOS PROTESTOS EM MEIO A PANDEMIA PARA MANTER A ESTABILIDADE DO REGIME BURGUÊS


Centenas de manifestantes tomaram as ruas da capital do Nepal, Kathmadu, na semana passada exigindo que o governo de colaboração de classes encabeçado pelos maoístas tomassem medidas sociais para enfrentar a epidemia do novo coronavírus que assola o país, como garantir hospitais para todos e auxilio econômico aos doentes. No final de 2017 uma coligação de partidos maoístas encabeçada pelos Partido Comunista Unificado do Nepal (PCN – UML) e o Partido Comunista (CPN), venceu as eleições gerais e indicou o primeiro-ministro, seu principal dirigente público, K.P. Sharma Oli. A vitória dessa “coligação maoísta” foi possível devido sua política de colaboração de classes, que vem de décadas e que agora em plena pandemia demonstra sua verdadeira face repressora a serviço da estabilidade do regime burguês. As manifestações exigem condições básicas para os trabalhadores se manterem em quarentena, imposta pelo governo desde março. Em 18/06 cerca de 500 manifestantes se reuniram em Maitighar Mandala, no coração de Kathmadu, para protestar. A polícia prendeu cerca de dez manifestantes, incluindo sete migrantes, além de tomarem panfletos e faixas dos manifestantes. Antes, no dia 11, os protestos foram reprimidos com canhões de água e gás lacrimogêneo. Conforme o protesto popular foi aumentando em número de pessoas, agentes da repressão começaram a reprimi-lo, enquanto as ativistas se recusavam a deixar o local, mesmo sob ordens da polícia. Os manifestantes se reuniram inclusive em frente à casa do primeiro-ministro maoísta, K.P. Sharma Oli. Sendo vítima de canhões de água, gás lacrimogêneo e de ataques com cassetetes por parte da polícia, o povo nepalês resistiu à força policial e enfrentou a repressão. Milhares de pessoas se encontram em instalações de quarentenas improvisadas pelo governo de colaboração de classes, que se tornaram em pontos de disseminação fáceis do vírus, devido às condições precárias e à falta de instalações de saneamento básico. Lembremos que esse governo foi saudado pelo PCB em 2018 no artigo “Comunistas vencem as eleições gerais no Nepal” em que declara “Duas das principais correntes do comunismo nepalense – os maoístas e o Partido Comunista do Nepal (Unificado Marxista-Leninista) – decidiram ir às urnas juntos e prometeram que iriam formar um novo partido unido depois das eleições. Esse projeto oferecia mais estabilidade, era a demostração de que os comunistas podiam elaborar um programa conjunto e manter a unidade, que seriam capazes de oferecer um governo estável por cinco anos.”. Ao contrário dos Maoístas no Nepal e também no Brasil (A Nova Democracia-Liga Operária), apontamos que as mais elementares tarefas democráticas pendentes (unidade nacional, abolição do latifúndio, liquidação do sistema monárquico) não podem vir pelas mãos de uma aliança dos comunistas com a autodenominada “burguesia progressista” e sim pela revolução proletária em ruptura com a ordem burguesa.