quarta-feira, 10 de junho de 2020

“ESQUERDA DA BOQUINHA”: VERBA MILIONÁRIA DO FUNDO PARTIDÁRIO QUE PT, PCDOB, PSOL, PSTU, PCB E PCO RECEBEM DO ESTADO CAPITALISTA (TSE) PARA BANCAR SUAS CANDIDATURAS E... RESPEITAR A DEMOCRACIA BURGUESA


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta segunda-feira (8) a divisão do fundo partidário de R$ 2 bilhões. O dinheiro vai abastecer as campanhas para prefeitos e vereadores nas eleições municipais deste ano. As maiores bancadas na Câmara, PT, PSL e PSD ficaram com as maiores parcelas – R$ 200 milhões, R$ 193 milhões e R$ 157 milhões respectivamente. O PSOL tem acesso a 40 milhões. A lei prevê que 2% sejam distribuídos igualmente entre todas as legendas registradas, tanto que PCO, PSTU, PCB e UP abocanham 1,2 milhões cada. As verbas milionários do Fundo Partidário que a esquerda recebe do Estado burguês (TSE) servem para domesticá-la. Lembramos que o PCO defende a melhor divisão do Fundo Partidário, verba bilionária que o TSE usa para integrar (comprar a domesticação) todos os partidos no circo eleitoral da democracia dos ricos. O Estado burguês é bastante generoso com aqueles que legitimam o regime político democratizante, justamente porque deseja cooptar materialmente a “esquerda”, esteja ela dentro ou fora do governo, para que alimente o circo da democracia dos ricos que amortece a luta de classes e renova seus gerentes a cada eleição. Portanto da ótica marxista não existe diferença alguma (apenas nos volumes financeiros) dos “mimos” (legais ou ilegais) recebidos por Lula diretamente oriundos de grandes empresas ou das verbas estatais contabilizadas para o caixa partidário. Ambas são formas de corrupção do capital dirigidas ao amortecimento da luta de classes e cooptação das lideranças operárias. Os Marxistas Leninistas, extremamente minoritários mas íntegros em sua moral revolucionária, não podem admitir o recebimento de nenhum financiamento eleitoral das classes dominantes, seja pela forma do Estado burguês ou pela via das grandes corporações capitalistas. A decomposição política e programática do PT em mais um partido da esquerda burguesa, confirma a lógica de ferro abstraída por Trotsky quando se referia ao fenômeno da Social Democracia europeia, como dizia um velho ditado russo: "Quem paga o violinista cigano tem o direito de ouvir a polca". Por outro lado, a eliminação das "comissões estruturais” recebidas pelos gerentes do Estado burguês diretamente das empresas capitalistas, só é possível sob outro modo de organizar a economia nacional, ou seja, o modo de produção socialista, programa que o PT não defende! A cooptação do capital e seu Estado ocorre não exclusivamente com os partidos burgueses que realizam “negócios” vultuosos quando gerenciam a chamada “máquina pública”, também está presente nas concessões legais como o Fundo Partidário e as “generosas” indenizações estatais recebidas por militantes que lutaram contra o regime militar, uma espécie de “ressarcimento” dos agentes do capital pelos anos passados de militância revolucionária. Estes mecanismos embora “perfeitamente legais” não passam de uma forma de integrar forças políticas de “esquerda” ao regime burguês, com as verbas estatais produto da extração da mais valia do proletariado.