“NÃO ENCONTRAMOS EVIDÊNCIAS DE QUE OS PROTESTOS URBANOS TENHAM REACENDIDO O CRESCIMENTO DOS CASOS DE COVID-19 DURANTE AS MAIS DE TRÊS SEMANAS SEGUINTES”: CONCLUSÕES DO NATIONAL BUREAU OF ECONOMIC RESEARCH (NBER) COM DADOS COLETADOS NAS 315 MAIORES CIDADES DOS EUA COLOCAM EM XEQUE TEORIA DO CONFINAMENTO SOCIAL
O BLOG da LBI publica as conclusões do estudo elaborado
pelo National Bureau of Economic Research (NBER) dos EUA sobre os efeitos dos protestos contra o racismo em relação ao número de casos e mortes de COVID-19 três semanas após as marchas pela morte de George Floyd. Fundado em 1920, o NBER é conhecido por fornecer dados sobre as recessões nos Estados Unidos. Segundo seu site “é uma organização de pesquisa privada, sem fins lucrativos e
apartidária, dedicada a promover uma maior compreensão de como a economia
funciona. O NBER está comprometido em realizar e disseminar pesquisas
econômicas imparciais entre formuladores de políticas públicas, profissionais de
negócios e a comunidade acadêmica. O maior patrimônio do NBER é sua reputação
de integridade acadêmica”. Publicado na resenha semanal de 22 de junho, o artigo “BLACK LIVES
MATTER PROTESTS, SOCIAL DISTANCING, AND COVID-19” (https://www.nber.org/papers/w27408) com dados e gráficos estatíscos chega a seguinte conclusão: “Provocados
pelo assassinato de George Floyd sob custódia policial, os protestos de Black
Lives Matter de 2020 trouxeram uma nova onda de atenção à questão da
desigualdade na justiça criminal. No entanto, muitas autoridades de saúde
pública alertaram que os protestos em massa poderiam levar a uma redução no
comportamento social de distanciamento, estimulando o ressurgimento do
COVID-19. Este estudo usa dados recém-coletados sobre protestos em 315 das
maiores cidades dos EUA para estimar os impactos dos protestos em massa no
distanciamento social e no crescimento do caso COVID-19. As análises dos
estudos de eventos fornecem fortes evidências de que o comportamento líquido em
casa aumentou após o início dos protestos, consistente com a hipótese de que o
comportamento dos não manifestantes foi substancialmente afetado pelos
protestos urbanos. Este efeito não foi totalmente explicado pela imposição dos
toques de recolher da cidade. Os efeitos estimados foram geralmente maiores nos
protestos persistentes e nos acompanhados por relatos da mídia sobre violência.
Além disso, não encontramos evidências de que os protestos urbanos tenham
reacendido o crescimento dos casos de COVID-19 durante as mais de três semanas
seguintes ao início do protesto. Concluímos que as previsões de amplas conseqüências
negativas à saúde pública dos protestos da Black Lives Matter foram concebidas
de maneira muito restrita”. As conclusões estatísticas do NBER reforçam as análises
políticas da LBI. A luz desses números, lançamos questionamentos sobre a
eficácia do confinamento social defendido pela OMS e analisamos os efeitos
concretos da "Toeria da Manada" que está sendo posta em prática na
principal metrópole norte-americana, New YorK. O estudo amplia a justeza de
nossa analise para as 315 maiores cidades dos EUA.
Com os eventos de massas, enormes atos de protesto contra o
covarde assassinato de George Floyd, ocorridos nos EUA entre 28.05 e 14.06 em particular na cidade de Nova York e nas grandes cidades (315 pesquisadas pelo NBER), os índices de contaminação
e óbitos deveriam já ter indicado uma forte tendência de alta. Entretanto
segundo os dois principais institutos de medição do Covid, Worldometer e Johns
Hopkins, ambos credenciados pela OMS e agora pelo estudo da NBER, os níveis de
contaminação apresentou viés de baixa, tanto em Nova York
como nas 315 cidades pesquisadas. As tentativas em explicar o “furo” no ponto
nodal da teoria do isolamento, ou seja, evitar aglomerações, vão desde
argumentos de que Nova York não estava mais no pico das contaminações em 28/05
(início dos protestos de milhares nas ruas), o que não corresponde a realidade
dos mapas de contaminação dos institutos, até a justificativa de que toda
população que se aglomerava usava máscara de proteção. Se de fato as máscaras
de proteção são um elemento de tanta eficácia para evitar o contágio (hipótese
muito questionada por especialistas no assunto), a OMS poderia simplesmente ter
emitido esta orientação desde o começo da pandemia, evitando a histeria de um
rígido confinamento social. Note-se que mesmo a OMS não recomendava o uso das
máscaras no início do surto global, por considerá-las um recurso de proteção
exclusivo aos profissionais de saúde. Agora os “experts” da OMS devem uma
explicação ao mundo, sob a luz dos acontecimentos dos EUA, o país mais afetado
pela pandemia e justamente o que está reduzindo o pico de contaminações e
mortes justamente no momento em que as massas ganham as ruas, será que a
“teoria da imunidade de manada” era tão absurda assim?
Não
precisamos ir muito longe para afirmar a completa irresponsabilidade científica
da OMS diante da atual pandemia do coronavírus, neglicenciando a busca de
qualquer tratamento da Covid, falsificando relatórios para “demonizar” a
utilização da cloroquina ou de qualquer outro medicamento para milhões de
enfermos da pandemia. A única preocupação da OMS, diante da catástrofe
sanitária foi recomendar o rígido confinamento (mesmo que para muitas
populações carentes isso significasse a morte de milhares por isolamento sem
qualquer assistência do Estado) e pedir para aguardar a futura “vacina
milagrosa” que está sendo financiada pela Microsoft de Bill Gates. A obsessão
da OMS se pautava no confinamento social e testagem em massa (teste e vá se
confinar em casa!) contrastando com qualquer empenho clínico ou científico para
combater a evolução do coronavírus, nem sequer exigiu dos governos nacionais
atendimento sanitário e médico universal de qualidade para os contaminados.
Pela história “nebulosa” da OMS, sempre à serviço das corporações imperialistas
da Bigpharma, é impossível depositar total credibilidade a esta entidade, e
tampouco chancelar as posições de seus críticos de extrema direita, como Trump
e Bolsonaro. A classe operária mundial, seus quadros intelectuais e cientistas
comprometidos com o Socialismo, deveríamos formar uma instituição global
científica independente, para que luz do conhecimento possa vir à tona, sem a
influência dos interesses econômicos capitalistas que estão por trás desta
pandemia.