segunda-feira, 22 de junho de 2020

FLÁVIO BOLSONARO E SUA DEFESA: SAI WASSAF, ENTRAM EX-ADVOGADOS DE GENERAIS TORTURADORES E DO CORRUPTO SÉRGIO CABRAL


O senador Flávio Bolsonaro definiu como seus novos advogados Luciana Pires e Rodrigo Rocca que serão seus defensores no caso das "rachadinhas", investigadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), após a saída do mafioso advogado Frederick Wassef, que escondeu Fabrício Queiroz em seu escritório na cidade de Atibaia. Os novos advogados de Flávio Bolsonaro já defenderam figuras abjetas do cenário nacional. Rodrigo Rocca defendeu o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral e só deixou a defesa quando o político corrupto aceitou fazer delação premiada. Rocca também defendeu os militares assassinos e torturadores, como Brilhante Ustra e José Nogueira Belham, este último acusado pelo assassinato e ocultação do cadáver do deputado federal Rubens Paiva, em janeiro de 1971, durante a ditadura militar. O coronel Ustra, ídolo de Bolsonaro, tem em seu currículo macabro uma lista de mais de cem crimes contra militantes da esquerda. A advogada Luciana também defendeu torturadores no passado, como o general Nilton Cerqueira, denunciado pelo envolvimento no atentado do Riocentro, em 1981, no qual bombas foram “plantadas” por militares no local, onde ocorriam shows em defesa dos trabalhadores, mas que acabou fracassando após um dos artefatos ter explodido no colo de um sargento, que morreu, ferindo gravemente um tenente. Conforme informou Flávio Bolsonaro, foi justamente o passado de defesa de torturadores que estavam na ativa durante a ditadura militar que contaram a favor para que fossem escolhidos para defender o senador. Assim como Queiroz, que foi o seu chefe de gabinete à época de deputado estadual, Flávio é investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os acenos de “pacificação e acordo nacional” para concluir as reformas, são um mero artifício político para a permanecia do clã neofascista Bolsonaro no Planalto, desgraçadamente saudados como “avanço democrático na defesa das instituições” pela Frente Ampla. O PT que encena um distanciamento da Frente Ampla, defendendo sua tradicional política de Frente Popular de colaboração de classes (um pouco mais seletiva), afirma que não fará acordo com golpistas, mas por outro lado segue contra as mobilizações de rua para derrubar Bolsonaro, esperando “sangrar” o governo até as eleições presidenciais de 2022.