terça-feira, 2 de junho de 2020

TRUMP É O PRINCIPAL ASSASSINO DO POVO NEGRO. DOTAR A REBELIÃO POPULAR QUE CRUZA OS EUA COM UM EIXO POLÍTICO NACIONAL: ABAIXO TRUMP E TODO O REGIME IMPERIALISTA! ORGANIZAR AS ASSEMBLEIAS POR CONDADO E LOCAL DE TRABALHO!


A “bufada” golpista do neofascista Trump surtiu um efeito contrário, mesmo com o toque de recolher nas principais cidades e os batalhões da Guarda Nacional nas ruas, a multitudinária rebelião popular não se acovardou e ganhou ainda mais ímpeto político. Nova York, maior urbe dos EUA, também é o principal centro social das manifestações, desde as regiões mais abastadas, como Manhattan e o Brooklin, até os bairros proletários do Bronx e Queens. Em Nova York o prefeito Bill de Blasio, uma referência nacional Partido Democrata e ex-militante Trotskista do SWP, alinhou-se com a violenta repressão policial e prisão dos manifestantes, chegando a reivindicar o “auxílio” das tropas federais para tentar controlar a grave crise política aberta com o brutal assassinato de George Floyd. Blasio era um dos mais empolgados apoiadores da candidatura do senador Bernie Sanders à Casa Branca. Bernie também se “acoelhou” diante de Trump, ficando ao lado das posições reacionárias do agora candidato único dos Democratas, Joe Biden, silenciando a repressão militar desferida contra o movimento das massas. Frisamos estes fatos não simplesmente para mais uma crítica da suposta “esquerda” do Partido Democrata, mas para dimensionar o absoluto vazio de direção que se estabelece em pleno curso da rebelião popular, negra e juvenil que estremece as bases do regime imperialista ianque. Por outro lado os pequenos grupos da esquerda reformista e revisionista, apesar de apoiarem “cartorialmente” as manifestações, se limitam ao mundo virtual das “lives” enquanto o movimento real das massas invade as ruas com milhões de manifestantes em todo o território nacional. Os revisionistas alegam o “alto grau de risco” em quebrar a política do isolamento social e permanecem em quarentena, alegando por exemplo que só na cidade Nova York a Covid já ceifou perto de 20mil. Com esta orientação os grupos da esquerda revisionista só “torcem” de longe pelo triunfo da insurreição popular, mas sem apresentar qualquer plataforma de ação ou um eixo programático nacional para unificar o movimento na perspectiva socialista, para além das reivindicações de justiça e punição para os assassinos de Floyd. Obviamente os Marxistas sabem muito bem que a morte de George representou apenas um “destrave” para a latente e subterrânea revolta popular nos EUA, potencializada com a enorme crise econômica e sanitária por que passa o país, além da histórica segregação ao povo negro. Desta vez se unificaram a fúria negra, latina, operária e juvenil em uma única bandeira em todos os rincões do país, até na Flórida, terra dos gusanos, a rebelião tomou conta do lugar. Pela intensidade desta crise e as oportunidades que ela abre para a classe operária, os Revolucionários não podem ficar paralisados na frente de seus computadores, respeitando os “protocolos” da OMS de Bill Gates. É urgente apresentar um eixo político para superar politicamente o espontaneismo das massas, que se num primeiro momento foi extremamente progressivo, sem a adoção de programa claro nesta etapa, tende a perder força e facilmente ser cooptado pelos oportunistas do Partido Democrata. Chegou a hora da agitação de massas pelo “Abaixo Trump e todo o regime imperialista!”. Vamos organizar as assembleias por condado e local de trabalho, indicando coordenações regionais de luta, eleitas democraticamente. Fundir a rebelião popular com a classe operária, na perspectiva de construção de uma alternativa de poder, esta é a tarefa urgente!