“TAMBORES DE GUERRA NO AR”: DISPUTA PELO 5G ENTRE CHINA E
EUA VAI ALÉM DOS CELULARES...
Muito gente pensa que a disputa pelo controle da tecnologia
5G é apenas mais uma questão da guerra comercial travada entre os EUA e a
China. Entretanto esta nova tecnologia vai bem mais além de novos “smartphones”
de última geração. O domínio do 5G diz
respeito a hegemonia de transmissão mundial de quase todos os dados da
humanidade, vai desde o controle dos fluxos do capital financeiro em todos os
mercados mundiais, até a engenharia militar da indústria bélica. No começo do
mês de março, antes da pandemia chegar com força aos EUA, aconteceram as
manobras militares aéreas da “Bandeira Vermelha”, o mais importante exercício
militar dos Estados Unidos lançadas desde da base de Nellis, em Nevada, com a
participação de forças alemãs, espanholas e italianas. Como anunciou o
Pentágono, esta base aérea começará a construção em julho de uma rede
experimental 5G, que estará operacional em janeiro do próximo ano. As manobras
dos EUA envolveram caças F-35 que, de acordo com a Aeronáutica Militar, foram
"integrados ao melhor da aviação militar americana" para explorar
completamente o potencial dos sistemas de aeronaves e armas a bordo",
incluindo sem dúvida o nuclear. Nas
manobras da “Bandeira Vermelha” do ano que vem, as redes móveis 5G que
consistem em torres que podem ser montadas e desmontadas em menos de uma hora
para sua rápida transferência, dependendo da operação, provavelmente já estarão
operacionais para serem testadas em um ambiente real. A base Nellis é a quinta
base selecionada pelo Pentágono para testar o uso militar de redes 5G. As outras estão nos estados de Utah, Geórgia,
Califórnia e Washington. Um documento do Serviço de Pesquisa do Congresso
explica que essa tecnologia de transmissão de dados móvel de quinta geração
pode ter "muitas aplicações militares". Um deles refere-se a “veículos militares
autônomos”, ou seja, veículos robóticos aéreos, terrestres e navais capazes de
realizar autonomamente missões de ataque sem sequer serem controlados
remotamente. A técnica requer o armazenamento e o processamento de uma enorme
quantidade de dados que não podem ser executados apenas a bordo do veículo
autônomo. As redes 5G permitem que esses tipos de veículos usem um sistema
externo de armazenamento e processamento de dados, semelhante à atual “nuvem”
para armazenamento de arquivos pessoais. O sistema permite "novos
conceitos de operação militar", como "enxame", nos quais cada
veículo se conecta automaticamente aos outros para realizar uma missão (por
exemplo, um ataque aéreo a uma cidade ou um ataque naval a um porto). As redes
5G poderão tornar todo o sistema de comando e controle das Forças Armadas dos
Estados Unidos o mais poderoso em todo o mundo: atualmente, o documento
explica, ele usa comunicações via satélite, mas, devido à distância, o sinal
leva tempo para chegar, que causa
atrasos na execução de operações militares. Esses atrasos serão praticamente eliminados pelas redes 5G. Desempenhará
um papel decisivo no uso de armas hipersônicas que, equipadas com ogivas
nucleares, viajam mais de 10 vezes a velocidade do som. As redes 5G também
serão extremamente importantes para os serviços secretos, tornando os sistemas
de espionagem e controle muito mais eficazes do que são hoje. "O 5G é vital para manter as vantagens
militares e econômicas dos EUA", afirmou o Pentágono. "A tecnologia
5G emergente, disponível comercialmente, oferece ao Departamento de Defesa a
oportunidade de aproveitar esse sistema para suas próprias necessidades
operacionais, a um custo menor". Em
outras palavras, a rede comercial 5G, fabricada por empresas privadas, está
sendo usada pelos militares dos Estados Unidos a um custo muito menor do que
seria necessário se a rede fosse fabricada apenas para fins militares. Isso
também ocorre em outros países. Portanto, é compreensível que a disputa pelas
redes 5G, especialmente entre os Estados Unidos e a China, não seja apenas
parte da guerra comercial. As redes 5G criam um novo terreno para a corrida
armamentista, que se desenvolve menos em termos de quantidade do que de
qualidade. A mídia corporativa não aborda a questão militar, sendo amplamente
ignorada até pelos críticos de tecnologia, que concentram sua atenção nos
possíveis efeitos nocivos à saúde, apenas uma das facetas do 5G. Os Marxistas
sabem muito bem, que por trás do surto de coronavírus em Wuhan na China, esteve
a questão estratégica do 5G, uma tentativa da guerra híbrida do imperialismo
ianque para sabotar a China e que acabou “irradiando” para todo o mundo,
golpeando fortemente o próprio EUA, como diz o velho provérbio: “O feitiço virou
contra o próprio feiticeiro”.