domingo, 21 de junho de 2020

TRUMP FRACASSA NA LARGADA: IMPERIALISMO IANQUE NÃO RENOVARÁ GERÊNCIA DO DESASTRADO REACIONÁRIO


A tentativa do presidente Trump em dar um grande impulso na largada de sua campanha à reeleição, fracassou completamente. Depois dos EUA vivenciar uma onda de gigantescos protestos contra o racismo e a violência policial do Estado, em meio à crise sanitária da pandemia e a derrocada da economia com um desemprego em massa, o primeiro comício na cidade de Tulsa acabou em um tremendo fiasco, com uma presença muito aquém do que a campanha vinha apregoando, cerca de 100 mil pessoas que não chegaram a 20 mil, Na impossibilidade de ocultar as arquibancadas superiores vazias e os clarões na platéia diante do púlpito, Trump buscou animar seus seguidores fascistas, repetindo que era o “presidente da lei e da ordem”, condenando a derrubada de estátuas confederadas e os ‘esquerdistas radicais’, chamando de “vírus chinês” ao coronavírus e convocando a derrotar o sonolento Joe Biden em novembro. A menção racista ao “vírus chinês” foi entusiasticamente acolhida pela plateia do comício, onde não faltavam bonés “MAGA” (Make America Great Again, Faça a America Grande de Novo), e cartazes de ‘Defenda a polícia’. Por falta absoluta de público, também foram cancelados a apresentação de Trump na área externa e outro evento que seria encabeçado pelo vice, Mike Pence. O porta-voz da campanha de Trump, Tim Murtaugh, culpou os “manifestantes radicais” e o “ataque implacável da mídia”, que “tentaram assustar os partidários do presidente” com seus avisos sobre o risco pandêmico. Nada mais revelador do pensamento da grande burguesia ianque, como as posições do jornal New York Times:”O discurso de quase duas horas foi desconexo. Onde Trump se superou foi quando apresentou como ‘solução’ para o escândalo dos EUA serem recordistas mundiais absolutos de doentes de Covid-19 nada menos que a redução da testagem”. Também não passou despercebido o caráter de provocação da decisão de realizar a atividade da campanha em Tulsa, cidade onde houve o maior massacre de negros na história norte-americana, e justo no dia em que se comemora o fim da escravidão nos EUA, o 19 de junho, logo depois das mais amplas manifestações antirracistas e contra a brutalidade e impunidade policial em cinquenta anos. O local do comício, o BOK Center, fica a 1,6 quilômetros do local do massacre de 1921, em que 300 negros foram mortos por uma turba racista, 1200 casas queimadas, 10 mil desabrigados. Uma semana antes do comício, Trump recuou e adiou para o dia seguinte,20 de junho. Com os Estados Unidos, com cerca de 120 mil mortos, já tendo superado o total de norte-americanos mortos na I Guerra Mundial, Trump conseguiu a cínica façanha de declarar ter feito “um trabalho fenomenal” contra o coronavírus: “Salvei centenas de milhares de vidas”. Para as grandes corporações financeiras dos EUA Trump é uma ameaça à estabilidade do regime imperialista, por isso apoiam abertamente a candidatura do Partido Democrata, e até mesmo o alto comando do Pentágono já abandonou o reacionário presidente. Como as eleições nos EUA são indiretas, pela via de um Colégio Eleitoral composto por delegados dos estados, as chances de reeleição de Trump são praticamente nulas, refletindo a grave crise econômica, política e sanitária na qual o imperialismo ianque está imerso.