quarta-feira, 24 de junho de 2020

“NÃO ENCONTRAMOS EVIDÊNCIAS DE QUE OS PROTESTOS URBANOS TENHAM REACENDIDO O CRESCIMENTO DOS CASOS DE COVID-19 DURANTE AS MAIS DE TRÊS SEMANAS SEGUINTES”: CONCLUSÕES DO NATIONAL BUREAU OF ECONOMIC RESEARCH (NBER) COM DADOS COLETADOS NAS 315 MAIORES CIDADES DOS EUA COLOCAM EM XEQUE TEORIA DO CONFINAMENTO SOCIAL


O BLOG da LBI publica as conclusões do estudo elaborado pelo National Bureau of Economic Research (NBER) dos EUA sobre os efeitos dos protestos contra o racismo em relação ao número de casos e mortes de COVID-19 três semanas após as marchas pela morte de George Floyd. Fundado em 1920, o NBER é conhecido por fornecer dados sobre as recessões nos Estados UnidosSegundo seu site “é uma organização de pesquisa privada, sem fins lucrativos e apartidária, dedicada a promover uma maior compreensão de como a economia funciona. O NBER está comprometido em realizar e disseminar pesquisas econômicas imparciais entre formuladores de políticas públicas, profissionais de negócios e a comunidade acadêmica. O maior patrimônio do NBER é sua reputação de integridade acadêmica”. Publicado na resenha semanal de 22 de junho, o artigo “BLACK LIVES MATTER PROTESTS, SOCIAL DISTANCING, AND COVID-19” (https://www.nber.org/papers/w27408) com dados e gráficos estatíscos chega a seguinte conclusão: “Provocados pelo assassinato de George Floyd sob custódia policial, os protestos de Black Lives Matter de 2020 trouxeram uma nova onda de atenção à questão da desigualdade na justiça criminal. No entanto, muitas autoridades de saúde pública alertaram que os protestos em massa poderiam levar a uma redução no comportamento social de distanciamento, estimulando o ressurgimento do COVID-19. Este estudo usa dados recém-coletados sobre protestos em 315 das maiores cidades dos EUA para estimar os impactos dos protestos em massa no distanciamento social e no crescimento do caso COVID-19. As análises dos estudos de eventos fornecem fortes evidências de que o comportamento líquido em casa aumentou após o início dos protestos, consistente com a hipótese de que o comportamento dos não manifestantes foi substancialmente afetado pelos protestos urbanos. Este efeito não foi totalmente explicado pela imposição dos toques de recolher da cidade. Os efeitos estimados foram geralmente maiores nos protestos persistentes e nos acompanhados por relatos da mídia sobre violência. Além disso, não encontramos evidências de que os protestos urbanos tenham reacendido o crescimento dos casos de COVID-19 durante as mais de três semanas seguintes ao início do protesto. Concluímos que as previsões de amplas conseqüências negativas à saúde pública dos protestos da Black Lives Matter foram concebidas de maneira muito restrita”. As conclusões estatísticas do NBER reforçam as análises políticas da LBI. A luz desses números, lançamos questionamentos sobre a eficácia do confinamento social defendido pela OMS e analisamos os efeitos concretos da "Toeria da Manada" que está sendo posta em prática na principal metrópole norte-americana, New YorK. O estudo amplia a justeza de nossa analise para as 315 maiores cidades dos EUA.


Com os eventos de massas, enormes atos de protesto contra o covarde assassinato de George Floyd, ocorridos nos EUA entre 28.05 e 14.06 em particular na cidade de Nova York e nas grandes cidades (315 pesquisadas pelo NBER), os índices de contaminação e óbitos deveriam já ter indicado uma forte tendência de alta. Entretanto segundo os dois principais institutos de medição do Covid, Worldometer e Johns Hopkins, ambos credenciados pela OMS e agora pelo estudo da NBER, os níveis de contaminação apresentou viés de baixa, tanto em Nova York como nas 315 cidades pesquisadas. As tentativas em explicar o “furo” no ponto nodal da teoria do isolamento, ou seja, evitar aglomerações, vão desde argumentos de que Nova York não estava mais no pico das contaminações em 28/05 (início dos protestos de milhares nas ruas), o que não corresponde a realidade dos mapas de contaminação dos institutos, até a justificativa de que toda população que se aglomerava usava máscara de proteção. Se de fato as máscaras de proteção são um elemento de tanta eficácia para evitar o contágio (hipótese muito questionada por especialistas no assunto), a OMS poderia simplesmente ter emitido esta orientação desde o começo da pandemia, evitando a histeria de um rígido confinamento social. Note-se que mesmo a OMS não recomendava o uso das máscaras no início do surto global, por considerá-las um recurso de proteção exclusivo aos profissionais de saúde. Agora os “experts” da OMS devem uma explicação ao mundo, sob a luz dos acontecimentos dos EUA, o país mais afetado pela pandemia e justamente o que está reduzindo o pico de contaminações e mortes justamente no momento em que as massas ganham as ruas, será que a “teoria da imunidade de manada” era tão absurda assim? 

Não precisamos ir muito longe para afirmar a completa irresponsabilidade científica da OMS diante da atual pandemia do coronavírus, neglicenciando a busca de qualquer tratamento da Covid, falsificando relatórios para “demonizar” a utilização da cloroquina ou de qualquer outro medicamento para milhões de enfermos da pandemia. A única preocupação da OMS, diante da catástrofe sanitária foi recomendar o rígido confinamento (mesmo que para muitas populações carentes isso significasse a morte de milhares por isolamento sem qualquer assistência do Estado) e pedir para aguardar a futura “vacina milagrosa” que está sendo financiada pela Microsoft de Bill Gates. A obsessão da OMS se pautava no confinamento social e testagem em massa (teste e vá se confinar em casa!) contrastando com qualquer empenho clínico ou científico para combater a evolução do coronavírus, nem sequer exigiu dos governos nacionais atendimento sanitário e médico universal de qualidade para os contaminados. 

Pela história “nebulosa” da OMS, sempre à serviço das corporações imperialistas da Bigpharma, é impossível depositar total credibilidade a esta entidade, e tampouco chancelar as posições de seus críticos de extrema direita, como Trump e Bolsonaro. A classe operária mundial, seus quadros intelectuais e cientistas comprometidos com o Socialismo, deveríamos formar uma instituição global científica independente, para que luz do conhecimento possa vir à tona, sem a influência dos interesses econômicos capitalistas que estão por trás desta pandemia.