TODO APOIO A PARALISAÇÃO NACIONAL DOS ENTREGADORES POR
APLICATIVOS EM 1º DE JULHO: LUTAR CONTRA A SUPEREXPLORAÇÃO CAPITALISTA, COMBATENDO POR DIREITOS
TRABALHISTAS E PELA DERROTA DO NEOFASCISTA BOLSONARO!
Nesta quarta-feira, 1º de julho, vai acontecer a paralisação
nacional dos entregadores por aplicativos (iFood, Rappi, Glovo, Uber, James, Loggi). Trabalhadores de empresas de entrega
no Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, México, Guatemala e Equador,
organizaram para a mesma data a preparação de uma greve internacional no setor Esta é uma categoria com até 10 milhões de trabalhadores somente em nosso país, que está
submetida às piores condições de trabalho. Essa luta merece o apoio de todos os
lutadores e demais categorias organizadas. Pela lei imposta por Bolsonaro com o
apoio do parlamento, os entregadores são trabalhadores essenciais e não contam
com políticas de proteção ou auxílio durante a pandemia. Em média eles recebem
R$ 2 a cada 6 quilômetros, uma expressão da superexploração capitalista. Os
aplicativos forçam que os entregadores trabalham todos os dias, impedindo o
descanso. Eles são obrigados a trabalhar no final de semana para poder juntar
os pontos. Há denúncias de que a pontuação abaixo da meta impede que recebam
pedidos de segunda a sexta, nos dias úteis, quando há mais movimento. Através
da tecnologia e do algoritmo de cada plataforma, através de mecanismos como
esses, de metas e pontuações, as empresas estabelecem um controle total sobre a
vida dos entregadores, levando ao trabalho diário e a longas jornadas, de até 14
horas. Além disso, as empresas restringem áreas de entrega, promovem bloqueios
e suspendem indevidamente ou até “desligam” os entregadores a qualquer momento, sem sequer ouvir, sem saber a razão
de algum problema ocorrido durante a entrega. Eles pedem o fim do sistema de
pontuação. Esse mecanismo também tem sido usado para punir os entregadores que
se organizam ou que protestam contra as condições de trabalho. A exploração e
precarização do trabalho é uma característica do modo de produção capitalista,
contudo a partir da aprovação da reforma trabalhista e da Lei 13.429/17
sancionada por Michel Temer, que institucionalizou a terceirização no país,
essa condição se aprofundou, e vem piorando com Bolsonaro, que governa para as
empresas e retirou mais direitos. Não há responsabilidade das contratantes com
os entregadores. Eles não têm direitos trabalhistas e podem ser dispensados a
qualquer momento, sem custo. Sequer possuem seguro de vida, de acidente ou de
roubo. Recebem em média R$ 963,00 (menos que 1 salário mínimo) e ainda precisam
arcar com gastos de alimentação, manutenção da moto ou bicicleta, conexão,
smartphone, etc. No dia 1º de julho vamos apoiar a luta dos entregadores de
aplicativos de comida nas ruas e nas redes como parte do combate da classe
trabalhadora contra a exploração capitalista e o governo neofascista de
Bolsonaro. As greves dos entregadores de aplicativos, por outro lado, expressam
uma tendência crescente de resistência da classe trabalhadora mundial à
resposta da classe capitalista à pandemia do coronavírus. No Brasil, se soma à
onda de greves e protestos contra as condições inseguras de trabalho, desde a
revolta dos operadores de call center em março até as recentes paralisações e
protestos de enfermeiros iniciados na última semana. Esse movimento deve
avançar para uma coordenação cada vez maior entre as lutas dos trabalhadores de
diferentes países, adotando um programa socialista e internacionalista!