Mais de 10.000 manifestantes foram presas nos EUA durante os
gigantescos protestos contra a violência policial racista do imperialismo. Este
número impressionante de prisões políticas é contado desde o início da rebelião
popular até esta quinta-feira (04/06), o décimo dia de manifestações
consecutivas desde que George Floyd foi assassinado pela polícia de Minneapolis
no Memorial Day. Em uma contagem de prisões registradas em todo o país, a
Associated Press (AP) informou que o número de manifestantes presos cresce mais
de uma centenas por dia. A agência de
notícias informou que um quarto das prisões foram feitas em Los Angeles,
seguidas pela cidade de Nova York, que possui 2.000 prisões, Dallas e
Filadélfia. Registre-se o fato que as cidades de Los Angeles e Nova York são
administradas por prefeitos do Partido Democrata. A análise da AP também
mostrou que a maioria das prisões é por "crimes de baixo nível, como
violações do toque de recolher e falta de dispersão". Expondo como falsas
as alegações do presidente neofascista Donald Trump e dirigentes Democratas
como o governador de Minnesota Tim Walz de que a maioria dos manifestantes são
“agitadores e terroristas”. A AP informou que, durante um período de 24 horas
no fim de semana em Minneapolis, “41 das 52 pessoas citado com prisões relacionadas a protestos
tinham carteira de motorista em Minnesota”. Além disso, na capital dos EUA, a
AP informou que "86% das mais de 400 pessoas presas na tarde de
quarta-feira eram de Washington, DC, Maryland e Virgínia".O número real de
pessoas detidas pela polícia é desconhecido, podendo superar os 10 mil presos
oficiais. Os manifestantes costumam ser colocados algemados e transportados
para longe da cena em ônibus, uma questão de alto risco sanitário em um momento
que muitas prisões do país estão lidando com surtos elevados de coronavírus.
Hoje na cidade de Nova York, milhares de manifestantes marcharam da ponte do
Brooklyn até Manhattan. A multidão reunida manifestou hostilidade ao dar as
costas ao prefeito Democrata Bill de Blasio, gritando: "Não consigo
respirar", e "renunciar!”. De Blasio e o governador do estado, o
Democrata Andrew Cuomo, defenderam as ações violentas da polícia, se irmanando
a Trump na criminalização do combativo movimento de massas. Os atos de apoio a
rebelião popular norte-americana, que estão ocorrendo no mundo inteiro, devem
incluir em suas pautas a vigorosa defesa da “Liberdade para todos os presos
políticos da rebelião popular nos EUA!”.