segunda-feira, 15 de junho de 2020

BALANÇO DO 14J: ATOS PERDEM EXTENSÃO NACIONAL E FORÇA, APESAR DA DISPOSIÇÃO DE LUTA CONTRA O NEOFASCISMO. FRENTE BRASIL POPULAR SABOTA E TENTA DIVIDiR O MOVIMENTO, MARCANDO ATIVIDADES PARA O SÁBADO (13) ONDE SEQUER APARECEU...


Os atos deste domingo (14/06) perderam extensão nacional e força frente aos realizados no domingo anterior (Largo da Batata). Mesmo demonstrando muita disposição de luta para derrotar a ofensiva neofascista, as manifestações do 14J ficaram restritas a São Paulo (Av. Paulista), Porto Alegre e Fortaleza, com um número de participantes inferior e não cobrindo as principais cidades do país como no domingo passado. A razão da relativa desmobilização popular não reside na indisposição para a luta das bases proletárias e da juventude, mas fundamentalmente na ausência de uma direção política consequente que realize um claro chamado para a ação direta das massas. Neste domingo a convocação ficou praticamente a cargo da Frente Povo Sem Medo, e ainda assim limitada a capital paulista, a Frente Popular de colaboração de classes (PT, PCdoB) voltou a sabotar a atividade e agora até com requintes de “divisionismo”, contando com a ajuda dos funcionários do PCO para promover a confusão das datas. A CUT chegou a convocar a manifestação pelo “Fora Bolsonaro” para o sábado (13/06), onde sequer apareceu, a exceção de Brasília, deixando o PCO sozinho na Paulista a desfilar “impropérios” contra o combativo ato no Largo da Batata, isto quando seu patrão petista sequer dava as caras na atividade. No Domingo 14J o PT enviou uma pequena delegação a Paulista, chefiada por Gleisi Hoffman, já o descarado PCdoB qualificou a possibilidade de ir às ruas como uma “quebra da quarentena”. O resultado da política de sabotagem do PT foi que as manifestações do domingo recuaram em número de participantes, mas deixaram um claro sinal de combatividade e coragem para enfrentar a escória golpista encastelada no Planalto. A tarefa agora da Frente Povo Sem Medo é coordenar um chamado aberto a assinatura de todas as entidades políticas e sindicais que queiram convocar uma nova manifestação nacional de luta para derrubar o governo neofascista de Bolsonaro. Desta forma ficará absolutamente cristalino para o movimento quem são as forças políticas que não pretendem ir para as ruas, fazendo o discurso demagógico da cretina oposição parlamentar, incapaz de abandonar os gabinetes de Brasília e seus “Manifestos” em parceria com a burguesia em defesa das instituições do Estado capitalista. Os Marxistas Leninistas da LBI prosseguirão com o apelo político pela ação direta das massas, denunciando a inutilidade da esquerda reformista do confinamento e dos acordos com os governos estaduais e partidos reacionários da burguesia. É necessário organizar uma jornada nacional de lutas contra o neofascismo, construindo um grande Congresso Popular do movimento operário, camponês e da juventude para o início do mês de Agosto.