terça-feira, 2 de junho de 2020

TRUMP INVOCA LEI DA INSURREIÇÃO DE 1807 PARA CONVOCAR MILITARES: TROTSKISTAS DEVEM ORGANIZAR A RESPOSTA COM UM PROGRAMA DE AÇÃO E NÃO COM O “FIQUE EM CASA” DO PARTIDO DEMOCRATA E DA ESQUERDA REFORMISTA


O neofascista Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (01/06) deslocar o Exército dos EUA para estados e cidades que não conseguirem impedir as multitudinárias mobilizações que estão abalando o país devido ao covarde assassinato de George Floyd,  pela polícia racista do imperialismo norte-americano. Trump também orientou que os governadores, Democratas ou Republicanos "enviassem a Guarda Nacional para as ruas", determinação prontamente aceita por Andrew Cuomo e Gavin  Newsom dos estados de Nova York e Califórnia, duas das maiores lideranças do Partido Democrata. Trump invocou a Lei da Insurreição de 1807, uma lei federal que lhe permite enviar tropas federais pelos Estados Unidos para “suprimir desordem civil, insurreição e rebelião”. Esta lei foi invocada pela última vez durante os insurretos protestos por causa do ataque brutal a Rodney King em 1992, em Los Angeles. O “valentão” Trump desmoralizado pela imensa revolta espontânea do povo oprimido, escondeu-se até no bunker subterrâneo da Casa Branca, para depois arrostar: “No momento, estou enviando milhares e milhares de soldados fortemente armados, militares e policiais". O velado golpe militar ameaçado por Trump foi provocado pelo pânico instalado na burguesia ianque diante da possibilidade real de perderem o controle da situação política, caso o movimento das massas apontasse nacionalmente um eixo político de derrubada do governo republicano. Esta é exatamente a chave da questão nesta conjuntura do vertiginoso ascenso espontâneo das massas, ou seja apresentar uma alternativa política de poder, para superar a dispersão e falta de centralização programática do movimento. O número de cidades com protestos quase dobrou nos últimos dois dias, inicialmente das 75 para pelo menos 140 cidades  de intensas manifestações, agora trata-se estabelecer uma plataforma unitária, e uma direção política para galvanizar a fúria dos oprimidos contra o conjunto do regime capitalista. Entretanto existe um tremendo vácuo de direção e até mesmo de lideranças do movimento. A esquerda reformista, desde os apoiadores do “sumido” Bernie Sanders, até os grupos revisionistas,simplesmente se limitam quando muito a “notas de apoio de longe”, seguindo na posição imobilista do “Fique em Casa!” ou “Respeitem a quarentena e não saiam de casa”, quando já existem milhões de manifestantes nas ruas dos EUA revoltados e exigindo justiça para a morte de George Floyd. Não bastam os “artigos de solidariedade” da esquerda reformista que orientam a inação por conta do medo da pandemia, como em uma guerra justa existem riscos e nem por isso os revolucionários deixaram de combater, seja nas guerras de libertação nacional ou na própria guerra da luta de classes. Diante das escandalosas posições da “esquerda” do Partido Democrata, como o prefeito de Nova York Bill de Blasio, que defendeu a intervenção do Exército e as ações repressoras da polícia municipal, ou do silêncio sepulcral de Bernie Sanders, se abriu a possibilidade de forjar uma referência política de uma nova direção Marxista Revolucionária. Porém se depender das atuais correntes revisionistas do Trotskismo, todas aferradas a defesa da política do controle social da OMS, o proletariado norte-americano, continuará ou trabalhando atomizados  nas fábricas e empresas, ou se tiver condições ficará atemorizado em casa, assistindo inerte ao aquecimento da “temperatura” da luta de classes a um grau nunca visto desde a guerra do Vietnã. Os Bolcheviques Leninistas nos EUA empenham todas suas forças em dotar programaticamente a revolta das massas e juventude oprimida na perspectiva do socialismo, o que passa neste momento pela fusão dos multitudinários atos de rua com as fabricas e locais de concentração da classe trabalhadora, que em sua grande maioria não está de quarentena.