segunda-feira, 29 de junho de 2020

TODO APOIO A PARALISAÇÃO NACIONAL DOS ENTREGADORES POR APLICATIVOS EM 1º DE JULHO: LUTAR CONTRA A SUPEREXPLORAÇÃO CAPITALISTA, COMBATENDO POR DIREITOS TRABALHISTAS E PELA DERROTA DO NEOFASCISTA BOLSONARO!



Nesta quarta-feira, 1º de julho, vai acontecer a paralisação nacional dos entregadores por aplicativos (iFood, Rappi, Glovo, Uber, James, Loggi). Trabalhadores de empresas de entrega no Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, México, Guatemala e Equador, organizaram para a mesma data a preparação de uma greve internacional no setor Esta é uma categoria com até 10 milhões de trabalhadores somente em nosso país, que está submetida às piores condições de trabalho. Essa luta merece o apoio de todos os lutadores e demais categorias organizadas. Pela lei imposta por Bolsonaro com o apoio do parlamento, os entregadores são trabalhadores essenciais e não contam com políticas de proteção ou auxílio durante a pandemia. Em média eles recebem R$ 2 a cada 6 quilômetros, uma expressão da superexploração capitalista. Os aplicativos forçam que os entregadores trabalham todos os dias, impedindo o descanso. Eles são obrigados a trabalhar no final de semana para poder juntar os pontos. Há denúncias de que a pontuação abaixo da meta impede que recebam pedidos de segunda a sexta, nos dias úteis, quando há mais movimento. Através da tecnologia e do algoritmo de cada plataforma, através de mecanismos como esses, de metas e pontuações, as empresas estabelecem um controle total sobre a vida dos entregadores, levando ao trabalho diário e a longas jornadas, de até 14 horas. Além disso, as empresas restringem áreas de entrega, promovem bloqueios e suspendem indevidamente ou até “desligam” os entregadores a qualquer  momento, sem sequer ouvir, sem saber a razão de algum problema ocorrido durante a entrega. Eles pedem o fim do sistema de pontuação. Esse mecanismo também tem sido usado para punir os entregadores que se organizam ou que protestam contra as condições de trabalho. A exploração e precarização do trabalho é uma característica do modo de produção capitalista, contudo a partir da aprovação da reforma trabalhista e da Lei 13.429/17 sancionada por Michel Temer, que institucionalizou a terceirização no país, essa condição se aprofundou, e vem piorando com Bolsonaro, que governa para as empresas e retirou mais direitos. Não há responsabilidade das contratantes com os entregadores. Eles não têm direitos trabalhistas e podem ser dispensados a qualquer momento, sem custo. Sequer possuem seguro de vida, de acidente ou de roubo. Recebem em média R$ 963,00 (menos que 1 salário mínimo) e ainda precisam arcar com gastos de alimentação, manutenção da moto ou bicicleta, conexão, smartphone, etc. No dia 1º de julho vamos apoiar a luta dos entregadores de aplicativos de comida nas ruas e nas redes como parte do combate da classe trabalhadora contra a exploração capitalista e o governo neofascista de Bolsonaro. As greves dos entregadores de aplicativos, por outro lado, expressam uma tendência crescente de resistência da classe trabalhadora mundial à resposta da classe capitalista à pandemia do coronavírus. No Brasil, se soma à onda de greves e protestos contra as condições inseguras de trabalho, desde a revolta dos operadores de call center em março até as recentes paralisações e protestos de enfermeiros iniciados na última semana. Esse movimento deve avançar para uma coordenação cada vez maior entre as lutas dos trabalhadores de diferentes países, adotando um programa socialista e internacionalista!