E AGORA? DUAS SEMANAS DE AGLOMERAÇÕES GIGANTESCAS,
ATIVIDADES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS LIBERADAS E OS ÓBITOS DIMINUEM
DRASTICAMENTE EM NEW YORK, “TEORIA DA MANADA” ESTÁ CORRETA?
Veja o artigo publicado no BLOG da LBI há 1 semana atrás (08.06) analisando os dados estatìsticos sobre o número de casos e mortes de COVID-19 na cidade de New York após as manifestações sociais contra o racismo e da abertura das atividades econômicas. A luz desses números, lançamos questionamentos sobre a eficácia do confinamento social defendido pela OMS e analisamos os efeitos concretos da "Toeria da Manada" que está sendo posta em prática objetivamente na principal metrópole norte-americana, que registrou hoje 23 mortes nas últimas 24 horas, o menor número em quase 3 meses como noticia amplamente a imprensa mundial.
MAPA CORONAVÍRUS WORLDOMETER (08/06): ESTADO DE NOVA YORK
APÓS LIBERAR ATIVIDADES COMERCIAIS E VIVENCIAR AGLOMERAÇÕES DE MILHARES NAS
RUAS POR GEORGE FLOYD EM MAIS DE DEZ DIAS CONSECUTIVOS (28/05), APRESENTA
DRÁSTICA REDUÇÃO DE CASOS E MORTES POR COVID. TEORIA DO CONFINAMENTO SOCIAL
ESTAVA EQUIVOCADA?
Em setembro de 1918, assim como agora, especialistas em
saúde recomendavam medidas de isolamento para evitar a aglomeração de pessoas
e, com isso, retardar o avanço da epidemia viral da chamada “gripe espanhola”.
Mas as autoridades locais da Filadélfia, no estado Pensilvânia (EUA),decidiram
ignorar o apelo para cancelar um desfile comemorativo nas ruas da cidade, que
na época tinha população de 1,7 milhão de pessoas. Assim, em 28 de setembro de
1918, enquanto a gripe espanhola já circulava pela cidade, uma multidão de 200
mil pessoas foi às ruas para acompanhar o que era anunciado como o maior
desfile já realizado na Filadélfia. A decisão da prefeitura teve efeitos
devastadores e fez com que a Filadélfia se tornasse uma das cidades mais
gravemente afetadas pela gripe espanhola. Em seis semanas, 47 mil pessoas
estavam doentes e 12 mil haviam morrido. "Esse exemplo fatal mostra os
benefícios de cancelar eventos com aglomeração de pessoas e adotar o isolamento
social durante pandemias", decretou a OMS, ao orientar uma “quarentena
global” para todos os países diante do anúncio da nova pandemia do coronavírus.
Seguindo esta “tese científica”, na medida em que a cúpula da OMS estabeleceu
uma biosimilaridade entre o vírus Influenza e o Coronavírus, os atuais eventos de
massas (enormes atos de protesto contra o covarde assassinato de George Floyd)
ocorridos em todo estado, e em particular na cidade de Nova York, os índices de
contaminação e óbitos deveriam já ter indicado uma forte tendência de alta,
pelo menos neste décimo dia de flexibilização total da quarentena. Entretanto
segundo os dois principais institutos de medição do Covid, Worldometer e Johns
Hopkins, ambos credenciados pela OMS, os níveis de contaminação e mortes vem
apresentando viés de baixa, tanto na cidade de Nova York como no estado. As
tentativas em explicar o “furo” no ponto nodal da teoria do isolamento, ou
seja, evitar aglomerações, vão desde argumentos de que Nova York não estava
mais no pico das contaminações em 28/05 (início dos protestos de milhares nas
ruas), o que não corresponde a realidade dos mapas de contaminação dos
institutos, até a justificativa de que toda população que se aglomerava usava
máscara de proteção. Se de fato as máscaras de proteção são um elemento de
tanta eficácia para evitar o contágio (hipótese muito questionada por
especialistas no assunto), a OMS poderia simplesmente ter emitido esta
orientação desde o começo da pandemia, evitando a histeria de um rígido
confinamento social. Note-se que mesmo a OMS não recomendava o uso das máscaras
no início do surto global, por considerá-las um recurso de proteção exclusivo
aos profissionais de saúde. Agora os “experts” da OMS devem uma explicação ao
mundo, sob a luz dos acontecimentos dos EUA, o país mais afetado pela pandemia
e justamente o que está reduzindo o pico de contaminações e mortes justamente
no momento em que as massas ganham as ruas, será que a “teoria da imunidade de
manada” era tão absurda assim? Ou será que a diferença crassa entre o
“comportamento” do Influenza e o Coronavírus reside no fato do primeiro
patógeno não ter sido alterado em laboratório? A título de glosa, queremos
afirmar pela enésima vez, que os Marxistas Leninistas não nutrem nenhuma
confiança na OMS/ONU, um organismo do imperialismo responsável por milhares de
crimes sanitários cometidos na África, Ásia e América Latina. Não precisamos ir
muito longe para afirmar a completa irresponsabilidade científica da OMS diante
da atual pandemia do coronavírus, neglicenciando a busca de qualquer tratamento
da Covid, falsificando relatórios para “demonizar” a utilização da cloroquina
ou de qualquer outro medicamento para milhões de enfermos da pandemia. A única
preocupação da OMS, diante da catástrofe sanitária foi recomendar o rígido
confinamento (mesmo que para muitas populações carentes isso significasse a
morte de milhares por isolamento sem qualquer assistência do Estado) e pedir
para aguardar a futura “vacina milagrosa” que está sendo financiada pela
Microsoft de Bill Gates. A obsessão da OMS se pautava no confinamento social e
testagem em massa (teste e vá se confinar em casa!) contrastando com qualquer
empenho clínico ou científico para combater a evolução do coronavírus, nem
sequer exigiu dos governos nacionais atendimento sanitário e médico universal
de qualidade para os contaminados. Pela história “nebulosa” da OMS, sempre à
serviço das corporações imperialistas da Bigpharma, é impossível depositar
total credibilidade a esta entidade, e tampouco chancelar as posições de seus
críticos de extrema direita, como Trump e Bolsonaro. A classe operária mundial,
seus quadros intelectuais e cientistas comprometidos com o Socialismo,
deveríamos formar uma instituição global científica independente, para que luz
do conhecimento possa vir à tona, sem a influência dos interesses econômicos
capitalistas que estão por trás desta pandemia.