TRUMP FRACASSA NA LARGADA: IMPERIALISMO IANQUE NÃO RENOVARÁ
GERÊNCIA DO DESASTRADO REACIONÁRIO
A tentativa do presidente Trump em dar um grande impulso na
largada de sua campanha à reeleição, fracassou completamente. Depois dos EUA
vivenciar uma onda de gigantescos protestos contra o racismo e a violência
policial do Estado, em meio à crise sanitária da pandemia e a derrocada da
economia com um desemprego em massa, o primeiro comício na cidade de Tulsa
acabou em um tremendo fiasco, com uma presença muito aquém do que a campanha
vinha apregoando, cerca de 100 mil pessoas que não chegaram a 20 mil, Na
impossibilidade de ocultar as arquibancadas superiores vazias e os clarões na
platéia diante do púlpito, Trump buscou animar seus seguidores fascistas,
repetindo que era o “presidente da lei e da ordem”, condenando a derrubada de
estátuas confederadas e os ‘esquerdistas radicais’, chamando de “vírus chinês”
ao coronavírus e convocando a derrotar o sonolento Joe Biden em novembro. A
menção racista ao “vírus chinês” foi entusiasticamente acolhida pela plateia do
comício, onde não faltavam bonés “MAGA” (Make America Great Again, Faça a
America Grande de Novo), e cartazes de ‘Defenda a polícia’. Por falta absoluta
de público, também foram cancelados a apresentação de Trump na área externa e
outro evento que seria encabeçado pelo vice, Mike Pence. O porta-voz da
campanha de Trump, Tim Murtaugh, culpou os “manifestantes radicais” e o “ataque
implacável da mídia”, que “tentaram assustar os partidários do presidente” com
seus avisos sobre o risco pandêmico. Nada mais revelador do pensamento da
grande burguesia ianque, como as posições do jornal New York Times:”O discurso
de quase duas horas foi desconexo. Onde Trump se superou foi quando apresentou
como ‘solução’ para o escândalo dos EUA serem recordistas mundiais absolutos de
doentes de Covid-19 nada menos que a redução da testagem”. Também não passou
despercebido o caráter de provocação da decisão de realizar a atividade da campanha em Tulsa, cidade onde
houve o maior massacre de negros na história norte-americana, e justo no dia em
que se comemora o fim da escravidão nos EUA, o 19 de junho, logo depois das
mais amplas manifestações antirracistas e contra a brutalidade e impunidade
policial em cinquenta anos. O local do comício, o BOK Center, fica a 1,6
quilômetros do local do massacre de 1921, em que 300 negros foram mortos por
uma turba racista, 1200 casas queimadas, 10 mil desabrigados. Uma semana antes
do comício, Trump recuou e adiou para o dia seguinte,20 de junho. Com os
Estados Unidos, com cerca de 120 mil mortos, já tendo superado o total de
norte-americanos mortos na I Guerra Mundial, Trump conseguiu a cínica façanha
de declarar ter feito “um trabalho fenomenal” contra o coronavírus: “Salvei
centenas de milhares de vidas”. Para as grandes corporações financeiras dos EUA
Trump é uma ameaça à estabilidade do regime imperialista, por isso apoiam
abertamente a candidatura do Partido Democrata, e até mesmo o alto comando do
Pentágono já abandonou o reacionário presidente. Como as eleições nos EUA são
indiretas, pela via de um Colégio Eleitoral composto por delegados dos estados,
as chances de reeleição de Trump são praticamente nulas, refletindo a grave
crise econômica, política e sanitária na qual o imperialismo ianque está
imerso.