terça-feira, 16 de junho de 2020

APOIADORES DE BOLSONARO SÃO ALVO DE NOVA OPERAÇÃO DA PF: OFENSIVA DO STF REVELA QUE BURGUESIA RESOLVEU SANGRAR O NEOFASCISTA DURANTE A PANDEMIA... É PRECISO APONTAR UMA ALTERNATIVA DE LUTA DOS TRABALHADORES SUPERANDO A POLÍTICA DE PARALISIA DO PT E DA CUT!


O publicitário Sérgio Lima e o empresário Luís Felipe Belmonte são dois dos alvos de uma operação da PF para investigar quem está por trás de atos políticos da direita contra o STF. Os dois são articuladores fundamentais do partido Aliança pelo Brasil, sendo Belmonte o principal financiador da sigla. A ação da PF foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. As buscas e apreensões foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dentro do inquérito que investiga a realização de “atos contra a democracia”. Ao todo, são 26 mandados contra 21 pessoas, que estão em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina. Dentre os alvos está o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que quebrou a placada da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL). Outro alvo é o blogueiro Allan dos Santos, do portal bolsonarista “Terça Livre”. “Presidente Jair Bolsonaro, o senhor pode reestabelecer a democracia nessa merda. Reestabeleca, então! Estou apenas indignado por ver meus filhos e minha esposa passando por isso, presidente. Resgate nossa nação”, disse o reacionário Allan através de suas redes sociais. Alertamos que diante da nova ofensiva do STF, Bolsonaro como sempre, vendo-se acuado ameaçará com o auto-golpe, para depois recuar, afirmando que foi mal interpretado. Neste processo de ilusões e pantomima, o Alto Comando Militar avança no seu controle do regime bonapartista, preparando o descarte de Bolsonaro na hora certa, e não pelos “caprichos” das hordas fascistas. Os reformistas passarão do “êxtase à depressão” na medida em que se apoiam exclusivamente nas instituições golpistas, mantendo o movimento operário atado a sua política de colaboração de classes. Só que o ritmo e a dinâmica do Alto Comando das FFAA não segue necessariamente o compasso da esquerda reformista.

A justificativa da pandemia do coronavírus caiu como uma luva na estratégia de ampliação máxima do espectro político da Frente Popular, que agora já pode ser batizada sem modéstia alguma de Frente Amplíssima. O mais grave, no entanto é que toda a “plataforma sanitária” da esquerda reformista para enfrentar a pandemia é a mesma dos tucanos e do setor técnico/militar do próprio governo federal, um “Fique em casa” confiando que somente a quarentena é o antídoto necessário. A estratégia da Frente Popular está toda montada na base podre do cretinismo parlamentar, disseminando a ilusão de uma vitória eleitoral assegurada em 2022, enquanto o PCdoB articula sua frente de “oposição” mais ampla possível, com Tucanos e até Demistas.

Apontamos que somente a ação direta e ativa das massas poderá encestar a derrubada cabal deste governo neofascista em seu conjunto, instaurando um novo regime político socialista emanado do poder revolucionário da classe operária, caso contrário o “Fora Bolsonaro” poderá desembocar em algo ainda mais reacionário e entreguista do que a gerência atual. Os Marxistas Leninistas que combatem pela derrubada do governo neofascista, apontam claramente a arapuca da estratégia eleitoral, alertando ao movimento operário e popular que somente os métodos mais radicalizados da ação direta das massas e sem expectativa neste congresso golpista podem colocar abaixo Bolsonaro e toda a estrutura do regime vigente. 

Esperar “pacientes” as eleições de 2022 ou mesmo o impeachment de Bolsonaro para que assuma o general Mourão, como nos aconselha a receita política do PT e PSOL só fará avançar a ofensiva neoliberal contra as já precárias condições de vida da população pobre e trabalhadora em meio a Pandemia do Coronavírus, limpando o terreno para o recrudescimento do regime bonapartista, instaurado com o golpe institucional em 2016. A vanguarda classista deve assumir a liderança da luta para derrotar o projeto golpista, ainda em pleno andamento no país, organizando desde as bases uma poderosa greve geral por tempo indeterminado. Nós Marxistas Leninistas compreendemos a gravidade do momento político, e em oposição ao caminho de derrotas da Frente Ampla, lançamos um chamado para a formação de uma Frente Operária e Popular, que assuma como norte político a ação direta das massas, no combate frontal e vitorioso contra ofensiva neoliberal e da pandemia do Coronavírus que ameaça suprimir as conquistas históricas dos trabalhadores.